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Direito Penal 3 - CASOS CONCRETOS RESOLVIDOS 1 AO 15

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Direito Penal III - Casos concretos 1 ao 15 
Plano de aula 1 
Adamastor Vale foi condenado como incurso nas sanções do artigo 121,§2º, inciso IV, 
do Código Penal por ter matado Anatalino da Silva, utilizando de recurso que 
impossibilitou a defesa da vítima, desferindo pauladas no ofendido, causando-lhe as 
lesões descritas no auto de necropsia de fls. 19 do Inquérito Policial, que foram a 
causa de sua morte. Na ocasião, o denunciado utilizando-se de um pedaço de 
madeira, uma “trama” para cerca, desferiu pauladas na vítima, quando esta tentava se 
retirar do pátio da residência do acusado. Por outro lado, não se pode deixar de 
registrar que, momentos antes do fato, a vítima estaria embriagada no pátio da casa 
do réu, proferindo diversas ofensas verbais a ele e sua cunhada, além de tentar invadir 
sua residência e agredi-los fisicamente, razão pela qual, Adamastor Vale interpôs 
recurso de apelação com vistas ao reconhecimento da nulidade da decisão proferida 
pelo Tribunal do Júri por não ter sido formulado quesito relativo à forma privilegiada do 
delito, consoante entendimento sumulado pelo Supremo Tribunal Federal (Verbete de 
Súmula n.162), pedido julgado improcedente, haja vista a tese relativa à forma 
privilegiada do ilícito não ter sido ventilada pela defesa técnica em nenhum momento 
processual, nem mesmo no julgamento em plenário, ocasião em que propugnou 
apenas pelo afastamento da qualificadora e pela absolvição. 
Sucessivamente: 
 
1. Arguiu o reconhecimento da causa de diminuição de pena (privilégio). 
2. Afastamento da hediondez do delito. 
 
A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre a teoria da pena, os 
crimes contra a vida e os institutos repressores da lei de crimes hediondos (Lei 
n.8072/1990) analise a procedência dos pedidos sucessivos. 
 
R: O pedido é procedente, tendo em vista a existência de homicídio privilegiado 
qualificado, que ocorre quando o homicídio qualificado é praticado sob 
influência do disposto no parágrafo 1º do art. 121 do CP. Apesar de não ser 
pacífico, alguns tribunais admitem o homicídio privilegiado qualificado ou 
desclassificação do homicídio qualificado para privilegiado. Para efeito de 
dosimetria da pena, o parágrafo 1º do art. 121 funciona como atenuante do 
parágrafo 2º deste mesmo artigo. 
 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
1) Com relação ao delito de homicídio, analise as assertivas abaixo e assinale a opção 
correta: 
I. Segundo a jurisprudência do STJ é admissível o concurso entre o homicídio 
privilegiado e qualificado, desde que, as qualificadoras tenham natureza objetiva, 
sendo, neste caso, caracterizado como delito hediondo. 
II. O homicídio praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que 
na forma simples, poderá ser considerado hediondo, consoante expressa 
previsão legal na Lei n.8072/1990. 
III. No caso de um delito de homicídio ser praticado em concurso de pessoas no qual 
haja um contrato para o pagamento, tanto o contratante, quanto o executor do 
homicídio que receber o pagamento, obrigatoriamente, serão responsabilizados pelo 
 
homicídio qualificado pela torpeza, consoante o disposto no art.30, do Código Penal. 
IV. O instituto do perdão judicial aplica-se aos crimes de homicídio culposo 
previstos no Código Penal e na Lei n.9503/1997 (CTB) e configura-se como 
direito público subjetivo do réu de caráter unilateral, no qual o Estado-juiz deixa 
de aplicar a pena em circunstâncias expressamente previstas em lei. 
 
Estão corretas apenas: 
a) I e III. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
e) I, II e III. 
 
 
 
Plano de aula 2 
 
Justiça manda a júri desempregada que fez autoaborto. 
Fonte: OABRJ DIGITAL. NOTÍCIAS. 
Disponível em: http://www.oabrj.org.br/noticia/72175-justica-manda-a-juri-
desempregada-que-fez-autoaborto, 04/06/2012 – 11h42 
Fonte: jornal O Estado de S. Paulo 
 
Uma mulher de 37 anos, que cometeu um autoaborto em 2006, vai a júri popular. 
Dependente de drogas, desempregada e mãe de dois filhos, ela foi denunciada pelo 
Ministério Público, absolvida em primeira instância, mas terá de sentar no banco dos 
réus por determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo, que atendeu ao recurso 
da promotoria. Keila Rodrigues mora em Paulo de Faria, uma cidadezinha no interior 
de São Paulo com pouco mais de 8,5 mil habitantes, distante 150 quilômetros de São 
José do Rio Preto. Ela pagou R$ 100 por dois comprimidos Cytotec, um abortivo de 
uso restrito, comprados clandestinamente. No dia 31 de outubro de 2006, grávida de 
cinco meses, ela foi até o Hospital de Base de Rio Preto e colocou os comprimidos na 
vagina. Pouco tempo depois, passou a ter fortes contrações e precisou ser internada 
imediatamente. Como a gravidez era avançada, o feto não foi expulso naturalmente, e 
Keila entrou em trabalho de parto antecipado. O bebê - que recebeu o nome de 
Amanda - nasceu de parto normal no dia 2 de novembro, pesando 615 gramas. A 
menina viveu por 20 dias, mas não resistiu. Morreu em decorrência de uma infecção 
neonatal, provocada pela prematuridade extrema. O caso foi parar na polícia depois 
que uma enfermeira do hospital registrou uma queixa contra Keila numa delegacia. A 
atitude da enfermeira é condenada pelo Ministério da Saúde na nota técnica Atenção 
Humanizada ao Abortamento e pelo Código de Ética de Profissionais da Enfermagem. 
O inquérito foi concluído e enviado ao Ministério Público, que entrou com uma 
denúncia formal contra Keila na Justiça. Sem dinheiro para contratar advogado, Keila 
recebeu o benefício da assistência gratuita - uma parceria da Defensoria Pública com 
a Ordem dos Advogados. A advogada Maria do Carmo Rocha Chareti foi então 
nomeada para defender Keila no processo. E ela mesma teve dificuldade para 
localizar a acusada. "Keila mora nas ruas. É pobre, alcoólatra, dependente de drogas. 
Nos vimos uma única vez antes da audiência com a juíza", conta. Na audiência, Keila 
compareceu aparentemente alcoolizada - o que, segundo Maria do Carmo, demonstra 
as condições precárias em que vive. Ela confirmou que tentou praticar o aborto, mas 
disse estar "profundamente arrependida". Diante da situação, Keila foi absolvida 
sumariamente pela juíza Milena Repuo Rodrigues, que entendeu que, diante das 
condições expostas por Keila, a conduta dela foi legítima e ela não poderia ser 
responsabilizada pelo crime de prática de aborto. Recurso. O promotor Marco Antônio 
 
Lélis Moreira, no entanto, não ficou satisfeito com a absolvição e recorreu ao Tribunal 
de Justiça. Na argumentação, Moreira diz que não há dúvida de que houve o aborto. E 
emenda: "É lamentável, em pleno século 21, uma mulher experiente não se utilizar dos 
meios impeditivos de uma gravidez para depois, grávida, escolher a via criminosa do 
aborto e encontrar a benevolência do magistrado". Em entrevista ao Estado, o 
promotor Moreira diz que fez a denúncia contra Keila porque ela já tinha antecedentes 
criminais e porque ela não apresentou provas suficientes para demonstrar que vivia 
em condições subhumanas e seus dois filhos estavam sob a guarda da avó. "Além 
disso, ela confessou ter cometido o aborto. Essa ação vai servir de exemplo para a 
juventude da cidade prevenir a gravidez", afirmou o promotor. "No júri vou pedir a 
condenação de Keila como forma de prevenção geral. É uma punição moral para que 
as pessoas entendam que o aborto é criminoso", diz Moreira, admitindo que é raro que 
casos de aborto sejam denunciados e terminem em júri. A advogada Maria do Carmo 
diz que ficou surpresa com a decisão do TJ de mandá-la para júri popular. "Keila está 
arrependida. Tenho certeza de que os jurados vão absolvê-la." 
 
