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2 SEMESTRE 2017

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
EDUCAÇÃO FISICA 4º SEMESTRE
autores
EUCLÉSIO APARECIDO ALVES
Heyllanny Messias Vieira Raimundo
Olivia Maria Rosa Toledo
Wellington Levi Alves
NOME DO TRABALHO
São José dos Campos
2017
AUTORES
EUCLÉSIO APARECIDO ALVES
Heyllanny Messias Vieira Raimundo
Olivia Maria Rosa Toledo
Wellington Levi Alves
nome do trabalho
Trabalho interdisciplinar apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas do quarto semestre de Licenciatura em Educação Física.
 Orientador: Danielle Ramos Sousa
São José dos Campos
2017
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 DESENVOLVIMENTO	4
2.1. A DANÇA ENQUANTO CONTEÚDO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR..........4
2.2.ALUNOS COM SÍNDROME DE DOWN NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA....6
3 ENTREVISTA COM O PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA	
4 CONCLUSÃO	
REFERÊNCIAS	
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho visa analisar se a dança está presente enquanto conteúdo da Educação Física nas escolas públicas, que deve ser um veículo de cultura e informação, proporcionando um desenvolvimento intelectual, social e corporal aos alunos.
Não podemos nos esquecer de que a dança já faz parte do contexto dos Parâmetros Curriculares Nacionais tanto de Educação Física como de Arte, ou seja, uma prática da cultura corporal a ser desenvolvida de forma interdisciplinar na escola. 
A dança na escola tem o compromisso de ampliar a visão e as vivências corporais dos alunos em sociedade a ponto de torná-lo um sujeito criador-pensante de posse de uma linguagem artística transformadora.
Os avanços sociais obtidos com o reconhecimento da necessidade de atendimento escolar para os diferentes segmentos da sociedade brasileira têm levado a discussões sobre o acesso da pessoa com deficiência, às conquistas sociais e elaboração de políticas públicas que proporcionem maior inclusão aos alunos de necessidades especiais. 
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 A DANÇA ENQUANTO CONTEÚDO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR.
Percebe-se na atualidade uma grande discussão em torno da dança como contexto de educação, onde se discute sua legitimidade na disciplina de educação física e suas contribuições dessa prática corporal como experiência estética. A dança é obrigatória na escola, e está contemplada nos currículos de artes e educação física, tendo como ponto de interseção nessas disciplinas o corpo em movimento. A dança é manifestação da cultura corporal humana, que tem como características comuns a intenção de expressão e comunicação por meio de estímulos sonoros que orientam o movimento corporal. Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), dentre os conteúdos da educação física, a dança está inserida no bloco: atividades rítmicas e expressivas. Fazem parte das atividades rítmicas e expressivas, brinquedos cantados, rodas e cantigas, danças que pertencem ao contexto sociocultural, bem como, atividades diferenciadas com movimentos ritmados que sejam capazes de divertir e comunicar por meio de estímulos sonoros (músicas, palmas, instrumentos, entre outros). Considerada como um dos conteúdos da educação física, a dança é uma linguagem da arte que expressa diversas possibilidades de assimilação do mundo. A importância dos conhecimentos das atividades rítmicas e dança para aulas de educação física se pautam nas possiblidades de desenvolvimento, estimulação, favorecimento e conhecimento do indivíduo, no caso a criança, de todas as suas potencialidades criativas, físicas e emocionais. Conscientização, expressão corporal e dança escolar é para todos os interessados em uma dança que não tem exigências de idade, condicionamento físico, preparo corporal, flexibilidade, problemas com articulações, postura e desenvoltura. A educação física implica em reflexões sobre seus paradigmas, pois se vive numa sociedade dinâmica e entende-se que essa área deve contemplar múltiplos conhecimentos produzidos e usufruídos por esta sociedade, a respeito do corpo.
 	A educação física desenvolvida de forma consciente respeita as diferenças, ou seja, as individualidades de cada um e não dicotomiza o ser humano, não separando o corpo físico do mental, entendendo que ambos funcionam de modo integral. Portanto, pensar numa escola emancipadora é pensar em um espaço não apenas de escuta, mas de permanentes representações, construções e criações, tratando de interagir a prática pedagógica da educação física, através da linguagem corporal e com os diferentes conhecimentos que trazem a dança. 
 	O diálogo realizado com o corpo através da dança permitirá a otimização das possibilidades e potencialidades de movimento e a consciência corporal para atingir objetivos relacionados à educação, saúde, prática esportiva, expressão corporal e artística. 
