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GESTÃO DE CARGOS E SALÁRIOS AULA 2 Prof.ª Elaine Cristina Hobmeir 2 CONVERSA INICIAL Seja bem-vindo à segunda aula de Gestão de Cargos e Salários, do curso de Administração de Empresas! Nesta aula, vamos estudar os seguintes assuntos: Salários Planejamento Salarial Política Salarial Critérios para estruturar o Plano de Salários Introdução Na aula 1, analisamos o subsistema de gestão de cargos e salários, discutimos o perfil do profissional para atuar neste processo dentro da área de Recursos Humanos e trabalhamos detalhadamente a gestão de cargos. Foi possível praticar a estrutura os cargos dentro de uma organização, explorando os temas com conceitos, exercícios e estudos de casos. Você se lembra dos processos que compõem a gestão de cargos? São eles: Descrição Desenho Análise Avaliação de cargos Nesta aula que se inicia, o tema a ser desenvolvido será a gestão salarial. Você tem ideia da importância deste processo? Vamos refletir: A partir do momento que a estrutura de cargos de uma organização está definida, o próximo passo é adequar a sua estrutura de salários, tanto internamente, a partir da correta avaliação dos cargos, como externamente, com a adequação ao mercado de trabalho. 3 Para aquecer as análises sobre o tema, vamos ler o artigo disponível no site Salário BR. Nele, é possível obter diversas informações sobre gestão de cargos e salários, além de outros temas de RH. http://www.salariobr.com.br/Artigos/Um-plano-de-cargos-e-salarios- consistente/344 Problematização Vamos conhecer a história de João Pedro? João Pedro foi contratado para exercer o cargo de Auxiliar de Serviços Gerais na empresa JML Indústria de Plásticos, recebendo um salário mínimo mensal. Após um ano de trabalho, João Pedro foi chamado pelo Gestor da área de Produção que o informou que, em razão das dificuldades econômicas que a empresa estava passando, seu salário seria reduzido para meio salário mínimo mensal. Será que este procedimento da empresa, em relação às leis trabalhistas, está correto? Confira as alternativas a seguir! a) O procedimento não está correto, pois o salário é irredutível, salvo previsão em convenção ou acordo coletivo. b) O procedimento está correto, pois o salário é possível de ser reduzido, conforme prevê a CLT. c) O procedimento não está correto, pois a redução de salário depende de acordo entre empregado e empregador. d) O procedimento está correto, pois a redução de salário é permitida, se comprovado que o empregador está em situação econômica difícil. e) O procedimento está correto, pois a redução de salário é permitida após o empregado completar um ano de serviço. Este tema será melhor explorado na disciplina de Relações Trabalhistas, mas o profissional que atua com a gestão de cargos e salários precisa 4 conhecer sobre as Leis Trabalhistas e sobre Convenção e Acordo Coletivo de Trabalho. Para ampliar seus conhecimentos, lei a o artigo “Quando se pode reduzir o valor do salário”, de Fred Filho, disponível a seguir: http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/quando-se-pode- reduzir-o-valor-do-salario/73145/ TEMA 1: SALÁRIOS Neste primeiro tema, o foco de análise será compreender o significado de salário. Vamos começar com a definição de Knapik: “O termo salário se refere a aquilo que a empresa oferece pela prestação de serviços do colaborador à empresa”. Salário é diferente de remuneração, tema a ser trabalho na próxima aula! A “remuneração é mais abrangente, pois corresponde a um pacote que envolve, além do salário outras recompensas [...] pagos aos funcionários em troca dos esforços e da sua dedicação à empresa e serve para motivar as pessoas e comprometê-las com a organização” (KNAPIK, 2013, p. 260). O salário é o valor pago regularmente por uma organização aos seus colaboradores para que executem as atividades dos cargos que ocupam. Os colaboradores empreendem seus esforços, seus conhecimentos e suas competências dentro de uma organização; em contrapartida a organização os retribui com salários. A palavra salário refere-se à remuneração regular atribuída pelo exercício do cargo no âmbito de um emprego. O termo deriva do latim salarium e está relacionado com sal. Essa era a forma de pagamento feita aos soldados romanos, em razão do elevado valor do sal no mercado. Salário, para Chiavenato, “é a retribuição em dinheiro paga pelo empregador ao empregado, em função do cargo que este exerce e dos serviços que presta”. O salário é a compensação financeira que o colaborador 5 recebe para prestar seus serviços à uma organização, é uma relação de troca entre a empresa e o indivíduo que nela atua. Ainda, “cada funcionário transaciona com seu trabalho para obter da organização as recompensas financeiras e não financeiras”. Sobre compensação, o autor comenta que existem duas formas de recompensar financeiramente os funcionários: direta ou indiretamente. Compensação financeira direta Consiste no pagamento em