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Patrick, nascido em 04/06/1960, tio de Natália, jovem de 18 anos, estava na varanda de sua casa em Araruama, em 05/03/2017, no interior do Estado do Rio de Janeiro, quando vê o namorado de sua sobrinh

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Aluno: Fellipe Besighini Valles
Matrícula: 20161107887
Prof.ª: Larissa Botelho
NPJ Penal Quinta 10h
Peça 2
Patrick, nascido em 04/06/1960, tio de Natália, jovem de 18 anos, estava na varanda de sua casa em Araruama, em 05/03/2017, no interior do Estado do Rio de Janeiro, quando vê o namorado de sua sobrinha, Lauro, agredindo-a de maneira violenta, em razão de ciúmes. Verificando o risco que sua sobrinha corria com a agressão, Patrick gritou com Lauro, que não parou de agredi-la. Patrick não tinha outra forma de intervir, porque estava com uma perna enfaixada devido a um acidente de trânsito. Ao ver que as agressões não cessavam, foi até o interior de sua residência e pegou uma arma de fogo, de uso permitido, que mantinha no imóvel, devidamente registrada, tendo ele autorização para tanto. Com intenção de causar lesão corporal que garantisse a debilidade permanente de membro de Lauro, apertou o gatilho para efetuar disparo na direção de sua perna. Por circunstâncias alheias à vontade de Patrick, a arma não funcionou, mas o barulho da arma de fogo causou temor em Lauro, que empreendeu fuga e compareceu à Delegacia para narrar a conduta de Patrick. Após meses de investigações, com oitiva dos envolvidos e das testemunhas presenciais do fato, quais sejam, Natália, Maria e José, estes dois últimos sendo vizinhos que conversavam no portão da residência, o inquérito foi concluído, e o Ministério Público ofereceu denúncia, perante o juízo competente, em face de Patrick como incurso nas sanções penais do Art. 129, § 1º, inciso III, c/c. o Art. 14, inciso II, ambos do Código Penal. Juntamente com a denúncia, vieram as principais peças que constavam do inquérito, inclusive a Folha de Antecedentes Criminais, na qual constava outra anotação por ação penal em curso pela suposta prática do crime do Art. 168 do Código Penal, bem como o laudo de exame pericial na arma de Patrick apreendida, o qual concluiu pela total incapacidade de efetuar disparos. Em busca do cumprimento do mandado de citação, o oficial de justiça comparece à residência de Patrick e verifica que o imóvel se encontrava trancado. Apenas em razão desse único comparecimento no dia 26/02/2018, certifica que o réu estava se ocultando para não ser citado e realiza, no dia seguinte, citação por hora certa, juntando o resultado do mandado de citação e intimação para defesa aos autos no mesmo dia. Maria, vizinha que presenciou a conduta do oficial de justiça, se assusta e liga para o advogado de Patrick, informando o ocorrido e esclarecendo que ele se encontra trabalhando e ficará embarcado por 15 dias. O advogado entra em contato com Patrick por e-mail e este apenas consegue encaminhar uma procuração para adoção das medidas cabíveis, fazendo uma pequena síntese do ocorrido por escrito. Considerando a situação narrada, apresente, na qualidade do advogado de Patrick, a peça jurídica cabível, diferente do habeas corpus, apresentando todas as teses jurídicas de direito material e processual pertinentes. A peça deverá ser datada do último dia do prazo.
EXCELENTISSIMO JUÍZO DE DIREITO DA VARA. XX CRIMINAL DA COMARCA DE ARARUAMA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
 
 Processo nº:...
 