A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes contra a 
vida, identifique. 
a) As figuras típicas do delito de aborto. 
R: As figuras típicas são a) autoaborto (art. 124); b) aborto sem consentimento(art. 125) e; c) aborto com consentimento 
b) O momento consumativo do delito de aborto. Responda de forma objetiva e 
fundamentada. 
R: a consumação ocorre no momento da morte do feto, independentemente do 
momento da ação (utilização de meios que efetivamente poderiam provocar o 
aborto). 
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que 
outro seja o momento do resultado 
 
c) O fato da criança ter nascido e vindo a falecer após 20 dias de seu nascimento 
descaracteriza o delito de aborto? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
R: Não, o crime continua sendo caracterizado como aborto, mesmo seu 
resultado se produzindo após o momento da ação. Conforme o art. 4º do Código 
Penal. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
1) Marcos e Rodrigo instigaram Juarez, que sofria de depressão, a cometer suicídio, 
pois, na condição de herdeiros do último, pretendiam a morte do mesmo por 
interesses econômicos. Ainda que Juarez tenha admitido firmemente a possibilidade 
de eliminar a própria vida, não praticou qualquer ato executório. Diante desse 
contexto, Marcos e Rodrigo: (FCC - 2014 - DPE-RS - Defensor Público). 
a) poderiam ter a pena reduzida de 1/3 a 1/2, se a pretensão tivesse caráter 
humanitário, de piedade, e a morte tivesse se consumado. 
b) deverão responder por tentativa de homicídio, visto que a ideia de ambos era 
eliminar a vida de Juarez para posterior enriquecimento. 
c) serão responsabilizados pelo crime previsto no art. 122 do Código Penal, com 
redução da pena pelo fato de a vítima não ter atentado contra a própria vida, já que 
para a consumação do delito basta a mera conduta de instigar. 
d) não responderão pelo crime de instigação ao suicídio, pois não houve morte 
ou lesão corporal de natureza grave na vítima. 
 
 
e) responderiam por instigação ao suicídio, caso, no mínimo, Juarez atentasse contra 
a própria vida e tivesse ocasionado lesões corporais leves em seu corpo. 
 
 
Plano de aula 3 
 
Deyse Neves foi denunciada como incursa no delito tipificado no art. 1º, II, da Lei 
n.9455/1997, por ter havido, mediante a utilização de uma escova de cabelo de cabo 
de madeira e correia de cinto, agredido seu filho Wallace, de três anos de idade. Em 
juízo, confessou a ré ter tido como motivo das agressões físicas o negativa de seu 
filho em utilizar o banheiro para a realização de suas necessidades, bem como sua 
“pirraça” ao fazê-las no chão da sala de casa (fls.132/133). Restadas comprovadas 
autoria e materialidade das agressões e, consectárias lesões à integridade física da 
criança, o Ministério Público entendeu estarem presentes os elementos configuradores 
do delito de tortura e não do delito de maus-tratos, previsto no art.136, do Código 
Penal. 
 
Ante o exposto com base nos estudos realizados sobre o tema, indique, 
fundamentadamente, a correta tipificação à conduta de Deyse Neves, bem como 
diferencie os delitos supracitados. 
 
R: Trata-se de maus tratos. No caso em questão há um conflito aparente de 
normas, que é resolvido através do princípio da subsidiariedade. Tortura (Lei 
9455/97) é crime mais grave, o crime abaixo e menos grave, subsidiário, é o de 
maus tratos. 
 
A diferença é que na Lei 9455 (tortura) o crime ocorre a partir do objetivo de 
castigar a pessoa castigada por mero prazer , enquanto que no art. 136 (maus 
tratos), a o crime se tipifica através dacorreção educação e disciplina. 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
1. (UNEB - 2014 - DPE-BA - Estágio Jurídico - Defensoria Pública) 
 “Uma criança de um 1 ano e 9 meses morreu após ser atropelada pelo próprio pai na 
zona sul de Porto Alegre, no início da tarde desta segunda-feira (30). Conforme a 
Polícia Civil, o pai, de 31 anos, estava saindo de ré da garagem de casa e não viu o 
menino, que foi atingido pelo veículo. O atropelamento aconteceu na Rua Dona 
Mariana, na Restinga. 
 A criança foi encaminhada para o Hospital Moinhos de Vento da Restinga, mas não 
resistiu aos ferimentos e morreu. A Delegacia de Trânsito instaurou inquérito para 
investigar o caso. O pai e um tio da criança, que presenciou o ocorrido, prestaram 
depoimento durante a tarde”. (ATROPELO . Dísponivel em: < gaucha.clicrbs.com.br>. 
Acesso em: 30 dez. 2013). 
Na hipótese narrada, o pai da criança responderá criminalmente por: 
 a) lesão corporal seguida de morte. 
 b) lesão corporal seguida de morte, na hipótese preterdolosa. 
 c) homicídio culposo, porém será possível a extinção da punibilidade pelo 
perdão judicial. 
 d) homicídio culposo, porém será possível a extinção da punibilidade pelo perdão do 
ofendido. 
 
 e) homicídio culposo e lesão corporal culposa, porém será possível a extinção da 
punibilidade pelo perdão do ofendido. 
 
2) Sobre os crimes de abandono de incapaz e exposição ou abandono de recém-
nascido, analise as assertivas abaixo: 
I. o delito de exposição ou abandono de recém-nascido, em face da pena, 
admite a transação penal prevista na Lei n.9099/1995 – Juizados Especiais 
Criminais. 
II. consumam-se com a efetiva exposição ou abandono, desde que resulte 
perigo concreto à vida ou à saúde da vítima. 
III. em relação ao sujeito ativo do delito configuram delitos especiais 
próprios. 
IV. o delito de exposição ou abandono de recém-nascido pode ser praticado por 
terceiro como forma de auxílio ao pai ou à mãe, não contudo, pelo terceiro, 
diretamente, sem a participação do pai ou da mãe. 
 Estão certos apenas os itens: 
a) I e II. 
b) I, II e III. 
c) I, III e IV. 
d) I e IV. 
 