forma de salário (ou bônus ou prêmios ou comissões). É também chamando de salário direto e representa o valor regular pago pelo serviço realizado. Compensação financeira indireta Refere-se ao salário indireto, decorre de cláusulas da convenção coletiva de trabalho e do plano de benefícios oferecidos pela empresa. Salário indireto inclui: férias, décimo terceiro salário, gratificações, gorjetas, adicionais (de periculosidade, de insalubridade, adicional noturno, adicional por tempo de serviço, etc.), hora extra, participação em resultados, entre outros. Além disso, o salário se diferencia em duas outras categorias: Salário nominal: refere-se ao valor fixado em contrato individual de trabalho em razão do cargo ocupado, atualizado periodicamente, conforme convenção coletiva de trabalho. O salário nominal deve ser corrigido anualmente, de acordo com a convenção coletiva de trabalho, mas isto não garante um aumento real. Em uma economia inflacionária o valor do salário pode sofrer desgaste de um período para outro. Salário real: refere-se à quantidade de bens que o trabalhador consegue adquirir com o dinheiro que recebe, representa o poder aquisitivo, ou seja, a quantidade de bens ou serviços que consegue adquirir. Torna-se importante também diferenciar o salário bruto de salário líquido: Salário bruto: refere-se ao valor total que o empregado recebe, antes de serem feitos os descontos e contribuições na folha de pagamento. Salário líquido: é o dinheiro que de fato o colaborador recebe, em mãos ou o depositado em sua conta corrente, após efetuado os devidos descontos. 6 Vale lembrar que o salário líquido será sempre menor que o bruto, esta diferença se dá em razão dos descontos e deduções. Exemplos de descontos: Imposto de Renda, INSS e demais contribuições referentes ao funcionamento dos benefícios de cada empresa. Vamos analisar o contracheque a seguir e identificar os diferentes aspectos que compõem o salário de um colaborador. Salário Bruto: R$ 1.800,00 de salário + R$ 235,89 de comissão = R$ 2035,89, que também corresponde ao Salário Nominal. Portanto, é a compensação financeira direta. Total de Descontos: R$ 417,72 – compreendendo: R$ 127, 85: participação do funcionário no Auxilio Alimentação. R$ 223,95: INSS. R$ 65,92: Imposto Retido na Fonte. No exemplo não aparece a compensação financeira indireta, pois não há recebimento de itens como férias,13º salário ou hora extra. Como aparece um 7 desconto de Auxilio Alimentação, sabe-se que a empresa tem este benefício, mas não se sabe seu valor e nem como é pago. Salário Líquido: R$ 1.618,17, que também corresponde ao Salário Real. Em síntese: Salário Bruto - Total de Desconto = Salário Líquido. Um outro aspecto importante a abordar é sobre Salário Mínimo. Este se refere ao valor acordado por lei, o qual considera o menor pagamento que um trabalhador pode receber pela atividade que estiver realizando. Nenhum trabalhador pode receber salário menor que o mínimo. Algumas categorias profissionais também têm estabelecidos valores mínimos de salários através do sindicato que as representa, como é o exemplo do Engenheiro Civil, Assistente Social, Jornalista, entre outras profissões. Será que o salário tem o mesmo significado para os indivíduos, para as empresas e para sociedade? Quais suas considerações a este respeito? Para as pessoas No âmbito das Pessoas, os salários apresentam algumas complicações. Chiavenato (2009) diz que quando um indivíduo aceita um trabalho com um cargo, está comprometendo seu tempo, suas aptidões e suas relações interpessoais, para tanto, recebe um salário. Este salário constitui sua fonte de renda, define seu padrão de vida, seu poder aquisitivo e seu status social. Para as organizações Para as Organizações, complementa o autor, os salários pagos aos empregados, representam ao mesmo tempo, custo e investimento. Significa custo porque reflete diretamente no custo do produto ou do serviço. Investimento, porque se refere a aplicação do dinheiro a favor do trabalho, para reverter em melhores resultados para a empresa. Organizações que se mantem e crescem no mercado, tendem a considerar os salários como investimento, porém os consideram como um importante fator em seus orçamentos. Para a sociedade Os salários são importantes dentro de uma Sociedade, estão diretamente relacionados ao poder aquisitivo, à qualidade de vida, à 8 prosperidade e à expansão de serviços. Os salários podem inflacionar uma sociedade ou dificultar seu crescimento. Chiavenato (2009) diz que é importante a eficaz administração da estrutura salarial de uma organização, pois o salário influencia quem o recebe, a empresa que o paga e a sociedade que absorve os seus impactos. Para finalizar este tema, vamos aprender como o salário é composto. Chiavenato (2009), diz que existem dois fatores: internos e externos. Para melhor compreender, veja o quadro explicativo a seguir sobre o composto salarial na visão do autor. Como vimos, definir o salário de