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FORMAÇÃOCONTINUADA NA PRÁTICA

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FORMAÇÃOCONTINUADA NA PRÁTICA PEDAGÓGICA
RESUMO:
           O texto trata-se de informação sobre a formação do professor e a prática pedagógica.  O professor é o principal personagem, sua formação e sua prática vêm sendo estudadas para melhores condições de funcionamento dentro deste novo cenário, que aos poucos vai crescendo através das pesquisas no ensino, ligada a prática pedagógica.
PALAVRAS-CHAVES: Formações, prática reflexivas e valorização do docente..
 INTRODUÇÃO:
Acredita-se  que a nossa atuação nos leva diretamente a pesquisa da nossa própria prática pedagógica, somente este esquema pode contribuir para uma melhora efetiva na educação. No início da década de 90 passou-se a reconhecer a complexidade da prática pedagógica e, desde então, vêm-se buscando novos paradigmas para compreender a prática docente e os saberes pedagógicos e epstemológicos relativos ao conteúdo escolar a serem ensinados aprendidos, estes parecem continuar sendo no nosso país pouco valorizados pelos programas de formação de professores.
Espera-se que o caminho para se conseguir tal fato, está na possibilidade de atualização dos docentes junto a novas pesquisas, para que o professor e o aluno possam fazer elaboração própria desta prática, uma vez que somente a pesquisa poderá fornecer subsídio para a emancipação intelectual e política de professores e alunos e com isto vamos nos aprofundar e adquirir novos conhecimentos e assim nos levará a ensinar novas maneiras aos alunos, para que futuramente possam  reclamar seus direitos de cidadãos.
 Seria impossível não falar em qualidade de ensino, sem falar da formação do corpo docente das universidades seja objeto de discussão, questões que estão intimamente ligadas à formação teóricas e práticas do professor, que poderá contribuir para melhorar a qualidade do ensino, visto que, as transformações sociais é que irão gerar transformações no ensino.
O que se diz respeito à importância dos investimentos em formação de professores, quando há pretensão de afetar a qualidade do ensino e da aprendizagem, tornar-se-á necessário criar a oportunidades para os docentes refletirem sobre sua prática e adquirirem subsídios que os levem a reconstruí-la em direção ao sucesso escolar de todos os alunos. (ANDRE, 1996, p.99).
Concordamos com André (op.cit.) quando afirma que a pesquisa da Educação precisa assumir também caráter didático que além de levantar dados sobre a situação em que se dá o ensino na escola ou região pesquisada, possa gerar conhecimentos úteis para a prática pedagógica dos professores, assim as rápidas transformações presentes na sociedade atual requerem dos profissionais que nela atuam novas competências para atender as exigências, não só do mercado de trabalho, mas, da própria sobrevivência numa comunidade onde conhecimentos cada vez mais diversificados passam a ser necessário.
Os estudos, trabalhos e pesquisas nas áreas de formações dos profissionais da educação, num tempo de tantas transformações e novas exigências, continuam sendo necessárias, principalmente considerando-se as mudanças que estão sendo implantadas no sistema educacional (Lei nº 9394/96). E esta necessidade não se restringe à formação inicial, mas envolve também a formação continuada que é um processo de educação permanente com freqüentes cursos de habilitação formal, atendendo as necessidades sentidas pelo próprio professor ou apresentadas pelas condições do ensino.
Segundo ( Barbieri, Carvalho e Uhle), Para que a educação continuada seja considerada fundamental no processo de construção da competência pedagógica do professor uma “prática pretendida”, foi pensada e trabalhada durante a formação em que se realiza numa escola concreta com condições reais para que ocorra uma prática “consentida” dentro dos limites dados pela instituição. Limites estes, condicionados às regras do sistema sócio-polítco e econômico em que está inserida. a prática pedagógica implica a consideração dessa prática sob o ponto de vista do trabalho do professor.
  Formação e Prática 
Décadas passadas pensava-se que, quando terminada a graduação, o profissional estaria plenamente pronto para trabalhar em sua área o resto da vida. A realidade hoje é outra, principalmente para o docente que estar consciente de que sua formação é permanente nas escolas.  A prática é o ponto de partida e o ponto de chegada do processo de formação, estimulando uma reflexão com auxílio da teoria que amplie a consciência do educador em relação aos problemas e que aponte caminhos para uma atuação competente.(FUSARE E RIOS 1995, p.39).
