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Resumo História do Direito AV1

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Resumo de Aula
Tradições Civil Law e Common Law - são modelos jurídicos - sofreram influências jurídicas - mas cada uma se desenvolveu de forma distinta. Mas tiveram influência do Direito Romano.
Civil Law - norma jurídica - tradição Jurídica romano germânico
Civil Law registra suas origens com base no direito romano, combinação indispensável à concretização da liberdade, igualdade e certeza jurídica.
A igualdade no civil law foi diretamente associada a aplicação da lei.
Civil Law no Direito Brasileiro - o Artigo 5 II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei.
 
Common Law ou Direito comum - Leis de precedente judiciais (Direito Comum) feito por regras não escritas - é um sistema costumeiro 
conclusão
No sistema Civil Law, com origens romano-germanicas, a lei tem o papel fundamental de representar a vontade na nação, limitando a ação do juiz à subsunção da letra da Lei. 
Por outro lado a Common Law é originário de regras não escritas, oriundas de antigos costumes e tradições, que foram trabalhadas por juízes ingleses ao longo do tempo.
***************************
Tratado de Tordesilhas (1494): Primeiro documento assinado entre nações, sem a presença da igreja.
Marco inaugural da a diplomacia moderna.
***************************
Período Pré-Colonial (1500 – 1532): O interesse de Portugal permanece nas Índias pois o comércio de
especiarias é lucrativo na europa. Portugal mantém o interesse de explorar pau-brasil (escambo com os
índios), reprimir invasões estrangeiras e fundar vilas. Obs: Pelurinhos = presença do Rei e da Justiça.
***************************
Capitanias Hereditárias (1534): Com a função de acompanhar a colônia mais de perto, e sem precisar
dispender dinheiro da coroa, são distribuídas Capitanias Hereditárias como forma de investimento privado.
Os donatários receberiam as CH e realizaram um investimento próprio para poderem administrar estas
capitanias. Surgem os seguintes documentos jurídicos: Foral, Carta de Doação e Seis Marias.
Foral: fixava os direitos e deveres dos donatário. Direitos: exerciam a justiça, poderiam doar
seismarias, poderiam escravizar índios, recebiam 20% do lucro com o pau-brasil. Deveres: não poderiam
repassar as capitanias, manteriam o MONOPÓLIO da caroa, pagariam tributos à coroa.
Carta de Doação: concedia a CH ao donatário, estabelecia os limites das capitanias. A transmissão
das CH ocorreria pela hereditariedade. Regulamentava a aplicação das leis portuguesas no Brasil
(Ordenações Afonsinas, Manuelinas e Filipinas)
Seismarias: normatizava a doações de terras dentro das CH. Seriam uma subdoação.
***************************
Governo Gerais 
A organização adminstrativa do Brasil era a seguinte:
Governador-Geral: função central na administração, representava a vontade do Rei de Portugal no Brasil.
Ouvidor-Mor: funções relativas à Justiça.
Provedor-Mor: funções relativas à finanças e tributos
Defensor-Mor: funções relativas à defesa das terras brasileiras.
Juiz Ordinário: julgava os casos mais costumeiros; residia na comarca, era eleito, nao era baixaréu em
direito, julga de forma consuetudinária.
Juiz de Fora: era o juiz baixaréu em direito, era um emissário real enviado pela coroa, julgava de forma
mais imparcial, evitava o conflito dos Conselhos Municipais com os da metrópole.
Ouvidor Geral: era escolhido pelo donatário e garantia seus interesses.
Corregedor: Fiscalizava o cumprimento da lei e o interesse da coroa.
***************************
Ordenações Portuguesas
	Portanto, a primeira grande codificação do direito português foram as chamadas Ordenações Afonsinas, resultado do trabalho iniciado em 1385 pelo rei Dom João I e concluído apenas no reinado do rei Afonso V (por isso Ordenações Afonsinas, em referência ao rei Afonso V).
