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Apostila de Recursos Patrimoniais 2018

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Administração de Recursos Patrimoniais e 
Logísticos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
 
 
 Local de Realização: Faculdade Objetivo 
 Professor: Queiginaldo S. Pires 
 
 
 
Goiânia/GO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
OBJETIVOS DA DISCIPLINA 
 
 
1. Proporcionar ao aluno uma visão integral do processo de gestão dos recursos 
patrimoniais e logísticos. 
2. Possibilitar a capacidade de conceituar, analisar e interpretar as funções da 
administração de materiais e recursos logísticos. 
3. Distinguir e escolher entre os diferentes sistemas de controle de estoques, 
compreendendo sua utilização, bem com suas particularidades. 
 
METODOLOGIA: 
 
1. Aulas expositivas com a utilização de recursos materiais tais como: 
Quadro/giz, Data Show, computador, calculadora, livros e materiais 
complementares (Artigos, Textos, Exercícios etc.). 
2. Debates e discussões em grupo, apresentação de trabalhos essenciais para o 
processo de ensino/aprendizagem. 
 
CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO: 
 
1. Duas avaliações teóricas bimestrais individuais e sem consulta (P1 e P2) 
2. Uma avaliação teórica final (PF) 
3. Média Parcial = P1+P2 Média Final = MP + PF = MF> 5 
 2 2 
 
CALENDÁRIO DAS PROVAS: 
P1: ___/___/____ P2: ___/___/____ PF: ___/___/____. 
 
PRAZO PARA REQUERIMENTO DA PROVA 2ª CHAMADA: 
P1: __/__ a __/__ P2: __/__ a __/__ PF: __/__ a __/__ 
 
 
REALIZAÇÃO DA PROVA 2ª CHAMADA 
P1: __/__ a __/__ P2: __/__ a __/__ PF: __/__ a __/__ 
 
OBS: Prova 2ª chamada é oral e individual e serão aplicadas pelo professor no 
horário das aulas mediante requerimento solicitado via internet pelo aluno ou 
procurar a secretaria para maiores informações. 
 
 
3 
 
 
DA FREQUÊNCIA E HORÁRIO: 
 
1. Horário: 18:45 às 22h 
2. Limite de Faltas: 5 Faltas (Dias) 
3. O aluno não poderá assistir à aula ou prova sem que o nome esteja na lista 
de presença. 
 
CONSIDERAÇÕES GERAIS 
 
1. Não serão aceitos trabalhos fora do prazo 
2. Faltas sem justificativas 
3. As reservas de equipamentos serão de responsabilidade do professor desde 
que comunicado com antecedência pelos alunos 
4. Constitui-se nula, a nota referente a cópia total de trabalhos já realizados. 
5. Desligar ou manter o celular no modo silencioso. 
6. Evitar conversas paralelas 
7. No caso de dúvidas: levantar a mão 
 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA: 
 
1. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento 
BOWERSOX, D. J; CLOSS, D. J. - São Paulo Atlas 2001. 
2. Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais, Martins Petrônio G, 
Campos, Paulo Renato – São Paulo: Saraiva, 2009. 
3. Administração de Materiais e do Patrimônio FRANCISCHINI, Paulino G; 
GURGEL, Floriano do Amaral - São Paulo Pioneira Thompson 2004. 
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
 
1. Administração de Materiais: uma abordagem Logística DIAS, Marco Aurélio P. 
4ª. São Paulo Atlas 1996. 
2. Just in time, MRP II e OPI GIANESI, I. G.; CORRÊA, H. L. - São Paulo Atlas 
1996. 
3. Kanban: resultado de uma implantação bem-sucedida RIBEIRO, P. D. 2ª. Rio 
de Janeiro COP Editores 1989 
 
 
Com a sua ajuda teremos um excelente semestre!!! 
 
4 
 
RECURSOS
MATERIAIS PATRIMONIAIS CAPITAL HUMANOS TECNOLOGICOS
 
1. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS 
 
 Administrar recursos escassos tem sido a preocupação de gerentes, 
engenheiros, administradores e praticamente todas as pessoas direta ou 
indiretamente ligadas às atividades produtivas, tanto na produção de bens tangíveis 
quanto na prestação de serviços. 
 O aspecto dos recursos administráveis é bem amplo, podendo desdobrar-se 
em uma infinidade de disciplinas, cada uma delas com características peculiares, 
necessitando profissionais especialmente formados e treinados para tal. 
 As empresas precisam e têm à sua disposição cinco tipos de recursos: 
 Materiais 
 Patrimoniais 
 De capital 
 Humanos 
 Tecnológicos 
 Alguns constituem objeto de outras disciplinas. Por exemplo, os recursos 
humanos são estudados pela disciplina de administração de recursos humanos; os 
recursos financeiros, na disciplina de administração de financeira; os recursos 
tecnológicos, em disciplinas como sistema de informações gerenciais, informática ou 
administração da tecnologia. 
 
Figura 1.1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A administração de recursos materiais engloba a seqüência de operações que seu 
início na identificação do fornecedor, na compra do bem, em seu recebimento, 
transporte interno e acondicionamento, em seu transporte durante o processo 
produtivo, em sua armazenagem como produto acabado e, finalmente, em sua 
distribuição ao consumidor final. 
 
 
 
5 
 
 
1.2. GESTÃO DOS RECURSOS PATRIMONIAIS 
 
 Os recursos patrimoniais de uma organização compreendem instalações, 
máquinas, equipamentos e veículos que fazem possível sua existência, ou seja, sua 
operação. Os bens patrimoniais não são adquiridos todos de uma só vez, mas 
durante sua existência. 
Podem ser classificados em: 
 Equipamentos e máquinas: são as ferramentas, máquinas 
operatrizes, caldeiras, guindastes, pontes rolantes, compressores, 
dispositivos, veículos, computadores, móveis, etc; 
 Prédios: são os galpões, escritórios, almoxarifados, garagens, etc; 
 Terrenos: compreendem o local onde estão as instalações, suas 
áreas livres e terrenos vazios que pertençam à empresa; 
 Jazidas: são as localizações onde a empresa tem direitos, poder 
ou autorização de extração de produtos minerais; 
 Intangíveis: são os recursos que não podemos tocar, não tem 
corpo ou forma física; são as patentes, projetos, direitos autorais e 
marcas. 
 A obtenção dos recursos patrimoniais pode ocorrer em duas etapas. A 
primeira, no projeto inicial do negócio, quando se está iniciando a empresa. A 
segunda etapa, quando se está ampliando ou trocando os recursos. 
A etapa que se refere à ampliação ou substituição sempre deverá ser subordinada a 
um planejamento estratégico e fundamentada em uma projeção de retorno de 
investimento para sua aprovação e garantia de sucesso. 
 Os recursos patrimoniais, também, são divididos em móveis e imóveis. 
Móveis são aqueles que podem ser movimentados, deslocados de posição sem que 
percam sua constituição física (máquinas, veículos, móveis, etc). Imóveis são 
aqueles que, se forem movidos ou deslocados do local, perdem sua forma física, ou 
não podem ser deslocados – prédios, pontes, terrenos e jazidas. 
Os recursos patrimoniais, na análise contábil da empresa, fazem parte dos ativos 
imobilizados. 
 
 
 
 
6 
 
1.3. CLASSIFICAÇÃO E CODIFICAÇÃO 
 
Uma das atividades mais importantes na administração dos recursos 
patrimoniais é registrar e controlar todos os bens patrimoniais da empresa. Para que 
essa ação possa desenvolver-se com melhor controle, torna-se necessário 
classificar e codificar todos os bens pertencentes à empresa. 
O objetivo da classificação e codificação de materiais e bens é simplificar, 
especificar e padronizar com uma numeração todos os bens da empresa, tanto os 
materiais como os patrimoniais. Com a codificação do bem, passamos a ter um 
registro que nos irá informar todo o seuhistórico, tais como: Data de aquisição, 
preço inicial, localização, vida útil esperada, valor depreciado, valor residual, 
manutenção realizada e previsão de sua substituição. Após o bem estar codificado, 
recebe uma plaqueta com sua numeração e controle. 
Exemplo de codificação: 
XX.XX.XX.XXX 
 Número seqüencial 
 
 Subgrupo do bem 
 
 Grupo do bem 
 
 Item do plano de contas – ativo imobilizado 
 
 Com advento do computador, hoje acessível a praticamente toda 
empresa, a chapa com o número do imobilizado traz um código de barras, que 
facilita a leitura e o controle do patrimônio imobilizado. Nas empresas públicas e 
órgãos da administração indireta existem normas e resoluções fixando critérios para 
codificação de materiais. 
 
1.4. DEPRECIAÇÃO 
 
 Depreciação de um bem do recurso patrimonial é a perda que ele tem 
decorrente de seu uso no tempo, obsolescência ou deterioração. Essa depreciação 
é controlada e regulada pela Receita Federal, mediante instruções normativas em 
função do bem e de seu uso diário. 
O sistema de depreciação que é aceito pela Receita Federal é o método linear, ou 
seja, aquele em que o bem é depreciado em partes iguais durante sua vida útil. 
7 
 
A depreciação do bem poderá mudar no transcorrer de operação de uma empresa 
caso mude a quantidade de uso diário do equipamento mediante laudo pericial de 
órgão competente. 
 
 
 
Tabela: Vida útil de alguns grupos de Bens 
 
Espécie do bem Vida útil (anos) Taxa Anual 
Bibliotecas 10 10% 
Britadores 5 20% 
Caminhão fora de estrada 4 25% 
Correias de transmissão 2 50% 
Edifícios 25 4% 
Escavadeiras 4 25% 
Instalações elétricas 5 20% 
Móveis e utensílios em geral 10 10% 
Veículos em geral 5 20% 
 
A depreciação linear é feita por meio da seguinte fórmula: 
u
ri
P
VV
D


 
 
Onde: D = Depreciação 
Vi = Valor inicial do bem 
Vr = Valor residual do bem 
Pu = Período útil de vida do bem 
 
Para melhor podermos entender esse procedimento de depreciação, examinaremos 
o exemplo abaixo: 
Qual será a depreciação anual de uma retífica centerless que foi adquirida por R$ 
220.000,00 que, de acordo com sua utilização, terá uma vida útil de cinco anos cujo 
valor residual no final deste período será zero, considerando-se que não haverá 
registro de inflação no período. 
Vi = 220.000,00 
Vr = 0 
Pu = 5 anos 
anoRD /00,000.44$
5
000,000.220


 
O bem terá uma depreciação anual de R$ 44.000,00 por ano. 
 