NÓVOA (2002, p. 23) diz que: “O aprender contínuo é essencial se concentra em dois pilares: a própria pessoa, como agente, e a escola, como lugar de crescimento profissional permanente”. Para esse estudioso português, a formação continuada se dá de maneira coletiva e depende da experiência e da reflexão como instrumentos contínuos de análise, pois, o modelo de formação de professores centrados unicamente na transmissão de conhecimentos, tem recebido muitas críticas, e a prática pedagógica vem sendo considerada, atualmente o eixo central das novas propostas formativas. Diante da importância da reflexão sobre a prática pedagógica em processos de formação, o trabalho dos formadores tem se voltado para a busca de alternativas metodológicas que permitam ao professor tematizar sua prática, discutir suas dificuldades, tomar consciência do que é vivido em seu trabalho e dos aspectos que precisam ser melhorados.
CONTRERAS (1997) afirma que a prática dos professores precisa ser analisada, considerando que a sociedade é plural, no sentido da pluralidade de saberes, mas também é desigual, no sentido das desigualdades sociais, econômicas, culturais e políticas. Assim o mesmo concorda com CARR (1995) quando diz que o caráter transitório é contingente da prática dos professores e da necessidade da transformação da mesma numa perspectiva crítica e o saber docente não é formado apenas da prática, sendo também nutrido pelas teorias da educação.
Ao conceber a prática pedagógica como uma práxis social, Carr e Kemmis (1988, p.61), dizem que a participação dos professores no projeto de uma ciência educacional crítica é considerada pelos autores muito mais que uma necessidade teórica; é também uma necessidade prática, pois mostram que, no processo do trabalho pedagógico, os saberes tornam-se relativos, mutáveis e assumem valores éticos-políticos e isto acontece porque os saberes atendem aos interesses e valores daquele que produzem a prática.
O desenvolvimento das ciências da educação, parece está produzindo um efeito perverso, ou seja, ao mesmo que propicia a produção de discursos que falam da autonomia profissional, de inovação e formação contínua, tem produzido uma certa asfixia dos movimentos autônomos dos professores, e, por essa via acabam trazendo alguma incapacidade para lançar práticas pedagógicas inovadoras.
Uma melhor adequação depende, em grande medida, do incremento da qualidade da formação de professores. Para esse incremento contribui, de forma decisiva, a atenção dada à prática pedagógica e, nomeadamente, ao estágio, concretizado através de atividade diferenciadas que incluem a observação, a análise e a responsabilização por atividades docentes, conforme apontou Nóvoa (1995),
O trabalho dos professores neste século precisa ser imaginado a partir, de uma nova formação, das práticas e do associativismo e de um novo entendimento das políticas educacionais, entendida esta não como um conjunto de micro competências adicionadas, mas como uma realidade que privilegia a todo um sistema, onde se valorizam conhecimentos, capacidades, atitudes, níveis de adequação de intenções, todos expressos num conjunto de relações interpessoais e institucionais que determinam o exercício  adequado da profissão.
Verifica-se que; embora na maior parte do tempo de formação de professores do terceiro grau e do secundário tenha lugar nas Universidades, no geral em quatro ou cinco anos de licenciatura alguns casos seis anos, quatro dos quaisde licenciatura, e os dois anos de estágio na prática profissionalizante realizado em escolas do ensino básico e secundário, com a duração de um ano, é definida nessa formação,  uma iniciação da prática pedagógica que proporcionará aos futuros professores o primeiro contacto  com as escolas, o que nem sempre acontece, dificilmente lhe é concedida no currículo dos futuros professores  a importância dessa prática.
Como referem Ponte et al. (2000, inédito, pag. 8) “não basta ao professor conhecer teorias, perspectivas e resultados da investigação. Tem de ser capaz de construir soluções adequadas, para os diversos aspectos da sua ação profissional, o que requer não só a capacidade de mobilização e articulação de conhecimentos teóricos, mas também capacidade de lidar com situações práticas”, com as quais contacta pela primeira vez nesse importante ano de formação. Outra condicionante para uma deficiente articulação entre teoria e prática é á falta de reconhecimento institucional pelas funções de coordenação de estágio dos docentes universitários.