	É importante ressaltar que o direito romano foi a base das leis gerais e ordenações portuguesas, desde a Idade Média até os tempos modernos, e que muitas leis portuguesas foram simplesmente cópias adaptadas do direito romano
	As Ordenações Afonsinas vigoraram de 1446 até 1521, quando foram publicadas as Ordenações Manuelinas, no reinado de Dom Manuel I. De 1446 até 1521, prevaleceram as Ordenações Afonsinas.
	De 1521 a 1603 aconteceu a mesma coisa. Novas leis extravagantes foram publicadas fora das Ordenações e que depois foram reunidas nas chamadas Ordenações Filipinas, publicadas em 1603, durante o governo do rei Felipe
	O primeiro produto explorado no Brasil foi o pau-brasil, depois açucar e só mais tarde o ouro.
União Ibérica (1580 – 1640): com a união dos tronos de Portugal e Espanha, com a ocorrência das invasões
holandesas (ex-colonias espanholas) no nordeste brasileiro e sua futura expulsão e com a subsequente
concorrência açucareira, a economia brasileira entra em declínio. A falência do sistema açucareio leva a INTERIORIZAÇÃO DA COLÔNIA na busca pelo tão sonhado OURO.
A era do OURO (1695): o ouro é encontrado e traz grandes modificações na colônia.
- Transformações sociais: a sociedade estritamente ESTAMENTAL começa a ser permeada por indivíduos
que pertenciam a uma camada mais inferior e que tornaram-se ricos com o ouro.
- Fluxo migratório para região sudeste
- Mudança de eixo econômico para o Sudeste
- Arrocho FISCAL e LEGISLATIVO
- Crescimento das cidades
Justiça do século XVII:
- Casa de Suplicação: ficavam em Portugal, era uma espécie de última instância judicial.
- Relação da Bahia: ficava no Brasil, era uma espécie de segunda instância.
- Corregedor, Ouvidor, Juiz de Fora, Juiz Ordinário: idem
- Juiz de Vintena: juizes de pequenos vilarejos
Com a Revolução Francesa os ideais iluministas fervilham na Europa, isso reflete no direito português e vai refletir também no direito brasileiro. Os IDEAIS LIBERAIS pregavam:
- Igualdade perante a lei
- Limitação do Poder do rei por meio de uma Constituição
- Estado laico
- Garantia das liberdades individuais
**************************************
Reforma Pombaliana (1755): Portugal sofre um terremoto e o marquês de Pombal, grande administrador instaura uma grande reforma, e isso se reflete no Brasil no âmbito jurídico.
- Exclusão das GLOSAS e OPINIÕES (Leis Romanas).
- Crítica ao saber jurídico tradicional – forma de pensar Iluminista.
- Crítica às interpretações de BARTOLO e ACÚRSIO às leis Romanas.
**************************************
Revoltas brasileiras: principais – Inconfidência Mineira e conjuração Baiana. Os inconfidentes reclamavam da alta carga tributária e do extremo controle fiscal da colônia em relação à exploração do ouro. Era um sentimento local e não um movimento NACIONAL, não há ideia de nação.
- Inconfidência Mineira: Revolta contra os altos impostos cobrados sobre o ouro. A derrama estaria prestes a acontecer e a aristrocacia mineira queria se libertar do arrocho político, fiscal e financeiro da coroa. Foram influenciados pelos ideais liberais. Foram punidos rigorosamente pela justiça local, serviam como exemplo a não ser seguido.
- Conjuração Baiana: Revolta também influenciada pelos ideiais liberais. Difere da mineira por ter sido realizada pela população mais pobre. Para as altas camadas sociais, os pobres, índios, escravos e cristãos
novos apresentavam o “defeito mecânico” e eram subjulgados e deixados de lado pelas politicas públicas.
