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ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DA GRAVIDEZ 2

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ALTERAÇÕES 
FISIOLÓGICAS DA 
GRAVIDEZ 
 
Profª Jeanne Alencar 
Conceito de Gravidez 
 
É um processo fisiológico normal que representa a 
capacidade reprodutiva inerente à mulher e traz ao 
organismo feminino uma série de mudanças físicas e 
emocionais. Essas transformações podem gerar medo, 
dúvidas, angústias, fantasias ou simplesmente, a 
curiosidade de saber o que acontece com o próprio 
corpo. 
 Aborto: IG < 20 semanas / peso inferior a 500g, pode 
ser precoce (antes de 12 semanas) e tardio (entre 12 
e 20 semanas); 
 Pré-termo: IG  20 e < 37 semanas; 
 A termo: IG  37 e < 40 semanas; 
 Pós-termo: IG  42 semanas (294 dias). Segundo 
FIGO e OMS, 1980, de acordo com a DUM. 
 1º Trimestre: 1 a 13 semanas de gestação 
 2º Trimestre: 14 a 26 semanas de gestação / 14 a 27 
semanas 
 3º Trimestre: 27 até o termo da gestação / 28 até o 
termo 
 Para o MS: Aborto < 22 semanas (precoce antes da 
13ª e tardio entre a 13ª e 22ª semanas); Pré-termo 
entre 22ª e 37ª semanas; Gestação prolongada entre 
40ª e 42ª semanas; Pós-termo ultrapassa 42ª semana. 
 
Diagnóstico de gravidez 
 
 O diagnóstico de gestação deve ocorrer precocemente 
para iniciar o pré-natal, calcular com mais precisão a 
idade gestacional e melhorar o prognóstico da gravidez, 
principalmente em pacientes com antecedentes de risco 
gestacional. 
 A exatidão é importante porque as conseqüências 
emocionais, sociais, médicas e legais de um diagnóstico 
incorreto, positivo ou negativo, podem ser extremamente 
sérias. 
 O diagnóstico da gravidez pode ser feito pelo médico ou 
pelo enfermeiro da unidade básica. 
 
Diagnóstico Clínico 
 
Sinais de Presunção: alterações que sugerem 
gestação, sentidas pela mulher; 
 
 Amenorréia (4sem); 
 Náusea com ou sem vômito, acomete cerca de 50% 
das mulheres, em geral matutinas no 1º trimestre da 
gestação ( 4-14sem); 
 Alterações mamárias, apresentando-se congestas e 
doloridas (3-4sem), hiperpigmentação, tubérbulos de 
Montgomery, colostro (16ª semana); 
 Polaciúria (6-12sem); 
 Sialorréia; 
 Alterações no apetite, aumento, perversão, anorexia 
ou extravagância; 
Sinais de Probabilidade: modificações que indicam 
fortemente a gestação, observadas por quem examina; 
 
 Aumento do volume abdominal e uterino (10sem); 
 Sinal de Hegar: amolecimento do istmo uterino, consistência 
cística, elástico-pastosa (6-12 sem); 
 Sinal de Goodell: amolecimento da cérvix (5sem); 
 Sinal de Chadwick ou Jacquemier: coloração azulada ou 
arroxeada da vulva e da mucosa vaginal (sinal de Kluge) (6-8sem); 
 Sinal de Piskacek: abaulamento no pólo de nidação; 
 Sinal de Nobile-Budin: útero em forma globosa, fundos-de-saco 
ocupados pelo corpo uterino(12-14sem); 
 Sinal de Osiander: percepção dos batimentos do pulso vaginal 
nos fundos-de-saco; 
 Testes de gravidez. 
Sinais de Certeza: modificações que 
evidenciam a gestação, atribuídas somente à 
presença do feto; 
 
 BCF: mais fidedigno dos sinais de gravidez, sendo audíveis com 
sonar a partir da 10ª semana e com estetoscópio de Pinnard a 
partir da 18ª-20ª semanas; 
 Movimentos fetais percebidos ao exame (19-22sem); 
 
 USG: 
 < 5 semanas: sugestivo de Saco gestacional (transvaginal) 
 5 – 6 semanas: Saco Gestacional- SG (transabdominal) e SG 
e vesicula vitelina (transvaginal) 
 7 semanas: embrião (transbdominal), mantendo mesmas 
referências abdominais, com atividade cardíaca (transvaginal) 
 
