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Manejo Racional de Bovinos de Corte

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA 
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA 
 
GRUPO DE ESTUDOS DE BOVINOS DE CORTE 
UFU CORTE 
 
 
 
 
 
REVISÃO DE LITERATURA 
 
 
 
 
 
 
Manejo Racional 
 
 
 
 
 
 
Vinícius Pereira da Silva 
 
 
 
 
 
 
UBERLÂNDIA – 2017 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA 
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA 
 
GRUPO DE ESTUDOS DE BOVINOS DE CORTE 
UFU CORTE 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
Com os diversos avanços que aconteceram na pecuária, os produtores puderam ter um 
aumento significativo dos rebanhos e intensificar os meios de produção animal, 
consequentemente proporcionando maiores ganhos econômicos. Apesar do 
desenvolvimento dessa área, que é uma das bases da economia nacional, muitas das vezes 
é deixado de lado fatores que influenciam no bem-estar animal e posteriormente 
influenciaram na qualidade do produto final. Tal problema levou a ser desenvolvidos 
métodos, que visam levar às propriedades, técnicas de manejo, que focam nos preceitos 
estabelecidos pela ciência do bem-estar animal, sem que haja redução na produtividade e 
que eleve a qualidade do produto. Para isso é importante conhecer a biologia da espécie 
e estabelecer barreiras éticas para definir quais práticas devem ser banidas e quais 
deveriam ser implantadas para a que haja um manejo racional nas propriedades. 
 
REVISÃO DE LITERATURA 
Segundo Alencar (1997), a produção de bovinos de corte no Brasil vem se intensificando 
e se desenvolvendo nas últimas décadas, tendo aumentos na produtividade e na qualidade 
dos produtos. Tais avanços, estão sendo propiciados pelos desenvolvimentos científicos, 
tecnológicos e de manejo e com isso preocupações relacionadas ao bem-estar animal 
foram surgindo. 
Segundo Broom (1986), o bem-estar animal foi caracterizado como o estado de um dado 
organismo, durante suas tentativas de se ajustar ao ambiente. Tal definição pode ter várias 
implicações, tais como: 1) o bem-estar é uma característica de um animal, não é algo que 
possa ser fornecido a ele; 2) o bem-estar pode variar entre muito ruim e muito bom, não 
se pode simplesmente pensar em preservar e garantir o bem-estar, mas sim em melhorá-
lo ou assegurar que ele seja bom; 3) o bem-estar pode ser medido cientificamente, 
independentemente de considerações morais, assim, a medida e a interpretação do bem-
estar devem ser objetivas. (BROOM e JOHNSON, 1993) 
Para que os bovinos se encontrem em condições de bem-estar, vários fatores são 
determinantes, tais como: genética, instalações e principalmente o manejo, que além de 
causar danos ao bem-estar animal, segundo Silva et. al (2004) também são determinantes 
para perdas econômicas devido às lesões e consequentes descartes nas carcaças. 
Em busca de melhorias nas condições de bem-estar animal e aumento de produtividade 
foram desenvolvidas técnicas que visam o melhor manejo do animal, trazendo o conceito 
de manejo racional, que pode ser definido como o manejo baseado nos princípios de 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA 
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA 
 
GRUPO DE ESTUDOS DE BOVINOS DE CORTE 
UFU CORTE 
 
 
 
 
comportamentos dos animais, objetivando mais segurança para as pessoas e animais, 
maior eficiência nas atividades diárias da fazenda e minimização do estresse do gado e 
das pessoas envolvidas (Beef Point, 2002). 
A utilização das técnicas de manejo racional pode tornar os sistemas de produção animal 
mais produtivos e competitivos, reduzindo perdas e também aperfeiçoando a produção 
com melhorias e adequação no manejo. Além desses fatores, também pode-se citar a 
melhoria na qualidade do produto final, gerando uma carne bovina de maior qualidade, 
que acaba sendo valorizada por exportadores. (OLIVEIRA et. al, 2008). 
A implementação das técnicas de manejo racional prioriza ações simples no dia-a-dia 
para manejo, tais como, o uso de bandeirinhas sendo movimentadas atrás dos animais, 
para que eles sigam em frente, e sempre evitando o uso de bastões e pauladas, afim de 
que não cause contusões nem estresse a eles. 
Também é importante respeitar a zona de fuga ou escape do animal que é uma área ao 
redor de seu corpo que leva a sua movimentação quando é invadida. Quando outro animal 
ou uma pessoa passa a fronteira da zona, ele irá reagir, socializando ou escapando, desse 
modo o condutor pode controlar o movimento do animal. O ponto de balanço ou de 
equilíbrio é uma linha imaginária traçada na paleta do animal formando um ângulo de 90º 
com o corpo. Quando desejamos que ele se mova para frente, devemos nos direcionar 
pela parte de trás do ponto. Se nos aproximarmos entre a cabeça e o ponto de balanço, o 
animal se movimentará para trás (GRANDIN, 2000). 
Não se pode deixar de ter uma atenção importante com as instalações para manejo, a 
utilização de seringas e cercas fechadas são fundamentais para que não aconteçam brigas 
entre os animais e para que eles não vejam pessoas ou outras distrações fora do curral. 
Esse tipo de curral é eficaz pois segundo Silveira (2005), os bovinos possuem visão 
ampla, permitindo que enxergue vários locais ao seu redor podendo chamar sua atenção 
para outros pontos, provocando atrasos durante o deslocamento. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Visto as opções, podemos concluir que para desenvolver um bom manejo precisamos 
contar com instalações adequadas, funcionários treinados, animais com boa resposta 
reativa e supervisão das atividades de manejo. Também deve ser observado as 
necessidades dos bovinos, a preservação de recursos naturais, fatores econômicos e a 
praticidade do sistema de produção, sem que nenhum fator seja priorizado em relação ao 
outro, pois são intimamente ligados. 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA 
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA 
 
GRUPO DE ESTUDOS DE BOVINOS DE CORTE 
UFU CORTE 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ALENCAR, M. M. Utilização de cruzamentos para produção de carne bovina. In: 
SEMANA DO ESTUDANTE, 9., 1997, São Carlos: EMBRAPA-CPPSE, 1997. P. 37-
46. 
BROOM, D. M. Indicators of poor welfare. British Veterinary Journal, v. 142, p. 524-
526, 1986 
BROOM, D. M; JOHNSON, K. G. Stress and animal welfare. London: Chapman & 
Hall, 1993. 211 p. 
GRANDIN, T. Livestock Handling and Transport. 2. ed. Oxon: CABI Publishing, 
2000. 464 p 
OLIVEIRA, C.B.; BORTOLI, E.C.; BARCELLOS, J.O.J. Diferenciação por Qualidade 
da Carne Bovina: a Ótica do Bem-Estar Animal. Ciência Rural, Santa Maria, v.38, 
n.7, p.2092-2096, 2008. 
SILVA, Santos Machado Aguilar Roberto. Bem-estar animal, transporte e qualidade 
de carne bovina. 
http://www.cpap.embrapa.br/cadeiacarne/CADEIA%20da%20CARNE/ CC005.pdf 
acesso em 29 de novembro de 2017. 
SILVEIRA, I. D. B. Influência da genética bovina na suscetibilidade ao estresse 
durante o manejo e seus efeitos na qualidade da carne. 2005. 198 f. Tese (Mestrado 
em Ciência Animal) – Universidade Federal de Pelotas, Faculdade de Agronomia 
Eliseu Maciel. Rio Grande do Sul, 2005.

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