PATRICK, já qualificado nos autos da ação penal em epígrafe, por sua advogada, devidamente constituída conforme procuração em anexo, vem respeitosamente, a presença de Vossa Excelência, nos termos dos artigos 396 e 396–A, ambos do Código de Processo Penal, a presentar: 
 
RESPOSTA Á ACUSAÇÃO
 
pelos fatos e fundamentos abaixo aduzidos: 
I - DOS FATOS 
De acordo com a denúncia, no 05 de março de 2017, Patrick, estava na varanda de sua casa, em Araruama, no interior do Estado do Rio de Janeiro, quando vê o namorado de sua sobrinha, Lauro, agredindo-a, de maneira violenta, em razão de ciúmes. 
Por sua vez, verificando o risco que sua sobrinha corria com as agressões, Patrick gritou com Lauro, que não parou de agredi-la, foi no interior de sua residência, pegou uma arma de fogo, de uso permitido, que mantinha no interior de seu imóvel, devidamente registrada, tendo ele autorização para tanto, tentou efetuar disparos para cessar a agressão que sua sobrinha sofria de Lauro, seu namorado. 
Cumpre ressaltar, por circunstâncias alheias à vontade de Patrick, a arma de fogo não funcionou, mas o barulho da mesma causou temor em Lauro, que empreendeu fuga e compareceu à Delegacia para narrar a conduta de Patrick. 
Findo o inquérito policial, Patrick foi denunciado, e logo após citado por hora certa para apresentar resposta à acusação no prazo legal. 
II - DAS PRELIMINARES 
a) NULIDADE DE CITAÇÃO 
Verifica-se, no caso, manifesta nulidade no ato da citação. Da análise dos fatos, verifica-se que não é cabível tal citação, vez que o Oficial de Justiça não esgotou todos os meios para tentar citar o réu, foi a casa do mesmo uma única vez, o que caracteriza manifesta nulidade na citação, artigo 362 do Código de Processo Penal e artigos 227 da Lei nº 5.869 de janeiro de 1973 do Código de Processo Civil. Ocorre que, no caso, não seria possível a citação por hora certa, já que não havia nenhum indício concreto de que o acusado estaria se ocultando para não ser citado. Simplesmente a residência do Réu encontrava-se fechada porque ele estava trabalhando em embarcação, sendo prematura a conclusão do Oficial de Justiça apenas com base em um único comparecimento na residência daquele que pretendia citar. Dessa forma, a citação foi inválida e certamente houve prejuízo ao exercício do direito de defesa, tendo em vista que o advogado não conseguiu conversar com o réu sobre os fatos antes de apresentar resposta à acusação. 
III- DO DIREITO 
a) Conforme pode -se de notar, o réu tinha a intenção de atirar em Lauro, porém, a arma que seria utilizada estava com absoluta impropriedade do, vez que não poderia ser utilizada para realizar disparos. 
b) O crime impossível está previsto no artigo 17 do código penal. Dispõe o artigo 17 do código penal que não se puni rá a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar -se o crime, devendo o réu ser absolvido sumariamente com fulcro no artigo 397, inciso III do Código De Processo Penal. 
c) Caso não seja esse o entendimento de Vossa Excelência, o que se admite apenas em respeito ao princípio da eventualidade, deverá ser declarado em favor do réu a excludente de ilicitude de legítima defesa em favor de terceiro. 
d) Verifica-se, pois, que o único meio que Patrick teria para cessar a injusta agressão sofrida por sua sobrinha seria com o disparo da arma de fogo, pois, sua debilidade não permitiria que o mesmo pudesse se fazer de outra maneira para cessar a agressão, artigo 25 do código penal. 
e) Assim, ficou manifesto que o réu tem seus direitos resguardados pela excludente de legítima defesa, portanto, Vossa Excelência de verá absolver sumariamente o réu nos termos do artigo 397, inciso I.
III- DOS PEDIDOS 
a) Diante de todo o exposto, pugna-se pela anulação do processo devido a NULIDADE DE CITAÇÃO, vez que o oficial de justiça deveria ter esgotados os meios de procura para citar o réu; 
b) subsidiariamente, requer-se a absolvição sumária com fundamento no artigo 397, inciso I e III do Código De Processo Penal; pugna-se também pela apresentação do rol de testemunhas. 
Nestes Termos
Pede o deferimento 
Rio de Janeiro, 09 de março de 2018
Advogado 
OAB
ROL DE TESTEMUNHAS 
1) Maria, RG..., CPF... e endereço... 
2) Natália, RG..., CPF... e endereço...
3) José, RG..., CPF... e endereço...

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