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Estudo Dirigido Imunologia

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Ronald 15, 16, 17, 18, 19 
IO que é imunidade inata e imunidade adaptativa e quais as suas diferenças?
A imunidade inata proporciona a linha de defesa inicial do organismo, contra micro-organismos. Consiste em mecanismos de defesa celulares e bioquímicos, que já existem até mesmo antes da infecção. Imunidade adaptativa tem uma notável especificidade para moléculas distintas e sua capacidade de “lembrar” e responder com maior intensidade em exposições repetidas para o mesmo micro-organismo
2) Diferencia imunidade ativa de imunidade passiva.
3) Uma criança que nunca tenha sido imunizada contra o tétano sofre um corte profundo com uma ferramenta enferrujada. No pronto socorro, o corte foi desinfetado e a enfermeira de plantão administrou na paciente, por via intravenosa, um soro contendo anticorpos antitoxina tetânica, Pergunta-se:
Porque foram administrados imediatamente anticorpos específicos ao invés do procedimento de vacinação pela injeção da própria toxina?
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10) Defina PAMPs e DAMPs
PAMPs (Padrões Moleculares Associados a Patógenos) são substâncias microbianas (características de patógenos) que estimulam a imunidade inata. Dentre eles podem ser citados os ácidos nucleicos (como RNA de fita simples e RNA de fita dupla, presentes nos vírus), proteínas (como as estruturas pilina e flagelina encontradas nas bactérias), lipídeos de parede celular (LPS - bactérias Gram negativas; ácido lipoteicoico - bactérias Gram positivas) e carboidratos (como as mananas e glucanas dectina, presentes em fungos).
Os DAMPs (Padrões Moleculares Associados a Danos) são substâncias endógenas produzidas ou liberadas por células mortas ou danificadas causadas por infecções. Além disso também podem indicar lesões celulares assépticas (sem infecção) provocadas por queimaduras, toxinas químicas, traumas, entre outras.
11) Quais são os receptores de reconhecimento padrão e quais as suas características?
Os TLR’S, presentes na superfície da célula e nos endossomas, são as famílias de receptores de reconhecimetno de padrão mais importantes, reconhecendo uma grande variedade de ligantes, incluindo componentes da parede celular bacteriana e ácidos nucleicos microbianos. Os receptores de reconhecimento de padrão citosólicos existem para reconhecer moléculas microbianas. Esses receptores abrangem receptores do tipo RIG (RLRs), que reconhecem RNA viral, sensores de DNA citosólico (CDSs) e receptores do tipo NOD (NLRs), que reconhecem constituintes da parece celular bacteriana e também detectam cristais intracelulares, espécies reativas de oxigênio e vários outros indicadores de infecção ou lesão celular.
12) Relacione os mecanismos de inflamação com os sinais cardinais.
O TUMOR é causado principalmente pela fase exsudativa e produtiva-reparativa, representadas pelo aumento de líquido (edema infla
matório) e de células. O CALOR é oriundo da fase vascular, em que se tem hiperemia arterial e, conseqüentemente, aumento da temperatura local. O RUBOR ou vermelhidão também é decorrente desse mesmo fenômeno. A DOR, por sua vez, é originada de mecanismos mais complexos que incluem compressão das fibras nervosas locais devido ao acúmulo de líquidos e de células, agressão direta às fibras nervosas e ação farmacológicas sobre as terminações nervosas; portanto engloba pelo menos 3 fases da inflamação ( irritativa, vascular e exsudativa). A PERDA DE FUNÇÃO, por fim, é decorrente do tumor (principalmente em articulações, impedindo a movimentação) e da própria dor, dificultando as dificuldades locais. 
13) Quais as funções do sistema do complemento?
As principais funções biológicas do sistema complemento são as seguintes:
1- Certos componentes ativados do complemento são polimerizados nas superfícies celulares e medeiam a citólise pela formação de poros ou rompendo a integridade da camada dupla de fosfolípideos nas membranas destas células. Deste modo, microrganismos estranhos que ativam o complemento podem ser mortos por lise osmótica.
