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DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV PLANO AULA 14

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV - CCJ0038
Semana Aula: 14
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR INSOLVENTE.
Tema
Execução por quantia certa contra devedor insolvente.
 
Palavras-chave
Direito. Processual. Execução. Obrigação de Pagar. Insolvência Civil.
Objetivos
- Conhecer as regras que norteiam a execução por quantia certa contra devedor insolvente, fundada em título executivo judicial ou extrajudicial.
- Examinar o que deve constar na peça inaugural, bem como o comportamento a ser adotado pelo magistrado na sequência.
- Estudar as teses defensivas que poderão ser apresentadas pelo executado.
- Diferenciar as etapas neste processo, tanto a de caráter cognitivo quanto a que inaugura a execução universal, com todas as suas peculiaridades. 
Estrutura de Conteúdo
1. Regras que norteiam a execução por quantia certa contra devedor insolvente, fundada em título executivo judicial ou extrajudicial.
2. A peça inaugural, bem como o comportamento a ser adotado pelo magistrado na sequência.
3. As teses defensivas que poderão ser apresentadas pelo executado.
4. As etapas neste processo, tanto a de caráter cognitivo quanto a que inaugura a execução universal, com todas as suas peculiaridades. 
Procedimentos de Ensino
Após a apresentação do plano de ensino e da metodologia, deverá o professor dar início à abordagem do tema, incluindo referências ao caso concreto e questão de múltipla escolha. Sugerimos que nesta aula o professor aborde as regras que norteiam a execução por quantia certa contra devedor insolvente, fundada em título executivo judicial ou extrajudicial. Que seja também analisada a peça inaugural, bem como o comportamento a ser adotado pelo magistrado na sequência, além das teses defensivas que poderão ser apresentadas pelo executado. Discutir, ainda, sobre as etapas neste processo, tanto a de caráter cognitivo quanto a que inaugura a execução universal, com todas as suas peculiaridades. 
Estratégias de Aprendizagem
Aula expositiva e aula expositiva dialogada com ênfase na metodologia do caso concreto.
 
Indicação de Leitura Específica
 ARAÚJO, Luís Carlos de, MELLO, Cleyson de Moraes (Orgs). Curso do  Novo Processo Civil. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2015.
HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Novo Código de Processo Civil – Comparado e Anotado. 1ª Ed. Niterói: Impetus, 2015.
Recursos
Lousa. Data show e material complementar em mídias diversas.
 
Aplicação: articulação teoria e prática
1a Questão: No curso de execução de prestação pecuniária fundada em título executivo extrajudicial, o magistrado, considerando a insuficiência de bens do devedor para a satisfação da dívida executada, profere decisão ex officio, "transformando" o processo de execução contra devedor solvente em processo de execução contra devedor insolvente. Pergunta-se: foi correta a decisão do magistrado? Fundamente.
 
2a Questão. Considerando que o NCPC (Lei nº 13.105/15), não mais disciplina o tema ?execução por quantia certa contra devedor insolvente?, qual deverá ser a lei a ser aplicada para os novos casos?
a)    Permanecerá o CPC-73, que terá ultratividade neste tema; 
b)    Será observado, por analogia, o mesmo regramento da falência (Lei nº 11.101/05); 
c)    Será observado, por analogia, o mesmo regramento da execução para obrigação de pagar envolvendo devedor solvente;
d)    Este procedimento deixa de existir pela ausência de regramento específico.
Avaliação
Resposta da 1a questão: 
Resposta negativa se impõe. Segundo a doutrina: ?O Código não prevê a decretação de insolvência ex officio pelo juiz, nem como iniciativa originária de processo, nem como incidentes de execução singular. Prova disso é que o fato de não serem encontrados bens a penhorar não conduz ao reconhecimento da insolvência do devedor, mas apenas à suspensão da execução singular. Dessarte, e tendo presente o princípio geral do ne proceda judex ex officio,  a possibilidade de iniciativa do juiz para a declaração de ofício de insolvência deve ser repelida?. (THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil, Vol. II. 41ª Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2003, p. 486). Este, por sinal, também é o entendimento adotado nos Tribunais, conforme se observa no seguinte julgado: ?Nula, portanto, se revela a decisão que admite a transformação do processo de ação iniciada como execução contra devedor solvente em execução contra devedor insolvente, transformação esta alicerçada no simples fundamento de não se encontrarem bens ou forem estes insuficientes para satisfação da dívida executada. É que a declaração de insolvência exige processo de conhecimento que não é processo de execução, e cujo rito se inscreve na lei como procedimento ordinário, o que torna incabível a transformação?. (TJ-MG, Apelação Cível nº 41.768, Rel. Des. Assis Santiago).
  
Resposta da 2ª questão: 
Gabarito: A
Justificativa: Em realidade, o NCPC (Lei nº 13.105/15), pontua o tema em seu art. 1.052. Este dispositivo estabelece que, até a criação de lei específica, o modelo primitivo (art. 748 ? art. 786-A, CPC-73) permanece em vigor regulamentando os processos de execução por quantia certa em face de devedor insolvente, mais conhecido como insolvência civil. 
Considerações Adicionais

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