uma organização é algo complexo, pois há diversos fatores que o influenciam. Estes fatores tanto podem estar interligados como atuarem de forma independente, podendo influenciar para o aumento ou para a diminuição do salário praticado em uma empresa em um determinado momento. Leitura obrigatória MORENO, Amanda Isabelle. Administração de cargos e salários. Curitiba: InterSaberes, 2014, capítulo 1, págs. 24 a 30. Leia o material da Revista Exame.com de autoria de Claudia Gasparini disponível a seguir: 9 http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/5-formas-de-descobrir-se-o- seu-salario-e-justo Também confira o artigo a seguir, que discute a gestão salarial e o cenário econômico: http://www.rh.com.br/Portal/Salario_Beneficio/Artigo/5742/a-gestao- salarial-e-o-cenario-economico.html No vídeo “Você merece um aumento de salário!”, Max Gehringer aborda fundamente o salário sobre o ponto de vista das pessoas, das organizações e da sociedade! https://www.youtube.com/watch?v=cIi8tDgD4FQ TEMA 2: PLANEJAMENTO SALARIAL Neste tema, vamos tratar da forma como uma organização faz a gestão dos salários, a qual deve ser planejada para ser transformada em uma política justa tanto para os colaboradores como para a organização e, também, levar em conta os fatores externos. Uma organização que gera resultados busca a valorização das pessoas. Para Dutra (2002, p. 171), “a valorização é concretizada com as recompensas recebidas pelas pessoas como contrapartida de seu trabalho para a organização”. Para o autor, as recompensas se referem ao atendimento das expectativas e necessidades das pessoas, como: Econômica Crescimento pessoal e profissional Segurança Projeção social Reconhecimento Possibilidade de se expressar por meio de seu trabalho, etc. Quando uma organização faz o planejamento dos salários e estabelece uma política salarial, está fazendo gestão salarial da empresa. É importante 10 que se estabeleçam critérios justos e adequados para a saúde financeira da empresa, que valorize as pessoas e com critérios referendados pelo mercado de trabalho. Para determinar o salário e os demais tipos de compensações, utiliza-se como parâmetro a equidade interna e externa. Para a equidade interna, é imprescindível analisar o conjunto de necessidades básicas dos empregados, encontrar soluções criativas para atendê-las (DUTRA, 2002, p. 185) e capacidade financeira da empresa. Para a equidade externa, o elemento de referência é o ambiente (ou mercado) em que empresa está inserido. Confira no artigo a seguir uma definição de Gestão Salarial, importante para a compreensão deste tema: http://www.salariobr.com.br/gestaosalarial Para Dutra (2002), o mercado de trabalho, em termos de remuneração, obedece a duas lógicas: a da demanda e a da oferta. Para melhor compreensão, vamos analisar o quadro a seguir. Quando há grande oferta de profissionais buscando emprego no mercado de trabalho e baixa oportunidade de vagas em aberto, os salários tendem a diminuir. Em contrapartida, quando há baixa oferta de profissionais buscando emprego e alta oportunidade de vagas, os salários tendem a aumentar. Em períodos de baixa atividade econômica os salários tendem a reduzir e em períodos de grande atividade econômica, tendem a aumentar. Outro fator 11 analisado pelo autor, é que quanto maior a capacidade de um profissional agregar valor à organização, maior é sua valorização pelo mercado. Para o adequado planejamento do salário, faz-se necessário conhecer o que o mercado pratica, para que a empresa possa definir sua estratégia salarial, posicionando-se acima, na média ou abaixo dos valores práticos pelo mercado. A definição deste posicionamento está diretamente relacionada ao orçamento da empresa e da forma como ela pode se ajustar ao mercado. Para a equidade interna, o fator relevante é o equilíbrio de três elementos, sendo: A estratégia salarial de uma empresa pode atrelar o salário fixo ao cargo que o profissional ocupa ou apenas no cargo, com a clara definição das atribuições, responsabilidades e competências. A metodologia focada no salário fixo é utilizada por empresas que não têm sua estrutura de cargos adequadamente estabelecida. Atribuem cargos e salários sem uma prévia organização. A metodologia focada no cargo é utilizada por organizações que fazem a gestão de sua estrutura de cargos e atrelam os salários às responsabilidades que o cargo requer do ocupante. Confira os objetivos do planejamento salarial! (PASCHOAL, 2006, p.14): Determinação clara e direta dos salários a serem pagos a cada funcionário. Clareza de posicionamento face ao mercado. Garantia de tratamentos salariais adequados e uniformes a todos os colaboradores. Controle sobre a massa salarial face aos custos e orçamentos da empresa. Facilidade para os gestores trataremda questão salarial. Influência positiva no clima organizacional. Facilidade para a direção, que pode passar a decidir o macro e a delegar os detalhes da gestão salarial, sem perder o controle. 