8 
 
 
Com base nesse exemplo, podemos, agora, construir a tabela de depreciação anual 
da retífica com seu valor residual ano a ano, conforme mostrada abaixo: 
 
Ano Depreciação anual R$ Depreciação acumulada R$ Valor contábil R$ 
0 - - 220.000,00 
1 44.000,00 44.000,00 176.000,00 
2 44.000,00 88.000,00 132.000,00 
3 44.000,00 132.000,00 88.000,00 
4 44.000,00 176.000,00 44.000,00 
5 44.000,00 220.000,00 0,00 
 
Decorridos cinco anos, a retífica terá valor contábil zero; porém, isso não significa 
que não poderemos vender a máquina. Podemos vender qualquer de nossos 
recursos patrimoniais a qualquer momento. O que irá definir seu preço de 
negociação não é o valor contábil, mas o valor de mercado. 
 
1.5. ATIVOS IMOBILIZADOS 
 
 O ativo imobilizado é o total dos bens e direitos necessários às atividades 
empresariais. Tais ativos podem ser de forma tangível: como prédios, máquinas, 
automóveis, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
1.6. RESPONSABILIDADE E ATRIBUIÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO DE 
MATERIAIS 
 
a) suprir, através de Compras, a empresa, de todos os materiais necessários ao seu 
funcionamento; 
b) avaliar outras empresas como possíveis fornecedores; 
c) supervisionar os almoxarifados da empresa; 
d) controlar os estoques; 
e) aplicar um sistema de estoque adequado, fixando Estoques Mínimos, Lotes 
Econômicos e outros índices necessários ao gerenciamento dos estoques, segundo 
critérios aprovados pela direção da empresa; 
f) manter contato com as Gerências de Produção, Controle de Qualidade, Comercial, 
Engenharia de Produto, Financeira etc. 
g) estabelecer sistema de estocagem adequado; 
h) coordenar os inventários rotativos. 
 
Figura 1.6.1 Ciclo da Administração de Materiais 
 
Sinal de demanda
Fornecedor
Comprar materiais
Clientes Transporte
Expedição
Armazenagem
Movimentação
Transportar Recebimento
 
 
 
 A administração de materiais tem uma preocupação constante em procurar 
medidas de seu desempenho. Neste estudo tentaremos apontar as tendências 
futuras mais importantes, pois, com a globalização crescente, estamos buscando 
10 
 
mudança de paradigmas, já que o modelo de produção do século XX deverá ser 
muito diferente do modelo do século XXI, em relação às estruturas empresariais, ao 
relacionamento de emprego, à gestão de informações, à gestão de produção e à 
organização do trabalho. O Brasil está diante de um grande desafio – passar para 
um modelo baseado na inovação mesmo antes de termos dominado o modelo 
baseado no custo, qualidade, flexibilidade e confiabilidade. 
 
2. PLANEJAMENTO E CONTROLE DE ESTOQUES 
 
 
 O estudo do papel dos estoques nas empresas é tão antigo quanto o estudo 
da própria administração. Atua como elemento regulador do fluxo de produção, no 
processo manufatureiro, no fluxo de vendas, no processo comercial, os estoques 
sempre foram alvos dos gerentes. 
 Visto como um recurso produtivo que no final da cadeia de suprimentos criará 
valor para o consumidor final, os estoques assumem papel ainda mais importante. 
Hoje todas as empresas procuram de uma forma ou de outra, obter vantagem 
competitiva em relação aos seus concorrentes, e a oportunidade de atendê-los 
prontamente, no momento e na quantidade desejada, isso ocorre por meio da 
administração eficaz dos estoques. 
 Assim estudaremos como tirar vantagens dos estoques, obtendo o máximo de 
retorno e benefícios em relação ao capital e aos recursos investidos. 
 A gestão do fluxo de materiais, serviços e informações, desde o fornecedor 
inicial até o consumidor final, constitui a essência da logística. Esse fluxo será 
analisado sob o aspecto da cadeia de suprimentos. 
 Do ponto de vista da logística, decisões que envolvem estoques são de alto 
risco e de alto impacto. O comprometimento com determinado nível de estoque e a 
subseqüente expedição de produtos para os mercados, a antecipação de vendas 
futuras, acarretam várias atividades logísticas. Sem um estoque adequado, a 
atividade de marketing, poderá detectar perdas de vendas e declínio na satisfação 
dos clientes. Por outro lado, o planejamento de estoque tem papel crítico para a 
produção. Falta de matéria-prima podem parar uma linha de produção ou alterar 
programações de produção, o que por sua vez, aumenta os custos e a possibilidade 
de falta do produto acabado. O estoque excessivo também gera problemas: 
aumenta os custos e reduz a lucratividade, em razão de armazenagem mais longa, 
imobilização do capital de giro, deterioração, custos de seguro e obsolescência. 
11 
 
 Os recursos investidos em estoque variam grandemente dependendo do 
porte da empresa. Quando administram os estoques as empresas estão cuidando 
substancialmente de seus ativos. Daí a justificativa de que a maioria das empresas 
tenha a preocupação com o gerenciamento dos estoques, quer sejam matéria-prima 
quer sejam produtos em processo de fabricação ou mesmo dos produtos acabados. 
 
3. TIPOS DE ESTOQUE 
 Como os estoques constituem parcela considerável dos ativos das empresas, 
eles recebem um tratamento contábil minucioso. São classificados,principalmente 
para efeitos contábeis, em cinco grandes categorias: 
 Estoques de matérias-primas: são todos os itens utilizados nos 
processos de transformação em produtos acabados. Todos os 
materiais armazenados que a empresa compra para utilizar no 
processo produtivo fazem parte de estoque de matéria-prima, 
independente de serem materiais diretos, que se incorporam aos 
produtos finais, ou indiretos, que não se incorporam ao produto final. 
Assim matéria-prima pode ser um componente de alta tecnologia, 
como por exemplo, um computador de bordo para aviões, ou mesmo 
um pedaço de madeira a ser utilizado na embalagem de um produto ou 
uma graxa para certa máquina ou equipamento. Aqui se incluem 
também os materiais auxiliares, ou seja, itens utilizados pela empresa, 
mas que pouco ou nada se relacionam com o processo produtivo, 
como materiais de escritório e limpeza. 
 Estoque de produtos em processo: correspondem a todos os itens 
que já entraram no processo produtivo, mas que ainda não são 
produtos acabados. São materiais que começaram a sofrer alterações, 
sem, contudo, estar finalizados. Muitos utilizam a expressão “produtos 
que estão no meio da fábrica” para designá-los. 
 Estoque de produtos acabados: são todos os itens que já estão 
prontos para serem entregues aos consumidores finais. São produtos 
finais da empresa. Os produtos acabados são bem conhecidos por nós 
em nosso dia-a-dia, e itens como os de revenda enquadram nessa 
categoria. 
 Estoque em trânsito: correspondem a todos os itens que já foram 
despachados de uma unidade fabril ou comercial para outra, 
12 
 
Dados 
Descritivos do 
material 
Nome 
Padronizado 
Descrição Técnica 
Descrição 
Auxiliar 
Nomenclatura 
Complementar 
Nome 
Modificador 
Nome 
Básico 
Características 
Físicas 
Aplicação 
Embalagem 
Acondicionada 
Unid. 
Estocagem 
Referência. 
Comercial 
Código do Fornecedor 
Papel 
Para correspondência 
Apergaminhado 
branco 
Formato A4 medindo 
210x297mm, 
gramatura de 75g/m2 
Geral 
Pacote com 500 folhas 
Unidade 500 
folhas 
Chamex 
500 
normalmente da mesma empresa, e que ainda não chegaram ao 
destino final. 
 Estoque em consignação: são materiais que continuam sendo 
propriedade do fornecedor até que sejam vendidos. Em caso contrário, 
são devolvidos sem ônus. 
 
4. CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS 
 
 Um sistema de classificação de materiais visa estruturar, consolidar e 
divulgar, de forma padronizada, as informações sobre os materiais. 
 A classificação dos materiais envolve a identificação, codificação e 
catalogação dos materiais. 
 O sistema de classificação é primordial para qualquer área de material, pois, 
sem ele, não pode existir um planejamento eficiente de estoques. 
 A classificação não deve gerar confusões, ou seja, um produto não pode ser 
classificado de modo que seja confundido com outro, mesmo sendo semelhante. 
 Identificação: é a análise e o registro padronizado dos dados descritivos de 
cada material, incluindo suas características técnicas. 
 Codificação: é a representação dos dados descritivos de um material, por 
meio de um símbolo ou código de composição alfabética, numérica ou alfanumérica 
(letras e números). 
 Catalogação: é a consolidação e ordenação lógica dos dados de 
identificação e codificação de forma o obter informações claras de cada material. 
Exemplo: Identificação de material 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
Exemplo: Sistema numérico 
 
 
 
 
 
 
 
00 – Ferragens 
 00 – Pregos 
 000 – Tamanho 10x10 
 001 – Tamanho 12x15 
 002 – Tamanho 18x20 
 01 – Parafusos 
 001 – Cab/red 13x21 
 002 – Cab/ red 20x30 
 
EAN é um código de barras no padrão adaptado para a identificação dos itens, 
principalmente nos pontos de venda a varejo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
00 - 00 - 000 
 
