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6 CITOHISTOLOGIA DO ÚTERO

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CITOHISTOLOGIA DO ÚTERO
• O sistema reprodutor 
feminino está 
localizado no interior 
da cavidade pélvica 
sendo constituído por:
• - dois ovários, 
• - duas tubas uterinas 
(trompas de Falópio), 
• - um útero,
• - uma vagina,
• - uma vulva. 
• Vagina e colo uterino abertos longitudinalmente e vistos de cima. A vagina está a esquerda e o
colo está à direita. Notar no meio da foto, o orifício externo, que conduz ao canal cervical.
• O que vai interessar no nosso estudo é o
útero (colo e corpo).
• O útero é piriniforme, medindo em média 7
cm de comprimento por 5 cm de largura
máxima e 2 a 3 de espessura.
• O colo do útero se divide em duas porções:
1) ectocérvice
2) endocérvice ou canal cervical
1) ECTOCÉRVICE:
• Corresponde a parte mais inferior do útero e
dentro do canal vaginal. Revestido por um
EPITÉLIO ESCAMOSO ESTRATIFICADO – NÃO
QUERATINIZADO.
• Este epitélio é formado por três camadas ou
estratos, semelhantes ao da vagina.
• OBS. Abaixo do epitélio escamoso encontra-se
a membrana basal e o estroma conjuntivo, rico
em fibras e pobre em células.
1.1) CAMADA PROFUNDA: 
FORMADA POR CÉLULAS BASAIS E 
PARABASAIS
• - As células basais originam-se da camada
basal do epitélio escamoso estratificado e
constituem as células germinativas,
responsáveis pela divisão celular e
manutenção do mecanismo dinâmico de
substituição das células superficiais que
descamam.
• São infreqüentes em esfregaços rotineiros.
• Aparecem mais comumente em esfregaços
de mulheres com hiperplasia da camada
basal.
• - A célula basal é morfologicamente pequena,
arredondada, com citoplasma compacto,
basofílico e núcleo relativamente volumoso.
• -As células parabasais originam-se da camada
profunda do epitélio escamoso estratificado.
• - Aparecem, fisiologicamente, em esfregaços de
mulheres nas fases pré-puberais, puerperais e
pós-menopausais, sendo infreqüentes em
esfregaços de mulheres na fase reprodutiva.
• As células parabasais são semelhantes às
células basais, porém apresentam núcleos
menores e citoplasmas relativamente
maiores.
• O núcleo vesiculoso possui uma cromatina
finamente distribuída, na qual raramente se
identifica um pequeno nucléolo.
• O citoplasma cianófilo tem contornos bem
marcados.
• Quando descamam espontaneamente, são,
frequentemente, isoladas e arredondadas;
porém, quando se desprendem do epitélio
por raspagem, a persistência das pontes
intercelulares dá ao citoplasma uma
aparência estirada, e a descamação ocorre
em agrupamentos.
• Esse aspecto é encontrado, sobretudo nos
aglomerados de células parabasais
metaplásicas.
1.2) CAMADA INTERMEDIÁRIA:
FORMADA POR CÉLULAS
INTERMEDIÁRIAS
• As células intermediárias estão na camada
intermediária do epitélio escamoso
estratificado e predominam em esfregaços de
mulheres na fase progestínica
• O citoplasma é denso e mais volumoso que o
da célula basal.
• Tem forma geralmente elíptica e contém,
freqüentemente, um ou mais vacúolos.
• O núcleo é arredondado e apresenta
cromatina finamente granular.
• Quando mais jovens, apresentam basofília.
Essas células exibem pregueamentos do
citoplasma periférico, particularmente
evidentes durante a fase lútea do ciclo
menstrual.
• As células naviculares, variantes das células
intermediárias, apresentam formato de
navio e tonalidade amarelada, resultante de
grande conteúdo glicogênico e ocorrem em
determinadas condições, como gravidez.
• O fenômeno da citólise, resultado da
digestão do glicogênio pelos lactobacilos,
atinge particularmente as células
intermediárias, quando se observam núcleos
nus e detritos celulares.
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1.3) CAMADA SUPERFICIAL: FORMADA 
POR CÉLULAS SUPERFICIAIS
• As células superficiais estão localizadas na
camada mais superficial do epitélio escamoso
estratificado e predominam em esfregaços de
mulheres na fase estrogênica.
• O citoplasma é relativamente grande,
poliédrico, com limites irregulares, mas bem
definidos.
• O núcleo é pequeno, arredondado,
hipercromático, na maioria das vezes picnótico
e, freqüentemente, circundado por um halo
claro e estreito, provocado pela sua retração.
• As células mais maduras apresentam
eosinofilia e as menos maduras podem
apresentar cianofilia.
• Descamam, sobretudo, como elementos
isolados, devido à ruptura dos desmossomos.
?????????
2) ENDOCÉRVICE
• Corresponde ao canal cervical (2 a 3 mm em
média de espessura) revestido por EPITÉLIO
COLUNAR PRISMÁTICO MUCO SECRETOR.
Células endocervicais:
• São originárias do epitélio cilíndrico simples
da mucosa endocervical.