12 Adequação dos cargos aos salários. Descrição de cargos Desenho de cargos Análise de cargos Avaliação de cargos Salários A gestão da estrutura de cargos foi objeto de estudo na aula 1 e compreende os passos descritos no quadro a seguir. Para metodologia focada no cargo, primeiramente, a organização faz a estruturação dos cargos através da descrição, do desenho, da análise e da avalição dos cargos. A partir da avaliação de cargos é possível estabelecer os salários. Paschoal (2006, p. 22) apresenta um esquema que fornece uma clara ideia da integração entre a gestão dos cargos e dos salários, veja no quadro a seguir. Pode-se definir o planejamento salarial como “o conjunto de normas e procedimentos que visam estabelecer e/ou manter estruturas de salários equitativas e justas na organização” (CHIAVENATO, 2009, p. 39). 13 Após feita a avaliação e a classificação dos cargos (como vimos na aula 1, no tema Avaliação de Cargos), o procedimento seguinte para o adequado planejamento salarial de uma organização é a desenvolver uma pesquisa salarial (conforme vimos no quadro anterior), para, a seguir, elaborar a tabela de salários. Leitura obrigatória CHIAVENATO, Idalberto. Remuneração, benefícios e relações de trabalho: como reter talentos na organização. 6. ed. Barueri: Manole, 2009, págs. 38 a 40. Complementando os estudos, sugerimos três artigos interessantes do Site Salário BR: Conheça os salários de líderes de 12 países. http://www.salariobr.com.br/Artigos/Conheca-os-salarios-de-lideres-de- 12-paises/5750 Mulheres conquistam aumento salarial maior que o dos homens. http://www.salariobr.com.br/Artigos/Mulheres-conquistam-aumento- salarial-maior-que-o-dos-homens/5746 Reconhecimento é mais valorizado que salário pelos profissionais. http://www.salariobr.com.br/Artigos/Reconhecimento-e-mais-valorizado- que-salario-pelos-profissionais/5738 TEMA 3: POLÍTICA SALARIAL Com a estrutura salarial organizada, através de um adequado planejamento, a área de RH, em conjunto com a direção da empresa, precisa elaborar a política salarial. A política define como gerencia os cargos, os salários, os salários de admissão e os reajustes salariais. Para Chiavenato (2009, p. 88), política salarial é o conjunto dos princípios e diretrizes que refletem a orientação da organização sobre os assuntos relativos aos salários dos colaboradores. 14 Silva (2005, p. 121) define política salarial como o: “estabelecimento de procedimentos e normas, aprovados pela direção da empresa, necessários à orientação, condução e manutenção do plano de cargos e salários, que devem ser seguidos por toda a empresa”. Chiavenato (2009), diz que uma política salarial deve apresentar o seguinte conteúdo: A estrutura de cargos e os salários (tabela salarial). Os salários de admissão, ou seja, a política define se a contratação é no nível inicial da classe ou níveis avançados. A definição deve existir e ser seguida pela área de RH e pelos gestores. Reajustes salariais, tanto os legais (pela legislação salarial ou pelos dissídios coletivos) quanto os que a organização oferece de forma espontânea. Os oferecidos espontaneamente podem ser: Aumento por mérito Concedido ao colaborador para compensar desempenho acima da média, também chamado de crescimento horizontal. Promoção Concedida sempre que o colaborador assume um nível superior de cargo ou de carreira, denominada também de crescimento vertical. A política salarial traz vantagens para a organização, pois define as ações em relação aos salários, expõe os princípios de como a organização os administra, estabelece um sistema coerente de normas e possibilita a utilização de níveis e classes salariais para adequada gestão de pessoas (CHIAVENATO, 2009). Tendo em vista a necessidade da empresa de reter e atrair talentos e considerando as suas condições orçamentárias, a organização pode adotar três tipos de política salarial (SILVA, 2009, p. 122): Política conservadora Tende a adotar faixas mínimas ou médias de salários em relação ao mercado. Política conciliatória 15 Adota a média de mercado para balizar seus salários. Política agressiva Busca adotar salários na média ou acima da média do mercado. Com a definição do tipo de política salarial, busca-se estabelecer um sistema recompensa que seja coerente tanto para a organização como para os colaboradores. Ao estabelecê-la, leva-se ainda em conta as perspectivas de carreira e crescimento profissional dos colaboradores. Leitura obrigatória: Para aprofundar a experiência prática, no artigo a seguir você encontrará um caso prático de uma política salarial. http://www.poiesis.org.br/new/poiesis/politica-gestao-cargos-salarios.pdf Agora, vejamos um interessante exemplo sobre os conteúdos que devem compor uma política salarial: 1. Introdução: apresenta a política salarial, objetivos e diretrizes que irão disciplinar as movimentações de cargos e salários dentro da organização. 