Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Enterobactérias 1 Doutorando: Christer Frederick Ocadaque Prevalência de casos de infecções por enterobactérias Enterobactérias Características Gerais Bacilos Gram-negativos Habitat natural: planta, solo, água, trato intestinal de seres humanos e animais Bactérias aeróbias ou anaeróbias facultativas Fermentam grande quantidade de carboidratos Produzem várias toxinas e fatores de virulência Apresentam antígenos: Somáticos (O), 173 tipos Flagelares (H), 56 tipos Capsulares (K), 100 tipos 3 Características gerais Enterobactérias Família Enterobacteriaceae Classificação – 49 gêneros Escherichia Shigella Edwardsiella Salmonella Citrobacter Klebsiella Enterobacter Hafnia Serratia Proteus Providencia Morganella Yersinia Erwinia Pectinobacterium… 5 Fatores de virulências Espécies Enteropatogênicas Shigella Salmonella Escherichia coli 6 Sítios de infecções com membros da família Enterobacteriaceae Shigella 26 Shigella 10 Um dos principais gêneros envolvidos nas Infecções alimentares; Causador da disenteria bacilar; Fisiopatologia da disenteria bacilar; Shigella 11 Contém 4 espécies que diferem antigenicamente . S. dysenteriae (Grupo A) S. flexneri (Grupo B 85%) S. boydii (Grupo C) S. sonnei (Grupo D 15%) Shigella 12 Estrutura antigênica Diferenciação em grupos baseado no antígeno O (sorogrupos A, B, C e D) Fatores de Virulência – Toxina de Shiga - S. dysenteriae e em qttde por S. flexneri e S. sonnei. Inibem a sintese proteica pela inativação da subunidade ribossomal 60S Levando a ulceração da membrana. Shigella Proteinas da membrana externa Induzem endocitose. Disseminam-se lateralmente pelas células do epitelio, mas não penetram para a sub- mucosa. 13 Shigella: adesão e penetração 14 Shigella: invasão Shigella 16 Importância Clínica Shigelose ou Disenteria. Transmissão fecal-oral. Infectividade: 10-200 bacilos Período de Incubação de 1-7 dias: febre, cólicas, dor abdominal, diarréia aquosa (1-3 dias) Depois: diarréia com sangue, muco e pus. Severidade depende da especie: S. dysenteria é a mais patogênica, seguida de S. flexneri, S. sonnei e S. boydii. Shigella 17 Complicações Síndrome hemolítica-urêmico Artrite asséptica Síndrome de Reiter: conjuntive, artrite e uretrite Salmonella 35 Salmonella 19 S. Typhi S. Paratyphi S. Cholerasuis Colonização assintomática: S.Typhi S.Paratypi Fatores de virulencia da Salmonela Capsula Adesão: por fimbrias e adesinas Proteinas da membrana externa: Promove a entrada em células epiteliais Promove a sobrevivência dentro de macrófagos Flagelos – ajuda as bactérias no movimento na mucosa 20 * São patógenos ubíquos de humanos e animais Salmonella 21 Salmonella – Importância Clínica: 22 Transmissão: via fecal-oral ou ingestão de alimentos e liquidos contaminados. Portador assintomático: excreta os bacilos Gastroenterite (salmonelose): Período de incubação: 6 a 48 horas com nausea, diarréia, vômito e dor abdominal. Febre, cefaléia e mialgia.Total de 2 a 7 dias Febre enterica ou febre tifoide: Período de incubação: 10 a 14 dias, precedido por gastroenterite Febre, anorexia, cefaléia, mialgia, e constipação Exantemas (50% dos casos) Baço palpável Septicemia: pneumonia, meningite Salmonella Patogenia Ingestão de alimentos ou bebidas contaminadas Penetração da mucosa intestinal Multiplicação local Disseminação via linfáticos e cor. sanguínea Febre entérica Septicemia Enterocolite 23 Escherichia coli 35 Escherichia coli Microbiota Normal do TGI Algumas cepas causam gastroenterites. Principal agente de infecção urinária; Papel crucial nas áreas de contaminação fecal de alimentos; Sua presença na água é um indicador de contaminação fecal 25 Podem ainda causar: pneumonia Sepse Meningite Gastroenterite Abscessos Escherichia coli 26 27 Adesão – fatores de colonização, incluindo fímbrias. Fatores de virulência Cápsula Flagelos Proteínas da membranas externa auxiliam em adesão e endocitose Escherichia coli Tipos de adesão 28 Escherichia coli 29 E. coli: causadoras de diarréia são divididas em grupos: Escherichia