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Aglomerantes de Aleff-Azevedo | trabalhosfeitos.com MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Professor: Marcio Dantas AGLOMERANTES AGLOMERANTES DEFINIÇÕES PRELIMINARES • Aglomerante: – É o material em forma de pó que misturado com água forma uma pasta, capaz de endurecer através de reações químicas (iônicas e covalentes), aderindo-se aos materiais com os quais se acha envolvido, e cuja resistência aumenta com o tempo. – Como exemplos destes materiais, citamos a Cal hidratada, o Cimento, e o Gesso. AGLOMERANTES DEFINIÇÕES PRELIMINARES • Pasta: – Material resultante da mistura de aglomerante e água. Tem a consistência da “pasta de dente”. • Nata: – É uma pasta onde há excesso de água. Tem a consistência de uma “lama”. • Argamassa: – Material resultante da mistura de aglomerante, água e agregado miúdo. AGLOMERANTES DEFINIÇÕES PRELIMINARES • Agregado: – Material granular, inerte, formado por um conjunto de grãos de variados tamanhos. Pode ser miúdo (areia) ou graúdo (brita). • Concreto: – Material resultante da mistura de aglomerante (cimento), água, agregado miúdo (areia) e agregado graúdo (brita). AGLOMERANTES CLASSIFICAÇÕES Quanto ao Processo de Endurecimento: • Inertes: – São os aglomerantes que endurecem pela evaporação da água que lhes confere plasticidade, como as argilas; ou por processo de sensibilidade térmica como os betumes (asfaltos). – Estes materiais são tão importantes que lhes são dedicados estudos à parte. AGLOMERANTES CLASSIFICAÇÕES Quanto ao Processo de Endurecimento: • Ativos: – São os aglomerantes que endurecem através de reações químicas. Podem ser: • Aéreos: Aglomerantes que conservam as resistências adquiridas somente em presença dear. Os aglomerantes aéreos não resistem à ação dissolvente da água após endurecidos, quando submetidos à chuva, por exemplo. São exemplos, o gesso e a cal hidratada. • Hidráulicos: Aglomerantes que resistem à ação dissolvente da água após endurecidos. São os cimentos, que endurecem inclusive, mais e melhor, dentro d’água. AGLOMERANTES CLASSIFICAÇÕES Quanto ao Tempo de Pega: • Rápida: Ocorre em até 30 minutos. • Semi-rápida: Ocorre entre 30 minutos e 1 hora. • Normal: Ocorre entre 1 e 6 horas. Pega é o fenômeno físico-químico que identifica as reações químicas e o consequente endurecimento do aglomerante tão logo ele tenha sido posto em contato com a água. AGLOMERANTES FENÔMENO DA PEGA • Para caracterizar o fenômeno Pega de forma prática, convencionou-se dividi-la em duas etapas identificadas pelos respectivos tempos de ocorrência. • Assim, à medida que o tempo progride, este fenômeno também progride levando o aglomerante a unir-se mais firmemente, através de reações químicas, aos materiais com que se acha adicionado. – O 1º tempo é chamado de Tempo de Início de Pega (TIP). – O 2º tempo é o Tempo de Fim de Pega (TFP). AGLOMERANTES FENÔMENO DA PEGA • Tempo de Início de Pega (TIP): – Corresponde ao intervalo de tempo decorrido desde o lançamento de água no aglomerante, até o instante em que a pasta apresenta grande perda de plasticidade. – A partir deste tempo as reações químicas de endurecimento passam a se processar mais intensamente. • Tempo de Fim de Pega (TFP): – Corresponde ao intervalo de tempo decorrido desde o lançamento da água no aglomerante até o instante em que a pasta perdeu completamente a suaplasticidade. AGLOMERANTES FENÔMENO DA PEGA • Transcorrido o tempo de fim de pega a pasta está bastante enrijecida, mas continuará a endurecer ao longo do tempo. • Terminada a fase de pega tem-se o início da fase de endurecimento que pode durar vários meses, caso as condições sejam favoráveis (hajam água e aglomerante anidro disponíveis). • O tempo que transcorre entre o zero da escala e o ponto de TIP corresponde ao período que o operário tem para usar o material. AGLOMERANTES CAL • A cal é um aglomerante inorgânico ou mineral, isto é, com constituintes minerais, produzidos a partir de rochas calcárias, composto basicamente de cálcio e magnésio, que para sua aplicação, apresentase sob forma pulverulenta; em mistura com a água, forma uma pasta com propriedades aglomerantes, como resultado da reação com o anidrido carbônico (CO2) presente na atmosfera; após endurecimento, não resiste satisfatoriamente quando submetida à ação da água. O endurecimento da cal ocorre por reação com o CO2. AGLOMERANTES TIPOS DE CAL • Quanto à extinção – Cal virgem: • Constituída predominantemente de óxidos de cálcio e magnésio. – Cal hidratada: • Constituída principalmente de hidróxidos de cálcio e magnésio, além de uma pequena fração de