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PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL

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Princípios Gerais do Direito Penal:
	Principios Limitativos do Poder Punitivo estatal:
Natureza: São os principios fundamentais de garantia do cidadão. Segundo BITENCOURT, são os “princípios fundamentais de Direito Penal de um Estado Social e Democrático de Direito”.
Função: “Orientar o legislador ordinário para a adoção de um sistema de controle penal voltado para os direitos humanos, embasado em um DP de culpabilidade, um Direito Penal e mínimo e garantidor;
Situação histórica: 
Produtos do iluminismo e da fase humanitária do Direito Penal dtos 1ª geração;
Convivência junto aos fundamentos de um Estado Intervencionista – O Estado Dirigente;
Inter-relação entre os princípios:
Sobreposição e complementaridade principiológica
Nomeclatura variável:
Juarez Cirino: Legalidade, Culpabilidade, Lesividade, Proporcionalidade, Humanidade e Responsabilidade Penal Pessoal;
Bitencourt: Legalidade, Culpabilidade, Humanidade, Irretroatividade da Lei Penal, Intervenção mínima, Fragmentariedade, Insignificância e Adequação Social;
PRINCIPIO DA LEGALIDADE
Não existe crime sem Lei que o pré estabelece 
Significado:
Elaboração de normas incriminadoras é função exclusiva da lei;
É necessária uma lei penal prévia, escrita, estrita e certa;
Nomeclatura: Principio da Legalidade ou da Reserva Legal;
Também se usa a expressão latina “nullum crimen nulla poena sine lege” ( FEUERBACH);
Origem Histórica:
Constituição dos Estados Americanos da Virgínia e Maryland (1776);
Constituição dos EUA (1787);
Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789);
Tem quatro efeitos básicos
Proibição da retroatividade de lei penal (“Lex praevia”); 
Alcança tanto a norma de conduta quanto a sanção penal.
Admite-se o efeito “in bonam partem” Em favor da parte (acusado) é aceito a retroatividade; 
Proibição da analogia na lei penal (“Lex stricta”); INTERPRETAÇÃO ESTRITA;
Impede a aplicação da lei penal a fatos não previstos, mas semelhantes àqueles previsto na lei penal. Admite-se o efeito “in bonam partem”;
Proibição do costume como determinador da lei penal (“lex scripta”);
Exige-se lei escrita para os tipos legais e sanções penais;
Admite-se o efeito “in bonam partem”;
Proibição da inderteminação da lei penal (“lex certa”);
Exige-se que a lei seja clara- é o principio da taxatividade penal;
Principio previsto no art. 5º, XXXIX, CF e Art 1º, CP
Consequência: A lei só tem eficácia entre o período de sua entrada em vigor e a sua cessação de vigência;
Tratando-se de situação nova pior para o criminoso (novo crime, pena maior, etc...), a lei penal não pode retroagir;
Todavia, se a lei nova é mais benéfica, vige o princípio contrário: Princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica (Art 5º CF, XL; Art 2º, CP);
PRINCIPIO DA CULPABILIDADE
Não há crime sem culpabilidade (“nullum crimen sine culpa”);
Culpabilidade: é o juizo de reprovação sobre o agente vinculada à culpa moral do cidadão de ter violado a lei. Quando existe uma relação subjetiva entre o autor e sua conduta, que seria reprovada não por a praticar, mas sim pelo fato de “querer”
Impede a punição de quem:
É incapaz de saber o que faz. EX: O menos, O doente mental
Não sabe o que faz poruqe se encontra em situação de erro – Aquele que age imaginando estar em legítima defesa contra alguém que não o atacava;
Naquele momento não tem o poder de não fazer o que faz; - Quem, sob a mira de um revólver, assina um documento falso;
Não há crime sem culpabilidade;
Nullum crimen sine culpa
Culpabilidade: Juizo de reprovação sobre o agente
Não existe responsabilidade se não houver reprovabilidade da conduta Essa reprovabilidade é o fundamento e o limite da pena.