coli enterotoxigênica (ETEC) 30 Responsável por crises diarréicas de todos os grupos etários e diversas partes do mundo; Sorotipos comuns: O6, O8, O15, O20, O25, O27, O63, O78, O80, O114, O115, O128ac, O148, O153, O159 e O167 Produz dois tipos de enterotoxinas LT e ST LT é semelhante a toxina colérica; 31 E. coli enterotoxigenica (ETEC) Causa diarréia aquosa. LT – termolábil e liga-se ao Gm1 gangliosidio das cels. epiteliais do int. delgado que estimula a adenilato ciclase para aumentar produção de AMPc. AMPc ↑ altera atividade da bomba de Na e Cl- que resulta na excreção de liquidos. ST – liga-se a receptores que estimulam a produção de cGMP Escherichia coli enterotoxigênica (ETEC) Atividades da LT vs ST 32 33 ETEC – diarréia do viajante Incubação: 10-12h Transmissão: água e alimentos contaminados Bacteria adere a mucosa e libera a enterotoxina Diarréia aquosa, náusea, cólica e febre baixa por 1-5 dias Escherichia coli enterotoxigênica (ETEC) Escherichia coli enterohemorrágica (EHEC) 34 colite Caracteristicamente responsável pela Hemorrágica. Sorotipos O157:H7 e O26:H11- 80% das cepas isoladas. Dores abdominais severas Diarréia aguda e sanguinolenta e sem febre Produz uma potente toxina denominada “verotoxina” ou “ toxina shiga-like”. Inibição da síntese proteíca 35 Escherichia coli enterohemorrágica (EHEC) 36 Toxina Shiga-like ou verotoxina - E. coli enterohemorragica (EHEC) – citotóxica, enterotóxica, neurotóxica e causa diarréia com ulceração do TGI. Toxinas: toxina shiga-1 and toxina shiga-2. Escherichia coli enterohemorrágica (EHEC) Escherichia coli enteropatogênica (EPEC) 37 Causadora de gastroenterite em crianças Surtos esporádicos Brasil, alta incidência (30%), em crianças pobres com idade abaixo de 6 meses. Sorotipos: O26, O55, O86 e O111 Diarréia acompanhadas de dores abdominais, vômitos e febre Doença com duração média de 24h Patogênicidade relacionada a destruição da microvilosidade intestinal EPEC – adesão por pili a mucosa intestinal 38 Escherichia coli enteropatogênica (EPEC) capazes de penetrar em células epiteliais Sorotipos: O21, O29 e O124 Atinge crianças maiores e adultos Incubação 8 a 24h Disenteria com muco e sangue Cólicas Febre Dor abdominal e mal-estar E. coli enteroinvasiva (EIEC) 40 Infecção do Trato Urinário (ITU) Cistite e Pielonefrite Inf. Urinárias das Cistites: 91,4% sexo feminino E. coli: 70,5% dos casos Escherichia coli Ascendência de infecção urinária 41 Escherichia coli Outras Enterobactérias não enteropatogênicas Klebsiella Enterobacter Serratia Citrobacter Proteus 42 Klebsiella, Enterobacter, Serratia, Citrobacter e Proteus 44 Chamados de coliformes e compõem a microbiota normal intestinal São patógenos oportunistas: Infecção urinária Infecção nosocomial: Inf. Trato Urinário (ITU), inf. respiratórias, de feridas, sepse, osteomielite, endocardites e meningites Sítios de colonização e doenças extra-intestinais 45 VIAS DE CONTAMINAÇÃO HOSPITALAR 46 Diagnóstico Laboratorial das Enterobactérias 52 Material fecal Exame a fresco e coloração de Gram Agar E.M.B Mac conkey Agar SS Provas bioquímicas Identificação sorológica Antibiograma Enterobactérias diarreogénicas Diagnóstico Laboratorial Bacterioscopia pelo Gram Cultura do material clinico Provas bioquímicas Teste da citocromo oxidase Motilidade Oxidação de carboidratos Antibiograma 49 Identificação bioquímica Triple Sugar Iron 50 Motilidade 5152 CHROMOagar Cultivo de sangue 54 Teste de sensibilidade 55 Tratamento das Enterobactérias 52 1a escolha: Ciprofloxacina Co-trimoxazole Sulfonamida Tetraciclina Ampicillina. Terapia Antimicrobiana Resistência a Beta-lactâmicos 58 Β-Lactâmicos: inibem a síntese da parede celular 59 •Penicilinas •Cefalosporinas: 1ª, 2ª, 3ª e 4ª •Carbapenemicos: imipenem, meropenem, aztreonam KPC 60 1996 – Carolina do Norte, USA Resistente a todos β- lactamicos Descoberta do plasmidio: blaKPC genes blaKPC genes encontrados em: E. coli Salmonella cubana Enterobacter cloaceae Proteus mirabilis K. oxytoca Serratia marcescens Pseudomonas aeruginosa P. putida 52
Compartilhar