2. Apresentação dos Cargos: traz as definições de cargo e das responsabilidades, além de descrever todos os cargos da organização. 3. Alterações de Cargos: apresenta como será feita a gestão dos cargos. Define-se e normatiza a criação, a extinção e as alterações de cargos. 4. Gestão dos Salários: apresenta a tabela salarial, define o salário de admissão e as alterações salariais, prevendo como ocorrerão os aumentos salariais coletivos e aumentos salariais individuais. 5. Gestão de Carreira: define o conceito de carreira para a organização, os parâmetros e requisitos para crescimento na carreira. 6. Aprovações: a política deve ser aprovada pela direção da empresa. Este item também contempla casos de exceção à política, a quem cabe a aprovação ou o veto da situação. Uma situação de exceção, normalmente, é analisada pela direção em conjunto com o RH ou até por um comitê. 16 7. Período de Vigência: como a política salarial é um instrumento flexível, deve conter a sua vigência e a previsão de periodicidade de adequações. (Elaborado pelo autor, com base em Silva, 2005, p. 124). Para ampliar o conhecimento, leia uma reportagem da Catho sobre pesquisa salarial da empresa e sua relação com o mercado: http://www3.catho.com.br/salario/action/artigos/Politica_Salarial_da_emp resa_e_sua_relacao_com_o_mercado.php Veja também o vídeo sobre um caso prático de aplicação de política salarial para a valorização da carreira de professor da rede estadual de ensino de São Paulo: https://www.youtube.com/watch?v=_8hXmmEHJHI TEMA 4: CRITÉRIOS PARA ESTRUTURAR O PLANO DE SALÁRIOS Já estamos no último tema desta aula! Vamos inicia-lo assistindo ao vídeo a seguir, o qual fará uma introdução aos critérios para estruturar o plano de salários de uma organização. Preste atenção, pois este tema é bem importante dentre da construção da política salarial! Acesse o vídeo da professora no material on-line e aprofunde seus conhecimentos! Uma das orientações básicas é o alinhamento com os gestores e com o sindicato da categoria. Salientam a necessidade de conduzir uma pesquisa salarial, assunto que veremos neste tema como um critério para estruturar o plano de salários. Vamos conhecer os critérios para estruturar o plano de cargos e salários.Veja as dicas do blog Conta Azul sobre como fazer um plano de cargos e salários em cinco passos simples e interessantes: Acompanhe a seguir: 1º Passo: para você montar um plano de cargos e salários simplificado para sua empresa, primeiramente você deve se organizar com os gestores da empresa para atribuir as funções e responsabilidade de cada colaborador na empresa. Nesta etapa, se você tiver um organograma da empresa poderá 17 economizar muito tempo. Clique aqui e veja um exemplo de organograma a seguir para entender melhor. 2º Passo: consultar sindicatos de profissionais e pesquisas de mercado para definir a estrutura adequada de salário inicial para cada cargo da empresa. Defina uma estrutura condizente com a situação da empresa e alinhada ao que se paga para seus funcionários também em outras empresas do seu ramo. 3º Passo: definir os planos de cargo e a estrutura de cada carreira. Deixar claro quais são os passos para evoluir em cada função, se esta evolução acontece por tempo dentro da empresa, por produtividade ou também por um diploma de pós-graduação ou mestrado. Muitas empresas do setor de Tecnologia da Informação e de Publicidade utilizam os termos júnior (para iniciantes), pleno (para profissionais com um pouco de experiência) e sênior (para profissionais com muita experiência). 4º Passo: avaliar como cada colaborador desempenha sua função dentro da empresa, quais são suas melhores atividades, seus pontos fortes e pontos fracos. Nesta etapa, aplicar um questionário de avaliação de desempenho pode ser muito útil para extrair as qualidades e talentos de sua equipe. 5º Passo: por último, os gestores responsáveis pelo plano de cargos e salários devem analisar cada perfil dos colaboradores da equipe e encaixá-los nos cargos definidos dentro da primeira etapa da implementação do plano de cargos e salários. (Disponível em: http://contaazul.com/blog/modelo-de-plano- de-cargos-e-salarios/). Para que o plano de salários possa atingir os objetivos, faz-se necessário estabelecer alguns critérios que vão nortear o seu desenvolvimento, a sua implantação e a sua manutenção. Chiavenato (2009, p. 40) relaciona um conjunto de critérios, a saber: Normas definidas e adequadas para analisar, avaliar e classificar os cargos da organização. Levantamento e análise da estrutura de cargos da organização e determinação de deveres e responsabilidades. Definição e aplicação dos fatores de avaliação aos cargos analisados. 