• São constituídas de células ciliadas e
secretoras (mucíparas), que recobrem as
superfícies interna e externa das estruturas
glandulares. Essas células são encontradas
isoladas ou agrupadas em forma de paliçada.
• O seu citoplasma é basófilo e finamente
vacuolizado.
• O núcleo é arredondado e polarizado
(excêntrico).
• A aparência da célula depende, também, da
fase do ciclo menstrual.
• Durante a fase estrogênica, o citoplasma é
cianófilo e o núcleo toma uma forma elíptica
ou esférica.
• Durante a fase secretora, o citoplasma é claro
e edemaciado; um muco abundante desloca
o núcleo para a base da célula.
• Algumas células cilíndricas exibem um pólo
apical provido de uma borda ciliada que,
quando são numerosas, podem ser
provenientes de uma área cervical de
metaplasia tubária.
• As células endocervicais são raras nos
esfregaços vaginais e habituais nos
esfregaços cervicais obtidos por escovação ou
raspagem.
• Sua presença tem sido considerada como um
selo obrigatório de qualidade da colheita
cervical.
Células endometriais:
• São originárias do epitélio cilíndrico simples
do endométrio.
• Aparecem, fisiologicamente, em esfregaços
cérvico-vaginais durante a menstruação e
até o décimo dia do ciclo menstrual.
• Apresentam-se agregadas, como arranjos
esféricos ou agrupamentos densos, podendo
ser diferenciadas das células endocervicais
pela regularidade, menor volume nuclear e
escassez e má definição de limites
citoplasmáticos.
• A esfoliação de células endometriais em
aglomerados, acompanhadas por diversas
células histiocitárias, pode ocorrer em fase
menstrual tardia e tem a denominação de
êxodo.
3- JUNÇÃO ESCAMO-COLUNAR - JEC
• Região compreendida entre o epitélio
escamoso da ectocérvice com o colunar ou
prismático da endocérvice.
• Limite ou zona de transição entre duas
mucosas.
• É o local da maioria das doenças que ocorrem
na cérvice uterina.
• A JEC original geralmente está localizada na
região do orifício externo.
3.1-LOCALIZAÇÕES DA JEC
• É o encontro do epitélio escamoso (mucosa
escamosa) com o epitélio colunar (mucosa
glandular).
• A JEC original geralmente localizada na região
do orifício externo.
• influências hormonais, quadros congestivos e
inflamatórios podem causar:
EVERSÃO – ECTRÓPIO OU ECTOPIA
• 1- a extensão do epitélio colunar para a
ectocérvice constituindo o que se chama
ectrópio (eversão ou ectopria).
• É a exposição, protusão ou afloramento da
mucosa glandular (epitélio colunar ou
prismático) da endocérvice que ultrapassa o
orifício externo do colo uterino, deixando de
pertencer ao referido canal endocervical e passa
a cobrir a ectocérvice.
REVERSÃO – ENTRÓPIO
• quando a JEC está localizada mais
internamente (na pós-menopausa) é
chamado de entrópio (reversão)
- É a condição em que o epitélio escamoso
da ectocérvice se projeta para o orifício
interno, indo revestir parte do canal
endocervical.
4-ZONA DE TRANSFORMAÇÃO
• Região formada por um novo epitélio
semelhante ao escamoso em uma área que
previamente era ocupada por um epitélio
colunar.
• Antes da puberdade o pH da vagina e da cérvice
é alcalino. Com a posterior degradação
bacteriana do glicogênio do epitélio escamoso e
vaginal torna-se o pH ácido.
• A exposição do epitélio colunar ou prismático da
endocérvice ao ambiente ácido da vagina após a
puberdade induz uma METAPLASIA ESCAMOSA e
uma ZONA DE TRANSFORMAÇÃO (ZT) entre o
epitélio escamoso e o colunar endocervical.
• A ZT é formada por um novo epitélio semelhante
ao escamoso em uma área que previamente era
ocupada por um epitélio colunar.
• Observe na imagem citológica acima, um grupo de três células metaplásicas, 
próximas umas às outras. Note que o citoplasma das células metaplásicas é 
denso devido à sua alta atividade metabólica e apresenta projeções. No canto 
superior direito é possível observar uma célula superficial
ELEMENTOS NÃO EPITELIAIS
• Além das células epiteliais descritas, são
encontrados elementos não epiteliais em
quantidades variáveis nos esfregaços cérvico-
vaginais, correspondendo a leucócitos,
hemácias, histiócitos, muco e microbiota.
• A presença de leucócitos constitui um
achado normal em esfregaços cérvico-
vaginais.
• O seu número reflete a fase do ciclo
menstrual, é dependente da quantidade de
progesterona circulante e não pode ser
correlacionado com inflamação sem a
presença de alterações celulares reativas
inflamatórias.
• Os leucócitos, geralmente, estão ausentes
nos esfregaços de pacientes com altos níveis
de estrogênios, como no período ovulatório.