 Chave aglutinadora 
 
 Chave individualizadora 
 
 Chave descritiva 
 
14 
 
5. CONSUMO DEMANDA E PREVISÃO 
 
 As previsões são projeções de valores ou quantidades que provavelmente 
serão produzidas, vendidas e expedidas. Podem ser representadas em unidades ou 
em valores monetários e podem ser elaboradas por item, por cliente ou grupos de 
itens e de clientes. Uma previsão típica da área de logística é, por exemplo, a 
previsão de entregas semanais ou mensais, de um produto, a partir de determinado 
centro de distribuição. As projeções de vários períodos podem ser consolidadas para 
fins de análise e de relatórios. 
 A matemática envolvida nas previsões é, na verdade, muito simples. A parte 
difícil é manter os registros detalhados e exatos para fazer esses cálculos. Eis 
algumas das informações mais importantes para calcular as previsões de vendas: 
 O número de vendas para cada produto / divididos por cada mês do ano; 
 O número de vendas que foram devolvidas ou canceladas; 
 Fatores externos que impactam as vendas, como previsões econômicas, 
mudanças de preço em matérias-primas, renegociação nos contratos de 
empregados, aumento da concorrência, entre outros. 
 O método mais simples de se fazer previsões de vendas é através de 
previsões anuais. Supondo-se que as vendas sejam relativamente estáveis, sem 
mudanças importantes na concorrência, seus funcionários ou sua base de clientes 
de ano em ano, só é preciso considerar a inflação. Eis a fórmula: 
Vendas do ano passado + (vendas do ano passado X índice da inflação) = 
previsão de vendas do próximo ano. 
Um exemplo seria: 
R$ 100,00 em vendas ano passado + (R$ 100,00 X .03 índice de inflação) = R$ 
103,00 em vendas para o próximo ano. 
 Podemos seguir o critério quantitativo, baseado em históricos dos anos 
anteriores considerando uma variável crescente ou decrescente em relação à 
quantidade produzida ou vendida. 
Figura 5.1 Método quantitativo baseado em históricos anteriores. 
Descrição 2010 2011 Percentual Análise 
Produto A 100 120 20% Crescimento de 20% 
Produto B 50 55 10% Crescimento de 10% 
Produto C 80 65 (23%) (Redução de 23%) 
TOTAL 230 240 4,3% Crescimento de 4,3% 
15 
 
 
 Em muitas empresas, as vendas flutuam a cada temporada. Se esse é o 
caso, é preciso detalhar as previsões mês a mês. A primeira coisa a fazer é analisar 
os números de vendas dos anos anteriores para calcular que porcentagem das 
vendas totais ao ano é feita a cada mês. 
 Em janeiro, por exemplo, você pode realizar 5% das vendas totais anuais, 
mas em junho, são 20%. Com essa informação, você pode usar as vendas mensais 
atuais para prever o total de vendas para o próximo ano, seja na alta ou baixa 
temporada. 
 Vamos supor que é fevereiro e você já tem os números de janeiro. Sabendo 
que as vendas de janeiro representam 5% do total anual de vendas, você pode 
prever o resto do ano. Eis a fórmula: 
Vendas mensais / porcentagem do total de vendas expressa em decimais = 
previsão anual de vendas 
Vamos supor que você tenha ganho R$100,00 nas vendas de janeiro. Eis a fórmula: 
R$100,00 em janeiro / .05 = R$2.000,00 para o ano 
Porém, são raras as vendas de uma empresa permanecer tão estáveis a cada ano, 
mesmo com as variações de temporadas. Ao se fazer previsões, há vários outros 
fatores que precisam ser acrescentados ao cálculo: 
 Contratos de venda que não serão renovados; 
 Novos contratos de venda à vista; 
 Previsões dos economistas para crescimento ou diminuição do seu segmento 
de mercado; 
 Previsões dos economistas para o aumento ou diminuição do poder de 
compra dos consumidores no seu mercado; Mudanças políticas que podem afetar contratos governamentais. 
 Uma das coisas mais difíceis é fazer previsões para um novo negócio que 
não tem vendas comprovadas. Nesse estágio, as previsões de vendas são 
importantes para atrair investidores e conseguir empréstimos. O método padrão para 
calcular previsões de vendas sem vendas pré-existentes é basear suas previsões no 
desempenho de empresas que vendem produtos similares. 
 É importante basear suas previsões em empresas que vendam para o mesmo 
cliente demográfico e tenham as mesmas localizações geográficas. Para o varejo, é 
preciso saber a média dos volumes de vendas mensais ou anuais por metro 
16 
 
quadrado de espaço de varejo. Desse modo, você pode ajustar-se ao tamanho 
relativo da sua loja. 
 Visite seus concorrentes, converse com a equipe de vendas e clientes, e 
delineie um perfil para seu consumidor-alvo. Use dados do censo, descubra quantas 
pessoas na sua área se encaixam no perfil de clientes e use essas informações 
quando fizer previsões de vendas. 
 
6. ERROS DE PREVISÃO 
 
 A precisão das previsões depende da diferença entre os valores estimados e 
os respectivos valores das vendas reais. Seu aperfeiçoamento requer avaliação e 
análise dos erros. 
 Erro de previsão é definido geralmente como a diferença entre as vendas 
reais e as vendas previstas; no entanto, é necessária uma definição mais precisa 
para seu cálculo. Uma forma de mensurar este erro é fazer o somatório dos erros ao 
longo do tempo. A soma anual dos erros é usada para calcular uma média simples, 
ficando mais próxima de zero. O problema com este método é que os erros para 
mais, compensam erros para menos, escondendo desvios significativos das 
previsões. Para contornar este problema, a solução é ignorar o sinal positivo ou 
negativo e considerar o erro absoluto. O desvio médio absoluto – DMA, é muito 
utilizado para avaliar erros de previsões; entretanto, dá o mesmo peso a grandes e a 
pequenos desvios. Outra alternativa é calcular o quadrado do erro e então usar a 
média dos quadrados para comparar previsões alternativas. A média dos quadrados 
pune os grandes erros com maior rigor do que os pequenos. O DMA pune um desvio 
de valor dois, por exemplo, apenas com o dobro do peso de um desvio de valor um. 
A abordagem que utiliza o quadrado do erro pune um desvio de quatro vezes maior. 
A média dos quadrados pune mais um método de previsão com uma pequena 
quantidade de grandes erros do que outro com uma grande quantidade de pequenos 
erros. Ambas as avaliações relativas de erros são adequadas para efeito de 
comparação; contudo, a média dos quadrados facilita a identificação de produtos 
com problemas. 
Formulas para cálculo dos erros. 
Cálculo do erro = Média dos erros / Demanda 
DMA = ∑somatório de erros / Demanda * 100 
Quadrado do erro médio = ∑somatório de erros² / Demanda *100 
17 
 
Figura 6.1 – Demanda e previsões mensais de computadores pessoais 
(1) (2) (3) (4) (5) (6) 
Mês Demanda Previsão Erro Erro 
absoluto 
Quadrado 
do erro 
Janeiro 100 110 -10 10 100 
Fevereiro 110 90 20 20 400 
Março 90 90 0 0 0 
Abril 130 120 10 10 100 
Maio 70 90 -20 20 400 
Junho 110 120 -10 10 100 
Julho 120 120 0 0 0 
Agosto 90 110 -20 20 400 
Setembro 120 70 50 50 2500 
Outubro 90 130 -40 40 1600 
Novembro 80 90 -10 10 100 
Dezembro 90 100 -10 10 100 
Soma 1200 1240 -40 200 5800 
Média 100 103,3 -3,3 16,7ª 483,3 
(%erro/média) 3,3% 16,7% 22% 
 
A média de erro tanto pode ser a avaliação absoluta mostrada na coluna 4 da figura 
6.1, como a avaliação do quadrado mostrada na coluna 6. A figura 4.2.1 mostra as 
duas avaliações e suas magnitudes relativas. A avaliação relativa do quadrado 
(22%) é muito maior do que o erro de previsão médio relativo (3,3%) por que a 
avaliação do quadrado pune grandes erros bem mais do que pequenos erros. 
Ambas as avaliações relativas de erros são adequadas para efeito de comparação; 
contudo, a média dos quadrados facilita a identificação de produtos com problemas. 
 
6.2 DEMANDA VERSUS CONSUMO 
 
 Na nossa análise dos estoques é importante diferenciarmos os conceitos de 
demanda e consumo. A demanda representa a “vontade ou desejo” do consumidor 
em comprar ou requisitar um produto/serviço. A quantidade demandada depende de 
variáveis que influenciam a escolha do consumidor pela compra ou não de um bem 
ou serviço: o seu preço, o preço dos outros bens substitutos ou complementares, 
renda do consumidor e o gosto ou preferência do indivíduo. Essa vontade ou desejo 
pode ou não ser atendida plenamente. Consumo refere-se à demanda atendida de 
um determinado produto ou serviço. 
Exemplo 1: Supondo que a previsão da demanda de um determinado veículo seja 
de 1.000 unidades e foram vendidas as 1.000 unidades deste mesmo veículo, 
conclui-se que o consumo foi igual à demanda. 
18 
 
Exemplo 2: Um técnico trabalhando na montagem de 200 veículos e necessita de 
1.000 pneus. Este solicita ao fornecedor e constata que o fornecedor dispõe 
somente de 500 unidades em estoque. O técnico levará as 500 unidades e as 500 
unidades restantes foi à demanda perdida caso a empresa possua mais de um 
fornecedor com as mesmas condições. 
Exemplo 3: Suponhamos a seguinte situação: Um operário trabalhando na 
montagem de um componente necessita de 200 unidades do item X. Dirige-se ao 
almoxarifado com a requisição devidamente preenchida e a apresenta ao almoxarife. 
Este consulta o estoque e constata que dispõe somente de 160 unidades em 
estoque. O operário diz que levará as 160 unidades e as 40 restantes ele irá buscá-
las tão logo o almoxarife as receba do fornecedor. Nesse caso a demanda foi de 200 
unidades, o consumo foi de 160 unidades, o backlog de 40 unidades e a demanda 
perdida de 0 (zero) unidade. Tão logo o almoxarife receba nova remessa do iten X 
faltante, chamará o operário, a quem devia 40 unidades, para fazer a entrega e 
fechar a requisição. Nessa situação, dizemos que a demanda foi 0 (zero) e o 
consumo foi de 40 unidades. 
 Com base nesse exemplo, constatamos que poderemos ter demanda maior, 
igual ou menor que o consumo. O conceito de backlog é muitíssimo usado entre 
empresas. Pode existir em praticamente todos os ramos de negócio, tanto 
comerciais quanto industriais. Basta que haja concordância do cliente em receber 
em data futura o que solicitou (demanda) hoje. Outro caso conhecido como 
fabricação sobre encomenda é um caso de backlog. 
 