18 Classificação dos cargos em classes de cargos e respectivas faixas salariais. Planejamento e execução de pesquisas salariais periódicas na comunidade de organizações. Avaliação de dados internos (faixas salariais internas e dados externos (pesquisa salarial. Soma-se a estes critérios o envolvimento da alta direção da empresa em todos os momentos. Por ser um projeto que tem reflexo financeiro, a direção precisa estar comprometida para garantir sua efetividade. Pode-se dizer que este é o primeiro e mais relevante de todos os critérios. Enquanto a direção da empresa não compreender claramente os impactos de implantar um plano de salários, a área de RH não deve iniciar nenhum movimento dentro da empresa. A partir da aprovação da direção, os gestores devem conhecer a proposta do plano de salários, pois serão os responsáveis pela implantação em suas áreas de atuação. A aprovação da direção e envolvimento dos gestores são os pilares que sustentarão o plano de cargos. Após esta fase, pode-se iniciar o trabalho junto aos funcionários para estruturar os cargos. Com o plano de cargos pronto, o próximo estágio é estruturar a pesquisa salarial para então construir a tabela salarial. Ao planejar os salários, procura-se não somente obter o equilíbrio interno dentro da organização, mas também obter o equilíbrio externo de salários em relação ao que se pratica no mercado de trabalho (CHIAVENATO, 2009, p. 74). Portanto, antes de definir a estrutura salarial da organização, faz-se uma pesquisa para verificar as práticas do ambiente que organização está inserido. A pesquisa salarial se refere à busca, junto ao mercado, de parâmetros para a construção da estrutura salarial da empresa. Toda empresa deve conhecer as bases salariais do mercado para tomá-las como referência ao estabelecer seus salários. A pesquisa consiste em levantar dados do mercado e em tratar destes dados. Serve para verificar os cargos, os salários, a remuneração e os benefícios, para comparar dois aspectos: 19 Práticas de mercado no segmento do negócio e na região geográfica onde a empresa atua Práticas da empresa O resultado consiste em um relatório no qual se identifica a posição da organização na pesquisa e as práticas de gestão de recursos humanos das empresas pesquisadas. Antes de iniciar a pesquisa salarial, algumas decisões são necessárias. Vamos estuda-las a seguir. Quantos e quais cargos pesquisar? Pode-se pesquisar todos os cargos ou cargos de algumas áreas ou alguns grupos ocupacionais ou ainda alguns cargos-chave. A definição por quantos e quais cargos está diretamente atrelada às necessidades da organização em conhecer as práticas salariais do mercado, considerando suas estratégias internas. Pesquisar todos os cargos da organização Vantagens: permite obter uma visão completa de todos os cargos da empresa, revelando sua equidade externa e equidade interna. Desvantagens: a realização da Pesquisa Salarial com uma quantidade muito grande de cargos corre o risco de tornar-se excessivamente longa e demandar muito tempo e recursos. Pesquisar cargos de algumas áreas da organização Vantagens: permite uma visão específica de uma determinada área e é ideal para áreas estratégicas. Desvantagens: pode-se superestimar ou subestimar cargos específicos, comprometendo a equidade interna frente a outras áreas da empresa. Pesquisar cargos de alguns grupos ocupacionais X 20 Vantagens: Permite uma visão específica de um determinado grupo ocupacional e é ideal para estabelecer políticas salariais e de benefícios para determinados níveis hierárquicos ou grupo de cargos de mesma natureza. Desvantagens: Pode-se superestimar ou subestimar cargos ou grupo de cargos específicos e comprometer a equidade interna. Pesquisar cargos-chave Vantagens: Permite uma visão geral da empresa porque os cargos- chave costumam ter a mesma importância tanto para a organização quanto para o mercado. Desvantagens: Mal selecionados, estes cargos podem provocar distorções na estrutura salarial da empresa e pode-se omitir cargos importantes. Selecionar as empresas para participar da pesquisa Não existe um critério ideal para definir as empresas participantes. A análise e o cruzamento dos quatro princípios a seguir se apresentam como as alternativas mais utilizadas. Clique nelas para detalhes. Princípios para definir as empresas a participarem da pesquisa salarial: Localização geográfica: empresas que operam na mesma área territorial. Porte: empresas do mesmo tamanho ou com as mesmas características organizacionais. Mesmo segmento e ramo de atividade: empresas que atuam no mesmo ramo de negócio. Política salarial: empresas cuja política salarial, mais ousada ou mais conservadora, seja interessante para a organização. Mas lembre-se: a decisão final deve ser sempre da organização! A quantidade de empresas é determinante para a eficácia da pesquisa salarial e para a obtenção de dados que retratem as tendências de mercado. 