 
 
Plano de aula 4 
 
APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA 
CASO CONCRETO 
 
O gerente da empresa XYZ Ltda., pretendendo que a empregada Rosa das Neves, 
portadora de deficiência física, apresentasse sua demissão, passou a afirmar que ela 
estava desviando dinheiro do caixa e que fazia uso dos recursos para manter sua 
relação extraconjugal com um colega de trabalho. Estas afirmações foram realizadas 
reiteradamente para todos os colegas, por mais de três meses, levando Rosa a sentir-
se em um ambiente de trabalho insustentável. O Juiz do Trabalho reconheceu a 
prática de assédio moral e determinou a expedição de ofício para apuração de delitos. 
(TRT 14R - 2014 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Juiz do Trabalho MODIFICADA). 
A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes contra a 
honra: 
a) Avalie a possibilidade de concurso de crimes entre os delitos de calúnia, difamação 
e injúria quando praticados no mesmo contexto fático. 
b) Identifique as consequências jurídico-penais caso o gerente promova a retratação 
antes da prolação da sentença. 
c) O fato de Rosa das Neves ser portadora de deficiência física possui relevância para 
a tipificação da conduta do gerente? 
 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
1) Com relação aos delitos contra a honra, leia atentamente as situações hipotéticas 
apresentadas abaixo: 
 
I. Funcionário público oferece representação contra colega entendendo-se ultrajado na 
sua honra, (em sua dignidade). Acionado criminalmente, o colega retratou-se. A 
referida retratação é irrelevante para o Direito Penal. 
II. Um indivíduo comparece à Delegacia Policial e oferece notícia de crime em face de 
terceiro, um desafeto seu, sendo certo que o noticiante imputou ao noticiado crime de 
que o sabia inocente. Em decorrência da referida notícia foi instaurado inquérito 
policial. Neste caso, a conduta do noticiante encontra-se incursa no tipo penal da 
calúnia. 
III. Um indivíduo, maior e capaz, com o ânimo de ridicularizar um vizinho, portador de 
deficiência mental, o xinga de “idiota bobalhão”. Arrasado com a ofensa chora e conta 
aos seus pais e amigos que foi “humilhado”. Neste caso é correto afirmar que a 
conduta deste indivíduo será tipificada como injúria discriminatória.IV. Dois indivíduos, por motivo irrelevante, iniciam violenta discussão em um bar, no 
curso da qual um deles, despeja um copo de cerveja na cabeça do outro. A sua 
conduta configura a contravenção penal de vias de fato. 
Estão certos apenas os itens: 
A) I e II. 
B) I, e III. 
C) I, II e III IV. 
D) I, II e IV. 
2) Em cada uma das opções abaixo, é apresentada uma situação hipotética, seguida 
de uma assertiva a ser julgada de acordo com as disposições incriminadoras contidas 
no CP sobre os crimes contra a honra. Assinale a opção em que a assertiva está 
correta. 
 
I. Jonas, em conversa com vários colegas de trabalho, entre eles Hercílio, seu 
desafeto, referiu-se a este dizendo “você é ladrão e hipócrita”. Nessa situação, a frase 
proferida por Jonas configura os delitos de calúnia e difamação em concurso formal, 
com causa de aumento de pena prevista na parte especial do CP. 
 
II. Adalto é negro e jogador de futebol profissional. Durante uma partida é chamado 
pelos torcedores do time adversário de macaco e lhe são atiradas bananas no meio do 
gramado. Caso sejam identificados os torcedores, é correto afirmar que, em tese, 
responderão pelo crime de injúria racial, nos termos do art. 140, § 3.º do Código 
Penal. 
 
III. Mariana entra em sala de aula e percebe que Jonas mexe na bolsa de Luiza. 
Jonas, na verdade, pegava na bolsa de Luiza um remédio, contando com a 
autorização da moça. Pouco tempo depois Luiza retorna para a sala e descobre que 
seu celular foi furtado. Mariana conta para todos que o autor da subtração foi Jonas, 
pois ela acreditava sinceramente que tivesse sido o rapaz, no entanto essa imputação 
foi falsa, porque logo depois se descobriu o celular em posse de um outro aluno na 
sala. A partir da premissa de que Jonas tomou conhecimento das declarações feitas é 
correto afirmar que a conduta de Mariana configura os delitos de calúnia e injúria. 
 
IV. Clerivaldo, perante várias pessoas, afirmou falsamente que Marcelino, funcionário 
público aposentado, explorava a atividade ilícita do jogo do bicho, quando exercia as 
funções públicas. Ante a imputação falsa, é correto afirmar que Clerivaldo cometeu o 
 
crime de difamação, admitindo-se a exceção da verdade. 
Estão certos apenas os itens: 
 
A) I e II. 
B) I, e III. 
C) I, II e III IV. 
D) I, II e IV 
 
Plano de aula 5 
 
Walter Weber, conhecido por seu comportamento agressivo, foi denunciado e 
condenado como incurso nas sanções do art. 147 do Código Penal, a uma pena de 03 
(três) meses de detenção, substituída por uma pena restritiva de direitos, consistente 
na prestação de serviços à comunidade, durante três meses, à razão de 07 (sete) 
horas semanais, por ter havido, no dia 05 de maio de 2010, por volta das 19 horas, 
ameaçado sua ex companheira Jacinta Silva, por meio da utilização de um facão. A 
referida conduta teve por elemento propulsor o fato de Walter não aceitar a separação 
do casal. Consoante provas testemunhais (fls.101/102) dos vizinhos, que a tudo 
assistiram, haja vista a conduta de Walter ter sido praticada no portão da garagem da 
casa do então casal, Walter teria ameaçado Jacinta de matá-la caso a visse com outro 
homem. Inconformado com a decisão interpôs recurso inominado, com vistas à 
reforma da decisão e consequente absolvição por insuficiência de provas, bem como 
sustentou, que o fato não passara de uma mera “discussão entre marido e mulher” 
não tendo a mulher prestado “queixa”. 
A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes contra a 
liberdade individual, identifique. 
a. Os elementos da figura típica de ameaça e seu momento consumativo. Responda 
de forma objetiva e fundamentada. 
R: Para se configurar a ameaça, o gesto deve ser sério, capaz de intimidar a 
maioria das pessoas na sociedade. O caso concreto não passa de mera 
discussão de casal 
b. A natureza da ação penal aplicável ao caso. Responda de forma objetiva e 
fundamentada 
R: Ação penal pública condicionada, tendo em vista que MP apresenta a 
denuncia , mas a vítima tem que decidir se dará ou não prosseguimento a ação. 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
Uma mulher apaixonada por um homem que inobstante tentar conquistá-lo de todas 
as formas, não consegue lograr êxito em seu intento. Assim, sendo, de porte de uma 
arma de fogo, empregando ameaça, obriga o homem indefeso à prática de relações 
sexuais, restando consumado, portanto o crime de: (Prova: CRSP - PMMG - 2014 - 
PM-MG. Modificada) 
 a) Constrangimento ilegal. 
 b) Violação sexual mediante fraude. 
 c) Ameaça. 
 
 d) Estupro. 
2) Manoel invadiu o computador de Paulo sem autorização deste e alterou várias 
informações do proprietário do computador, inclusive violando indevidamente seu 
mecanismo de segurança, em troca de um carro. Assim, Manoel: (Prova: FUNCAB - 
2013 - PC-ES). 
 a) não praticou crime. 
 b) praticou o crime de invasão de dispositivo informático (artigo 154-Ado CP). 
 c) praticou o crime de estelionato (artigo 171 do CP). 
 d) praticou o crime de inserção de dados falsos em sistema de informação (artigo 
313- Ado CP). 
 e) praticou o crime de modificação ou alteração não autorizada de sistema de 
informações (artigo 313-B do CP). 
 