7 NÍVEIS DE ESTOQUES 
 
 Os níveis de estoque são aqueles que determinam as ações de reposição ou 
de cautelas a serem tomadas quanto às quantidades armazenadas. Os estoques 
podem ser classificados em Estoque médio e Cobertura de estoque. Neste contexto, 
devemos levar em consideração o giro de estoque e o tempo de re-suprimento. 
Estoque médio: O estoque médio compreende a quantidade de materiais em 
estoque mais a quantidade de entradas em estoque dividido pelo período analisado. 
Estoque Médio = Estoque inicial + Estoque Final / 2 
Exemplo: Uma empresa tinha em seu estoque no mês de Janeiro 100 unidades do 
produto X. Saíram 60 unidades do mesmo produto, restando um estoque final de 40 
unidades do produto X. 
19 
 
7.1 Cálculos do Estoque Médio 
Mês (EI + EF) / 2 Estoque médio (R$) 
Janeiro (100+40)/2 70 
 
Torna mais preciso a análise do estoque médio, baseando-se em dados históricos. 
O exemplo a seguir demonstra dados históricos dos últimos seis meses para cálculo 
do estoque médio mensal. 
 
7.1.2 Estoque médio no período 
Mês Estoque Inicial Estoque Final Variável Estoque Médio 
Janeiro 124.237,35 79.466,05 2 101.851,70 
Fevereiro 79.466,05 162.914,28 2 121.190,17Março 162.914,28 73.804,40 2 118.359,34 
Abril 73.804,40 81.358,90 2 77.581,65 
Maio 81.358,90 45.369,78 2 63.364,34 
Junho 45.369,78 143.130,22 2 94.250,00 
Total 576.597,20 
 
Estoque médio no período = ∑EM (JAN – JUN) 
 n 
 
n = Período 
EM (JAN – JUN) = 576.597,20 
 6 
EM (JAN – JUN) = R$ 96.099,53 
 
Giro do estoque: mede quantas vezes, por unidade de tempo, o estoque se 
renovou ou girou. Quanto mais girarmos os estoques, melhor para a empresa, 
significando que as mercadorias estão ficando pouco tempo nos estoques ou no 
balcão. 
Giro de estoque = Valor consumido no período 
 Valor do estoque médio no período 
 
Mês Estoque Inicial Entradas Saídas Estoque Final 
Janeiro 124.237,35 237.985,00 282.756,30 79.466,05 
Fevereiro 79.466,05 347.123,56 263.675,33 162.914,28 
Março 162.914,28 185.543,90 274.653,78 73.804,40 
Abril 73.804,40 303.457,00 295.902,50 81.358,90 
Maio 81.358,90 265.856,00 301.845,12 45.369,78 
Junho 45.369,78 345.965,00 248.204,56 143.130,22 
Total 1.667.037,59 
 
Giro de estoque = 1.667.037,59 = 17,34 vezes 
 96.099,53 
20 
 
 
Tempo de Ressuprimento: indica o número de unidades de tempo; por exemplo, 
dias que o estoque médio será suficiente para cobrir a demanda média. 
 
Tempo de ressuprimento = Número de dias do período em estudo 
 Giro 
 
Solução: 6 meses x 30 dias = 180 dias 
Giro = 17,34 
 
Tempo de ressuprimento = 180 = 10,38 dias 
 17,34 
 
Ponto de Ressuprimento: O ponto de ressuprimento determina quando devem ser 
iniciadas as atividades de reposição do estoque. As condições de certeza implicam o 
conhecimento da magnitude da demanda futura e dos períodos dos ciclos de 
atividades. 
 A fórmula básica de pondo de ressuprimento é PR = D x TR + ES. 
em que: 
 PR = ponto de ressuprimento 
 D = demanda média 
 TR = Tempo de ressuprimento por ciclo das atividades. 
 ES = Estoque de segurança 
 Para ilustrar o cálculo, digamos que a demanda seja de 10 unidades por dia e 
o ciclo de atividades seja de 20 dias e os estoque de segurança 2 unidades. Neste 
caso, 
 PR = D X TR + ES 
 = 10 unidades/dia x 20 dias + 2 unidades = 202 unidades 
 Voltando ao exemplo anterior, podemos calcular o ponto de resssuprimento 
em unidades monetárias do produto. 
Demanda média diária = Demanda média mensal / 30 
Demanda média diária = 96.099,53 = 3.203,32 
 30 
Tempo de ressuprimento = 10,38 dias 
 
PR = 3.203,32 x 10,38 
PR = 33.240,34 
 
 
21 
 
8. ANÁLISES DOS ESTOQUES DE SEGURANÇA. 
 
 Quanto maior a probabilidade de falta de mercadorias em estoque, maior 
deverá ser o volume dos estoques de segurança. Principalmente em se tratando de 
produtos importados, onde os prazos de entrega são maiores que os nacionais. 
 Logo, para que não haja falta de itens importantes no estoque é preciso 
incorporar um fator (k) que corrija qualquer eventualidade, ao que chamamos de 
“estoque de segurança”. 
 O fator “k” reflete a qualidade de serviço que se pretende prestar, é 
proporcional ao “GA” (Grau de Atendimento). O fator “k” é arbitrário, mas pode ser 
calculado de acordo com o as políticas de estoque da empresa. 
 O estoque de segurança é uma quantidade de estoques que se tem, mas que 
não se deseja usar. É como um seguro do carro: é bom ter um, mas você não quer 
precisar usá-lo. Isto porque ele é calculado apenas para suprir uma segurança em 
casos de variações inesperados, algo que você não pode prever ou controlar: 
problemas no fornecedor, atrasos na entrega, uma demanda que não foi prevista. 
 
 
 
 
 
 
 
 O cálculo para o Estoque de Segurança é dado pela seguinte fórmula: 
ES = D x k Onde: 
 
ES = Estoque segurança em unidades 
D = demanda média diária 
K= fator de segurança 
Exemplo 1: 
D = 60 unidades/mês 
K = 0,9 (GA = 90%) 
 
ES = 60 x 0,9 ES = 54 unidades 
 
 
Demanda Média Mensal = 100 
22 
 
Grau de Atendimento = 90% 
ES = 100 x 0,90 = 90 unidades 
 
Exemplo 2: 
No almoxarifado da empresa Vende Tudo, durante um período de 6 meses, foram 
apresentadas 3.100 requisições de materiais, com um número de 1,45 item por 
requisição. Foram entregues 4.400 dos itens solicitados. Qual o grau de atendimento 
do almoxarifado? 
Grau de atendimento = 3.100 x 1.45 = 4.495 
Grau de atendimento = 4.400 
 4.495 
Grau de atendimento = 97,88% 
 
Exemplo 3.: 
Uma empresa necessita definir seu estoque de segurança de um produto, cuja 
demanda média mensal é de 600 unidades e, para tanto, o gerente definiu um grau 
de risco de 35%. Nesse caso, qual seria o estoque de segurança? 
 ES = D x K 
 ES = 600 x 0,35 
 ES = 210 unidades 
Como as demandas sofrem riscos de variações do consumo enquanto se espera o 
pedido atendido, (sd) representará o desvio padrão do consumo durante o tempo de 
atendimento. Assim a expressão que fornece com mais precisão o estoque de 
segurança. A formula para este calculo é a seguinte: 
ES = Z X sd X √TA 
Z = Nível de atendimento 
Sd = Desvio padrão em unidades 
TA = Tempo de atendimento 
 
Nível de atendimento 
Nível de atendimento em Z % Valor de Z 
90% 1,28 
95% 1,64 
97,5% 1,96 
99% 2,33 
 
 
 
23 
 
Exemplo 1: 
 
Em 100 solicitações, admite-se o não atendimento de 5 casos. Nesse caso, Z = 
1,65, o nível de atendimento ou serviço é de 95%, e o não atendimento é de 5%. 
Z = 1,65 sd = 5 TA = 1 
O valor do coeficiente Z pode ser obtido de uma tabela de distribuição normal ou, 
diretamente do Excel, por meio da função INV.NORMP. Assim, para um nível de 
atendimento de 95% faz se: 
INV.NORMP(0,95) = 1,644853 
Para um nível de atendimento de 99% tem-se INV.NORMP (0,99) = 2,326342 
 
Exemplo 2 
O consumo médio, durante o tempo de atendimento, de um item de estoque é de 
300 unidades, e o desvio padrão é de 25 unidades por tempo de atendimento. Qual 
deve ser o estoque de segurança e o tempo de pedido, se quiser um nível de 
atendimento de 95% 
D = 300 unidades/TA 
Sd = 25 unidades/TA 
a) ES = Z X sd X √TA = 1,64 X 25 X √1 = 41 unidades 
b) PP = D + ES = 300 + 41 = 341 unidades 
As falhas mais críticas no procedimento de reposição de estoque ocorrem em três 
pontos principais: 
 
 Aumento repentino de demanda – motivados por promoções e outras 
ações de mercado. A figura abaixo mostra o que acontece com o 
estoque quando isso ocorre: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
 Demora no procedimento do pedido de compra – falhas no sistema 
de informações do Almoxarifado ou da área de compras podem 
incorrer em demoras excessivas na expedição do pedido; 
 
 Atrasos na entrega pelo fornecedor – o fornecedor nem sempre tem 
condições de cumprir seus prazos de entrega em virtude de 
problemas no seu sistema de produção, transporte ou dependência 
de liberação alfandegária. Veja o gráfico para este caso: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Portanto, a maneira correta para corrigir essas falhas que ocorrem com freqüência é 
dimensionar um estoque de segurança que sirva como um “pulmão” do estoque e 
não cause paradas na produção. Veja no gráfico como isso funciona: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9. Custo de armazenagem 
 
 É usual ouvirmos “estoque custa dinheiro”. A afirmativa é bem verdadeira. A 
necessidade de manterestoques acarreta uma série de custos para empresa. 
25 
 
 Objetivo de custo: tem como objetivo determinar o ponto ótimo dos custos 
de armazenagem, de pedidos e de falta, para melhor atender à demanda de 
mercado e aos acionistas. 
 
9.1 Exemplo de composição dos custos de armazenagem
 
 
 
• Custos de Materiais: Valor de todos os materiais que estão estocados na 
empresa (é importante observar que com o crescente processo de 
terceirização parte destes estoques pode estar em poder de terceiro e poderá 
ser contabilizada como consignação ou estoque em trânsito). 
 