2- Opsonização de microrganismos estranhos ou de partículas pela ligação das proteínas do complemento a suas superfícies. Os leucócitos fagocitários expressam receptores específicos para estas opsoninas. Deste modo, as opsoninas promovem fagocitose de partículas ou de microrganismos.
3- Ativação de inflamação em resposta à geração de certos fragmentos proteolíticos de proteínas do complemento. Estes peptídeos derivados do complemento atuam sobre diversos alvos. Ativam mastócitos, causando reação que se assemelham à hipersensibilidade imediata; em casos extremos, esta reação pode simular a anafilaxia, e estes fragmentos do complemento algumas vezes são chamados anafilatoxinas. Outros alvos destes peptídeos incluem endotélio vascular e leucócitos inflamatórios. Ainda outros fragmentos das proteínas do complemento podem potencializar as respostas dos linfócitos B a antígeno.
4- Imunocomplexos que poderiam lesar os tecidos tornam-se inócuos por solubilização, limitação de tamanho e eliminação fagocitária da circulação em decorrência da ligação com proteínas do complemento.
14) Diferencie as 3 vias do sistema do complemento
Existem três vias principais de ativação do complemento: a via clássica, que é ativada por determinados isotipos de anticorpos ligados a antígenos; a via alternativa, que é ativada na superfície das células microbianas na ausência de anticorpo; e a via das lectinas, que é ativada por uma lectina plasmática que se liga a resíduos de manose em microrganismos.
15 – O que são Imunoglobulinas (Igs)? Faça um diagrama esquemático de uma molécula típica de IgG e marque cada uma das seguintes partes: cadeia L (leve) e cadeias (H) pesada, região da dobradiça; fragmentos de Fab e Fc; sítio de ligação com o antígeno; sítio de ligação do complemento; ligações disulfeto e intercadeias
Imunoglobulina é o sinônimo de anticorpo, o nome imunoglobulina (Ig) se refere à porção responsável pela imunidade da fração gamaglobulina. A gamaglobulina por sua vez, é uma nomenclatura que classifica o tipo de proteína que são os anticorpos. É importante destacar que TODAS as moléculas de anticorpo compartilham as mesmas características estruturais básicas, porém, apresentam ENORME variabilidade nas regiões de ligação com o antígenos
Quanto à estrutura: uma molécula de anticorpo apresenta estrutura central simétrica, composta por duas cadeias leves idênticas e duas cadeias pesadas idênticas. 
 	As cadeias pesadas e cadeias leves são compostas por regiões aminoterminais variáveis ( V ), que participam do reconhecimento de antígeno e regiões carboxiterminais constantes ( C ), as regiões C das cadeias pesadas medeiam as funções efetoras das moléculas de anticorpo
16- Quais as funções dos anticorpos? 
R: Os anticorpos são proteínas circulantes produzidas em resposta à exposição a estruturas não próprias do organismo (os antígenos). Os anticorpos podem existir em duas formas: ligados a membranas na superfície de linfócitos B, atuando como receptores de antígenos, e anticorpos secretados, que residem na circulação, nos tecidos e nas mucosas, onde neutralizam toxinas, impedem a entrada e a disseminação de patógenos e eliminas micro-organismos. Os anticorpos têm a função de reconhecer estruturas moleculares não próprias além de serem os mediadores primários da imunidade humoral contra todas as classes de micro-organismos. As principais funções efetoras mediadas por anticorpos são: a neutralização dos micro-organismos, a ativação do sistema complemento, a opsonização de patógenos (o que potencializa a fagocitose), a citotoxicidade de células mediadas por anticorpos (onde os anticorpos marcam células infectadas para sua lise por células do sistema imune nato) e a ativação de mastócitos mediada por anticorpos, que elimina parasitas. 
17 – Quais os isotipos de anticorpos e suas funções?