Professor como Prático-Reflexivo
O ano de formação prática reveste-se, assim, de importância fundamental, por proporcionar aos estagiários condições para exercer numa Escola, as funções de professor, as quais são acompanhadas de perto pelos orientadores locais, isto é, professores da Escola onde se realiza o estágio, todos eles supervisionados por docentes das Universidades (chamados orientadores,  coordenadores ou supervisores) Só que estudos apontam que existe a necessidade de que o professor seja capaz de refletir sobre sua prática e direcioná-la segundo a realidade aos interesses e às necessidades dos alunos. Nesse sentido, Freire, (1996, p.43) afirma que: “É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem é que se pode melhorar a próxima prática”.
 Donald Schön, foi idealizador do conceito de Professor Prático-Reflexivo, percebeu que em várias profissões, não apenas na prática docente, existem situações conflitantes, desafiantes, que a aplicação de técnicas convencionais, não resolvem problemas.
A reflexão sobre a prática pedagógica implica a consideração dessa prática sob o ponto de vista do trabalho do professor. Ao abordarmos o trabalho sob uma forma genérica, teremos de considerá-lo sob dois aspectos distintos: como execução e como atividade. O primeiro considera o trabalho como parte da vida cotidiana do trabalhador; o segundo analisa as circunstâncias concretas em que se desenvolve o processo de trabalho para a sociedade em seu conjunto.  Não se trata do abandono da técnica na prática docente, mas haverá momentos em que o professor estará em situações complicadas e ele não terá como se orientar somente por critérios técnicos pré-estabelecidos.
 O professor deve ser capaz de levantar dúvidas sobre seu trabalho. Não apenas ensinar bem a fazer algumas contas de Matemática ou a ler um conto. É preciso ir mais fundo, saber o que acontece com o estudante que não aprende a lição. É preciso ter muita vontade de aprender a fazer. No entanto, muitos acham que basta alguém descrever como tinha acontecido algo em sua aula para ser tratado como reflexivo, e esse processo é muito mais que descrever, pois é possível perceber efeitos de uma prática questionadora nos estudantes. Quando o professor faz isso corretamente, o aluno aprende a gerir seu estudo, dificilmente ele será alguém que só decora, porque o mestre incute nele estratégias de interrogação e busca formá-lo como um indivíduo autônomo.
            Tudo está mudando, a sociedade, os efeito das novas tecnologias de comunicação está sendo enorme e os problemas de indisciplina também tornam os contextos de aprendizagem muito difíceis. O que nos ajuda a manter um certo contato com a realidade da sala de aula é a supervisão, e o acompanhamento dos formandos para ajudá-los a se desenvolver. E a realidade da universidade mostra que a maior parte do processo ensino-aprendizagem que desenvolve está calcada no modelo de reprodução do conhecimento.
O professor reflexivo é aquele que pensa no que faz, que é comprometido com a profissão e se sente autônomo, capaz de tomar decisões e ter opiniões. Ele é, sobretudo, uma pessoa que atende aos contextos em que trabalha, os interpreta e adapta a própria atuação a eles e os contextos educacionais são extremamente complexos e não há um igual a outro, podemos ser obrigado a, numa mesma escola e até numa mesma turma, utilizar práticas diferentes de acordo com o grupo. Portanto, se o professor não tiver capacidade de analisar, vai tornar um tecnocrata.
Para Nóvoa (1997, p.27):
“ As situações conflitantes que os professores são obrigados a enfrentar (e resolver) apresentam características únicas, exigindo portanto características únicas: o profissional competente possui capacidades de auto desenvolvimento reflexivo (…) A lógica da racionalidade técnica opõe-se sempre ao desenvolvimento de uma práxis reflexiva”.
 Os bons profissionais lançam mão de uma série de estratégias não planejadas, cheias de criatividade, para resolver problemas no dia-a-dia.
Schön identifica nos bons profissionais uma brilhante combinação de ciência, técnica e arte. É esta dinâmica que possibilita o professor agir em contextos instáveis como o da sala de aula. O processo é essencialmente meta cognitiva, onde o professor dialoga com a realidade que lhe fala, em reflexão permanente.