Lutavam por um livre comércio, igualdade e garantias liberais. Foram massacrados e punidos rigorosomente
pela justiça local, serviam como exemplo a não ser seguido.
Surgimento das sesmarias no Brasil
	A monarquia portuguesa, nessa tarefa de povoar o imenso território, encontrou nas bases de sua tradição um modelo: as sesmarias. Foram as normas jurídicas do Reino que orientaram a distribuição da terra aos colonos. A lei D. Fernando I, de 1375, pregava o retorno das terras não cultivadas para as mãos da Coroa. Essa lei foi incorporada nas Ordenações Filipinas, Manuelinas e Afonsinas.
As capitanias eram imensos tratos de terras que foram distribuídos entre fidalgos da pequena nobreza,homens de negócios, funcionários burocratas e militares. Entre os capitães que receberam donatarias, contam-se feitores, tesoureiros do reino, escudeiros reais e banqueiros.
D. João III, o Colonizador, adotou no Brasil o sistema de capitanias. Tratava-se de uma forma de promover a ocupação da terra sem onerar a Coroa, uma vez que todos os gastos ficavam a cargo do donatário.
É importante lembrar que as sesmarias não eram de domínio total dos donatários ricos, mas apenas lhes tocavam as partes de terras especificadas nas cartas de doações. Os donatários se constituíram em administradores, achando-se investidos de mandatos da Coroa para doar as terras e tendo recebido a capitania com a finalidade colonizadora. Eles não tinham poderes ilimitados, não foram legitimadores nem do público nem do privado e cabia-lhes apenas cumprir as ordens de Portugal.
As cartas de Sesmarias eram documentos passados pelas autoridades para doar terras; nelas, os donatários ou governadores de províncias autorizavam ou não as doações.
Em 1822, suspendeu-se a concessão de sesmarias e isso acabou por beneficiar posseiros que cultivavam a terra. O fim das sesmarias consagrou a importância social dos posseiros. Embora terminada juridicamente a concessão, não se acabou com a figura do sesmeiro. Grande fazendeiro, ele não seria derrotado pela política do Império.
A Carta de 1824 garantiu assim o direito de propriedade, sem fazer alarde aos problemas herdados das sesmarias nem às terras devolutas.
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A estrutura jurídica no Brasil colonial. Criação, ordenação e implementação
O período historicamente denominado Brasil Colônia – em que o Brasil esteve sob domínio de Portugal – compreende os anos de 1500 até 1822.
O ordenamento e toda a estrutura jurídica portuguesa estavam reunidos nas Ordenações.
“Três grandes compilações formavam a estrutura jurídica portuguesa. O primeiro a ordenar uma codificação foi D. João I, que reinou de 1385 a 1433. A elaboração atravessou o reinado de D. Duarte, a regência de D. Leonor, sendo promulgadas pelo recém-coroado Afonso V, que, apesar de nada ter contribuído para a obra, deu-lhe nome: Ordenações Afonsinas, que vigoraram de 1446 a 1521, ano em que D. Manoel promulgou a que levou seu nome: Ordenações Manoelinas, fruto da revisão das Afonsinas e da recompilação das leis extravagantes[2]. Depois das Manoelinas, Duarte Nunes de Leão recompilou novas leis extravagantes, até 1569, publicação muito conhecida por Código Sebastiânico, apesar de não ter havido participação ativa de D. Sebastião. Uma nova revisão das Ordenações foi encomendada pelo rei Filipe II a grupo de juristas chefiado por Damião de Aguiar, que as apresentou e obteve aprovação, em 1595, somente impressa e entrada em vigor em 1605 com o nome de Ordenações Filipinas.”[3]-[4]
As Ordenações abrangiam juridicamente não só a sede do império, mas também suas colônias, porém, nem todas as leis eram de fácil aplicação no Brasil (assim como em outras colônias, onde muitas leis precisaram ser adaptadas), devido às peculiaridades culturais ou à falta de condições (de aplicação).