Plano de aula 6 
 
Roberto Carlos, profissional autônomo, conhecido na pequena cidade em que trabalha 
pela qualidade de seus serviços nas reformas de cozinhas e banheiros foi 
surpreendido em determinado dia, durante o horário de almoço, pela subtração de sua 
máquina de cortar cerâmica. Desesperado por tratar-se de maquinário indispensável à 
sua atividade laborativa perguntou a todos os conhecidos sobre o ocorrido. Alguns 
dias após a subtração encontrou a máquina jogada à porta da casa na qual estava 
trabalhando. Os moradores da casa viram quando um homem, identificado 
posteriormente como Leozinho, a jogou na porta e saiu correndo. Dos fatos, Leozinho 
restou denunciado pela conduta incursa no art.155, caput, do Código Penal. 
Inconformado alegou em defesa a aplicação do princípio da insignificância com vistas 
à exclusão da tipicidade material de sua conduta e, sucessivamente, a isenção de 
pena em decorrência da devolução da máquina e consequente ausência de prejuízo a 
Roberto Carlos. 
A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre o crime de furto, 
responda de forma objetiva e fundamentada: 
 
a) A defesa deve prosperar? 
Não deve prosperar, tendo em vista que o princípio da insignificância não está 
ligado necessariamente ao valor pecuniário do objeto em si, mas também ao 
prejuízo que a perda da coisa pode causar ao seu proprietário. Como o furto da 
máquina repercutiu diretamente no sustento da vítima, não há que se falar em 
aplicação do mencionado princípio. 
 
b) O fato de Leozinho ter restituído a máquina de cortar cerâmica poucos dias após a 
subtração possui alguma relevância jurídico-penal? Caso a res furtiva fosse restituída 
no curso da ação penal a reposta seria a mesma? 
Caberia a aplicação de redução da pena, consoante art. 16 do CP, pois a coisa 
foi devolvida antes da denúncia. 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
1) No dia 14 de setembro de 2014, por volta das 20h, José, primário e de bons 
antecedentes, tentou subtrair para si, mediante escalada de um muro de 1,70 metros 
 
de altura, vários pedaços de fios duplos de cobre da rede elétrica avaliados em, 
aproximadamente, R$ 100,00 (cem reais) á época dos fatos. Sobre o caso 
apresentado, segundo entendimento sumulado do STJ, assinale a afirmativa correta. 
(FGV - 2014 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XV - Tipo 1 – Branca). 
 
a) É possível o reconhecimento do furto qualificado privilegiado independentemente do 
preenchimento cumulativo dos requisitos previstos no Art. 155, § 2º, do CP. 
 
b) É possível o reconhecimento do privilégio previsto no Art. 155, §2º, do CP 
nos casos de crime de furto qualificado se estiverem presentes a primariedade 
do agente e o pequeno valor da coisa, e se a qualificadora for de ordem 
objetiva. 
 
c) Não é possível o reconhecimento do privilégio previsto no Art. 155, § 2º, do CP nos 
casos de crime de furto qualificado, mesmo que estejam presentes a primariedade do 
agente e o pequeno valor da coisa, e se a qualificadora for de ordem objetiva. 
 
d) É possível o reconhecimento do privilégio previsto no Art. 155, § 2º, do CP nos 
casos de crime de furto qualificado se estiverem presentes a primariedade do agente, 
o pequeno valor da coisa, e se a qualificadora for de ordem subjetiva. 
 
2) Em relação ao delito de furto, analise as assertivas abaixo e assinale a 
opção correta: 
 
I . A diferença entre o furto mediante fraude e estelionato reside na forma pela 
qual o agente se apropria da coisa, pois enquanto no primeiro a vítima não 
percebe que a coisa lhe está sendo retirada, no segundo é a própria vítima que 
entrega a coisa ao agente. 
II. De acordo com o entendimento majoritário da doutrina, para caracterização da 
majorante do abuso de confiança basta a relação empregatícia com vínculo 
permanente. 
III. Agente que subtrai para si energia elétrica alheia de pequeno valor, fazendo-o 
em concurso de pessoas, sendo ambos absolutamente primários, à luz da 
jurisprudência hoje dominante no Superior Tribunal de Justiça, pratica furto 
qualificado-privilegiado. 
IV. Júnior, jovem de 20 anos, furta R$ 5.000,00 de seu próprio pai, Claudionor, de 53 
anos. Nesta situação, Júnior responde pelo crime de furto agravado. 
 
São corretas apenas as assertivas: 
a) I e II; 
b) I, II e III; 
c) I, e III; 
d) I, III e IV. 
e) I, II e III. 
 
 
 
 
 
Plano de aula 7 
 
Por volta das 7h de uma segunda feira, Jesuíno e Lorrany, casal de namorados, 
ambos de 20 anos, abordaram o carro de Cláudia, parada em um semáforo em frente 
à escola do seu filho após deixá-lo. Jesuíno portava um revólver calibre 38 municiado 
e obrigou Cláudia a sentar no banco de trás do veículo ao lado de Lorrany. Jesuíno 
conduziu o veículo até a esquina mais próxima onde, então, Wallace Augusto entrou 
no carro e sentou-se na frente, no banco do carona portando a arma de Jesuíno 
apontada para a cabeça de Cláudia. Circularam por cerca de duas horas com a vítima 
fazendo com que esta efetuasse diversos saques de sua conta corrente e cartões de 
crédito em caixas eletrônicos quando, então, decidiram por largá-la no local em que 
havia sido rendida. Os agentes fugiram com o veículo, todavia alguns funcionários da 
escola que conheciam Cláudia viram o que acontecia e avisaram à Polícia, vendo 
ainda que os dois criminosos apanharam um homem que os aguardava nas cercanias. 
Dos fatos, restou provado no curso da ação penal que Jesuíno, Lorrany e Wallace 
Augusto associaram-se de forma estável e permanente para a prática de crimes contra 
o patrimônio. 
A partir do caso concreto narrado, com base nos estudos realizados sobre os delitos 
de roubo, extorsão e extorsão mediante sequestro identifique: 
a. A correta tipificação das condutas. Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Há concurso de crimes entre os crimes de extorsão qualificada pela privação de 
liberdade e roubo. 
b. Caso os agentes sejam denunciados pelas condutas contra o patrimônio com a 
majorante e ou qualificadora resultante de concurso de pessoas, é possível a 
cumulação de penas com o delito de associação criminosa? Responda de forma 
objetiva e fundamentada. 
Não, pois implicaria na vedação bis in idem. 
c. Caso no momento em que Cláudia fosse rendida pelos agentes, tivesse reagido e 
levado um tiro de Jesuíno que empreendeu fuga deixando a vítima ferida, qual seria a 
correta tipificação da conduta de Jesuíno? 
Homicídio tentado. 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
1) Em relação aos delitos de extorsão e extorsão mediante sequestro, previstos nos 
arts.158 e 159, do Código Penal, analise as assertivas abaixo: 
I. São considerados delitos hediondos, independentemente da produção do 
resultado mais gravoso lesão corporal de natureza grave ou morte. 
II. O denominado "sequestro relâmpago" configura-se como uma qualificadora 
do delito de extorsão mediante sequestro e é considerado delito hediondo. 
III. Os delitos de extorsão e roubo possuem como elemento distintivo a 
prescindibilidade do comportamento da vítima no roubo. 
IV. A extorsão é uma espécie de constrangimento ilegal, diferenciando-se 
deste em decorrência da natureza da vantagem almejada. 
São corretas apenas as assertivas: 
 
a) I e II; 
b) I, II e III; 
c) I, II e IV; 
d) II, III e IV. 
e) III e IV. 
2) Após terem subtraído significativa quantia de dinheiro de um estabelecimento 
comercial, mediante grave ameaça, objetivando a detenção da res furtiva e a 
impunidade do crime, os agentes efetuaram disparos de arma de fogo contra policiais 
militares que os aguardavam na porta do estabelecimento. Embora não tenham 
conseguido fugir da ação policial e nem atingir nenhum dos milicianos, os agentes 
atuaram com evidente animus necandi em relação aos policiais militares. Conforme o 
atual entendimento do Superior Tribunal de Justiça, nesse caso, ocorreu (FUNDEP - 
2014 - DPE-MG - Defensor Público) 
 a) roubo consumado em concurso material com homicídio tentado. 
 b) roubo tentado em concurso material com resistência. 
 c) latrocínio consumado. 
 d) latrocínio tentado. 
 