óxidos não hidratados. • Além dessas fases principais, carbonatos de cálcio e magnésio também estão presentes. – Cal hidráulica: • Produto industrial oriundo do calcário argiloso (marga) e se hidrata de maneira semelhante ao cimento. AGLOMERANTES CAL HIDRATADA Definição • É aglomerante obtido do beneficiamento de um produto (cal virgem) que resulta da calcinação (queima) da rochacalcária. • O calcário é uma rocha sedimentar abundante na crosta terrestre em cuja composição destacam-se: – Calcita, (CaCO3 – Carbonato de cálcio), – Dolomita (CaCO3MgCO3 – carbonato duplo de cálcio e magnésio), – Álcalis (Na2O; K2O), – Elementos argilosos (SiO2; Al2O3; Fe2O3). AGLOMERANTES CAL HIDRATADA • O calcário utilizado para a fabricação da cal hidratada deve conter predominantemente a calcita, mas como dificilmente se apresenta puro são utilizados aqueles calcários onde os teores dos outros componentes estejam abaixo de 5%, neste caso, chamados de impurezas. AGLOMERANTES CAL HIDRATADA Fabricação (Reações Químicas) • Com a queima do calcário (calcinação): Obtenção da Cal Virgem – Como para a produção da cal hidratada só interessam calcários de elevada pureza (teores de CaCO3 acima de 95%) a representação da reação química só leva em conta a calcita. – Quando então este calcário é colocado num forno e submetido à ação do fogo (± 900 °C) a pedra de carbonato de cálcio (CaCO3) se transforma numa pedra de óxido de cálcio (CaO), havendo o desprendimento de gás carbônico (CO2), pela chaminé. AGLOMERANTES CAL HIDRATADA Fabricação (Reações Químicas) • Com a queima do calcário (calcinação): Obtenção da Cal Virgem – O produto resultante desta queima, o CaO, chamado de cal viva ou cal virgem, se apresenta em forma de pedras; no mesmo formato da pedra calcária antes da queima, porém mais clara, mais leve, e mais friável² (muito menos resistente). AGLOMERANTES CAL HIDRATADA O aglomerante é, por definição, o material pulverulento que quando misturado com água propicia o desenvolvimento de reações químicas que o fazaderir aos materiais minerais com os quais está em contato. • Por isto, a cal virgem, necessita ser pulverizada para tornar-se aglomerante. • A pulverização da cal virgem dá-se pela adição de água. • Sim, é necessário jogar água na cal virgem para que ela se torne um pó! – A cal hidratada AGLOMERANTES CAL HIDRATADA Fabricação (Reações Químicas) • Adição de água à Cal virgem (Hidratação): Obtenção da Cal Hidratada – O processo de adicionar água à cal virgem desencadeia uma reação química que lança muito calor no meio ambiente – reação exotérmica, onde o óxido de cálcio se transforma em hidróxido de cálcio; reação denominada Hidratação. – O hidróxido de cálcio formado, Ca(OH)2, é um pó muito fino chamado Cal hidratada, ou Cal Extinta, ou ainda Cal Aérea; agora sim, aglomerante. AGLOMERANTES CAL HIDRATADA Fabricação (Reações Químicas) • Adiçãode água à Cal virgem (Hidratação): Obtenção da Cal Hidratada – Esta reação de hidratação acontece com elevado desprendimento de calor, e com grande aumento de volume. – O volume do hidróxido de cálcio produzido chega a ser quase o dobro do volume do óxido de cálcio que o produziu. – A hidratação da cal viva é o processo fundamental na obtenção do aglomerante, e a qualidade do aglomerante muito depende desta técnica. AGLOMERANTES CAL HIDRATADA Fabricação (Reações Químicas) • Adição de água à Cal virgem (Hidratação): Obtenção da Cal Hidratada – A quantidade de água necessária no processo deve ser apenas o suficiente para transformar o material em pó e nunca em pasta. – Durante a hidratação formam-se hidróxido de cálcio sob a forma de cristal ou de colóide, dependendo davelocidade da reação. – Os cristais de Ca(OH)2 formam-se lentamente enquanto que os Ca(OH)2 coloidais desenvolvem-se rapidamente. – Quanto mais rápida for a reação, maior será a proporção de colóide. – Tecnicamente parece ser preferível um aglomerante com maior quantidade de colóide, pois que serão eles os responsáveis pela melhor plasticidade e trabalhabilidade das argamassas. AGLOMERANTES CAL HIDRATADA Fabricação (Reações Químicas) • Adição de água à Cal virgem (Hidratação): Obtenção da Cal Hidratada – Normalmente, nas indústrias modernas, como a cal viva produzida tem dimensões que variam de 20 a 80 mm, para evitar que se hidratem naturalmente pela ação da umidade do ar, completa-se o processo de fabricação da cal, hidratando-a tecnicamente. – Os hidratadores são estações de adição controlada de água, em ambientes fechados e de temperatura controlada entre 90 e 120 °C para favorecer a transformação completa do óxido de cálcio em hidróxido de