• Custo de Pessoal: é o custo mensal de toda mão- de- obra envolvida na 
atividade de estoques (manutenção, controle e gerenciamento, inclusive os 
encargos trabalhistas). 
 
• Custos de Equipamentos e Manutenção: São as despesas mensais para 
manter estoques, incluindo a depreciação dos equipamentos, máquinas e 
instalações e despesas a eles associados. 
 
• Custos de Edificação: Refere-se ao custo anual do m2 de armazenamento. 
 
 Fórmula para o cálculo do – Custo de Armazenagem 
 
CAm = EM x PMu x T x CAmu 
Onde: 
 CAm = Custo de Armazenagem de um item 
 EM = Estoque médio de um item no tempo T (qtde) 
 PMu = Preço médio unitário do item no tempo T (valor) 
 T = Tempo em estoque 
 CAmu = Custo de Armazenagem unitário. ( Percentual) 
 
CUSTO DE PESSOAL 
SALÁRIOS 
ENCARGOS 
 
CUSTO DO ARMAZÉM 
ALUGUEL IMPOSTOS 
LUZ CONSERVAÇÃO 
 
CUSTO DO MANUSEIO 
DE ESTOQUES 
EMPILHADEIRA GUINDASTES 
TRATORES SEPARADORES 
26 
 
 
Taxa de armazenagem: Refere-se ao cálculo da taxa correspondente pelo valor 
dos estoques. 
 
 I = Valor do custo 
 Estoque Médio 
 Taxa de retorno de capital 
 Taxa de armazenamento físico 
 Taxa de seguro 
 Taxa de transporte, manuseio e distribuição 
 Taxa de obsolescência 
 Outras taxas 
 
Custos típicos de Armazenagem de um Estoque 
Custo ($/unid. Ano) de armazenagem, sobre o % do investimento. 
Seguros 0,25% 
Aluguel do espaço 0,25% 
Impostos 0,50% 
Transportes 0,50% 
Pessoal 2,50% 
Depreciação 5,0% 
Juros 6,0% 
Obsolescência 10,00% 
Total 25,00% 
 
Exemplo: 
Calcular o custo de armazenagem do item “Sonho de Valsa”. Foram fornecidos os 
seguintes dados pela empresa: 
Item “Sonho de Valsa” 
Lote comprado 1 2 3 
Data da compra 01/09/2001 15/11/2001 20/12/2001 
Quantidade 500 300 400 
Preço 10,80 11,00 10,50 
 
Item “Sonho de Valsa” 
Mês SET OUT NOV DEZ 
Estoque médio 350 100 250 200 
 
CUSTOS DA ÁREA DE DESTOQUES NO PERÍODO SET/DEZ 
Juros Aluguel Seguros Perdas Impostos Movim. Pessoal Despesas 
1.200,00 5.000,00 1.750,00 2.500,00 1.000,00 3.500,00 7.000,00 2.000,00 
Valor Médio do Estoque no período SET/DEZ = 180.000,00 
 
 
a b c d e fI I I I I I I     
27 
 
Cálculos: 
PMu = (500 x 10,80) + (300 x 11,00) + (400 x 10,50) = 12.900,00 = 10,75 R$ / peça 
 500 + 300 + 400 1.200 
 
EM = 350 + 100 + 250 + 200 = 900 = 225 peças / mês 
 4 4 
 
T = 4 meses 
 
CAmu = 1.200 + 5.000 + 1.750 + 2.500 + 1.000 + 3.500 + 7.000 + 2.000 = 23.950 = 0,13 
 180.000 180.000 
 
CAm = 225 x 10,75 x 4 x 0,13 = R$ 1.257,75 
 
10. Custos de Pedidos 
 
 É o valor gasto pela empresa para que determinado lote de compra possa ser 
solicitado ao fornecedor e entregue na empresa compradora. São custos fixos e 
variáveis referentes ao processo de emissão de um pedido. Os fixos são os salários 
do pessoal envolvidos na emissão dos pedidos e os variáveis estão nas fichas de 
pedidos e nos processos de enviar esses pedidos aos fornecedores, bem como, 
todos os recursos necessários para tal procedimento. Portanto, o custo de pedido 
está diretamente relacionado com o volume das requisições ou pedidos que ocorrem 
no período. 
 
Fórmula dos custos totais de pedidos: 
CP = N (CPAu + CPVu) 
CP = Custo Total do Pedido 
CPAu = Custo do Pedido Administrativo Unitário 
CPVu = Custo do Pedido Variável Unitário 
N =Número de pedidos efetuados/tempo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
Exemplo 1: Uma empresa com base nos dados do ano anterior computou todas as 
despesas todas as despesas do departamento de compras, como custos de mão-
de-obra, materiais de escritório, telefone e fax, chegando às seguintes constatações: 
Mão-de-obra: R$10,00 
Telefone: R$ 3,00 
Materiais: R$ 2,00 
TOTAL: R$ 15,00 por emissão de pedido. 
Determinar os custos que serão incorridos na obtenção de um item de estoque cujo 
consumo anual é de 12.000 unidades, para as seguintes políticas: 
1. Comprar uma única vez por ano; 
2. Comprar duas vezes por ano; 
3. Compras 10 vezes por ano. 
 
Solução: Custo do pedido = R$ 15,00 
 
Custo de obtenção = número de pedidos por período X custo do pedido por período 
 
a) Comprar uma única vez por ano – lote = 12.000 unidades 
 Custo de obtenção = 1 pedido/ano X R$ 15,00 – Total = R$ 15,00 
 
b) Comprar duas vezes por ano – lote = 6.000 unidades 
 Custo de obtenção = 2 pedidos/ano X R$ 15,00 – Total = R$ 30,00 
 
c) Comprar 10 vezes por ano – lote = 1200 unidades 
 Custo de obtenção = 10 pedidos/ano X R$ 15,00 – Total = R$ 150,00 
 
Exemplo 2 : 
Calcular o custo de pedido nº 055, referente ao item “Ouro Branco”. A empresa 
solicitou que a quantidade comprada fosse feita em duas entregas e arcará com os 
custos de frete e desembaraço alfandegário. 
 
Dados fornecidos pela empresa: 
Item “Ouro Branco” – CUSTOS POR LOTE 
Externos Internos 
Frete Alfândega Pesagem Inspeção 
120,00 50,00 20,00 15,00 
nº de lotes entregues = 2 
29 
 
CUSTOS DA ÁREA DE COMPRAS NO PERÍODO SET/DEZ 
Mão-de-obra Aluguel Impostos Equipamentos Despesas 
5.000,00 4.000,00 1.000,00 1.500,00 2.000,00 
Nº Total de pedidos feitos no período SET/DEZ = 400 
 
Cálculos: 
CPAu = 5.000 + 4.000 + 1.000 + 1.500 + 2.000 = 13.500 = 33,75 
 400 400 
CPVu = 2 x (120 + 50 + 20 + 15) = 410,00 
 
CTP = 33,75 + 410,00 = 443,75 
8 – Custo Total do Produto/Lote 
 
 Para o cálculo dos custos totais de um produto ou lote de produto, devemos 
somar o custo de armazenagem ao custo do pedido, ficando da seguinte forma: 
 
CT = Cam + Cp 
 
Exemplo: 
Calcular o custo total do produto sendo que o custo de armazenagem é de R$ 
3.400,00 e o custo do pedido é de R$ 2.784,00. 
CT = 3.400,00 + 2.784,00 = 6.184,00 
 
11 – Lote Econômico de Compra 
 
 O Lote Econômico ( LE ) é o resultado de um procedimento matemático, 
através do qual a empresa adquire o material necessário às suas atividades pelo 
seu custo mais baixo. Essa prática torna possível diluir os custos fixos entre muitas 
unidades e, portanto, reduzir o custo unitário. Isso, porém, não se consegue de 
graça: - estoques são criados e custa dinheiro. 
 Portanto, não se deve levar tal procedimento muito longe, pois se as ordens 
de reposição se tornam muito grandes, os estoques resultantes crescem além de 
certos limites e, os custos tanto de capital como de manuseio, excedem as possíveis 
economias em custos de transporte, produção e administração. 
Deve-se procurar um tamanho de lote ideal que minimize o custo total anual. 
 
Os elementos que influenciam essa determinação são: 
 
30 
 
Q – Lote econômico 
I – Taxa de armazenagem ou Cma – Custo de armazenamento 
Cp – Custo do Pedido 
D- Demanda ou Em – Estoque médio 
A fórmula, a seguir, se encontra deduzida em vários livros: 
LEC = √2*Cp*D 
 I 
 
Exemplo 1: 
O consumo de determinada peça é de 20.000 unidadespor ano. O custo de 
armazenagem por peça e de $ 1,90 por ano e o custo de pedido é de $ 500,00. 
√2 x 500,00 x 20,000 = √10,5260315 = 3.245 peças 
 1,90 
 
Exemplo 2: 
A demanda mensal dos itens foi retirada do histórico do sistema empresarial, o 
mesmo utilizado para a elaboração da curva ABC, no caso do exemplo, demanda 
mensal = 12500 unidades, o custo do pedido R$ 10,75 e o custo de armazenamento 
foi de R$ 0,0106 
Lote econômico de compras: substituindo na fórmula teremos: 
LEC = √2 * 10,75 * 12500 = 5035 unidades 
 0,0106 
 
 
11.1 - RESTRIÇÕES AO LOTE ECONÔMICO 
 
1. Espaço de Armazenagem - uma empresa que passa a adotar o método em seus 
estoques pode deparar-se com o problema de falta de espaço, pois, às vezes, os 
lotes de compra recomendados pelo sistema não coincidem coma capacidade de 
armazenagem do almoxarifado; 
 
2. Variações do Preço de Material - Em economias inflacionarias, calcular e 
adquirir a quantidade ideal ou econômica de compra, com base nos preços atuais 
para suprir o dia de amanhã, implicaria, de certa forma, refazer os cálculos tantas 
vezes quantas fossem as alterações de preços sofridas pelo material ao longo do 
período, o que não se verifica , com constância, nos países de economia 
relativamente estável, onde o preço permanece estacionário por períodos mais 
longos; 
31 
 
 
3. Dificuldade de Aplicação - Esta dificuldade decorre, em grande parte, da falta de 
registros ou da dificuldade de levantamento dos dados de custos. 
Entretanto, com referência a este aspecto, erros, por maiores que sejam na 
apuração destes custos não afetam de forma significativa o resultado ou a solução 
final. São poucos sensíveis à alterações razoáveis nos fatores de custo 
considerados. Estes são, portanto, sempre de precisão relativa; 
4. Natureza do Material - Pode vir a se constituir em fator de dificuldade. O material 
poderá tornar-se obsoleto ou deteriorar-se; 
 
5. Natureza de Consumo - A aplicação do lote econômico de compra pressupõe, 
em regra, um tipo, de demanda regular e constante, com distribuição uniforme. 
Como isto nem sempre ocorre com relação à boa parte dos itens, é possíveis que 
não consigamos resultados satisfatórios ou esperados com os materiais cujo 
consumo seja de ordem aleatória e descontínua. 
 