Governo geral
Iniciou-se em 1549, com a instalação do Governo-Geral, por Tomé de Sousa).
Devido a abusos nas funções judiciais que alguns cometiam, houve uma estruturação do judiciário (que iniciou-se em 1549, com a instalação do Governo-Geral, por Tomé de Sousa).
Junto com o Governador-Geral veio o Desembargador Pero Borges, que desempenhou a função de administrador da Justiça, no cargo de Ouvidor-Geral.
Cada capitania tinha um Ouvidor da Comarca, que solucionava as pendengas jurídicas nas vilas.
Caso alguém se sentisse prejudicado com alguma decisão do Ouvidor da Comarca, poderia recorrer ao Ouvidor-Geral, que ficava na Bahia.
Com o tempo o Corregedor passou a ter mais poderes sobre os ouvidores e juízes, tornando-se a autoridade judiciária superior nas Comarcas.                                                          
ESTRUTURA DO JUDICIÁRIO NO BRASIL COLÔNIA
Com a chegada da corte real ao Brasil, vieram, também, os juízes, que eram chamados de ouvidores do cível e ouvidores do crime (o nome variava conforme a especialidade que julgavam). Estes juízes formaram o que denominou-se Casa da Justiça da Corte.
Além das Ordenações, as fontes normativas utilizadas pelo judiciário da época eram:
Juízes da Terra (ou juízes ordinários) – eleitos pela comunidade, não sendo letrados, que apreciavam as causas em que se aplicavam os forais, isto é, o direito local, e cuja jurisdição era simbolizada pelo bastão vermelho que empunhavam (2 por cidade).
Juízes de Fora (figura criada em 1352) – nomeados pelo rei dentre bacharéis letrados, com a finalidade de serem o suporte do rei nas localidades, garantindo a aplicação das ordenações gerais do Reino.
Juízes de Órfãos – com a função de serem guardiões dos órfãos e das heranças, solucionando as questões sucessórias a eles ligados.
Provedores – colocados acima dos juízes de órfãos, para o cuidado  geral dos órfãos, instituições de caridade (hospitais e irmandades) e legitimação de testamentos (feitos, naquela época, verbalmente, o que gerava muitos problemas).
Corregedores – nomeados pelo rei, com função primordialmente investigatória e recursal, inspecionando, em visitas às cidades e vilas que integravam sua comarca, como se dava a administração da Justiça, julgando as causas em que os próprios juízes estivessem implicados.
Desembargadores - magistrados de 2ª instância, que apreciavam as apelações e os recursos de suplicação (para obter a clemência real). Recebiam tal nome porque despachavam ("desembargavam") diretamente com o rei as petições formuladas pelos particulares em questões de graça e de justiça, preparando e executando as deciões régias. Aos poucos, os reis foram lhes conferindo autoridade para tomar, em seu nome, as decisões sobre tais matérias, passando a constituir o Desembargo do Paço.”[8]
A Casa da Justiça da Corte passou, então, a se chamar Casa da Suplicação, mudando também sua função, constituindo-se um tribunal de apelação.
A Casa da Suplicação era formada por duas mesas, uma cívil (do Cívil) e uma criminal (do Crime), também conhecida como “casinha” e formalmente chamada de Desembargo do Paço (julgava as apelações criminais onde a pena imputada fosse a pena de morte, podendo ser agraciada, ou não, com a concessão da clemência real.
Com a instituição dos Tribunais de Relação[9] como cortes de 2ª instância, a Casa da Suplicação passou a ser a Corte Suprema para Portugal e as Colônias.
“Assim, a Casa da Suplicação passou a ser o intérprete máximo do direito português, constituindo suas decisões assentos que deveriam ser acolhidos pelas instâncias inferiores como jurisprudência vinculante.”[10]           
A estrutura da Justiça brasileira, no fim do período colonial era a seguinte:
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Bloqueio Continental.
