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DIREITO PENAL 2 – 2º ESTÁGIO – AÇÃO PENAL - Ação Penal: (prevista no art. 100, CP): Consiste no direito de provocar o Estado na sua função jurisdicional para a aplicação do direito penal objetivo em um caso concentro. • A matéria da ação penal divide-se em: (que se diferenciam em razão da titularidade, Pública é o MP, privada é a vítima). - Pública: quando o titular do direito de ação for o próprio Estado, que visa à tutela dos interesses sociais e a manutenção da ordem pública. (Onde o titular é a administração pública, promotor de justiça ou procurador). - Cabe ao MP (procurador) promover/oferecer a denúncia (inicial acusatória + indícios de autoria (autor) e materialidade (justa causa). - A denúncia é a petição inicial = é a regra quando o CP não falar nada sobre Privada. - Art. 100, §1º, CP: Porém, há hipóteses em que o MP depende da manifestação da vontade do ofendido ou de seu representante legal para exercer sua atividade jurisdicional. a) Condicionada: É a regra. - Prescinde de representação da pessoa que foi ofendida ou de requisição do Ministro da Justiça. - Existem condições para isso, ou seja, a lei deverá impor determinadas condições de procedibilidade. - Duas condições de procedibilidade: - A representação da vítima (art. 213): em casos de estupros, lesões corporais leves = se a vítima não quiser representar (manifestar) o acontecido, o acusado não pode ser preso, nem responder pelo ato. - A requisição do Ministro da Justiça (art. 145, parág. único): deverá ser realizada nos casos de crime contra a honra do Presidente da República, ao cargo, ao título = e não a pessoa em si. b) Incondicionada (art. 121 e art. 155): homicídio, furto, roubo. - É a função institucional do MP promover, privativamente, a ação penal pública na forma da lei. - É quando não tem nenhuma condição, ou seja, o promotor já pode de pronto realizar (o MP agirá então de ofício, sem provocação). Ademais, o promotor pode apresentar querendo a vítima ou não (sendo assim, o promotor tem o dever de agir). Obs: O inquérito policial é dispensável, não fazendo parte da ação, pois ele é um procedimento administrativo que pode ou não constar no processo. - Privada: (é a exceção): proposta pela vítima com representação por meio de queixa-crime. (promovida pela vítima ou representante). Em outras palavras, ela ocorre quando o representante legal ou ofendido é autor. Assim, o ofendido deverá apresentar queixa-crime, que constitui peça privativa de um advogado, devendo este ser constituído por procuração com poderes específicos para tanto. - A punibilidade será extinta caso a vítima promover Renúncia, expressa ou tacitamente (se o ofendido praticar ato incompatível com a vontade de prestar queixa-crime). a) Personalíssima (art. 236, CP): o único legitimado para prestar a queixa-crime é ofendido, não cabendo substituição processual (representante legal) nem sucessão processual (por morte ou ausência). Ou seja, só e somente só a vítima pode entrar com a ação penal. b) Propriamente dita (art. 136, CP): todos os crimes de ação penal privada são desse tipo, exceto o art. 236 (Personalíssima). Ou seja, a vítima, seu representante legal e seus sucessores podem ajuizar. (CADI: Cônjuge, Ascendente, Descendente e Irmão). c) Subsidiária da Pública: É uma situação excepcional. A vítima, seu representante legal ou sucessores podem ajuizar, desde que, em casos de ação pública, o MP não ofereça denúncia no prazo legal (5 dias após receber o inquérito policial, se o réu estiver preso e 15 dias após, se o réu estiver solto). Ou seja, é a ação em que a vítima (pode propor ele mesmo) ou se devido representante oferece queixa, em situações onde o MP não agiu (não denunciou) no devido tempo. - A vítima nesse caso não oferecerá denúncia, e sim queixa substitutiva.
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