21 Isto quer dizer que quanto maior o númerode empresas, mais coerente será a pesquisa. O ideal é trabalhar sempre com mais de 10 organizações, mas em função de critérios estabelecidos, caso o número de empresas seja insuficiente, pode-se amplia-lo. Fases da pesquisa A pesquisa salarial apresenta uma série de fases, as quais devem ser seguidas para que os resultados sejam coerentes às necessidades da organização. Clique e conheça cada fase: Fase 1: seleção dos cargos que farão parte da pesquisa salarial. Fase 2: seleção das empresas a serem convidadas. Fase 3: contatar as empresas e formalizar o convite. Fase 4: preparar o Caderno de Coleta. Fase 5: coletar dados. Fase 6: análise e triagem das informações coletadas. Fase 7: tabulação dos Dados. Fase 8: devolução dos dados às empresas participantes da pesquisa. Instrumentos – Caderno de pesquisa Uma vez as decisões iniciais feitas, é hora de organizar a pesquisa salarial! Para isto, é preciso desenvolver dois Instrumentos: caderno de pesquisa e formulário de coleta de dados. Para coletar as informações é preciso montar um caderno de pesquisa e ter atenção ao formulário. Confira os itens na lista ao lado: Carta de apresentação Informa sobre a pesquisa que está realizando e as empresas convidadas. Caderno de Pesquisa Nele estará detalhado tudo a empresa busca identificar e deve conter: 22 Uma breve descrição do objetivo do trabalho. Descrição dos critérios e princípios que irão nortear a pesquisa salarial. Relação dos cargos pesquisados. Relação das empresas participantes. Organograma da empresa que está fazendo a pesquisa. Formulário de coleta. Benefícios. Políticas de RH da empresa que está pesquisando. Caderno de Resposta Cada empresa pesquisada preenche o seu caderno de resposta. As informações que devem constar deste caderno: Introdução. Dados cadastrais da empresa. Porte e ramo de atividade ou unidade de negócio da empresa. Organograma. Benefícios e a forma de concessão. Práticas e políticas de remuneração. Práticas e políticas de RH. Formulário de Coleta de Dados É o principal meio de colheita de informações. O formulário deve ser preenchido pelas empresas pesquisadas. Contém as informações dos cargos que estão sendo pesquisados pela empresa, como: O nome e o código do cargo. O nível hierárquico na estrutura organizacional. O gestor imediato. Uma descrição sumária. Os requisitos do cargo. 23 Preenchimento do Formulário de Coleta de Dados Solicita que todas as empresas pesquisadas respondam: O título do cargo naquela empresa. A jornada de trabalho. As diferenças encontradas nas atribuições. O nível hierárquico na estrutura organizacional. O gestor imediato e os dados de salários. Aqui temos um exemplo ilustrativo de um formulário de coleta de dados: Tabulação e tratamento Dados coletados, é hora de fazer a tabulação e o tratamento. Com os “dados do mercado de salários escolhido, a organização deve fazer a tabulação e o tratamento estatístico dos dados que permitam a comparação com seus salários internos a fim de verificar se sua estrutura salarial está satisfatória ou se precisa passar por correções” (CHIAVENATO, 2009, p. 80). Para Chiavenato (2009, p. 81) “é comum apresentar os resultados da pesquisa por cargo pesquisado”. Veja no quadro a seguir um exemplo do resultado da pesquisa de salário do cargo de Analista de Recursos Humanos. 24 Neste modelo de resultado, observa-se que o cargo foi identificado em 7 empresas e aparece 26 vezes: a Empresa E tem 8 Analistas de RH, já a Empresa C tem 1. Podem-se observar os menores, os maiores e os médios salários: a Empresa C tem os maiores salários, já a Empresa A os menores. A última linha apresenta os salários médios. Com o resultado da pesquisa salarial é possível definir o sistema salarial, através da comparação dos salários da empresa versus os salários de mercado. Este resultado possibilita analisar a situação da empresa em relação ao mercado para a tomada de decisão quanto aos critérios e políticas salariais a serem adotados. A empresa pode decidir se pretende ficar acima ou abaixo ou na média de mercado. Pode-se analisar um grupo de cargo em específico e tomar decisões para cada cargo em razão de sua relevância estratégica à empresa. Tabela salarial Após a pesquisa salarial e a medida em que a empresa define sua estratégia de competitividade em relação aos salários que pretende praticar, o próximo passo é elaborar a tabela salarial. Para Silva (2005), a tabela salarial é um instrumento que visa estabelecer valores mínimos e máximos para os grupos ou classes de cargos, de acordo com os parâmetros de referência salarial adotados pela empresa (balizados pelo mercado) e as características dos cargos, identificadas na avaliação de cargos. Silva (2005) traz algumas considerações sobre a importância do estabelecimento de uma tabela salarial. São elas: 25 É a referência para os intervalos de salários. Dentro do mesmo cargo, forma os níveis salariais. Entre um cargo e outro, forma as classes salariais. Possibilita o crescimento horizontal do colaborador, ou seja, que o funcionário obtenha aumento salarial por desempenho dentro do mesmo cargo, passando para um nível de salário superior ao seu. Possibilita o crescimento vertical do colaborador, ou seja, que o funcionário possa progredir na carreira, sendo promovido para outro cargo de classe