Portugal, que mantinha fortes relações econômicas com a Inglaterra, não podia aderir ao bloqueio de Napoleão. Ao mesmo tempo, não podia recusá-lo, pois seu país poderia ser invadido pelas tropas francesas. Ameaçado por ingleses e franceses, a situação do príncipe-regente português era delicada.
ATENÇÃO
Por isso, em 27 de Novembro de 1807, acompanhado de aproximadamente 15 mil pessoas, o príncipe deixa o porto de Lisboa rumo à parte americana de seu Império: o Brasil, ou a América portuguesa, evitando a perda de seu trono e, ao mesmo tempo, reconstruindo, a partir das Américas, um império grandioso como foi o Portugal cantado por Camões, em seu famoso poema “Os Lusíadas”.
3. Brasil Império
Chegada da Familía Real (1808): Família Real chega ao Brasil – Napoleão invade Portugal – Apoio Inglês
Mudanças ocasionadas: interiorização da metrópole, estrutura das cidades, importância do sudeste,
aspectos políticos, abertura dos portos para as nações amigas, fim do pacto colonial, brasil sobe em status, Rio de Janeiro sede do Governo Português – “Nova Lisboa”.
Revolta do Porto – Portugal (1820): Exigiam o retornodo Rei, o fim do processo de “interiorização da
metrópole”, promulgação de uma Constituição. Resultado: D. João VI retorna a portugal, mas deixa seu
herdeiro D. Pedro I no Brasil – a casa de Bragança mantém o controle de Portugal e do Brasil. Surgem
algumas correntes políticas no Brasil – Partido Brasileiro – Partido Português.
ATENÇÃO
No dia 26 de abril de 1821, D. João VI finalmente regressou a Portugal, atendendo ao pedido das Cortes e causando descontentamento entre os brasileiros, que chegaram a tentar impedir a sua saída pelo porto da Guanabara. Constatada a inevitabilidade do retorno do rei, alguns componentes do Partido Brasileiro passaram a defender a ideia da separação entre os reinos, como forma de assegurar a autonomia da região Centro-sul da América portuguesa em relação ao Império português.
ATENÇÃO
A disputa entre as Cortes e o Partido Brasileiro teve momentos decisivos. Em 9 de janeiro de 1822, o príncipe Pedro recebeu um manifesto com mais de 8 mil assinaturas pedindo que ele ficasse no Brasil e concordou em ficar. O episódio é conhecido como o Dia do Fico.
RESUMO
	Vimos nesse capítulo que, em meados do século XVIII, no contexto de crise do Antigo Regime europeu, multiplicaram-se pela América portuguesa movimentos de insatisfação em relação ao excessivo controle e/ou à cobrança de impostos vindas da metrópole. Dois dos movimentos mais conhecidos da época foram: a conjuração mineira e a conjuração baiana.
	Vimos também que não é possível afirmar que esses movimentos tiveram alcance nacional ou pretendiam lutar pela independência nacional, pois a nação e a nacionalidade brasileira não estavam constituídas até meados do século XIX.
	Por fim, vimos que as repercussões da Revolução Francesa e a difusão do ideário liberal pelo continente europeu tiveram seus efeitos também no continente americano: elas serviram de inspiração para os movimentos contestatórios citados acima e estiveram indiretamente ligados a uma grande mudança ocorrida na América portuguesa: a transferência da Corte portuguesa para a parte americana de seu império. Pressionados pelos ingleses e por Napoleão, o príncipe regente português se decidiu pela transferência da sede do império português para as Américas, em um processo que ficou conhecido como a “interiorização da metrópole”.
	Os conflitos ligados à independência e à formação do Brasil não foram motivados por critérios de nacionalidade, mas por disputas no interior do Império, entre aqueles que se sentiam prejudicados e os que haviam obtido benefícios com a mudança no status da cidade do Rio de Janeiro. Dessas disputas internas surgiria, em 1822, o Brasil.
