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HDB Caso Concreto 6

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A questão agrária no Brasil, tão atual e discutida por diversos setores de nossa sociedade, remonta um longo processo histórico que assinala o problema da concentração de terras em nosso país. Durante o Segundo Reinado, destacamos um dos mais importantes marcos desse processo no momento em que o poder imperial estabelece a Lei de Terras de 1850. Sendo um fruto de seu tempo, essa lei assinalou o predomínio dos grandes proprietários de terra no cenário político do século XIX. Essa lei surgiu em uma época de intensas transformações sociais e políticas do Império. Naquele mesmo ano, duas semanas antes da aprovação da Lei de Terras, o governo imperial criminalizou o tráfico negreiro no Brasil por meio da aprovação da Lei Euzébio de Queiroz. De fato, essas duas leis estavam intimamente ligadas, pois o fim da importação de escravos seria substituído por ações que incentivavam a utilização da mão de obra assalariada dos imigrantes europeus.
(texto adaptado – disponível em: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/lei-terras-1850.htm)
Responda as questões abaixo:
a) O texto acima faz referência à Lei Euzébio de Queiroz. No âmbito do processo de Abolição da Escravatura no Brasil, as leis abolicionistas que se seguiram à referida Lei podem ser consideradas fruto do amadurecimento humanístico de nossas elites?
	O real motivo por tras disso tudo foi apenas evitar uma perda da mercadoria/Mão de obra que eram os escravos de uma vez e por conseguinte perder dinheiro, com as Leis cada vez mais perto de conceder total liberdade para os escravos os donos de terras e donos de escravos começaram a investir na mão de obra livre/barata que eram os imigrantes.
b) Considerando o texto, estabeleça relações entre Lei de Terras, Imigração Subvencionada e Abolição da Escravatura.
	Quando se percebeu que seria inevitavel a abolição os donos de terras e donos de escravos começaram a trabalhar com a coroa para fazer leis mais duras para imigrantes e ex escravos no sentido de que seriam praticamente obrigados a vender seus serviços em troca de trabalho e por conseguinte comida. Como o pagamento era pouco e a maioria dos imigrantes ja chegavam individados eles acabavam ficando presos em um regime de escravidão forçada para pagar o que deviam e para poder sobreviver criando sempre uma conta maior e sem fim.
Desenvolvimento
Sugestão para encaminhamento de questão.
a) Podem ser citadas a Lei do Ventre Livre, de 1871 e a Lei dos Sexagenários, de 1885. A primeira estipulou que todos os filhos de escravos que nascessem após o ano de publicação daquela lei fossem considerados libertos. Já a segunda, a Lei dos Sexagenários, determinou que os escravos maiores de sessenta anos fossem imediatamente libertados. Porém, importa ressaltar, que mecanismos normativos presentes nestas duas leis demonstravam que a intenção da elite escravocrata não possuía qualquer intenção humanista. Na verdade, os escravocratas, percebendo a inevitabilidade da abolição, utilizaram-se, nas referidas leis, de vários dispositivos normativos cujo objetivo era adiar ao máximo a abolição definitiva da escravatura, estendendo-a o maior tempo possível. Por isso, foi necessário um documento autônomo, específico (Lei Áurea de 1888) que pusesse fim ao incivilizado e desumano sistema escravocrata.
b) Ao estabelecer a compra/venda como forma principal de acesso à
propriedade territorial, a Lei de Terras impedia o livre acesso tanto dos imigrantes
que chegavam ao Império quanto de considerável parcela da população livre e
liberta do país à propriedade da terra, obrigando-os à venda de sua força de
trabalho. De outro lado, a experiência da imigração subvencionada, a partir dos
anos oitenta, por meio da qual ao Estado imperial cabia arcar com os custos de
viagem do imigrante para o Império, propiciou quer a ampliação do fluxo de
imigrantes quer a sua continuidade. A combinação das duas experiências - a da
Lei de Terras e a da Imigração subvencionada - possibilitou a constituição de um
conjunto de trabalhadores livres - quer das despesas decorrentes da vinda para o
Império, o que lhes garantia o direito de escolher para quem trabalhar, quer da
possibilidade de se tornarem proprietários de terras -; estavam criadas as
condições para o abandono da escravidão, sobretudo se também se considerada as
limitações de natureza quantitativa (apenas 750.000 escravos negros em 1888)
que a mesma então representava.(https://www.pucrio.
br/vestibular/repositorio/provas/2004/historia_dis-g2-g3.html)

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