Plano de aula 8 
 
Claudinei Bom de Papo, proprietário de um veículo BMW, ano 1995, decide convidar 
Anabellla, colega de faculdade, para jantar em um caro restaurante próximo à casa da 
jovem a fim de impressioná-la. Combina de se encontrarem às 21h na porta do 
restaurante. Ao término do jantar romântico, Claudinei Bom de Papo estende o convite 
para um cineminha próximo à sua casa e pede que Anabella o acompanhe até o 
serviço de manobrista do restaurante para que ele possa retirar seu BMW. Poucos 
minutos após entregar o ticket de estacionamento ao manobrista recebe seu carro 
com um pequeno plus fornecido pelo restaurante ? outro carro, BMW, da mesma cor, 
mas 20 anos mais novo. Ciente do engano do manobrista e sem tecer qualquer 
comentário pega as chaves de seu novo carro e vai embora do restaurante com 
Anabella. A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes 
contra o patrimônio, responda de forma objetiva e fundamentada: sendo certo que 
Claudinei Bom de Papo não provocou o engano e tampouco não o informou ao 
manobrista qual a correta tipificação de sua conduta? 
Seria crime de estelionato e não crime de furto mediante fraude. 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
1) Determinado sujeito, que acabara de se desiludir amorosamente, decide matar sua 
até então namorada. Toma emprestado o automóvel de seu vizinho e, durante o 
trajeto, por descuido, abalroa gravemente um outro veículo, causando sério prejuízo 
material. Mas, faltando-lhe coragem para consumar o homicídio, estaciona próximo a 
um bar, às portas da casa de sua ex-namorada e intencionalmente se embriaga, a fim 
de ganhar valentia para executar seu plano. Abandona o veículo, vai a pé até a casa 
 
da ex-namorada e, mediante asfixia, tira-lhe a vida. À luz do Direito Penal, o sujeito 
cometeu: (VUNESP - 2014 - TJ-RJ - Juiz Substituto) 
a) dano e homicídio duplamente majorado, pela embriaguez dolosa e asfixia. 
 b) homicídio qualificado pela asfixia. 
 c) homicídio qualificado pela asfixia e agravado pela embriaguez pré-ordenada. 
 d) dano e homicídio qualificado pela asfixia, em concurso material. 
2) Jonas Esperto, assistente de Eleonora, designer de interiores, mantém união 
estável com esta. Certo dia, após perder muito dinheiro apostandoem cavalos sem 
que sua companheira soubesse, pois havia pego emprestado de sua amada o dinheiro 
utilizado para as apostas, decide simular um sequestro a fim de obter, não só o valor 
perdido, mas também, mais dinheiro para futuras apostas. Procura um velho amigo, 
Beto Faz Tudo e o contrata para forjar o sequestro de sua companheira. Acordam que 
o valor do resgate será divido na porcentagem de 70% e 30%, já que ele ficou 
responsável pelo planejamento da operação por conhecer com riqueza de detalhes os 
horários de Eleonora. Realizada a empreitada criminosa, chega o momento da 
exigência do preço do resgate ao companheiro e aos filhos de Eleonora. Durante a 
conversa de Jonas Esperto com o sequestrador, Carlos Norberto Filho, filho de 
Eleonora descobre que Jonas foi o responsável por toda a organização do sequestro. 
Ante o exposto, com base nos estudos sobre os crimes contra o patrimônio é correto 
afirmar que a conduta de Jonas Esperto configura: 
a) sequestro, mas será isento de pena. 
b) estelionato, mas será isento de pena. 
c) extorsão mediante sequestro na forma tentada. 
d) extorsão mediante sequestro consumado. 
e) extorsão mediante sequestro consumada, mas será isento de pena. 
 
Plano de aula 9 
 
STJ reforma decisão e condena homem por estuprar enteada 
Mariângela Gallucci - O Estado de S. Paulo 
26 Agosto 2014 | 16h 24 
Disponível em: http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,stj-reforma-decisao-e-
condena-homem-por-estuprar-enteada,1549894 
O relator do caso fez críticas aos argumentos utilizados nas decisões das instâncias 
inferiores que haviam inocentado 
BRASÍLIA - O Superior Tribunal de Justiça (STJ) reformou decisão do Judiciário 
paulista que havia absolvido um homem acusado de praticar sexo com a enteada de 
13 anos. Por unanimidade, os ministros da 6ª. Turma do STJ decidiram condená-lo. O 
processo será encaminhado ao Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo para que a pena 
seja fixada. 
Relator do caso, o ministro Rogerio Schietti Cruz fez críticas aos argumentos utilizados 
nas decisões das instâncias inferiores da Justiça, que tinham absolvido o padrasto. 
"Repudiáveis os fundamentos empregados pela magistrada de primeiro grau e pelo 
relator do acórdão impugnado (no TJ) para absolver o recorrido, reproduzindo um 
padrão de comportamento judicial tipicamente patriarcal, amiúde observado em 
 
processos por crimes dessa natureza, nos quais o julgamento recai inicialmente sobre 
a vítima para somente a partir daí julgar-se o réu", afirmou. 
Para os ministros do STJ, a presunção de violência nos crimes de estupro e atentado 
violento ao pudor contra menores de 14 anos tem caráter absoluto. "A interpretação 
que vem se firmando sobre tal dispositivo é no sentido de que responde por estupro o 
agente que, mesmo sem violência real, e ainda que mediante anuência da vítima, 
mantém relações sexuais (ou qualquer ato libidinoso) com menor de 14 anos", disse o 
relator. O caso chegou à Justiça após o padrasto ter sido denunciado pela própria 
companheira. A juíza de 1ª. Instância concluiu que a menina não foi vítima de 
violência presumida porque "se mostrou determinada para consumar o coito anal com 
o padrasto". "O que fez foi de livre e espontânea vontade, sem coação, ameaça, 
violência ou temor. Mais: a moça quis repetir e assim o fez", disse: "A vítima foi 
etiquetada como uma adolescente desvencilhada de preconceitos, muito segura e 
informada sobre os assuntos da sexualidade, pois 'sabia o que fazia'. Julgou-se a 
vítima, pois, afinal, 'não se trata de pessoa ingênua'. Desse modo, tangenciou-se a 
tarefa precípua do juiz de direito criminal, que é a de julgar o réu, ou, antes, o fato 
delituoso a ele atribuído", concluiu Schietti. 
A partir do caso concreto narrado, identifique: 
a. Quais os reflexos da caracterização da expressão vulnerabilidade como absoluta ou 
relativa? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
A forma absoluta permite a aplicação ao caso concreto sem que seja necessário 
fazer a difícil constatação de que o menor realmente teria maturidade para 
manter a relação carnal com sua anuência. 
b. Nos casos de estupro contra vulnerável quem possui legitimidade para a 
propositura da ação penal? 
O Ministério Público 
c. O fato da conduta ter sido praticada pelo padrasto da vítima possui alguma 
relevância jurídica para fins de aplicação de pena? 
Sim, neste caso a pena será aumentada pela metade. 
d. Caso na situação descrita a vítima tivesse 14 anos e a relação sexual fosse oriunda 
de grave ameaça proferida pelo padrasto as respostas anteriores se alterariam? 
Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Sim, pois houve emprego de violência. 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
1) José, rapaz de 23 anos, acredita ter poderes espirituais excepcionais, sendo certo 
que todos conhecem esse seu ?dom?, já que ele o anuncia amplamente. Ocorre que 
José está apaixonado por Maria, jovem de 14 anos, mas não é correspondido. 
Objetivando manter relações sexuais com Maria e conhecendo o misticismo de sua 
vítima, José a faz acreditar que ela sofre de um mal espiritual, o qual só pode ser 
sanado por meio de um ritual mágico de cura e purificação, que consiste em manter 
relações sexuais com alguém espiritualmente capacitado a retirar o malefício. José diz 
para Maria que, se fosse para livrá-la daquilo, aceitaria de bom grado colaborar no 
ritual de cura e purificação. Maria, muito assustada com a notícia, aceita e mantém, de 
forma consentida, relação sexual com José, o qual fica muito satisfeito por ter 
conseguido enganá-la e, ainda, satisfazer seu intento, embora tenha ficado um pouco 
frustrado por ter descoberto que Maria não era mais virgem. (FGV - 2013 - OAB - 
Exame de Ordem Unificado - X - Primeira Fase) 
 