4. Primeiro Reinado
Independência do Brasil (1822): D. Pedro I decreta a independência do Brasil. Era um movimento esperado, pode-se dizer que foi um movimento planejado já por D. João VI, que deixou seu filho aqui, a fim de manter ambos os tronos sob o comando da casa de Brangança. As forças políticas vigentes no país antes da decretação da independência são as seguintes:
- Partido BRASILEIRO:
Aristocratas (José Bonifácio): defendiam uma centralização administrativa, um Executivo forte, tinham o projeto imperial de expansão para o interior.
Democratas (Gonçalves Ledo): defendiam um descentralização administrativa, um Legislativo forte.
- Partido PORTUGUÊS: defendiam o retorno de D. João VI e retorno do Brasil à condição de colônia.
A Constituição de 1824 e suas repercussões
Diante dessa situação, em novembro de 1823, o Imperador Pedro I, em uma atitude carregada de autoritarismo, fecha a assembleia constituinte e nomeia um Conselho de Estado para ajudá-lo na elaboração de uma nova Constituição, sem a participação dos membros da Assembleia, diminuindo sua representatividade.
Características da Constituição de 1824:
- Estabelece uma Monarquia constitucional, hereditária e representativa.
- Divisão entre 4 Poderes: Legislativo, Executivo, Judiciário e Moderador.
- Voto censitário e indireto.
- Estabelece o catolicismo como religião oficial, estando ela subordinada ao Estado.
- Estabelece um rol de direitos e garantias individuais.
Poder Moderador: Estabelecia que o Imperador era inviolável e sagrado e que exercia o controle dos outros
3 poderes. Ex: escolha de senadores, sanciona decretos, suspende magistrados, moderar penas.
ATENÇÃO
Entre as principais características da Carta de 1824, podemos citar: • A consagração do modelo de monarquia unitarista, na qual o imperador nomeia os presidentes de província, subordinando-os diretamente à autoridade central.
Isso desagradou algumas regiões, pois foi interpretado como um desrespeito às autonomias locais;
• A instituição do padroado, segundo o qual a Igreja Católica no Brasil ficava subordinada à autoridade real;
• O sistema eleitoral indireto e censitário, que excluía uma grande parcela da população do direito ao voto e a divisão de poderes, não em três, como na teoria de Montesquieu, mas em três mais um, que estaria acima desses três e que seria exercido exclusivamente pelo imperador: o Poder Moderador.
****
	Por isso, em Pernambuco, onde a chama do autogoverno esteve acesa alguns anos antes, a notícia de que o rei nomearia um presidente de província para a região, desconsiderando a indicação da câmara municipal local, foi o estopim para o início do movimento
nomeado de Confederação do Equador.
	Entre as lideranças do movimento, que pretendia separar-se do Império do Brasil e formar um novo país composto por uma confederação de estados da qual fariam parte as províncias da Bahia até o Grão-Pará, estavam o mestiço Natividade Saldanha e frei Joaquim do Amor Divino Rabelo e Caneca, mais conhecido como frei Caneca.
************************************
1ª Instância
Juiz de Vintena (Juiz de paz para os lugares com mais de 20 famílias, decidindo verbalmente pequenas causas cíveis, sem direito a apelação ou agravo (nomeado por um ano pela Câmara Municipal).
Juiz Ordinário (eleito na localidade, para as causas comuns);
Juiz de fora (substituía o ouvidor da comarca).
2ª Instância
Relação da Bahia (de 1609 a 1758, teve 168 Desembargadores);
Relação do Rio de Janeiro.
3ª Instância
Casa da Suplicação;
Desembargo do Paço;
Mesa da Consciência e Ordens.[18]
Com a vinda da família real ao Brasil em 1808, a Relação do Rio de Janeiro foi transformada em Casa da Suplicação para todo o Reino, com 23 desembargadores (Alvará de 10 de maio de 1808), criando-se, então, as Relações do Maranhão, em 1812, e de Pernambuco, em 1821.
