4 Recurso contra a sentença de Pronúncia Júri Popular 4

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Walmir Debortolli 
Waldir Fernandes 
RUA CALARGE, 364 - FONE (067) 382-9136 - FAX 721-0517 - CEP 79004-290 CAMPO GRANDE -MS 
 
EXCELENTISSIMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DO 
TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE CAMPO GRANDE-MS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cód: 0036594-49.2013.8.12.0001 
 
 THIAGO AUGUSTO GARCIA 
WATANABE, devidamente qualificado nos autos da ação penal em trânite 
por esse R. Juízo e respectivo Cartório, por seu advogado e procurador que 
esta subscreve, vêm com o devido respeito e acatamento à presença de Vossa 
Excelência, interpor RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, com fundamento 
no art. 581. IV Código de Processo Penal. 
 
 Caso Vossa Excelência, não retrate da R. 
Decisão de fls. dos autos requer seja os autos submetidos ao Tribunal de 
Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul. (doc. Anexo). 
 
 
 Termo em que. 
 
 P. Deferimento. 
 
 Campo Grande, 15 de dezembro de 2015 
 
 Waldir Fernandes 
 OAB/MS 12.051 
 
 
 
 
 
 
 
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Walmir Debortolli 
Waldir Fernandes 
RUA CALARGE, 364 - FONE (067) 382-9136 - FAX 721-0517 - CEP 79004-290 CAMPO GRANDE -MS 
 
Processo nº 0036594-49.2013.08.12.0001 
 
Apelante : Thiago Augusto Garcia Watamabe. 
 
Apelada : Justiça Pública estadual 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Razões do Apelante 
 
 
EMÉRITOS JULGADORES. 
 
 
Embora o brilho com que fora prolatada a 
R. Sentença de Pronuncia, “ data máxima vênia”, a mesma deve ser reformada 
totalmente em relação ao acusado THIAGO AUGUSTO GARCIA 
WATANABE, uma vez que do exame das provas produzidas e, tudo mais que 
consta nos autos, constata-se que não há provas nos autos, para se pronunciar 
o defendente e muito menos manter a qualificadora do recurso que dificultou 
a defesa da vítima. 
 
O réu foi denunciado perante o juiz da 1ª 
Vara do Tribunal do Júri, porque no dia 01 de agosto de 2013, por volta das 
22:30 horas, na Rua Serra Negra, nº 287, bairro Vila Eliane, nesta Capital, 
supostamente teria efetuado disparo de arma de fogo, contra a vítima Márcio 
Ferreira dos Santos, causando-lhe lesão corporal. 
 
Interrogado em Juízo nega veementemente 
que tenha atentado contra a vida da vítima, e sim para se defender teria lhe 
agredido com um banco de madeira. 
 
Não há nos autos nenhuma testemunha que 
reconheça o réu como autor do crime. 
 
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Walmir Debortolli 
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RUA CALARGE, 364 - FONE (067) 382-9136 - FAX 721-0517 - CEP 79004-290 CAMPO GRANDE -MS 
 
Extrai-se da denúncia que o réu mantinha 
relacionamento amoroso com a pessoa de Cecília Renata Gomes, ex-
convivente da vítima Márcio Ferreira dos Santos. Ocorre que razão do 
termino do relacionamento com Cecilia e também pelo fato de esta ter um 
novo parceiro, a vítima Márcio Ferreira dos Santos a ameaçava de morte. 
 
 
Consta ainda da denúncia que na data dos 
fatos, o réu e Cecilia, estavam em uma lanchonete no bairro Sayonara, ocasião 
em que a vítima esteve presente no local, proferindo diversas ameaças ao 
casal e, após, deixou o local. 
 
Em seguida o réu e Cecília, dirigiram-se 
até a residência situada na Rua Serra Negra, nº 287, bairro Vila Eliane, sendo 
que no local avistaram a vítima Márcio na companhia de Wagner de Melo 
Lopes. 
 
Assim, acabou acontecendo uma discursão 
entre ambos, no momento em que Cecília adentrou para o interior da 
residência, o réu para se defender da agressão que estava sofrendo da vítima, 
que veio por trás para agredir o réu, e este não teve outra alternativa se não 
pegar o banco que estava sentado e se defender, sendo que acabou por acertar 
a vítima causando-lhe lesão corporal. 
 
 
Foram ouvidas as testemunhas de 
acusação, e defesa. Por fim foi realizada a oitiva do réu. As testemunhas 
ouvidas não trouxeram nem uma prova que incrimine o réu, inclusive no 
depoimento da Anna Maria e Graciela, as quais afirmaram que não 
presenciaram os fatos, apenas escutaram estampido de arma de fogo, não 
afirmando se realmente era barulho de disparo de arma de fogo. 
 
 
Com efeito, da análise das provas 
constantes no bojo dos autos, verifica-se que não há indicio suficiente a 
demonstrar que o réu, tentou contra a vida da vítima de forma livre e 
consciente, conforme narrado na denuncia, motivo pelo qual a pronúncia não 
deve ser medida necessária. 
 
Além do mais o réu não agiu com traição 
ou emboscada, pois ambos se encontraram no local dos fatos em uma 
residência localizada na Rua Serra Negra, nº 287, bairro Vila Eliane, onde 
ouve uma discursão e ambos acabaram por se agredirem. 
 
No presente caso, ficou demonstrado que 
não trata-se de traição, emboscada ou dissimulação e muito menos a vítima 
foi atacada pelas costas. 
 
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Waldir Fernandes 
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Em face do exposto e, considerando tudo 
mais que consta nos autos, Thiago Augusto Garcia Wartanabe, espera que 
essa Colenda Câmara reforme a R. Sentença de Pronuncia, com a consequente 
IMPRONUNCIA do réu, pois só assim Emérito Julgadores, estarão fazendo a 
tão esperada Justiça. 
 
 
 
Termos em que. 
 
P. Deferimento. 
 
Campo Grande, 15 de dezembro de 2015 
 
Waldir Fernandes 
OAB/MS 12.051 
 
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