Os anticorpos são classificados em diferentes isotipos e subtipos com base em diferenças nas regiões C da cadeia pesada, que são compostaspor três ou quatro domínios Ig: tais classes e subclasses apresentam diferentes propriedades funcionais. As classes de anticorpo (isotipos) são denominadas IgM, IgD, IgG, IgE e IgA. As regiões C da cadeia pesada de todas as moléculas de anticorpos de um isótipo ou subtipo, apresentam, essencialmente, a mesma sequência de aminoácidos. Sendo essa sequência diferente em anticorpos de outros isotipos ou subtipos. 
	Isótipo de Anticorpo
	Função
	IgA
	 Imunidade da mucosa (é o anticorpo mais secretado no corpo humano)
	IgD
	 Receptor de antígeno do linfócito B virgem
	IgE
	 Defesa contra parasita helmintos, hipersensibilidade imediata
	IgG
	Opsonização, ativação do sistema complemento, citotoxicidade mediada por células dependente de anticorpo, imunidade neonatal, autoinibição do linfócito B 
	IgM
	Receptor de antígeno do linfócito B virgem, ativação do sistema complemento. 
18 – Defina antígeno
Um antígeno é qualquer substância que pode ser especificamente ligada a uma molécula de anticorpo ou receptor de linfócitos T. Um antígeno é basicamente uma estrutura não própria, que desencadeia uma resposta imune. 
19 – Quais as diferenças no reconhecimento entre linfócito T e B?
O reconhecimento de antígeno se dá pela resposta do receptor de sinalização (que geralmente se localizam na membrana da célula e iniciam a sinalização no citosol, e em seguida, no compartimento nuclear). Os receptores de superfície celular desempenham duas funções principais, ativar a sinalização intracelular e estimular a adesão de uma célula à outra, ou à matriz extracelular.
	Na célula B, o reconhecimento de antígenos se dá pelo BCR – complexo receptor da célula B, o receptor de antígeno do linfócito B, é um tipo de molécula de anticorpo transmembrana associada a duas cadeias de sinalização. A IgM e a IgD de membrana de superfície das células B maduras está associada as moléculas IgBeta e IgAlfa invariáveis, que contém ITAM (imunorreceptor de ativação à base de tirosina) em suas extremidades citoplasmáticas que regulam as funções de sinalização.
	Enquanto na célula T, o reconhecimento de antígenos se dá pelo TCR – receptor da célula T, que é formado por cadeias Alfa e Beta do TcR. 
	As diferenças no reconhecimento, se dá, na medida em que a célula B, reconhece o antígeno diretamente via receptor de membrana (ocorrem ligações cruzadas das Imunoglobulinas de membrana pelo antígeno) com o BCR, dessa forma, as reações de fosforilação das tirosinas são iniciadas, ocorrendo intermediários bioquímicos, com enzimas ativas, a fim de ativas os fatores de transcrição. Enquanto na célula T, o reconhecimento do Linfócito T se dá pela apresentação e processamento do antígeno por uma APC, célula apresentadora de antígeno, via MHC – complexo de histocompatibilidade principal. Uma vez que a célula T reconhece apenas peptídeos, e não o antígeno por completo.
	
Por exemplo: 
	Célula
	Apresentação e processamento de antígeno
	Linfócito T – CD8+ (Citolítico)
	O linfócito Citolítico é dependente da MHC tipo 1, na qual, a célula Apresentadora de antígeno, nucleadas, apresentam o MHC tipo 1 (via citosólica)
	Linfócito T – CD4* (auxiliar)
	O linfócito auxiliar é dependente de MHC tipo 2, que é expresso, apenas nas células dendríticas e nos linfócitos B e macrófagos (via endocítica e vesiculada)
20. Como as células T respondem aos antígenos?
21. Quem são e quais as funções das APC?
22. Descreva características das moléculas de MHC tipo I e tipo II
23. Como ocorre o processamento de antígeno pelas diferentes classes do MHC?
 
24. Explique apresentação cruzada.

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