Histiócitos
• são freqüentemente encontrados em
esfregaços atróficos e não definem qualquer
quadro específico. São células móveis, de
tamanho e forma variados, que fazem parte
do sistema monócito-macrófago e possuem a
propriedade de ingerir partículas e,
especialmente, bactérias.
• Na forma clássica, o citoplasma é cianófilo,
vacuolizado, e o núcleo reniforme.
Podem ser pequenos, médios e grandes.
São mais indicativos de inflamação crônica.
Têm citoplasma espumoso, isto é,
microvacuolizado, pálido e cianófilo.
Núcleo excêntrico, sendo a forma e o
tamanho variável.
Os núcleos têm formato arredondado,
ovalado ou reniforme ( forma de grão de
feijão ), cromatina uniforme e finamente
granular.
O histiócito pequeno é fisiológico e o grande
tem atividade fagocitária.
Pode-se, também, encontrar nos esfregaços os
histiócitos gigantes multinucleados.
As formas mais jovens (histiócitos imaturos) são
células maiores com um núcleo pálido,
nucléolos aparentes e um citoplasma escasso.
Vistos nos esfregaços de pacientes na pós-
menopausa, cervicites crônicas e após
radioterapia.
São células com citoplasma amplo, coloração
indeterminada e que abriga vários núcleos
(multinucleação).
POLIMORFONUCLEARES 
NEUTRÓFILOS
Os polimorfonucleares neutrófilos
isoladamente não indicam inflamação.
Podem aparecer nos esfregaços de modo
normal em certas fases do ciclo menstrual
(por ex.: na segunda fase do ciclo) e
freqüentemente nas infecções por agentes
biológicos.
Raros são os esfregaços que não exibem
polimorfonucleares neutrófilos.
São células com diâmetro aproximado de 8
micra, citoplasma escasso e com núcleo
lobulado.
LINFÓCITOS E PLASMÓCITOS
São mais freqüentes em inflamações crônicas
(cervicites foliculares e plasmocitárias).
Os linfócitos vistos nos esfregaços são
pequenos com núcleos picnóticos, densos,
rodeados por um escasso citoplasma
(linfócito maduro).
Os plasmócitos mostram um núcleo
excêntrico em “roda de carroça” e são
raríssimos nos esfregaços cérvico vaginais
HEMÁCIAS
• Hemácias podem estar presentes em
esfregaços normais colhidos até o décimo dia
do ciclo menstrual.
• Fora desses períodos, sua presença
representa lesão genital traumática, às vezes
da própria colheita ou doença genital. Podem
aparecer intactas ou lisadas.
• A presença de filamentos de fibrina, de
hemoglobina e de seu derivado
hemossiderina, dispostos em pequenos
grânulos marrons, são testemunhas de
fenômenos hemorrágicos, que podem
apresentar um significado clínico
MICROBIOTA
• A microbiota normal é, geralmente,
dependente da idade. Cocos isolados ou
agrupados podem estar presentes em
esfregaços atróficos.
• Na menacme, é constituída de lactobacilos.
Os lactobacilos (bacilos de Döderlein) são
bastonetes Gram positivos, imóveis e não
capsulados, que provocam a fermentação
do glicogênio celular em ácido lático e
contribuem para a manutenção do pH ácido
do meio vaginal.
• Essa fermentação provoca a citólise das
células intermediárias ricas em glicogênio. A
citólise pronunciada pode se acompanhar de
leucorréia.
• A microbiota vaginal normal é dominada
pelos lactobacilos (bacilos de Döderlein).
• A cultura microbiana revela a presença de
outros microorganismos aeróbicos,
anaeróbicos e facultativos que são saprófitos,
mas podem se tornar patogênicos.
• Além da presença dos bacilos de Döderlein,
uma grande variedade de bactérias pode ser
detectada no conteúdo cérvico-vaginal de
mulheres assintomáticas.
• Na vagina, existe um equilíbrio dos bacilos de
Döderlein com diversos micro-organismos de
natureza bacteriana (estafilococos,
estreptococos, coliformes, bacteróides, etc.).
• Existem pelo menos quatro espécies de
lactobacilos, componentes da microbiota
vaginal, que atuam na acidificação vaginal.
São eles: L. vaginalis, L. gasseri, L. crispatus e
L. jesisenii.
• Praticamente todas as mulheres portadoras
ou não de corrimento vaginal apresentam
lactobacilos em sua microbiota vaginal.
Todavia, vinte por cento delas apresentam L.
vaginalis em sua microbiota.
• Nas pacientes sintomáticas, estudos por
hibridização do DNA bacteriano
demonstraram haver predominância do L.
grosseri, fazendo supor menor capacidade
acidificante desta espécie bacteriana e maior
predisposição à infecção por outras espécies
bacterianas.
• Na prática ginecológica, é difícil conceituar o
que seja microbiota vaginal normal, visto
que é extremamente variada a gama de
espécies de microorganismos que podem
habitar a vagina sem desencadear
sintomatologias características.
A avaliação microbiota vaginal normal com sua riqueza em lactobacilos representa importante 
indicador do estado de autoproteção contra a agressão de microorganismos externos ou dos que 
vivem como comensais no trato vaginal inferior. Silva Filho (2002).

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