Com base na situação descrita, assinale a alternativa que indica o crime que José 
praticou. 
 a) Corrupção de menores (Art. 218, do CP). 
 b) Violência sexual mediante fraude (Art. 215, do CP). 
 c) Estupro qualificado (Art. 213, § 1º, parte final, do CP). 
 d) Estupro de vulnerável (Art. 217-A, do CP). 
2) Jorge, diretor financeiro de uma grande empresa, há semanas vem chamando sua 
secretária Luiza para saírem juntos. Como Luiza recusa todos os convites, Jorge, 
auxiliado por Pedro que trabalha como motoboy na mesma empresa, ameaça Luiza 
dizendo que, caso ela não vá a um motel com ele, no dia seguinte estará demitida. 
Luiza, mais uma vez, recusa a ceder e, muito abalada psicologicamente, leva o fato ao 
conhecimento do Presidente da empresa a fim de que as devidas providências sejam 
tomadas em relação a Jorge e Pedro. Diante dos fatos, é correto afirmar que: 
a) Jorge e Pedro responderão por assédio sexual consumado. 
b) Jorge responde por assédio sexual tentado, pois não conseguiu obter favorecimento 
sexual, e Pedro não responde por nenhum crime, pois não é superior hierárquico da 
vítima. 
c) Jorge e Pedro responderão por assédio sexual tentado, pois não houve a obtenção 
de favorecimento sexual. 
d) Jorge responderá por assédio sexual consumado e Pedro pelo delito de 
constrangimento ilegal, pois não é superior hierárquico da vítima. 
3) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado abaixo, 
na ordem em que aparecem (MPE-RS - 2014 - MPE-RS - Promotor de Justiça) 
Durante o festival de balonismo, na cidade de Torres, Afonso Dias, 52 anos, deslocou-
se até a Boate Cristal para festejar a sua classificação no evento. No recinto, 
conheceu o transformista Maitê, 21 anos, convidando-o para acompanhá-lo na 
comemoração. Enquanto conversavam, Afonso disfarçadamente colocou uma 
substância na bebida de Maitê, que o levou a perder os sentidos. Na sequência, 
conduziu o transformista desmaiado, sem poder oferecer resistência, até seu carro, 
onde praticou com ele sexo anal. No dia seguinte, Maitê registrou o fato delituosocontra Afonso na Delegacia de Polícia e adotou as medidas necessárias para 
responsabilizá-lo. No presente caso, o crime praticado pelo agente é o de _______e a 
ação penal correspondente é ________. 
a) estupro de vulnerável ? pública incondicionada 
 b) estupro ? pública incondicionada 
 c) violação sexual mediante fraude ? pública condicionada à representação 
 d) estupro ? pública condicionada à representação 
 e) violação sexual mediante fraude ? privada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Plano de aula 10
 
 
Luana, Vanessa e Isabela, jovens de 22 e 23 anos, após terem sido demitidas da 
empresa de propaganda na qual trabalhavam resolveram alugar um imóvel e dividir as 
despesas do mesmo. Passados alguns meses sem que conseguissem novo emprego, 
decidiram trabalhar por um tempo como ?garotas de programa? para seu sustento. A 
fim de evitar chamar a atenção de amigos e familiares resolveram utilizar a sua própria 
residência como local dos encontros. Para tanto, acordaram que Luana ficaria 
responsável pela ?administração? do local, recebendo parte do dinheiro obtido por 
suas colegas com o serviço sexual, utilizando-o no pagamento do aluguel, anúncios, 
empregada e outras despesas necessárias à mantença do local. No mais, as próprias 
colegas agendavam e negociavam os programas que realizavam. Passados alguns 
meses do início das ?atividades?, após diversas notificações às jovens reclamando 
sobre o excessivo movimento de ?estranhos? no edifício, o síndico, desconfiado das 
atividades lá realizadas, notifica os fatos à autoridade pública, bem como a ocorrência 
de pequenos delitos no local. Após detalhada verificação de todos os fatos, inclusive 
através de interceptações telefônicas deferidas judicialmente, restou demonstrada a 
habitualidade das condutas de Luana, Vanessa e Isabela. Dos fatos, as jovens 
restaram denunciadas pela prática da conduta descrita no art.229, do Código Penal, 
sendo cumulada à conduta de Luana a figura típica do art.230, do Código Penal. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre a moderna teoria do delito, 
quais as possíveis teses defensivas a serem apresentadas por Luana, Vanessa e 
Isabela? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
R: O fato é atípico, tendo-se em vista que os crimes referentes à prostituição 
necessitam ter o elemento exploração sexual para serem tipificados. 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
1) Com relação aos crimes de lenocínio tráfico de pessoa para fim de prostituição ou 
outra forma de exploração sexual analise as assertivas abaixo e assinale a opção 
correta: 
 I. Agente que aluga imóvel para a montagem de casa de prostituição, 
sabendo da finalidade do locatário sem, contudo, ter qualquer envolvimento com a 
referida exploração sexual não poderá ser responsabilizado pela conduta prevista no 
art.229, do CP. 
 II. No delito de casa de prostituição tutela-se o interesse da 
coletividade de modo a evitar a proliferação de todas as formas de lenocínio. 
 III. Para a consumação do delito de casa de prostituição é prescindível 
a prática efetiva de ato libidinoso, bem como a finalidade de lucro. 
 IV. Agente que utiliza residência alheia, com habitualidade, para a 
prática da prostituição não pratica a conduta no art.229, do CP. 
 
Estão corretas as assertivas: 
a. I, II e III. 
b. I, II e IV. 
c. II, III e IV. 
d. I e III. 
 
2) Com relação aos crimes de lenocínio tráfico de pessoa para fim de prostituição ou 
outra forma de exploração sexual e aos crimes de ultraje público ao pudor analise as 
assertivas abaixo e assinale a opção correta: 
 I. Configura o crime de favorecimento da prostituição ou de outra forma de 
exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável, submeter, induzir 
ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual, alguém menor de 
18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o 
necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar 
que a abandone. 
 II. O crime de tráfico de pessoas poderá ser caracterizado ainda que haja 
consentimento da vítima. 
III. Os processos em que se apurarem crimes, tráfico internacional de pessoa para fim 
de exploração sexual e tráfico interno de pessoa para fim de exploração sexual correm 
em segredo de justiça, mas o mesmo não ocorre em relação ao crime de rufianismo. 
 IV. A conduta de casal que, durante exibição de filme, aproveita-se do 
escuro do ambiente e é flagrado mantendo relações sexuais, em tese configura 
ato obsceno. 
Estão corretas as assertivas: 
a) I, II e III. 
b) I, II e IV. 
c) II, III e IV. 
d) I e III . 
 
Plano de aula 11 
 
Claudirene, às 20 horas do dia 15 de março de 1994, deu à luz um menino na única 
maternidade existente na pequena cidade onde morava. Ocorre, porém, que tão logo 
sai da maternidade, Claudirene, que havia sido abandonada pelo pai da criança e não 
desejava criá-la sozinha, acaba por entregar o recém-nascido para Lúcia, uma velha 
conhecida sua. Esta, visando evitar o trâmite legal do processo de adoção, registra o 
menino como sendo seu filho, levando-o para morar com ela em uma cidade distante. 
Em janeiro de 2010, o ex-companheiro de Claudirene a procurou, pois desejava 
conhecer o filho que havia abandonado dezesseis anos antes. Ao tomar conhecimento 
do que havia acontecido, vai até a Delegacia de Polícia e relata o fato às autoridades. 
Instaurado inquérito policial, Lúcia acaba sendo indiciada pelo crime previsto no art. 
242, do Código Penal. Seu advogado, no entanto, impetra habeas corpus visando 
obter o arquivamento do procedimento inquisitorial em razão da ocorrência de 
prescrição da pretensão punitiva. Com base nos estudos realizados, diga 
fundamentadamente se deve prosperar a pretensão defensiva. 
 