Como órgãos superiores das jurisdições especializadas, foram instituídos nessa época:
Conselho Supremo Militar (Alvará de 1 de abril de 1808);
Mesa do Desembargo do Paço e da Consciência e Ordens (Alvará de 22 de abril de 1808);
Juiz Conservador da Nação Britânica (Decreto de 4 de maio de 1808), como garantia de foro privilegiado para os súditos ingleses, sendo exercido por um juiz brasileiro, mas eleito pelos ingleses residentes no Brasil e aprovado pelo embaixador britânico (foi mantido após a independência brasileira, como parte do tratado de reconhecimento da independência pela Inglaterra, sendo extinto pela Lei de 7 de dezembro de 1831);
Intendente Geral de Polícia (Alvará de 10 de maio de 1808), com jurisdição sobre os juízes criminais, que recorriam para ele, podendo prender e soltar presos para investigação;
Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas, Navegação do Estado e Domínios Ultramarinos (Decreto de 23 de agosto de 1808).[19]
Com a vinda da família real ao Brasil em 1808, a Relação do Rio de Janeiro foi transformada em Casa da Suplicação para todo o Reino, com 23 desembargadores (Alvará de 10 de maio de 1808), criando-se, então, as Relações do Maranhão, em 1812, e de Pernambuco, em 1821.
Com o fracasso das Capitanias Hereditárias, foi criado o Governo Geral. As capitanias Hereditárias só foram extintas na Época de Marques de Pombal.
Na Colônia portuguesa, os reis se esforçaram para administrar a colônia, que viria a ser mais tarde o Brasil, com isso criaram as capitaniashereditárias e posteriormente o governo Geral. O Governo Geral foi sucedido pelos vice-reis no século XVIII.
Economia Colonial
O Açucar com mão de obra escrava foi um dos primeiros produtos que gerou produção na colônia brasileira. A organização da economia açucaraeira era muita cara
5. Fim do Primeiro Reinado:
- Motivos que levaram D. Pedro I a abdicar o trono brasileiro e retornar a Portugal:
- Autoritarismo de D. Pedro e insatisfação política – Outorga a Constituição de 1824, Poder Moderador;
- Interesse em D. Pedro pelo trono de Portugal – Sucesssão
- Crise econômica e guerras – envio de dinheiro para portugal, guerra Cisplatina, Confederação do Equador.
************************************
RESUMO
	No início deste capítulo, discutimos de forma muito cuidadosa como o rei D. Pedro I e o aristocrata José Bonifácio pretendiam, após o processo de independência, fazer do Brasil um Império constituído pelas mesmas regiões que no passado compunham a América Portuguesa.
	Para que isso ocorresse, foi necessário o que o historiador Ilmar Rohloff de Mattos chamou de “expansão para dentro”, e que poderia ser traduzido na integração das demais regiões pertencentes ao antigo Império português ao novo país que se formava a partir do Centro-Sul do Brasil.
	É bem verdade que essa integração nem sempre ocorreu de forma voluntária ou natural: algumas regiões demonstraram resistência à sua inclusão nesse novo Império, e foi necessário o uso da força para garantir que o projeto imperial de D. Pedro obtivesse êxito.
	Vimos também que a política centralizadora do imperador, muitas vezes criticado pelo seu autoritarismo, esteve diretamente relacionada ao interesse na promoção de unidade política entre essas regiões distintas e distantes do Brasil pós-independência. Como é possível imaginar, passados apenas nove anos da formalização da independência do Brasil, o projeto de nação assumido por D. Pedro ainda estava em curso: o que mantinha as regiões do império do Brasil unidas era, justamente, a força centrípeta que vinha do Rio de Janeiro, em decorrência da política centralizadora do imperador.