Ora, para maior mobilização do conceito de reflexão na formação de professores é necessário criar condições de trabalho em equipe entre os professores. Sendo assim, isso sugere que a escola deve criar espaço para esse crescimento.
Nesse sentido, Schön (1997, p. 87) nos diz que:
(…) Nessa perspectiva o desenvolvimento de uma prática reflexiva eficaz tem que integrar o contexto institucional. O professor tem de se tornar um navegador atendo à burocracia. E os responsáveis escolares que queiram encorajar os professores a tornarem-se profissionais reflexivos devem criar espaços de liberdade tranqüila onde a reflexão seja possível. Estes são os dois lados da questão – aprender a ouvir os alunos e aprender a fazer da escola um lugar no qual seja possível ouvir os alunos – devem ser olhados como inseparáveis.”
A proposta prático-reflexiva propõe-se a levar em conta esta série de variáveis do processo didático, seja aproveitando, seja buscando uma meta, onde o professor perceba os efeitos de sua atuação na aprendizagem de seus alunos. 
Formação e Valorização do Professor
 A Universidade ocupa um papel importante, mas não é o único, para a formação do professor. Ás universidades tende a oferecer os potenciais físicos, humanos e pedagógicos para a formação acontecer no melhor nível de qualidade e não é raro encontrarmos profissionais que responsabilizam a instituição pelo desajuste entre as informações recebidas e sua aplicabilidade. A formação só será completa quando esses profissionais se auto produzirem. Nóvoa (S/D) diz: “Os professores têm de se assumir como produtores da sua profissão.”
            “O desenvolvimento profissional corresponde ao curso superior somado ao conhecimento acumulado ao longo da vida. Uma boa graduação é necessária, mas não basta, é essencial atualizar-se sempre, isso remete a necessidade da formação continuada no processo da atuação profissional, ou seja, há a necessidade da construção do saber, no processo de atuação profissional”.
De acordo com DEMO (1997) muitos professores, atualmente, tem se portado em sala de aula como simples ministradores de aulas, sendo “fiéis” seguidores do “mero ensinar” enquanto seus alunos praticam o “mero aprender”.
  
CONCLUSÃO:
– Conclui-se que, a prática pedagógica  estará sempre nesse processo contínuo em busca da construção do saber, o que significa a constituição de uma conduta de vida profissional. Tal conduta irá conduzir o processo educativo aos níveis da prática reflexiva e da ciência aplicada. A importância dessa mudança na prática pedagógica implica a releitura da função do professor como profissional reflexivo e da escola como organizaçãopromotora do desenvolvimento do processo educativo.
– O paradigma de ensino superior que se volta para o desenvolvimento da aprendizagem e levantadas algumas idéias sobre como conceber, hoje, a aula universitária em seu novo espaço e tempo parece ser necessário avançarmos para um campo que é dos mais difíceis e sobre o qual não dispomos de tanta literatura “. A formação do professor não é só  o saber em sala de aula, ele precisa conhecer as questões educação, as diversas práticas analisadas na perspectiva histórico, sócio-cultural e ainda, precisa conhecer os desenvolvimentos do seu aluno nos seus múltiplos aspectos: afetivo, cognitivo, e social, bem como  refletir criticamente sobre seu papel diante de seus alunos  e da sociedade”.
 – A valorização e melhor remuneração que o profissional docente almeja, depende em boa parte de formação e atuação profissional, portanto a valorização do magistério precisa ter três bases sólidas: Uma boa formação inicial, boa formação continuada e boas condições de trabalho, salário e carreira. Munido desses elementos o ambiente dentro e fora da sala de aula dará bons frutos.
 
REFERÊNCIAS:
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. 20ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
NÓVOA, Antonio. (coord). Os professores e sua formação. Lisboa-Portugal, Dom Quixote, 1997.
_______. Revista Nova Escola. Agosto/2002,p.23.
SCHÖN, Donald. Os professores e sua formação. Coord. De Nóvoa; Lisboa, Portugal, Dom Quixote, 1997.
SNYDERS, O professor é um profissional considerado como um práticoreflexivo.Entrevista dada à Lourdes Stamato de Camilles, PUC/SP,1990

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