cálcio. AGLOMERANTES CAL HIDRATADA A cal hidratada é a cal encontrada no comércio para aplicações nas construções como pinturas e confecção de argamassas para assentamento de tijolos e revestimento de alvenarias (rebocos e emboços). AGLOMERANTES CAL HIDRATADA • Material de inúmeras outras aplicações na indústria, agricultura e proteção ao meio ambiente, e matéria prima de vários outros produtos. AGLOMERANTES CAL HIDRATADA • As normas técnicas definem três tipos de cal para argamassas em ordem decrescente de qualidade técnica. São elas: – CH-I: Cal hidratada especial (tipo-I) • Óxidos totais (na base não volátil) > 96,8% e CO2 no máximo 5% – CH-II: Cal hidratadacomum (tipo-II) • Óxidos totais (na base não volátil) > 88% e CO2 no máximo 5% – CH-III: Cal hidratada comum com carbonatos (tipo-III) • Óxidos totais (na base não volátil) > 88% e CO2 no máximo 13% AGLOMERANTES CAL HIDRATADA • Endurecimento da Cal Hidratada (Carbonatação) – A cal hidratada, como aglomerante ativo, será misturada à água. – Daí, resultarão, reações químicas que endurecerá a mistura, prendendo-se aos materiais com os quais se acha em contato, em geral, areia para composição de argamassas. – Entretanto a reação química que se processa em presença de água, é uma reação de endurecimento que NÃO acontece com a água, mas sim como o gás carbônico presente no ar. – O endurecimento se processa com lentidão e ocorre de fora para dentro, necessitando que a massa seja porosa, tanto para penetração do gás carbônico como para saída da água. AGLOMERANTES CAL HIDRATADA • Endurecimento da Cal Hidratada (Carbonatação) – A carbonatação ocorre inicialmente na superfície da massa e forma uma película endurecida que acaba por dificultar a penetração do CO2 para o interior. – O gás carbônico que já existe em baixos teores no ar atmosférico retarda mais ainda o tempo de endurecimento. – A presença de areia na mistura aumenta a porosidade e contribui para diminuir este tempo de endurecimento. – Contudo ainda é grande o tempo de endurecimento deste aglomerante (meses). AGLOMERANTES CAL HIDRATADA • Endurecimento da Cal Hidratada (Carbonatação) – Este mecanismo de endurecimento que depende do ar atmosférico, explica o nome do aglomerante de CAL AÉREA. – É comum deixar a cal hidratada misturada com areia e água em formade massa, antes do uso. – Este cuidado é para promover a degeneração da matéria orgânica porventura presente na areia, assim como garantir de transformação de todos os óxidos de cálcio porventura existentes na cal, em hidróxidos. AGLOMERANTES CAL HIDRATADA • Endurecimento da Cal Hidratada (Carbonatação) – Isto evitaria a possibilidade de surgimento de trincas quando da aplicação da argamassa devido à variação volumétrica ocorrida na transformação. – Trabalho considerado incômodo que acaba por preteri-la frente a outros materiais; fato comum, porém incorreto, já que a cal hidratada apresenta tantas e ótimas qualidades, não devendo ser, enfim, desprezada. AGLOMERANTES CAL HIDRATADA AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • O Cimento Portland é o aglomerante artificial obtido da mistura de CLINQUER (produto da queima conjunta de calcário e argila, a uma temperatura de 1450 °C) com GIPSITA (Gesso) e ADIÇÕES*. • Todos serão levados em conjunto aos moinhos para moagem final constituindo-se o Cimento Portland. CIMENTO PORTLAND = CLINQUER + GIPSITA + ADIÇÕES *Adições: Escória de alto forno siderúrgico; Filler carbonático; Pozolana. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • Sabe-se hoje que os fatores que influenciam nas propriedades e qualidade dos cimentos, são: – Proporção relativa dos componentes argilosos; – Temperatura de cozimento; – Índice de hidraulicidade (relação hi); – Grau de pulverização. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • Obtenção do clinquer – Calcário e argila são abundantes na natureza e, como muitas vezes se observa, são encontrados lado a lado, já prontos para serem utilizados, sem nenhum tratamento prévio.– A exploração e transformação das matérias primas são simples, a despeito das grandes instalações industriais e da elevada temperatura necessária para a fusão dessas matérias primas. – Uma fábrica de cimento é uma instalação industriais de grande porte, localizadas junto às jazidas de calcário e argila. – O processo atual de fabricação do cimento é designado de “via seca” que consiste em secar anteriormente as matérias primas antes de colocá-las no forno. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • Obtenção do clinquer – Num diagrama de blocos indicaremos a sequência para a produção de clinquer. