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12 Dolo

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
AEPCON Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AEPcon Concursos Públicos.
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ÍNDICE
Dolo .......................................................................................................................................................................2
Elementos ............................................................................................................................................................................2
Espécies ...............................................................................................................................................................................2
Teorias do Dolo ..................................................................................................................................................................2
Dolo Direito de Primeiro e Segundo Grau .....................................................................................................................2
Dolo Natural e Normativo ................................................................................................................................................3
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Dolo
O dolo é elemento subjetivo do crime e do fato típico. Ele está dentro do fato típico, pois a conduta 
deve ser dolosa ou culposa. É a vontade livre e consciente dirigida à produção de um resultado. 
O crime é doloso na hipótese em que o agente age com vontade e consciência dirigida para a rea-
lização da conduta descrita na norma penal. 
Elementos
a) consciência da conduta e do resultado que foi produzido (elemento cognitivo ou intelectual); 
b) vontade de realizar a conduta e produzir o resultado (elemento volitivo). 
Espécies
Possui as seguintes espécies (art. 18, CP): 
a) dolo direto - o agente deseja o resultado, ou seja, a sua conduta é dirigida à produção do resul-
tado. 
b) dolo indireto, dividido em alternativo e eventual. No alternativo, o agente se satisfaz com 
qualquer resultado (ex.: atirar para matar ou ferir); no eventual, o agente não deseja diretamente o 
resultado, mas assume o risco de produzi-lo. Neste, o agente não quer o resultado, mas sabe que a sua 
conduta pode produzir o resultado e, mesmo assim, resolve assumir o risco de produzi-lo.
Ex.: “A” está atrasado para um jogo de futebol. Em decorrência disso, na direção de um veículo 
automotor, entra na contramão de uma movimentada avenida. Pergunta-se, ele quer matar alguém° 
Não. Contudo, ele sabe que pode causar um acidente? Sim. Isso é dolo eventual.
Ex.: “A” atira em “B”, mas sem um resultado preferido ou escolhido. Para “A”, tanto faz um resul-
tado ou o outro, tanto faz ferir ou matar. Isso é dolo alternativo.
Teorias do Dolo
a) Vontade - Haverá dolo quando a pessoa tem a vontade de causar um resultado
b) Representação - O dolo é apenas uma representação da conduta e do resultado.
c) Assentimento - Quando o agente não quer o resultado, todavia, ele assume o risco de produzi-
-lo.
NOTE! O Código Penal adotou em relação ao dolo direto a teoria da vontade. Já em relação ao 
dolo eventual, foi adotada a teoria do assentimento. 
Dolo Direito de Primeiro e Segundo Grau
No dolo direto de primeiro grau, a ação do agente é direcionada para o resultado desejado. É 
aquele que desenvolve a conduta para prudução de um resultado.
No dolo direto de segundo grau ou necessário, o agente não deseja diretamente o resultado, 
mas este, necessariamente, ocorrerá em razão dos meios escolhidos para a obtenção do resultado 
desejado. 
Ex.: Um agente deseja matar o Presidente da República (dolo direto de primeiro grau), que viaja 
com outros tripulantes (dolo direto de segundo grau). Haverá dolo direto de segundo grau em relação 
aos outros tripulantes, porque, apesar de o agente não desejar diretamente a morte destes, o resulta-
do obrigatoriamente ocorrerá em razão dos meios escolhidos.
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ATENÇÃO! Diferença entre o dolo direito de segundo grau e o dolo eventual: No dolo eventual, 
o agente não quer o resultado, mas assume o risco de produzi-lo e ele pode vir a ocorrer. Já no dolo 
direito de segundo grau, o agente não quer o resultado, porém, o resultado, obrigatoriamente, 
ocorrerá em razão dos meios escolhidos.
Ex.: O Presidente da República está discussando em um palanque. Um atirador, com o intuito 
de matá-lo, atira no Presidente do alto de um prédio. Contudo, um segurança que estava do lado 
da vítima pula na sua frente e também leva tiros. Em relação ao Presidente houve dolo direto de 
primeiro grau e em relação ao segurança houve dolo eventual, pois o agente não tinha certeza de que 
alguém ia pular para salvar a vítima.
Dolo Natural e Normativo
O Código Penal adotou a teoria finalista e, com isso, o dolo natural. O CP não adotou a figura do 
dolo normativo. Ele foi adotado na teoria causalista.
O dolo natural diz que a consciência da ilicitude não está no dolo, mas sim na culpabilidade. 
Ex.: Criança que arranha todo o carro da mãe com uma chave. Ela agiu com dolo. Nesse caso, há 
dolo, mas não há consciência da ilicitude.
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