 Sinal de puzos (recharço fetal). 
Diagnóstico Laboratorial: identificam a 
gonadotrofina coriônica humana (hCG) que 
começa a ser processada pelo trofoblasto 8 dias 
após a fertilização, atingindo seu pico entre 60-
70 dias e nível mais baixo entre 100-130 dias. 
Pode ser determinado por vários métodos: 
imunológicos, radioimunológicos (RIA), 
enzimaimunoensaio (ELISA) e biológicos que 
foram abandonados. 
 
Modificações do Organismo Materno 
 
 Decorrem principalmente de fatores hormonais e 
mecânicos 
 Devem ser consideradas normais durante o estado 
gravídico 
 Objetivos das adaptações do organismo materno: 
protegem o funcionamento fisiológico normal da mulher; 
preenchem as demandas metabólicas que a gestação 
impõe ao seu organismo; proporcionam um ambiente 
nutritivo para o desenvolvimento e para o crescimento 
fetais. 
 Metas da assistência de Enfermagem: identificar desvios 
potenciais ou vigentes da adaptação normal e iniciar 
atendimento; ajudar a mulher a compreender as 
mudanças anatômicas e fisiológicas durante a gestação; 
afastar a ansiedade da mulher e da família, resultante 
possivelmente de falta de conhecimento; ensinar à 
mulher e à família os sinais e sintomas que devem ser 
comunicados ao profissional de saúde. 
Postura e Deambulação (Músculo-
esquelético) 
 
 Relaxamento das articulações (Relaxina) com 
aumento das dimensões pélvicas; 
 Postura se desarranja: centro de gravidade para 
diante, corpo se joga para trás; 
 Lordose e flexão anterior da cabeça exagerada; 
 Dores cervicais e lombares; 
 Deambulação lembra a dos gansos – marcha 
anserina; 
 Diminuição do tônus muscular. 
Sistema Endócrino 
 
Gonadotrofina Coriônica Humana (hCG) 
 Estimula a produção de progesterona e estrogênio pelo corpo lúteo 
até a 8ª-9ª semana; 
 Presença nos testes de gravidez; 
 
 
Lactogênio Placentário Humano (hPL) 
 Afeta metabolismo da glicose, da proteína e dos lipídios; 
 Efeito diabetogênico na mãe; 
 Efeito mamográfico 
 Age como hormônio do crescimento. 
 
Hormônio Melanócito Estimulante 
 Escurecimento na pigmentação da pele; 
 Escurecimento dos mamilos e das aréolas; 
 Linea nigra; 
 Cloasmas (16ª semana). 
Progesterona 
 Proporciona o desenvolvimento do endométrio; 
 Auxilia a implantação do ovo; 
 Proporciona o desenvolvimento dos ductos 
secretores das mamas; 
 Estimula a eliminação de sódio; 
 Reduz o tônus dos músculos lisos causando 
diminuição da contratilidade uterina, constipação, 
azia e varicosidades; 
 Ajuda a mulher a eliminar os produtos do 
metabolismo fetal. 
 
Sistema Cardiovascular 
 
Alterações Anatômicas 
 
 Aumento do coração (hipertrofia do miocárdio, cerca de 
10%), leve e secundária decorrente do aumento do volume 
sanguíneo e aumento do débito cardíaco; 
 Posição do coração, atribuída a uma elevação do diafragma; o 
coração rota para a frente e para a esquerda; 
 b) Capacidade Cardíaca (débito cardíaco) e trabalho 
cardíaco 
 Aumenta 40% em resposta à elevação das necessidades 
metabólicas, aumento do volume plasmático e FC; 
 O fluxo de sangue para a pele pode aumentar até 70% ( 
sensação de calor, pele úmida , sudorese e congestão nasal); 
 Fluxo de sangue renal maior (25%); 
 Trabalho do coração está aumentado pelo acréscimo 
verificado no rendimento cardíaco. 
Freqüência do Pulso 
 Aumento da freqüência do pulso em aproximadamente 
10 a 15 batimentos por minuto. 
 