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • Obtenção do clinquer – O calcário explorado na jazida é levado aos britadores onde será fragmentado, reduzindo-se o tamanho dos blocos a pedras de aproximadamente 1 a 2 cm de diâmetro. – Paralelamente, a argila é esboroada, sua composição química conferida e, se necessário, corrigida, com adição de areia ou hematita para complementação dos teores de sílica e/ou ferro. – Ambos são encaminhados aos silos de estocagem para posterior dosagem. A dosagem destes materiais ocorre por esteiras transportadoras com velocidades compatíveis de modo a fazer combinação de cerca de 80% de calcário com 20% de argila, em massa, sempre controlado pelo laboratório. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • Obtenção do clinquer – A mistura segue para o moinho de bolas onde os grãos de calcário e argila serão reduzidos a partículas de cerca de 50 μm; e secados por jato de ar quente vindo dos fornos. – A função desta moagem é aumentar a área específica para intensificar a reatividade dos compostos no interior do forno,facilitando as reações químicas na composição do clinquer. – A composição desta mistura crua está ligada ao tipo de cimento que se deseja fabricar. Agora ela chama-se FARINHA CRUA. – A FarinhaCrua é a matéria prima que será lançada no forno rotativo para a obtenção do clinquer. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • Obtenção do clinquer – Os fornos rotativos são os mais difundidos. – A farinha crua lançada na parte superior do forno pela Torre de Ciclone é pré-aquecida, pelos gases quentes que sobem do forno, à temperatura de 900 °C, iniciando as reações químicas. – Distinguiremos a partir de então três fases na queima: • A descarbonatação; • A sinterização; • A clinquerização. O clinquer, resultado das transformações químicas ocorridas entre os elementos do calcário e da argila, sai do forno a uma temperatura de ± 1000 °C, após percorrê-lo em ± 3 horas. Ele tem a forma de grãos de 2 a 5 cm, é escuro, e muito duro. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • Gipsita + Adições – A gipsita tem sido desde a invenção do cimento portland, uma componente essencial. – Outros produtos são considerados adições por não serem fundamentais, mas que estudos apontaram como materiais que oportunamente dão ao cimento características de melhores aplicações. – As adições são materiais como escória de alto forno siderúrgico, pozolanas artificiais e o próprio calcário cru (calcário que não entrou na composição da farinha crua – resíduo da moagem), na composição dos vários tipos de cimentos, disponibilizados para a fabricação. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • Gipsita + Adições – As razões de utilização das adições são: • Técnicas, pois queapresentam ligeiras melhoras na trabalhabilidade dos cimentos, sem prejudicar sua resistência mecânica; • Econômicas, pois que proporcionam maior aproveitamento do clinquer que é o material mais oneroso obtido com grande consumo de energia; • Ecológicas, pois que se reaproveitam resíduos criados durante a exploração da matéria prima de grande agressão à natureza; • Estratégicas, pois preservam as jazidas de matérias primas. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • Gipsita + Adições AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • GIPSITA – É o sulfato de cálcio hidratado (CaSO4.2H2O). – Participando com teor entre 3 e 5% da massa de clinquer, tem por objetivo reduzir a ação enérgica do aluminato tricálcico, retardando a pega deste composto, proporcionando um desenvolvimento mais lento das reações químicas de endurecimento do cimento. – Se o clinquer fosse pulverizado e misturado à água, ter-se-ia uma pega muito rápida, o que o contestaria como aglomerante de pega normal. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • ESCÓRIA – A escória básica de alto forno siderúrgico é um subproduto resultante da fabricação do aço, que resulta da fusão do minério de ferro juntamente com os outros ingredientes, inclusive das cinzas dos combustíveis. – Esta escória, se de composição química básica (pH > 7) adequada e, se devidamente tratada termicamente pelo brutal rebaixamento de temperatura, apresentará propriedades aglomerantes latentes após pulverizada. – Isto porque é um material que também passou pela ação do calor do forno. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • ESCÓRIA – Quando misturada com água, endurece, mas este endurecimento é extremamente lento. – Porém, seestimulada pela ação catalisadora do hidróxido de cálcio produzido na hidratação do clinquer, endurece mais rápido, produzindo silicatos hidratados de cálcios que são os produtos mais nobres e mais estáveis dos cimentos. – Normas técnicas regulamentam a quantidade e a composição química das escórias que podem ser adicionadas ao clinquer na elaboração dos cimentos. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • POZOLANAS – Materiais pozolânicos são materiais silicosos ou sílico aluminosos que por si só possuem pouca ou nenhuma atividade aglomerante, mas que, quando finamente divididos, e na presença de água e de clinquer, reagem com o hidróxido de cálcio liberado pela hidratação do C3S e do C2S, para formar compostos de propriedades cimentícias. – O hidróxido de cálcio atua como elemento iniciador da reação de endurecimento das pozolanas e acaba fazendo parte do composto final endurecido (silicato de cálcio hidratado). – As pozolanas podem ser naturais ou artificiais. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • POZOLANAS – Pozolanas naturais são materiais de origem vulcânica, geralmente ácida, (pH < 7; – por isto adicionada em menor quantidade) e sedimentares. São encontradas na Europa e Ásia e seus elementos químicos variam de acordo com a composição do magma, viscosidade, pressão do gás e velocidade de resfriamento. – Pozolanas artificiais são materiais provenientes de tratamento térmico de subprodutos industriais. Destacam-se: • Cinzas Volantes; • Metacaulim; • Sílica Ativa. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • PÓ DE CALCÁRIO – É o calcário cru de elevado teor de calcita (> 90%) e que moído nas mesmas dimensões dos grãos de cimentorecebe o pomposo nome de filler carbonático. – Apesar de inerte, este material misturado ao clinquer, tem efeito ligeiramente benéfico nas propriedades do concreto, inclusive na resistência mecânica, acreditando-se que seja por dispersar mais e melhor os grãos de clinquer, intensificando sua ação. – Também tem efeito por diminuir a porosidade e a permeabilidade das argamassas e concretos o que diminui a exsudação, entre outros benefícios. Contudo, sua adição em até 10% da massa de clinquer se dá mais por razões ecológicas e pelo seu baixo custo de produção. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • Moagem final – Determinados os materiais que serão adicionados ao clinquer, e seus respectivos teores, toda a mistura segue para o moinho de bola onde será pulverizada a grãos menores que 75 μm passando a compor o cimento portland. Este será embalado em container plástico de 1000 kg para usinas e concreteiras, ou ensacados em embalagens de papel de 40/50 kg, para comércio das construções. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • TIPOS DE CIMENTO PORTLAND AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • TIPOS DE CIMENTO PORTLAND – Antes de comentarmos sobre cada um dos tipos de cimento saibamos que, em geral, todos os cimentos podem ser utilizados em todos os serviços de argamassas e concretos, havendo, entretanto, cimentos mais indicados para estes ou aqueles serviços. – No caso de concretos, muito mais importante é compreender que para melhor fazê-los é necessário ter-se mais cuidado na escolha dos agregados e, nas dosagens dos materiais, principalmente da água. Isto chega a ser muito mais importante que a própria escolha do cimento. AGLOMERANTESCIMENTO PORTLAND • TIPOS DE CIMENTO PORTLAND – Outro cuidado deve ser dado ao armazenamento do cimento na obra. – Embalado em papel suporta pouco contato com a umidade do solo ou paredes. – Se a umidade atravessa a embalagem inicia o processo de hidratação, endurecendo-o (empedrando-o) e estragando-o. – Para armazenar bem, e no máximo por um mês ou dois, isole-o do chão e paredes e não coloque mais que 10 a 12 sacos empilhados. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • TIPOS DE CIMENTO PORTLAND – Os cimentos se diferenciam no que diz respeito a: Classe de resistência mecânica: • Conforme se observa na tabela anterior, os cimentos são classificados em uma das três classes de resistência mecânica (25 / 32 /40). • Estas classes identificam a resistência deles aos 28 dias de idade. • Tem relação com a composição do clinquer, teor de adições e, sobretudo, com sua finura. • A determinação desta classe será melhor esclarecida no estudo das propriedades e no ensaio de resistência mecânica, vistos a seguir. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • TIPOS DE CIMENTO PORTLAND – Os cimentos se diferenciam no que diz respeito a: Tempode início e fim de pega: • Como se viu a pega é o fenômeno que identifica o início e a rapidez com que o aglomerante desenvolve as reações de endurecimento ao ser misturado com água. • É função da quantidade de água utilizada, da temperatura ambiente, dos componentes presentes na reação. Liberação de calor de hidratação durante a cura e endurecimento: • É o calor que, produzido durante as reações químicas de endurecimento, é lançado no ambiente e também absorvido pela própria estrutura. AGLOMERANTESCIMENTO PORTLAND • TIPOS DE CIMENTO PORTLAND – Os cimentos se diferenciam no que diz respeito a: Alcance da resistência mecânica: • Este fenômeno, tanto no que diz respeito à intensidade como à rapidez, está mais relacionado com os teores das adições, de C2S, de C3S do clinquer e da finura do cimento. Resistência ao ataque de águas agressivas: • Águas agressivas (AA) são águas que agridem quimicamente o concreto, desfazendo as ligações químicas conseguidas pelo cimento, podendo levar as estruturas à ruína. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • TIPOS DE CIMENTO PORTLAND – Os cimentos se diferenciam no que diz respeito a: Resistência ao ataque de águas agressivas: • Exemplos de águas agressivas (AA): – Águas sulfatadas (que contém sulfato de cálcio, sulfato de sódio ou sulfato de magnésio); – Águas carbonatadas (que contém CO2 livre ou bicarbonato de cálcio e/ou de magnésio); – Águas puras (como as de chuvas ou resultante de degelo, ou ainda de alguns poços subterrâneos); – Águas do mar (por apresentarem sais de sódio e cloro); – Águas residuais (de esgotos domésticos ou de dejetos orgânicos ou ainda com resíduos industriais). AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • TIPOS DE CIMENTO PORTLAND – Os cimentos se diferenciam no que diz respeito a: Resistência ao ataque de águas agressivas: • A gravidade do problema causado pela ação da AA é função da concentração salina e se diversifica de água para água. • A lista de AA é extensa, mas poucos concretos estão sujeitos ao ataque, o que é bom já que a resistência do concreto ao ataque de agentes químicos é menor quando comparada ao ataque de outras formas de agressividade. • O concretoque fica sujeito ao ataque de AA é, naturalmente, aquele que está em contato, e é permeável a ela. • Cimentos de baixa proporção de aluminatos são recomendados para obras sujeitas à ação maléfica destes agentes químicos. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • TIPOS DE CIMENTO PORTLAND – Os cimentos se diferenciam no que diz respeito a: Grau de finura (tamanho do grão): • Quando clinquer e adições vão para o moinho, o tempo de permanência lá determinará a finura dos grãos cimento. • Quanto mais fino, maior será a facilidade do contato com a água, resultando em pega mais rápida, facilidade de reações com outros elementos, endurecimento mais rápido e liberação mais intensa do calor gerado durante a hidratação. • A finura também influencia na retração das peças que é o resultado de um volume menor do produto obtido a partir dos volumes das partes componentes na reação. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • TIPOS DE CIMENTO PORTLAND – Os cimentos se diferenciam no que diz respeito a: Possibilidade de reações químicas entre os álcalis presentes no cimento com agregados: • Os álcalis K2O e Na2O, provenientes das argilas, são necessários por serem fundentes e facilitarem a formação do clinquer, o que é bom; mas permanecem no cimento, em quantidade de ± 1,0%, o que não é muito bom. Por quê? • Certos agregados utilizados na fabricação do concreto, contendo em sua composição sílica amorfa, têm a possibilidade de reagir com estes álcalis, principalmente em ambientes de permanente contato com água, resultando compostos que causam expansões anormais nos concretos, fissurando-os. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • PROPRIEDADES DO CIMENTOPORTLAND – Pega e Endurecimento – Os fatores que influenciam no tempo de início de pega são: • % de C3A no cimento. Quanto maior, mais rápida ocorre a pega. • Quantidade de água de amassamento. Pouco a mais pode agilizar a pega, por favorecer a solubilização dos aluminatos; porém, em excesso pode atrasar, em função da demorada precipitação dos compostos. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • PROPRIEDADES DO CIMENTO PORTLAND – Pega e Endurecimento – Os fatores que influenciam no tempo de início de pega são: • Temperatura. Quanto mais elevada mais rápida a pega; temperaturas baixas, próximas de zero grau, retardam-na, podendo mesmo paralisá-la. • Umidade Relativa do ar. Quanto mais baixa, mais rápida ocorre a pega. • Grau de moagem do cimento. Quanto mais fino o cimento, menor o TIP. • Presença de Impurezas Orgânicas. Se houver, haverá atraso, ou mesmo interrupção da pega. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • Cimento Portland Comum e com adições (CP-I; CP-I-S) – Aglomerante que praticamente não tem adições, e devido ao elevado teor de clinquer na sua composição, tem custo mais elevado que os demais e, por isto, é possível que não se o encontre facilmente no mercado. Não obstante, seria aglomerante de elevada resistência mecânica já nas primeiras idades devido ao maior teor de C3S, com liberação de muito calor durante a sua hidratação. O CP-I-S seria bastante parecido tecnicamente devido aos baixos teores de adição. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • Cimento Portland Composto (CP-II-E; CP-II-Z; CP-II-F) – Este cimento já leva adições variadas em teores variados, que alteram perceptivelmente seu comportamento. – Noscimentos compostos com escória (CP-II-E) nota-se um pequeno atraso no tempo de início de pega e no alcance da resistência mecânica nas primeiras idades. Com reações ligeiramente mais lentas, libera calor durante a hidratação de maneira mais suave, contribuindo na diminuição de ocorrência de trincas e fissuras nas estruturas de concreto. Apresenta melhor resistência ao ataque das águas agressivas e, estas propriedades se acentuam tanto mais quanto maior for o teor de escória. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • Cimento Portland Composto (CP-II-E; CP-II-Z; CP-II-F) – Nos cimentos com pozolanas (CP-II-Z) a pega é mais demorada e o alcance das resistências com a idade, também, deve-se aguardar mais tempo para a desforma das estruturas de lajes. – Mas o baixo calor de hidratação, devido à lentidão das reações, favorece o não surgimento de fissuras devidas à retração. – Sua presença em concreto aparente pode não ser indicada porque não sendo uniforme a distribuição das cinzas pozolânicas no cimento, há surgimento de “manchas” na superfície externa das peças de concreto. – Por apresentar melhor resistência ao ataque de sulfatos, tem sua durabilidade ampliada. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • Cimento Portland Composto (CP-II-E; CP-II-Z; CP-II-F) – Os cimentos com material carbonático (CP-II-F) é de fabricação recente e as suas propriedades muito se assemelhariam ao CP-I-S, apesar do teor de clinquer ser ligeiramente menor. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • Cimento Portland de Alto Forno (CP-III) • Este cimento é muito utilizado na região de Minas Gerais e apresenta adição de escória básica de alto forno siderúrgico em proporçõesbem mais intensas que o cimento CP-II-E. • Suas características mais marcantes são: – Tempo de início e fim de pega prolongado, ainda que normal, com possibilidades de paralisação das reações em climas frios (< 7 °C). – Endurecimento lento e resistência inicial baixa nas primeiras idades, o que requer maiores cuidados na cura e maior tempo de espera com a estrutura escorada. – Entretanto sua resistência aumenta sensivelmente em idades próximas aos 28 dias, chegandoa superar muitos cimentos em idades superiores a 60 dias, porque a escória também contribui no endurecimento, embora de maneira mais lenta. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • Cimento Portland de Alto Forno (CP-III) • Suas características mais marcantes são: – Baixo calor de hidratação, favorecendo o não surgimento de trincas e fissuras nas peças concretadas. – Apresenta boa resistência aos meios agressivos, porque a hidratação da escória no cimento não forma hidróxido de cálcio, nem aluminato tricálcico, elementos responsáveis por reações químicas que conduzem à expansão volumétrica das peças em presença dos agentes agressivos (sulfatos). – Em consequência dão maior durabilidade às estruturas que com ele são confeccionadas. – Ainda são desfavorecidas as possibilidades de reações entre os álcalis do cimento e minerais supostamente reativo dos agregados. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • Cimento Portland de Alto Forno (CP-III) • Suas características mais marcantes são: – Outra característica é sua boa estabilidade volumétrica em tempo frio ou calor excessivo. – Há recomendações de maior cuidado no uso em concreto protendido, por receio de corrosão dasbainhas e cordoalhas, devido ao enxofre (S) presente na escória, que ataca o aço, corroendo-o, e reduzindo-lhe rapidamente a resistência à tração, o que pode levar a estrutura à ruína. – Tem-se verificado também que os concretos produzidos com cimentos de elevado teor de escória ficam mais suscetíveis à problemas de deformação lenta e fluência das estruturas. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • Cimento Portland Pozolânico (CP-IV) • Cimento onde as adições de pozolana e calcário cru são maiores do que no cimento composto por pozolanas (CP-II-Z). Suas características são basicamente as mesmas daquele cimento, porém mais intensas: – Pega mais lenta e resistência inicial baixa nas primeiras idades (de 3 a 7 dias), e resistência final um pouco mais elevada. – Seu endurecimento é lento em climas frios o que requer paciência para a desforma, ou uso de aditivo, ou aplicação de cura a vapor. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • Cimento Portland Pozolânico (CP-IV) • Suas características são basicamente as mesmas daquele cimento, porém mais intensas: – Baixo calor de hidratação, boa resistência à ação de AA, melhor estabilidade volumétrica em climas frios ou quentes e inibição da reação álcali-agregado. – Encontra grande aplicação em concreto-massa (grandes volumes de concreto), onde elevada resistência mecânica não é requerida, e onde o permanente contato com águas provenientes de tratamentos industriais, de esgoto ou de solos seja necessário. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • Cimento Portland de Alta Resistência Inicial - ARI (CP-V) – Cimento composto basicamente de clinquer e gipsita, onde só se adiciona calcário cru. Tem pega normal,porém, o endurecimento é muito rápido, devido ao seu maior grau de moagem. – O cimento ARI não foi classificado por Classe de Resistência Mecânica como os demais cimentos anteriores, mas ela é sempre maior que 30 MPa aos 7 dias de idade. Já aos 3 dias de idade alcança resistência superior a 25 MPa, só alcançada pelos demais cimentos apos 21 dias. – Suas características são explicadas em função de obtenção de um clinquer com queima mais completa o que proporciona maior formação de C3S e por ser um cimento mais fino que os demais. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • Cimento Portland de Alta Resistência Inicial - ARI (CP-V) – Sua utilização requer maior atenção desde a armazenagem até os cuidados dispensados ao concreto durante a cura, função do elevado calor de hidratação desprendido. – Sua utilização em peças de grandes dimensões deve ser estudada com cuidado. – O uso do cimento ARI, embora de custo inicial mais elevado, traz como vantagem: • Menor dosagem de cimento já trazendo economia de aglomerante; • Dispensa de aditivo acelerador de resistência, que deixam preocupações quanto à possibilidade de ocorrência de corrosão das armaduras; AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND • Cimento Portland de Alta Resistência Inicial - ARI (CP-V) – O uso do cimento ARI, embora de custo inicial mais elevado, traz como vantagem: • Enquanto os demais cimentos necessitam de 14 a 20 dias para as desformas, com o cimento ARI estas podem ser executadas em 1 ou 2 dias após a concretagem! • Tem uso recomendado ainda na fabricação de blocos prémoldados e artefatos de concreto e mesmo no concreto protendido. AGLOMERANTES OUTROS CIMENTOS •Cimento Portland Resistente a Sulfatos: • Apresentam na embalagem as letras “RS” acrescidas ao nome original do cimento. São considerados resistentes a sulfatos os cimentos que se enquadrem em, pelo menos, uma das seguintes situações: – Os cimentos cujo teor de C3A do clinquer seja inferior a 8% e cujo teor de adições carbonáticas seja menor que 5%. – O CP-III cujo teor de escória granulada de alto forno seja maior que 60%. – O CP-IV cujo teor de materiais pozolânicos esteja acima de 25%. – Os cimentos que tenham antecedentes com base em resultados de ensaios de longa duração ou referências de obras que comprovadamente indiquem resistências a sulfatos. AGLOMERANTES OUTROS CIMENTOS • Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação: • Cimento designado por siglas e classe de seu tipo, acrescido de “BC”. • A sua classificação é dada em função de sua composição química que demonstra sua propriedade de retardar o desprendimento de calor durante a hidratação do cimento, evitando a ocorrência de fissuras de origem térmica. AGLOMERANTES OUTROS CIMENTOS • Cimento Portland Branco: • Cimento de cor clara devido à mistura de calcário e caulim sem óxido de ferro e manganês. • É um cimento de fabricação bastante reduzida e de maior custo que os demais, por exigir maior temperatura para produção do clinquer (± 1500 °C). • São classificados em dois grupos: Estrutural e Não estrutural. – Os primeiros apresentam exigências quanto às suas resistências mecânicas como os demais, sendo empregados em função de sua cor para maior efeito arquitetônico. – Os segundos utilizados como pastas para rejuntes de elementos cerâmicos.
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