12. Análise ABC 
 
A análise ABC, é uma das formas mais usuais de examinar estoques. Essa análise 
consiste na verificação, em certo espaço de tempo do consumo, em valor monetário 
ou quantidade, dos itens de estoque, para que eles possam ser classificados em 
ordem decrescente de importância. Aos itens mais importantes de todos, segundo a 
ótica do valor ou da quantidade, dá se a denominação itens de classe A, aos 
intermediários, itens classe B, e aos menos importantes, itens de classe C. 
Exemplo: 
 
 Faturamento 
 100- 
 90- 
 80- 
 70- 
 60- 
 50- CLASSE CLASSE 
 40- "B" "C" 
 30- CLASSE 
 20- "A" 
 10- 
 0 
 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000 2200 2400 Nº de 
itens 
 
 
A = 480 itens 
B = 720 itens 
C = 1200 itens 
32 
 
A classe "A" são os itens que nesse caso dão a sustentação de vendas, podemos 
perceber que apenas 20% dos itens correspondem a 80% do faturamento. (alta 
rotatividade). 
A classe “B” responde por 30% dos itens em estoque e 15% do faturamento. 
(rotatividade média). 
A classe "C" compreende a 50% dos itens em estoque, respondendo por apenas 
5% do faturamento. 
 
12.1 MONTAGEM DA CURVA ABC 
 
- Relacionar os itens analisados no período que estiver sendo analisado; 
- Número ou referencia do produto; 
- Nome do produto; 
- Preço unitário atualizado; 
- Valor total do consumo; 
- Arrume os itens em ordem decrescente de valor; 
- Some o total do faturamento; 
- Defina os itens da classe "A" = 80% do faturamento; 
- Fat. Classe "A" = Fat. Total x 80/100 
- Defina os itens da classe "B" = 15% do faturamento; 
- Defina os itens da classe "C" = 5% do faturamento; 
- Após conhecidos esses valores define-se os itens de cada classe. 
 
13. MÉTODO DO CUSTEIO CONTÁBIL 
 
13.1 Métodos do Custo Médio 
 
Os produtos serão avaliados pela média dos custos de aquisição, sendo estes 
atualizados a cada compra efetuada. 
Se considerarmos que uma determinada empresa tenha iniciado o mês com estoque 
de 3 peças, tenha utilizado 1 peça e comprado mais 1, quantitativamente irá terminar 
o mês com o mesmo saldo inicial. Mas o valor contábil do seu estoque certamente 
não será o mesmo. 
Este método exige que as empresas contabilizem seus estoques mensais pelo 
método do custo médio, de forma que cada nova compra, com preço diferente, 
influencie na formação de um novo custo médio do estoque total. 
 
33 
 
A tabela a seguir demonstra esse método: 
DIA ENTRADA SAÍDA SALDO 
 Qtd. R$ un Total Qtd. R$ un Total Qtd. R$ un Total 
01/05 2000 4,00 8.000,00 
02/05 3000 4,50 13.500,00 5000 4,30 21.500,00 
03/05 1500 4,30 6.450,00 3500 4,30 15.050,00 
04/05 2000 3,90 7.800,00 5500 4,15 22.850,00 
05/05 3000 4,15 12.463,64 2500 4,15 10.386,36 
06/05 1000 4,15 4.154,55 1500 4,15 6.231,82 
 
Pelo exemplo acima, o saldo inicial era de 2.000 un no dia 1º e o estoque estava 
valorizado a R$ 4,00 por unidade. No segundo dia, chegaram mais 3.000 un a R$ 
4,50 cada. O saldo passou para 5.000 un (2.000 + 3.000) e o valor total passou para 
R$ 21.500,00 (8.000,00 + 13.500,00). Dividindo-se o valor do estoque de R$ 
21.500,00 pela quantidade total no dia 02, que era de 5.000 un, obteve-se o preço 
médio de R$ 4,30 por un. No dia 03, houve uma saída de estoque e esta foi 
valorizada ao preço médio atual: R$ 4,30 de forma que, saíram 1.500 un a R$ 4,30 
resultando em um valor total de R$ 6.450,00. Se o estoque final no dia 02 custava 
R$ 21.500,00 e houve uma saída no dia 03 de R$ 6.450,00 logo, o saldo final do dia 
03 foi de R$ 15.050,00 ou 3.500 un valorizadas a R$ 4,30. 
 
13.1.1 Método PEPS 
 
As siglas acima significam que o Primeiro a Entrar é o Primeiro a Sair. 
Agora, ao invés de se utilizar as entradas para se calcular um preço médio e 
DIA ENTRADA SAÍDA SALDO 
 Qtd. R$ un Total Qtd. R$ un Total Qtd. R$ un Total 
01/05 2000 4,00 8.000,00 
02/05 2000 4,00 8.000,00 
02/05 3000 4,50 13.500,00 3000 4,50 13.500,00 
02/05 5000 21.500,00 
03/05 1500 4,00 6.000,00 500 4,00 2.000,00 
03/05 3000 4,50 13.500,00 
03/05 3500 15.500,00 
04/05 2000 3,90 7.800,00 500 4,00 2.000,00 
04/05 3000 4,50 13.500,00 
04/05 2000 3,90 7.800,00 
04/05 5500 23.300,00 
05/05 500 4,00 2.000,00 0 4,00 0,00 
05/05 2500 4,50 11.250,00 500 4,50 2.250,00 
05/05 0 3,90 0,00 2000 3,90 7.800,00 
05/05 3000 13.250,00 2500 10.050,00 
34 
 
valorizar as saídas (como no caso anterior), controlam-se o estoque em lotes, 
conforme a data de entrada. 
13.1.2 Métodos UEPS 
Ao contrário do anterior, o método do Último a Entrar é o Primeiro a Sair, pressupõe 
que o último lote a entrar no estoque é o primeiro a ser considerado para efeito do 
cálculo de custo. Também nesse caso, cada lote é controlado separadamente, como 
no exemplo a seguir. 
 
MÉTODO UEPS 
PRODUTO: ALFA 
 
DATA ENTRADA SAÍDA SALDO 
DIA MÊS ANO QTDE. VR.UNIT. QTDE. VR.UNI
T. 
TOTAL QTDE. VR.UNIT. TOTAL 
04 12 2000 100 10,00 1.000,00 100 10,00 1.000,00 
05 12 2000 200 9,00 1.800,00 100 10,00 1.000,00 
 200 9,00 1.800,00 
 300 -------- 2.800,00 
06 12 2000 200 9,00 1.800,0050 10,00 500,00 
 250 -------- 2.300,00 50 10,00 500,00 
Se o estoque for avaliado pelo método PEPS, nesta avaliação, aplica-se o custo real 
do material, sendo que os estoques, por este método, são mantidos com valores 
aproximados dos preços atuais de mercado. 
Utilizando o método UEPS, faz com que o saldo do estoque seja avaliado pelo preço 
das últimas entradas. É o método mais adequado em períodos inflacionários, pois 
uniformiza o preço dos produtos em estoque para venda no mercado consumidor. 
Embora a empresa possa efetuar análises gerenciais sobre as duas formas, a forma 
mais criteriosa se dá pela apuração do custo da mercadoria vendida pelo custo 
médio. 
 
14. INVENTÁRIO FÍSICO 
 
 Periodicamente, as organizações efetuam contagem física de seus itens em 
estoques e em processos, para comparar a quantidade física com os dados 
contabilizados em seus registros, a fim de eliminar as discrepâncias que possam 
existir entre os valores contábeis e o que realmente existe em estoque. Serve 
também, para a apuração do valor total de estoques para efeito de balanço do ano 
fiscal e seu imposto de renda. O inventário pode ser geral ou rotativo. 
35 
 
 O inventário geral é elaborado no fim de cada exercício fiscal de cada 
empresa, abrangendo a contagem física de todos os itens de uma só vez, incluindo-
se almoxarifado de recebimento, almoxarifado intermediário, peças em processos e 
produtos acabados. 
O inventário rotativo é feito no decorrer do ano fiscal da empresa, sem qualquer tipo 
de parada no processo operacional, concentrando-se em cada grupo de itens em 
determinados períodos, que podem ser semanas ou meses. 
O procedimento da contagem física é feito em duas vezes e por duas equipes 
diferentes. Quando as contagens das equipes coincidem, o inventário daquele item 
estará encerrado, porém, quando houver divergência, uma terceira equipe fará nova 
contagem. Após o término do inventário, é elaborada uma análise de possíveis 
diferenças entre o controle documentado e a contagem física do processo, e os itens 
que apresentam divergência de quantidades passarão por processo de análise e 
posteriormente ajuste e reconciliação de acordo com as políticas da empresa. 
 
Exemplo 1 Uma empresa tem em seu estoque aproximadamente 10.000 itens 
diferentes. No inventário do ano anterior verificou-se que havia em média 15 
unidades para cada item. Supondo que uma pessoa possa contar em média 80 itens 
por minuto, quantas pessoas serão necessárias para contar todos os itens em dois 
dias de trabalho. 
1 dia de trabalho = 8 horas 
Número de itens a serem contados = 10.000 x 15 = 150.000 itens 
Tempo necessário para contagem = ( 150.000 itens / 80 itens/minuto) 
Número de pessoas necessárias = N 
(2dias) x (8horas/dia) x (60 minutos/hora) N=1875 
960N = 1875 
N = 1,95 ou 2 pessoas 
 
15. PROCESSO DE COMPRAS 
 
 A função de compras é um segmento essencial do departamento de 
materiais ou suprimentos, que tem por finalidade suprir as necessidades de 
materiais ou serviços, planejá-las quantitativamente e satisfazê-las no momento 
certo com as quantidades corretas, verificar se recebeu efetivamente o que foi 
comprado e providenciar armazenamento. 
36 
 
 A gestão de compras é tida como um fator estratégico nos negócios. Comprar 
significa procurar, adquirir e receber mercadorias e insumos necessários à 
manutenção, funcionamento e expansão da empresa. 
 