Neste caso, Lucia é beneficiada pelo perdão judicial, pois agiu com boa-fé, 
visando o bem-estar da criança. 
QUESTÃO OBJETIVA 
Sobre os crimes contra a família, analise as assertivas abaixo e assinale a opção 
correta: 
 
 I. Maria Clara, pobre e desempregada, sem condições de criar o sexto filho recém-
nascido, entregou a criança a Ludmila, que, de comum acordo com o marido André , e 
juntamente com este, registrou em cartório a menina como se fosse filha do casal. 
Nessa hipótese, Ludmila e André devem responder por falsidade ideológica, 
configurada como crime contra a fé pública. 
 II. No delito de subtração de incapazes (art. 249 do CP), havendo a restituição do 
menor ou do interdito, se este não sofreu maus-tratos ou privações, o Juiz pode 
deixar de aplicar pena. 
 III. João Bonitão casou-se com Maria Linda exclusivamente no religioso. Sendo 
certo que o casamento não produziu efeitos civis, casa-se novamente, desta vez 
com produção de efeitos civis com Bella. Nesta situação é correto afirmar que a 
conduta de João Bonitão não configura o crime de bigamia. 
 IV. Aquela que, penalmente responsável, registrar, como seu, filho recém-nascido de 
outra mulher, alterando formalmente seu estado civil, responderá pelo crime de 
supressão ou alteração de direito inerente ao estado civil de recém-nascido em 
concurso formal com o crime de falsidade decorrente da inscrição falsa no registro de 
nascimento da criança. 
 
De acordo com o Código Penal Brasileiro e o entendimento pacificado pelos Tribunais 
Superiores, estão corretos apenas os itens: 
 a) I e III 
 b) I e IV 
 c) II e III 
 d) III e IV 
 
 
 
 
Plano de aula 12 
 
 
 Jonas Maurílio foi denunciado pela prática das seguintes condutas, in verbis: 
Consta do presente Inquérito Policial que no dia 10 de julho de 2014, por volta das 
20:00 horas, na Rua -----, n.----, Bairro -----, nesta capital, o denunciado JONASMAURÍLIO ameaçou causar mal injusto e grave à vítima Maria Amália, sua cunhada, 
pois a filha desta, sobrinha de JONAS MAURÍLIO, pegou emprestado uma ventilador 
na casa do autor para utilizar em conjunto com a mãe e o irmãozinho caçula. JONAS 
MAURÍLIO, irritado, armou-se com uma faca e disse à vítima que "iria pegar o 
ventilador de qualquer jeito, que esfaquearia Maria Amália, pois não se simpatiza com 
a mesma" (sic). Ato contínuo, o denunciado causou incêndio na cama da filha de 
Maria Amália que havia pego o aparelho de sua residência, que fica encostado na 
parede que faz divisão com o imóvel de Maria Amália, visto que as casas são 
geminadas, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem. 
No local, encontrava-se a outra filha da vítima e sobrinha do agente, uma criança de 
apenas 02(dois) anos. 
Em momento posterior, ao ser detido por policiais militares, novamente proferiu 
ameaças à vítima, dizendo-lhe que "não ficaria preso e seria liberado, mas quando ele 
saísse, a situação ficaria pior para a vítima". A vítima representou criminalmente contra 
o denunciado (fls. X). Insta salientar que o denunciado possui outros boletins de 
ocorrência com suposta prática de delitos desta natureza (violência doméstica), 
conforme fls.X2. 
 
A partir do caso concreto narrado, identifique a correta tipificação da conduta de 
JONAS MAURÍLIO. 
R: Crime de ameaça com o crime de incêndio com causa de aumento pelo fato 
de ter sido cometido em edifício destinado a uso público. 
QUESTÃO OBJETIVA 
1. José, mestre de obras, foi contratado para realizar a reforma de um escritório no 
centro da cidade de Niterói. Durante a reforma, José, sem analisar a planta do edifício, 
derruba uma parede do escritório, com o intuito de unir duas salas contíguas. Dois 
dias após a derrubada da parede, o prédio desaba, e, no desabamento, morre uma 
pessoa que estava no local na hora da queda. A perícia consegue apurar que a queda 
foi provocada pela obra realizada por José, que não poderia derrubar a parede, pois 
esta seria estrutural no edifício. Diante dos fatos narrados, assinale a opção que indica 
a responsabilidade penal de José. ( FGV - 2014 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 
XIV - Primeira Fase) 
a) Desabamento doloso em concurso formal com o crime de homicídio doloso. 
 b) Desabamento doloso em concurso material com o crime de homicídio culposo. 
 c) Desabamento culposo, circunstanciado pela causa de aumento de pena em 
razão da morte culposa da vítima. 
 d) Desabamento culposo, circunstanciado pela causa de aumento de pena em razão 
da morte dolosa da vítima. 
2) Sobre os crimes contra a incolumidade pública, leia as assertivas abaixo e assinale 
a opção correta: 
1. Em se tratando de crimes de incêndio e explosão, admite-se o concurso 
de crimes, afastando-se a aplicação do princípio da consunção. 
2. A fabricação de substância explosiva constitui crime contra a 
incolumidade pública, tipificado no CP; a fabricação de engenho ou artefato 
explosivo é crime previsto na lei que trata do registro, posse e comercialização 
de armas de fogo e munição; se o artefato ou engenho explosivo for mina 
terrestre antipessoal, a conduta constitui crime previsto em lei específica. 
3. No crime de curandeirismo, o agente ilicitamente exerce atividade de 
diagnosticar e prescrever substâncias ao paciente. 
4. Agente que, sem autorização legal, prático em odontologia, 
habitualmente clinica de forma gratuita em comunidades carentes não pratica 
infração penal face à gratuidade de sua conduta. 
Estão corretas as assertivas: 
a. I e II. 
b. I e III. 
c. I, II e III. 
d. I, II e IV. 
 
 
 
 
 