	Ora, com a abdicação de Pedro I, como evitar o perigo de fragmentação do território brasileiro? Como sufocar o desejo tão evidente em algumas regiões de maior autonomia local? Como garantir a “manutenção da ordem” na ausência de um governo forte? Essas são as questões que terão de ser enfrentadas pela elite senhorial que assumiu o controle político da nação após o retorno de D. Pedro a Portugal.
6. Segundo Reinado
Golpe da Maioridade (1840):
- Mesmo havendo uma descentralização de poder tentando garantir a autonomia local, ainda assim não foi suficiente para se evitar que revoltas aparecessem em diversas partes do território. Os governos locais não aceitavam a escolha dos Presidentes das Províncias pelo governo central e o esfacelamento do território brasileiro pelas revoltas provocou profundas crises política e financeira.
- Conservadores e Liberais, apesar de possuírem ideias distintas, perceberam que a única solução era um projeto centralizador na figura do então príncipe regente, trazendo um governo que se mostrasse legítimo.
Declaram então a maioridade de D. Pedro II e o Brasil retorna ao modelo de governo centralizado.
Aspectos políticos relevantes do Segundo Reinado: Centralização do Poder nas mãos do Imperador,alternância entre Luzias e Saquaremos, consenso na manutenção da sociedade estratificada, patriarcal e escravocrata.
Parlamentarismo às avessas: D. Pedro II cria o cargo de Presidente do Conselho de Ministro, que será escolhido por ele. O Presidente do Conselho nomeia os demais ministros. Além disso, com o Poder Moderador, D. Pedro II pode destituir qualquer um.
Relativa Estabilidade (1850): pode-se dizer que a centralização do poder e a alternância entre libertadores e conservadores, fruto de um acordo tácito, trouxeram relativa estabilidade política e econômica ao Brasil. A identidade nacional é fortalecida pela produção cultural e artística.
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Repercusão da Lei Eusébio de Queiroz: O fim da escravidão era algo iminente. Buscando preparar o ordenamento jurídico brasileiro para o fim que se aproximava, 2 leis importantes foram criadas: o Código Comercial, que normatizava as relações comerciais, e que foi derrogado parcialmente e ainda vale nos dias de hoje e a Lei de Terras, que normatizava a propriedade privada. A preocupação era legitimar a propriedade nas mãos dos grandes latinfudiários já que os escravos iriam se estabelecer em algum lugar, após o fim da escravidão. Além disso, a Lei de terras legislava sobre os imigrantes.
1871 - Lei do Ventre Livre – Durante 8 anos o dono do escravo cuidaria da criança. O Estado indenizaria os custos. Caso não houvesse a indenização, o escravo trabalharia até os 21 anos para indenizar os custos – SEM EFETIVIDADE REAL
1885 - Lei dos Sexagenários – Escravo atinge os 60 anos, trabalharia mais 3 anos, e estaria livre.
1888 - Lei Áurea – Abolição EFETIVA.
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RESUMO
• Nos quase 80 anos de existência do Império do Brasil, muitas coisas aconteceram, a maior parte delas não tão naturais quanto se pensa: a unidade do território brasileiro foi resultado de um processo e, ao mesmo tempo, de um projeto: o de construção do Império do Brasil, a partir do território que um dia pertenceu aos portugueses.
• Esse processo/projeto teve início com D. Pedro I e foi implantado por meio de uma política vista como autoritária e centralizadora. Em meados do século XIX, estava consolidada a unidade e o modelo político monárquico-centralizador, assim como a nacionalidade brasileira, também resultado de um processo.
• Nas relações internacionais, o país teve de lidar com as pressões inglesas pelo fim dotráfico de escravos, que finalmente foi proibido em 1850. Alguns anos depois, o país se envolveria em um conflito de grandes proporções: a Guerra do Paraguai. As consequências do conflito e a nova composição social do país estiveram diretamente ligadas à crise que pôs fim ao Império no Brasil.

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