Impede-se a punição de quem: É incapaz de saber o que faz; Encontra-se em certas situações de erro; não tem o poder de não fazer o que faz
Subjetividade da responsabilidade penal:
Não existe responsabilidade penal meramente objetiva;
A imputação penal de um resultado demanda sempre a intervenção de uma vontade consciente ou de uma relevante negligência;
Personalidade da responsabilidade penal:
Intranscendência da pena
Individualização da pena
PRINCÍPIO DA HUMANIDADE
Significa que o poder punitivo estatal não pode aplicar sanções que atinjam a dignidade humana ou que lesionem a constituição físico-psíquica dos condenados.
Principal entrave à adoção da pena de morte e da prisão perpétua;
Consequências: afastamento de penas cruéis e da tortura, presídios com boas condições 
Zaffaroni: o princípio determina a “inconstitucionalidade de qualuqer pena ou consequência do delito que crie uma deficiência física(...) como também qualquer consequência jurídica inapagável do delito”.
PRINCÍPIO DA LESIVIDADE
Contempla a noção de bem jurídico não se admite criminalização de conduta que não exista lesão de um bem jurídico;
Dentro da lesividade há três consequências/efeitos fundamentais :
Principio da Intervenção mínima: Refere-se à escolha dos bens jurídicos TRAVA MATERIAL NO QUE É FUNDAMENTAL;
Para CIRINO DOS SANTOS, refere-se ao Princípio da Lesividade;
A legalidade limita mas não exclui o arbítrio legal, que fica livre para criar crimes e penas sem base material;
Daí a necessidade do princípio “ultima ratio”: A criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a proteção de determinado bem jurídico;
Se outras formas de sanção e controle social forem suficientes, então a criminalização da conduta é inadequada;
Por isso se diz que o DP é subsidiário Não atua de regra, só quando instâncias sociais/os demais ramos do dto não dão conta
Princípio da Fragmentariedade: Nem todas as ações que lesionam bens jurídicos são proibidas SELEÇÃO DE CONDUTAS;
O DP se aplica apenas às ações mais graves praticadas contra os bens jurídicos mais importantes- daí a fragmentariedade (somente parte do ordenamento é protegida);
Por isso o DP não é um sistema exaustivo de proteção mas, sim, um sistema descontínuo , seletivo;
Princípio da Insignificância: 
Cunhado por ROXIN (1964): “mínima non curat praetor” (o juiz não se deve preocupar com questões mínimas). Também é conhecido por “princípio da bagatela”;
Efeito: Afasta a tipicidade de uma conduta;
“A tipicidade penal exige uma ofensa de alguma gravidade aos bens jurídicos protegidos, pois nem sempre qualquer ofensa a esses bens ou interesses é suficiente para configurar o injusto típico”.
É necesaria uma mínima “proporcionalidade entre a gravidade da conduta que se pretende punir e a drasticidade da intervenção penal;”
Problemas: Aplicação contrária ao modelo democrático (Tripartição dos poderes)
O própio legislador estabelece quando pretende que se trate do bem jurídico ou da lesão causada de forma mais leve- isso não cabe ao julgador
Princípio da adequação Social ( Decorre da Intervenção mínima)
O DP só pode tipificar condutas que tenham uma certa relevância social – “condutas que se consideram ‘socialmentes adequadas’ não podem constituir delitos e, por isso, não se revestem de tipicidade”;
Aplicação como critério de interpretação: explicaria, por exemplo, a desnecessidade de punir o apontador do jogo do bicho, mantendo a punição do banqueiro do jogo;
PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE PENAL PESSOAL: (não necessariamente independente)
A responsabilização pelo crime é extensível apenas aos autores e particípes do fato criminoso - de modo que a pena não pode passar da pessoa do condenado;
“Limita a responsabilidade penal aos seres humas de carne e osso” com exclusão conceitual das pessoas jurídicas;
** O nosso DP é baseado no finalismo (anos 30/40), e é uma consequência da ideia do Ontologismo; Logo pretende, ainda apoiado no positivismo, transmitir para o sistema juridico a realidade

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