Plano de aula 13 
 
 I. Olimar, Lucivaldo e Hergílio com unidade de vontade e desígnios, no dia 20 de 
dezembro de 2012, por volta das 20h, mediante grave ameaça exercida com arma de 
fogo, subtraíram para si um telefone celular e um tablet de Antônio Pereira, quando 
este saía do estacionamento do shopping center Vilaverde. Ato contínuo, abordaram o 
veículo que vinha logo atrás de Antônio Pereira e subtraíram quinhentos reais em 
espécie e, ao tentar subtrair o veículo modelo Focus, marca Ford, placa EDV-XXXX, 
de São Paulo, de propriedade de Marilene Mendes foram presos em flagrante. 
Após instrução probatória, Olimar restou condenado à pena de 20 anos, 6 meses e 22 
dias de reclusão a ser cumprida inicialmente em regime fechado, pela prática dos 
crimes de roubo qualificado (art.157,§2º, I e II, CP) duas vezes, em concurso 
material,(art.69, CP) roubo qualificado na forma tentada (art.157,§2º, I e II, n.f art. 14, 
II, ambos do CP) e associação criminosa armada (art.288, parágrafo único, CP), em 
concurso material de crimes. 
Inconformado com a decisão condenatória a defesa de interpôs recurso de apelação 
com vistas, dentre outros pedidos, à exclusão da causa de aumento wwwdo parágrafo 
único do art.288, do Código Penal sob o argumento de configurar-se bis in idem, bem 
como ao reconhecimento da continuidade delitiva entre os delitos e não concurso 
material, como aplicado. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema responda de forma 
objetiva e fundamentada se os pedidos deverão ser julgados procedentes. 
R: NÃO CABERÁ BIS IN IDEM, TAMPOUCO CRIME CONTINUADO. 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
1) No que se refere aos crimes contra a paz pública, assinale a alternativa 
INCORRETA: (UESPI - 2014 - PC-PI - Delegado de Polícia) 
a) O art.288-A do Código Penal brasileiro constitui um tipo penal aberto, posto que o 
legislador deixara de definir o que se pode entender por “organização paramilitar”, 
“milícia particular”, “grupo” e “esquadrão”. 
b) Para configuração do crime de associação criminosa não se exige a realização do 
fim visado, mas tão somente o simples fato de figurar como integrante da associação. 
c) Como a nova redação do tipo penal previsto no art.288 do Código Penal brasileiro 
exige a associação de apenas três pessoas, esta se caracteriza como norma mais 
severa e, assim, irretroativa neste aspecto. 
d) O crime de constituição de milícia privada caracteriza-se como delito plurissubjetivo 
ou de concurso necessário. 
e) O crime de constituição de milícia privada não exige, para sua configuração, 
um elemento subjetivo especial, podendo a prática recair sobre qualquer crime 
previsto no ordenamento jurídico brasileiro. 
 
 
2) Sobre os crimes contra a paz pública, analise as assertivas abaixo e selecione a 
opção correta: 
I. Caracteriza bis in idem a condenação por crime de associação criminosa armada e 
roubo qualificado pelo uso de armas e concurso de pessoas. 
II. Para a configuração do delito de associação criminosa, verificado o número mínimo 
de agentes previsto em lei, basta que um dos integrantes seja imputável. 
III. O delito de incitação ao crime configura-se independentemente de a incitação ser 
dirigida à prática de determinada infração penal, estando configurado o crime com a 
 
mera incitação genérica. 
IV. Jonas, Bolão e Bebe Quieto, reúnem-se, de forma estável e permanente, com o fim 
de cometer crimes de estelionato. Todavia, tendo cometido um único estelionato, o 
grupo é desmantelado em virtude de uma denúncia anônima. Nesses termos, a 
conduta dos agentes configura os delitos de associação criminosa e estelionato em 
concurso material de crimes. 
Estão corretas as assertivas: 
a. I, II e IV. 
b. I, III e IV. 
c. II e IV. 
d. I, II e III. 
 
Plano de aula 14 
 
Cláudio Esperto adquiriu de pessoa desconhecida um aparelho destinado à 
falsificação de moeda. Em seguida, fabricou várias cédulas falsas de 10 reais. 
Resolvido a testar a qualidade de suas notas se dirigiu à uma padaria, adquiriu pães e 
bolo e pagou as compras com 4 notas falsas. Ainda que descoberta posteriormente a 
falsidade das notasem decorrência do prejuízo causado ao estabelecimento, 
sustentou em tese defensiva a incidência do princípio da insignificância para fins de 
exclusão de responsabilidade jurídico-penal de sua conduta. 
A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes de 
moeda falsa: 
a. Aplique a correta tipificação às condutas praticadas por Cláudio Esperto. 
R: O crime praticado é a falsificação de moeda e colocação em circulação. É um 
crime que tutela a fé pública e, portanto, não é aplicado o princípio da bagatela. 
b. Avalie a tese defensiva apresentada por Cláudio Esperto. 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
Ângela recebeu, inadvertidamente, algumas notas falsas de R$ 50,00 (cinquenta reais) 
e não se recorda mais de quem as obteve. As notas em questão foram recusadas em 
diversas oportunidades em estabelecimentos comerciais que dispunham de 
equipamento apropriado à verificação da autenticidade de papel-moeda. Mesmo 
assim, e sentindo-se injustiçada por ter recebido as notas falsas em questão de boa-
fé, como se verdadeiras fossem, continuou a repassá-las em outros 
estabelecimentos. Acerca de sua conduta, pode-se afirmar que Ângela:( FGV - 2014 - 
DPE-DF ? Analista) 
a) não praticou crime algum, pois recebeu as notas em questão de boa-fé. 
 b) praticou o crime de moeda falsa, a ser punido com a mesma pena prevista para a 
falsificação da moeda falsa. 
 c) praticou forma privilegiada do crime de moeda falsa, pois repassou as notas 
sabendo serem falsas. 
 d) praticou o crime de estelionato, uma vez que não realizou a falsificação das notas 
em questão, tendo apenas as restituído à circulação. 
 
 e) não praticou crime algum, pois não tem obrigação legal de reconhecer a 
falsidade de papel-moeda. 
 
 
 
 
Plano de aula 15 
 
Adriano Chefe confiou a Alessandro Correto o preenchimento de uma folha de papel 
assinada em branco, na qual deveria constar proposta de trabalho com orçamento que 
seria remetida a um cliente. Alessandro Correto guardou a folha em uma gaveta, 
planejando preenchê-la assim que retornasse do almoço. Aproveitando-se da 
ausência de Alessandro, Haroldo Ocara retirou o papel da gaveta, redigiu uma 
confissão de dívida de duzentos mil reais de Adriano Chefe a seu favor, embora este 
não lhe devesse coisa alguma, e se apropriou do documento. 
A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes de contra 
a fé pública: 
a) Aplique a correta tipificação à conduta praticada por Haroldo Ocara. 
R: Trata-se de crime de falsidade material: 
Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar 
documento particular verdadeiro: 
 
b) Caso Haroldo Ocara tivesse recebido a folha de papel assinada em branco de 
Adriano Chefe e tivesse redigido a referida confissão de dívida, a resposta seria a 
mesma? 
R: Neste caso, seria crime de falsidade ideologia: 
Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia 
constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia 
ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade 
sobre fato juridicamente relevante: 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
 
1) Sobre os crimes contra Fé Pública, analise as assertivas abaixo e selecione a 
alternativa correta. 
 
I. Aquele que confecciona um cartão de crédito falso comete o crime de Falsificação 
de Documento Particular na modalidade equiparada. 
II. A modificação do numerário do chassi contido no documento de um veículo 
caracterizará a prática do delito de falsificação de documento público e não de 
adulteração de sinal identificador de veículo automotor. 
III. Incorre nas mesmas penas do crime de falsificação de documento público (art.297 
do Código Penal) quem insere ou faz inserir na folha de pagamento ou em documento 
de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa 
que não possua a qualidade de segurado obrigatório. 
IV. Agente que falsifica documento e depois o utiliza responde por falsificação e uso 
em concurso material de crimes. 
Estão corretas as assertivas: 
a) I, II e IV. 
b) II, III e IV. 
 
c) III e IV. 
d) I, II e III. 
 
2) Sobre os crimes contra Fé Pública, analise as assertivas abaixo e selecione a 
alternativa correta. 
I. O crime de falsa identidade, quando elemento de crime mais grave, é sempre 
absorvido por este. 
II. A distinção entre falsidade material e ideológica de documento é que na falsidade 
material frauda-se a forma do documento e na ideológica o conteúdo é falso. 
III. Agente que, em razão de seus antecedentes criminais, insere sua fotografia na 
identidade de terceiro e a apresenta a policiais em uma blitz comete, em tese, o delito 
de falsa identidade. 
IV. No crime de uso de documento falso a consumação se dá com o efetivo uso do 
documento, não se exigindo resultado naturalístico, já que se trata de delito formal. 
Estão corretas as assertivas: 
 
a) I, II e IV. 
b) II, III e IV. 
c) III e IV. 
d) I, II e III.

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