15.1 OBJETIVO DE COMPRAS 
 
De uma maneira bastante ampla, e que demonstra que a função compras não existe 
somente no momento da compra propriamente dita, mas que a mesma possui uma 
maior amplitude, envolvendo a tomada de decisões, procedendo a análises e, 
determinando ações que antecedem ao ato final, podemos dizer que compras têm 
como objetivo "comprar os materiais certos, com a qualidade exigida pelo produto, 
nas quantidades necessárias, no tempo requerido, nas melhores condições de preço 
e na fonte certa". 
Para que estes objetivos sejam atingidos, deve-se buscar alcançar as seguintes 
metas fundamentais: 
1 - Atender o cronograma de produção, através do fornecimento contínuo de 
materiais; 
2 - Estocar ao mínimo, sem comprometer a segurança da produção desde que 
represente uma economia para a organização; 
3 - Evitar multiplicidade de itens similares, o desperdício, deterioração e 
obsolescência; 
4 - Manter a qualidade dos materiais conforme especificações; 
5 - Adquirir os materiais a baixo custo sem perder a qualidade; 
6 - Manter atualizado o cadastro de fornecedores. 
 
15.2 FUNÇÃO DE COMPRA 
 
 A Função Compras é uma das engrenagens do grande conjunto denominado 
Sistema Empresa ou Organização e deve ser devidamente considerado no contexto, 
para que deficiências não venham a ocorrer, provocando demoras onerosas, 
produção ineficiente, produtos inferiores, o não cumprimento de promessas de 
entregas e clientes insatisfeitos. 
A competitividade no mercado, quanto a vendas, e em grande parte, assim como a 
obtenção de lucros satisfatórios, devida a realização de boas compras, e para que 
isto ocorra é necessário que se adquira materiais ao mais baixo custo, desde que 
satisfaçam as exigências de qualidade. 
37 
 
O custo de aquisição e o custo de manutenção dos estoques de material devem, 
também, ser mantidos em um nível econômico. Essas considerações elementares 
são à base de toda a função e ciência de Compras. 
 
A função Compras compreende: 
 
 
- Cadastramento de Fornecedores; 
- Coleta de Preços; 
- Definição quanto ao transporte do material; 
- Julgamento de Propostas; 
- Avaliação do preço, do prazo e da qualidade do material; 
- Autorização de compra 
- Recebimento e Colocação da Compra. 
 
15.2.1 FLUXO SINTÉTICO DE COMPRAS 
 
1 Recebimento da Requisição de Compras 
2 Escolha dos Fornecedores 
3 Consulta aos Fornecedores 
4 Recebimento das Propostas 
5 Montagem do Mapa Comparativo de Preços 
6 Análise das propostas e escolha 
7 Emissão do documento contratual 
9 Recebimento 
 
15.2.2 – Procedimentos de compra 
 
 Toda empresa tem seus procedimentos internos de compras. A figura abaixo 
apresenta um fluxograma típico de um processo de compras. 
 Primeiramente, a unidade organizacional que necessita o material envia ao 
setor ou departamento de compras um documento interno solicitando a compra. 
Como já vimos, esse documento recebe o nome de solicitação de compras. 
 O setor de compras analisa a solicitação de compras quanto aos limites da 
autoridade solicitante. Normalmente as empresas estabelecem limites para o valor 
das compras. 
 Esta solicitação deverá ter com clareza a descrição do material a ser 
comprado, bem como as descrições técnicas, para que não ocorram as freqüentes 
dúvidas quanto aos critérios de compra definidos pela empresa. 
38 
 
Solicitação de 
Compras
Solicitação de 
Compras
Emite solicitação 
de Cotação
Cotação ou 
proposta
Solicitação de 
cotação
Quadro 
comparativo
Quadro 
comparativo
Pedido de compra
Quadro 
comparativo
Cotação ou 
proposta
Pedido de compra
* Emite solicitação de Compras
* Obtém aprovações
* Emite (ou efetua) solicitação por
* Fax
* Carta
* e-mail
* Telefone
* Etc.
* Emite quadro comparativo
* Analisa
* Diretoria aprova proposta
Pedido de compra
*Analisa e agrupa solicitações
15.2.2.1 – Modelo de fluxograma de um processo de compras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outro aspecto a ser ressaltado no assunto abordado é a questão da disponibilidade 
dos materiais e serviços no prazo adequado, ouseja, quanto mais eficiente for o 
lead time de compra – lapso temporal entre a decisão de compra de um item e sua 
efetiva liberação para o estoque, ou fornecimento à produção – mais otimizada será 
a aplicação e a oferta dos produtos e serviços. 
 As novas formas de comprar vêm se destacando ao longo dos anos e tem 
trazido grandes impactos na forma em que as compras estão sendo efetuadas. Hoje 
se fala em mercado global e, conseqüentemente, em compras globalizadas. 
 Uma das formas de compras que mais cresceu atualmente é o EDI – consiste 
em uma tecnologia de transmissão de dados eletronicamente. Por meio de um 
computador acoplado a um molden e uma linha telefônica e com um software 
específico para comunicação e tradução dos documentos eletrônicos, o computador 
do cliente é ligado diretamente ao computador do fornecedor, independente dos 
39 
 
SATÉLITE
(Rede de comunicação)
Converte as 
informações do pedido 
de compra
Sistema de compras 
do cliente
Sistema de entrada de 
ordens de compra
(Fornecedor)
Hardwares e softwares em utilização. As ordens ou pedidos de compra, como 
também outros documentos padronizados, são enviados sem a utilização do papel. 
Os dados são criptografados, compactados e acessados somente por uma senha 
especial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Na Gessy Lever, por exemplo, 20% da comunicação com fornecedores é feita 
eletronicamente. No pão de açúcar, graças às estas novas formas de compra, em 
dois anos o índice de falta de produtos caiu de 25% para 4%, o tempo médio de 
armazenamento reduziu-se em um mês (passou de 40 para 10 dias). 
 A Internet como veículo de comércio ganha a cada dia mais adeptos, pois 
apresenta uma série de vantagens em relação ao EDI, entre as quais: 
 Investimento inicial em tecnologia é bem mais baixo, pois a Internet custa 
bem menos que um sistema EDI. 
 Atinge praticamente todos da cadeia de suprimento 
 Pode ser operada praticamente em tempo real 
 Permite tanto a transação máquina-máquina como também homem-máquina. 
(o EDI só permite a transação máquina-máquina) 
 Maior flexibilidade nos tipos de transações. 
 
16. PLANEJAMENTO DAS NECESSIDADES DE MATERIAIS 
 
 O planejamento das necessidades de materiais (materials requirement 
planning) ou (MRP), é uma técnica que permite determinas as necessidades de 
compras dos materiais que serão utilizados na fabricação de certo produto. Um 
computador calcula as necessidades de materiais que serão utilizados e verifica se 
há estoques disponíveis para o atendimento. Se não há material em estoque na 
40 
 
quantidade necessária, ele emite uma solicitação de compra – para itens comprados 
e uma ordem de fabricação – para itens fabricados internamente. 
 
Figura 16.1 – Esquema de um MRP 
 
Consulta de 
Estoques
Libera a 
fabricação
Libera a 
fabricação do item
Libera compra
Fornecedor
Lista de 
necessidades de 
materiais
Software 
MRP
Plano de 
Produção
Projeção da 
demanda
Há disponibilidade
Fábrica
Item fabricado ou 
comprado
Lista de 
Materiais
 
 
O MRP I ainda é usado nos dias de hoje por bastantes empresas mas, este tem 
vindo a ser desenvolvido, adaptado e expandido de forma a incluir elementos de 
compras, financeiros, e marketing. Esta nova versão é chamada MRP II 
(manufacturing resource planning ou planejamento dos recursos de produção) incluí 
um conjunto completo de actividades envolvendo o planeamento e controle de 
operações de produção 
 
Natureza da demanda para o MRP 
 
 Independente 
Quando não está relacionada com nenhum outro item. Neste caso deve ser 
41 
 
prevista e projetada através de técnicas específicas de previsões (vide figura 
abaixo). 
 Dependente 
Quando está relacionada ou depende de outro item. Esta demanda deve ser 
calculada. (vide figura abaixo) 
 
 
Estrutura analítica do produto A. 
 
Produto A
B (2) C (1) D (3)
E (1) F (2) F (2) G (3) E (1) G(2)
 
Na figura a simbologia é a seguinte: B(2), significa que necessitamos de 2 
submontagens B, para compor uma unidade A. O componente G, por exemplo, é 
usado tanto na montagem do C como do D. Assim G(3) significa que necessitamos 
de 3 unidades do componente para montar a unidade de C e G(2) significa que 
necessitamos de 2 unidades do componente G para montar uma unidade de D. 
 
A tabela abaixo mostra a posição dos estoques dos componentes e seus respectivos 
lead times – tempo de atendimento no caso de itens comprados e tempo de 
fabricação/montagem no caso de itens produzidos internamente. 
 