Volume Sanguíneo 
 Aumento médio de 50%. 
 Volume de plasma e contagem de glóbulos vermelhos 
 Aumenta mais o volume de plasma do que o número de 
glóbulos, isso resulta na hemodiluição “ anemia 
fisiológica”. Hemoglobina maior ou igual a 11g% e que o 
valor do hematócrito não seja menor do que 35%. 
Valores abaixo desses limites é indicativo de anemia 
secundária; 
 Aumento de 20 a 40% na massa eritrocítica. 
Contagem de Glóbulos Brancos 
 Aumenta para 15.000/mm³ . 
 
Fatores de Coagulação 
 Aumentam durante a gestação. A gestação coloca a mulher em 
um estado de hipercoagulação, assim, a resposta ao 
sangramento no local da placenta é mais rápido após o parto, 
por outro lado, aumentam as chances de embolia (fatores VII, 
VIII, IX, fibrinogênio e XII).Pressão Venosa Femural 
Aumento da pressão venosa femural. 
Síndrome da hipotensão supina 
 Compressão da veia cava quando a gestante fica em 
decúbito dorsal. Se a pressão for prolongada a 
mulher pode apresentar sintomas e sinais de choque 
como tontura, desfalecimento, pulso acelerado, pele 
úmida, náuseas, vômitos e queda da PA. 
 
Hipotensão Ortostática 
 Declínio da capacidade cardíaca quando a paciente 
sai de uma posição reclinada para uma posição 
vertical. 
 
Veias Varicosas 
 Decorrentes da dificuldade do retorno venoso e do 
relaxamento dos músculos lisos. 
 
Pressão Sanguínea 
 PA deve ser a mesma na gestação e fora dela, porém 
pode-se observar uma leve queda no 2º trimestre 
retomando aos níveis pré-gravídicos no 3º trimestre. 
Sistema Respiratório 
 
 Aumento da circunferência torácica devido ao 
relaxamento dos ligamentos e os afastamentos das 
costelas inferiores; 
 Hiperventilação (aumento da pO2 no sangue 
materno, para atender a necessidade fetal, e 
diminuição da pCO2, pela eliminação placentária e 
por ação da progesterona); 
 A gestante respira mais profundamente e com maior 
freqüência; 
 Dispnéia afeta 60 a 70% das grávidas, ocasionada 
pela progesterona em resposta a hipercapnia ou a ↓ 
da capacidade de difusão; 
 Epistaxe; 
 Sistema Gastrointestinal 
 
 Sangramento gengival; 
 Aumento do apetite e da sede; 
 Sialorréia; 
 Náusea com ou sem vômito (anorexia); 
 Diminuição do peristaltismo gastrointestinal 
(pirose); 
 Constipação; 
 Esvaziamento biliar lento e incompleto. 
Sistema Urinário 
 
 Aumento da freqüência urinária; 
 Com a diminuição do tônus da musculatura lisa o 
movimento peristáltico necessário para impulsionar a 
urina dos rins para a bexiga também diminui, isso 
aumenta o risco de infecção urinária; 
 80% das mulheres têm dilatação significante de 
ambos os ureteres e pelves renais; 
 Aumento da taxa de filtração glomerular de 30-50%; 
 Glicosúria fisiológica ou renal; 
 
Sistema Reprodutor 
 
 Aumento do útero de 60g para 1.000g; 
 Elevação do útero para a pelve em 12 semanas; 
 Um sexto (1/6) do volume de sangue materno está no 
útero; 
 Na cérvix aumenta a vascularização e a maciez com 
hipertrofia das glândulas cervicais; 
 Contrações de Braxton-Hicks; 
 Aumento do volume e sensibilidade das mamas; 
 Mamilos aumentam, escurecem e tornam-se eretos; 
 A produção de colostro começa no início da gestação; 
 As paredes vaginais tornam-se espessas, flexíveis e 
dilatáveis; 
 80% dos casos o útero sofre dextrodesvio. 
Sistema Neurológico 
 
 Compressão dos nervos pélvicos; 
 Síndrome do túnel cárpico: parestesia e 
dor na mão que irradia para o cotovelo; 
 Cefaléia tensional; 
 Hipocalemia que gera câimbras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obrigada!!!

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