superior. É a referência para identificar o salário de admissão de novos colaboradores. Possibilita controle e acompanhamento das posições salariais nas diversas unidades da empresa. Para a construção da tabela salarial se faz necessária que a estrutura dos cargos esteja definida, através da avaliação dos cargos. O agrupamento dos cargos por classes conforme os requisitos avaliados é o ponto de partida para a construção de uma tabela de salários coerente. Observe o quadro a seguir: 26 O impacto financeiro da implantação de uma estrutura salarial precisa ficar claro para a empresa, pois pode-se identificar que com a nova estrutura alguns dos salários estão abaixo, sendo necessário ajustes, para isso torna-se imprescindível determinar um orçamento para realizar as devidas adequações. O impacto financeiro pode ser simulado, antes de se definir por uma estrutura de salários, possibilitando à organização visualização da diferença entre os salários práticos e nova estrutura. Leia o artigo da Revista RH Portal, que explora com bastante propriedade o que é e o que não é um Plano de Cargos e Salários. http://www.rhportal.com.br/artigos/rh.php?idc_cad=4r27e5mxg A Exame.com apresenta uma tabela de salários para algumas áreas de atuação: http://exame.abril.com.br/carreira/ferramentas/tabela-de-salarios-rh/ Amplie os conhecimentos sobre política salarial lendo o seguinte artigo: http://www.rh.com.br/Portal/Salario_Beneficio/Artigo/3685/politica- salarial-o-desafio.html Assista também ao vídeo a seguir sobre pesquisa salarial: https://www.youtube.com/watch?v=jXQ9qicim7s NA PRÁTICA Leia o artigo a seguir e analise a política de gestão de cargos e salários adotada pela Organização POIESIS Social de Cultura: http://www.poiesis.org.br/new/poiesis/politica-gestao-cargos-salarios.pdf A proposta desta aplicação é que você construa um modelo de política salarial para uma empresa, de acordo com as diretrizes encontradas no ícone a seguir: 1. Crie um cenáriopara a empresa, citando o nome e a área de atuação. 2. Elabore um modelo de Política Salarial que deve conter: 27 Introdução: fale sobre a importância e o objetivo da política salarial para a empresa que você criou. As diretrizes gerais para a utilização da política salarial. A administração dos salários: contendo as normas e os procedimentos para as alterações salariais. Não será necessário identificar os cargos e nem falar sobre acesso a carreira. Para a aplicação prática, você deve focar somente as diretrizes salariais. Esta aplicação prática pode ser feita individualmente ou em equipe (com no máximo cinco pessoas), entregue por escrito ao professor, em data a ser agendada por ele. Deve conter no mínimo uma página e o máximo duas páginas. SÍNTESE Chegamos ao final desta aula, na qual abordamos a temática salarial de uma organização. Acompanhe os principais pontos dos nossos estudos: O primeiro tema busca visualizar com detalhes o complexo sistema de recompensar os colaboradores, pois é uma importante atividade da área de RH. Para Chiavenato (2009, p. 104), o principal item da recompensa é o salário, por isto, analisar o conceito de salário e recolher as diferentes formas de salários, torna-se a base para estruturar toda as diretrizes da gestão salarial. O segundo tema aborda o planejamento dos salários, é um processo que procurar manter um conjunto de diretrizes que visa estabelecer e organizar uma estrutura de salário equitativa e justa, sendo este o principal objetivo de administrar os salários de uma empresa. O terceiro tema enfoca a política salarial, a qual estabelece os procedimentos e as normas necessários para a orientação, condução e manutenção do plano de cargos e salários; a política é um instrumento de gestão, portanto, deve ser seguida por toda a organização. 28 Para finalizar a aula, analisa-se os critérios para estruturar o plano de salários. Vê-se que para estruturar os salários, deve-se manter a equidade interna e externa, para isto a pesquisa salarial é um importante instrumento para balizar os salários e para construir a tabela de salários, com todo este conjunto de procedimentos, pode-se estabelecer um plano de salários coerente e alinhado com a estrutura de cargos da empresa. Até a próxima! REFERÊNCIAS CHIAVENATO, I. Remuneração, benefícios e relações de trabalho: como reter talentos na organização. 6. ed. Barueri: Manole, 2009. DUTRA, J. S. Gestão de Pessoas: modelo, processos, tendências e perspectivas. São Paulo: Atlas, 2002. ESCORSIN, A. P.; ZANDROSKI, F. Pesquisa Salarial. Curitiba. Salário BR. 2013. KNAPIK, J. Gestão de pessoas e talentos. Curitiba: InterSaberes, 2012. MORENO, A. I. Administração de cargos e salários. Curitiba: InterSaberes, 2014. PASCHOAL, L. Como gerenciar a remuneração na sua empresa. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2006. SILVA, M. de O. Sistema moderno de remuneração. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2005.
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