42 
 
POSIÇÃO DOS ESTOQUES 
ITEM TEMPO ATENDIMENTO SEMANAS ESTOQUE EM MAOS 
A 1 300 
B 1 1200 
C 2 0 
D 2 800 
E 1 6000 
F 2 3500 
G 3 4500 
 
Com base nos dados apresentados, vamos determinar as quantidades a serem 
compradas de cada item e quando os pedidos devem ser emitidos, para que não 
haja interrupção na fabricação. 
Cálculo das Necessidades de Materiais 
Componente/peça Demanda Estoque Necessidade 
A 1500 300 1.500 - 300 = 1.200 
B 2 x 1.200 = 2.400 1200 2.400 - 1.200 = 1.200 
C 1 x 1.200 = 1.200 0 1.200 - 0 = 1.200 
D 3 x 1.200 = 3.600 800 3.600 - 800 = 2.800 
E 1 x 1.200 + 1 x 2.800 = 4.000 6000 0 
F 2 x 1.200 + 2 x 1.200 = 4.800 3500 4.800 - 3.500 = 1.300 
G 3 x 1.200 + 2 x 2.800 = 9.200 4500 9.200 - 4.500 = 4.700 
 
Assim, para atender o pedido, são necessárias as seguintes quantidades de 
componentes / peças: 
A – 1.200 unidades 
B – 1.200 unidades 
C – 1.200 unidades 
D – 2.800 unidades 
E – 0 
F – 1.300 unidades 
G – 4.700 unidades 
 
17 – SISTEMA JUST-IN-TIME 
 
 O Just-in-time é um método de produção com objetivo de disponibilizar os 
materiais requeridos pela manufatura apenas quando forem necessários para que o 
custo de estoque seja menor. 
 O JIT, que é baseado na qualidade e flexibilidade do processo de compras, 
também pode disparar o processo. Dependendo de como o sistema é idealizado, um 
cartão ou conjunto de cartões Kanban pode dar início ao processo de compras. 
Algumas expressões são geralmente usadas para traduzir aspectos da filosofia JIT. 
43 
 
 Produção sem estoques; 
 Eliminação de desperdícios; 
 Esforço contínuo na resolução de problemas; 
 Melhoria contínua dos processos. 
 
Ao contrário da abordagem tradicional dos sistemas de produção que “empurram” os 
estoques, o JIT caracteriza-se como um sistema de “puxar” a produção ao longo do 
processo, de acordo com a demanda. 
 
Genericamente falando, um sistema de “puxar” estoque significa que qualquer 
movimento de produção somente é liberado na medida da necessidade sinalizada 
pelo usuário da peça ou componente em fabricação, ou seja, os centros de trabalho 
não estão autorizados a produzir e “empurrar” os lotes apenas para manter 
ocupados operários e equipamentos. 
 
OBJETIVOS 
 O sistema JIT tem como objetivo fundamental a melhoria contínua do 
processo produtivo. A perseguição destes dá-se, através de um mecanismo de 
redução dos estoques, os quais tendem a camuflar problemas, embora saibamos 
alterações no perfil da demanda ou falhas nos processos de fabricação ou compra 
normalmente justificam a presença de estoques. 
Vantagens do JIT: 
 Flexibilidade – a manutenção de estoques baixo favorece as variações no mix de 
produtos sem provocar alto grau de obsolescência. 
 Velocidade – rapidez no ciclo de produção permite entregas em prazos mais 
curtos, propiciando maior nível de serviços ao cliente. 
 Confiabilidade – A manutenção preventiva e o ambiente favorável à identificação 
e resolução de problemas contribuem para aumentara confiabilidade nos 
produtos. 
 Custos – reduções dos tempos de preparação de máquinas e movimentação 
interna; minimização dos estoques (matéria prima e produto acabado); redução 
dos tamanhos dos lotes e “lead-times”; redução dos custos de aquisição 
(confiabilidade). 
 
 
 
44 
 
Comparação com a abordagem tradicional. 
 
Tradicional Just In Time 
Sistema de Produção: 
“Empurram” a produção, desde a compra 
de MP e componentes até os estoques de 
PA. Uma vez completada a primeira 
operação, o lote é “empurrado” para a 
operação seguinte. 
Sistema de Produção: 
“Puxar” a produção ao longo do processo, 
de acordo com a demanda. O material 
somente é processado em uma operação 
se ele é requerido pela operação 
subseqüente do processo. 
 
Sistema: 
Passivo – assumem como dada uma série 
de característica do processo produtivo 
(nível de refugo, quebras, faltas, etc.) 
 
Sistema: 
Ativo – incentiva o questionamento e a 
melhoria. 
Estoques: 
São considerados úteis por proteger o 
sistema produtivo de problemas que 
possam causar interrupção (falta de peças 
e/ou atraso de fornecedores. 
 
Estoques: 
São considerados nocivos por ocuparem 
espaços e representarem altos 
investimentos em capital. E por 
esconderem problemas da produção. 
Tamanho dos lotes de compras e 
produção 
O tamanho do lote de compra e produção 
é definido através do balanço entre os 
custos com a manutenção dos estoques e 
o custo de processar pedidos (LEC) 
 
Tamanho dos lotes de compras e 
produção 
Lotes de fornecimento reduzidos 
Recebimentos freqüentes e confiáveis. 
Alto nível de qualidade 
Lead Time de fornecimento reduzido. 
Fornecedores: 
Adversários Vários 
Considera arriscado trabalhar com único 
fornecedor (falta de confiança e barganha 
de preço). 
Fornecedores: 
Parceiro Único 
Contrato de longo prazo com um único ou 
poucos fornecedores oferecem, em 
retorno, altos níveis de qualidade e 
entrega confiável. 
 
 
 
18 – A ABORDAGEM LOGÍSTICA 
 
 A logística empresarial inclui todas as atividades de movimentação de 
produtos e a transferência de informações, porém para a que seja gerenciada de 
forma integrada, a logística deve ser trabalhada como um sistema, ou seja, um 
conjunto de componentes interligados, trabalhando de forma coordenada, com o 
objetivo de atingir um objetivo comum. A tentativa de otimização de cada um dos 
componentes, isoladamente, não leva a otimização de todo o sistema. 
45 
 
 
A logística teve sua interpretação inicial ligada à estratégia militar, quase 
equivalente a filosofia de guerra, quando estava relacionada à movimentação e 
coordenação de tropas, armamentos e munições para os locais necessários. 
 Segundo Ballou (1998), a logística empresarial estuda como a administração 
pode prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e 
consumidores, através de planejamento, organização e controle efetivo para as 
atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos. 
 A Logística empresarial nasceu da importância da redução de custos nas 
empresas e na maior importância que se dá hoje em atendimento das necessidades 
dos clientes. Quando todos os produtos se tornam iguais, a empresa mais 
competitiva será aquela que conseguir ser mais eficiente e eficaz, se antecipando a 
prováveis problemas que possa vir a enfrentar. 
 Some-se a isso, que o mundo está se tornando cada vez mais um mercado 
global, as fronteiras geográficas estão desaparecendo e a expectativa é que as 
empresas estejam preparadas para enfrentar as realidades desse novo desafio. 
 Conforme Bowersox (2001) é de competência da logística a coordenação de 
áreas funcionais da empresa, desde a avaliação de um projeto de rede, englobando 
localização das instalações (inclusive estrutura interna, quantidade), sistema de 
informação, transporte, estoque, armazenagem, manuseio de materiais até se atingir 
um processo de criação de valor para o cliente. 
. Hoje as empresas brasileiras já deram conta do imenso potencial implícito nas 
atividades integradas de um sistema logístico, e, dentro de estruturas 
organizacionais ainda não tem bem definidas estas integrações e começam a utilizá-
las em grande escala. 
 Os sistemas mais bem estruturados e implantados são ligados a setores 
como indústrias automobilísticas e grandes varejistas, tais como redes de 
supermercados. 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
Pesquisa de 
transações 
pessoais
Pesquisa de 
Mercado
Plano de entregas 
aos clientes
Plano de 
produção
MRP
Plano de 
Suprimentos
Planejamento de 
Inventários
Planejamento de 
estoques
Armazenagem de materiais 
e planejamento de 
transportes
Armazenagem de produtos 
finais e planejamento de 
transportes
Fornecedores
Estoque de 
recebimento
Produção Armazenagem Entrega ao cliente Estoque do cliente
Participação no mercado
Tamanho do mercao
Dados para entrega,
Faturas
FLUXO FÍSICO E OPERACIONAL
Ordens e 
especificações 
de uso
Faturas e 
dados dos 
fornecedores
Figura 18.1 – Fluxos na Logística Integrada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18.2 – Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos ( Supply Chain Management) 
 
 O gerenciamento da cadeia de suprimentos ou supply chain management, 
como ele é mais conhecido, revolucionou completamente não somente a forma de 
comprar como também a produção e a distribuição de bens e serviços. 
 Entretanto, em virtude dos sistemas cada vez mais complexos e do 
crescimento incessante da tecnologia de informação e de gerenciamento, a cadeia 
de suprimentos continuará revolucionando áreas como a administração de materiais, 
marketing, vendas e produção, sendo responsável, por exemplo, pela redução do 
tempo de estocagem e do número de fornecedores e pelo aumento da satisfação 
dos clientes. 
47 
 
 O gerenciamento integrado da cadeia de suprimentos tem como escopo 
amplo, incluindo fornecedores, operações internas de transformação, estocagem e 
distribuição, atacadistas, varejistas e consumidores finais. 
 
18.2.1 – Recebimento e Armazenagem 
 
 
 O recebimento de uma empresa é mais bem compreendido com uma 
combinação de cinco elementos principais: espaço físico, recursos de informática, 
equipamento de carga e descarga, pessoas e procedimentos normatizados. O 
correto dimensionamento do espaço físico envolve espaço para fila de veículos, 
plataformas compensadoras de altura, espaço para separação e conferência, 
acesso livre para o estoque inicial e para fábrica. 
 Para carga e descarga, podem ser usados equipamentos apropriados 
como paletes, empilhadeiras e esteiras de distribuição. 
 Nas empresas de maior porte usam geralmente armazéns automatizados 
onde o material entrante é identificado por código de barras. Depois o material vai, 
por meio de esteiras e elevadores automáticos, para o local designado pelo 
computador – que determina quais áreas disponíveis para estoque. Na maioria das 
empresas é preferível optar por equipamentos que absorvam grandes variações de 
produtos. 
 O projeto de layout dos almoxarifados deve ser considerado tão ou mais 
importante que o projeto da própria empresa ou fábrica. 
 
Objetivos da Armazenagem: 
 
• Maximizar o uso dos espaços; 
• Facilitar o acesso aos itens do Depósito; 
• Proteger e abrigar os materiais; 
• Facilitar a movimentação interna do Depósito; 
• Maximizar a utilização de mão - de - obra e equipamentos. 
 
Tipos de instalações: 
 
Armazém: edificação com piso, cobertura, paredes frontais e laterais; 
Galpão: Edificação com

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