 	O professor de educação física deve utilizar uma proposta pedagógica onde a linguagem da dança e da expressão corporal, possibilite o contato com uma forma de apreciação estética que envolva o corpo em movimento. A criança ao dançar se expressa criativamente, além de ampliar suas habilidades psicomotoras,mas para que isso ocorra devemos aplicar atividades práticas desenvolvidas em torno da consciência corporal, dos fatores do movimento sendo eles; o peso, espaço, tempo, fluência, comunicação e expressividade para que o aluno possa experimentar o dançar, de maneira prazerosa de conhecer o corpo e se comunicar através dele. Sendo assim, levando os alunos a serem mais sociáveis, criativos, bem humorado, condicionamento físico, disciplinado, autoestima, entre outros tantos benefícios. Faz-se importante ressaltar que apesar dos benefícios comprovados, a prática da dança nas aulas de educação física ainda se realiza de forma muito restrita. Isto se dá de acordo com o devido despreparo na formação dos profissionais e que a dança apesar de estar presente nos eventos comemorativos, ela deve ser processual e não apenas elemento decorativo nesses eventos. A dança na escola não objetiva a formação de artistas e deve estar voltada para todos; também não pode estar restrita aos movimentos estereotipados, mecanizados e reproduzidos a partir de uma coreografia pronta. Ela deve ter como objetivo contribuir para o desenvolvimento da criatividade a partir da exploração de movimentos intencionais, além da formação cultural do aluno.
 O fato é, que compreender o corpo através da dança como possibilidade de estabelecer múltiplas relações com outras áreas do conhecimento analisando, discutindo, refletindo e contextualizando seu papel na contemporaneidade, passa a ser condição para quem trabalha com seres humanos, principalmente para quem trabalha com educação, em que a multiplicidade de corpos estão presentes nas salas de aula.
 
	
2.2 ALUNOS COM SÍNDROME DE DOWN NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Síndrome de Down a causa mais comum é a trissomia 21 ou trissomia simples, que se caracteriza pela presença de um cromossomo extra no par 21 isso ocorre no momento da divisão celular. Os seres humanos têm normalmente 46 cromossomos em cada uma das células de seu organismo, esses cromossomos são recebidos pelas células embrionárias dos pais, no momento da fecundação. 
Vinte e três vêm dos espermatozoides fornecidos pelo pai e os outros 23 vêm contidos no óvulo da mãe juntos, eles formam o ovo ou zigoto, a primeira célula de qualquer organismo. Essa célula então começa a se dividir, formando o novo organismo, isso quer dizer que cada nova célula é em teoria, uma cópia idêntica da primeira.
As crianças com síndrome de Down normalmente são identificadas pouco tempo após o nascimento devido às suas características físicas associadas à síndrome.
Alguns desses traços são bem visíveis como, face larga e achatada, olhos distantes um do outro, nariz pequeno com base nasal achatada, pescoço curto, porém algumas crianças não mostram tanto as características visíveis, mas a retardomental sempre ocorre, contudo também possuem traços dos pais justamente por causa do DNA, tais como cor dos cabelos, olhos, dentre outros fatores.
Todas as crianças com síndrome de Down apresentam algum grau de atraso no desenvolvimento intelectual, especialmente em habilidades como: pegar objetos, estar atento, ficar sentado, caminhar, falar e aprender.
O grau de dificuldade varia de caso para caso, no entanto, todas as crianças acabarão por aprender estas habilidades, embora possam demorar mais tempo que outra criança sem a síndrome, para diminuir o tempo de aprendizagem, estas crianças podem participar em sessões de terapia da fala com o fonoaudiólogo, para que sejam encorajadas a se exprimir mais cedo, facilitando o processo de aprender a falar.
São variadas questões acerca de como adequar as aulas de Educação Física aos alunos com Síndrome de Down alguns estudos ligados à área da deficiência mental destacam que as pesquisas existentes referentes aos alunos com Sindrome de Down, são ainda insuficientes para esclarecer e orientar atitudes educacionais para o desenvolvimento dos portadores. Esta constatação aponta para a realidade de uma sociedade que ainda segrega, em parte pela desinformação ainda existe preconceitos historicamente construídos e precariedade de conhecimentos referentes a potencialidades das pessoas com Síndrome de Down constituem fatores que dificultam sua participação na sociedade. A proposta da Educação Física Escolar é inserir a criança em meio à cultura corporal do movimento, assim ela possa compreender, aprender e desenvolver suas habilidades, conhecendo o meio ambiente e as adaptações e inovações que o mundo oferece. A disciplina tem o dever de proporcionar ao aluno práticas que desenvolvam suas dimensões cognitivas, afetivas, motoras e socioculturais.
A educação é um direito para todos os alunos com ou sem qualquer tipo de deficiência. Quanto ao que se refere à Inclusão Escolar de crianças com algum tipo de deficiência, independente de qual seja é dever do professor fazer todo o possível para que todos os alunos aprendam e progridam.
A inclusão não pode e nem deve ser encarada como uma forma negativa de desafio e sim apenas como uma consciência sobre as diferenças individuais de cada criança, a dificuldade para aprender não deve ser considerada como regra geral. Para isso, é preciso procurar e esgotar todos os métodos e meios de ensino que permitam aos alunos aprender e alcançar os objetivos educativos, motivando-os a sempre buscar seu melhor. A criança com Síndrome de Down, apesar de ter várias de suas características físicas e psicológicas limitadas, tem uma comprovada capacidade de aprender. A adaptação educativa dos métodos e avaliações faz com que haja progresso dentro do contexto educacional, a criança com Síndroem de Down tem uma maior facilidade de aprendizado, quando há repetições de atividades antes de modificá-las. As imitações também facilitam, pois além de serem divertidas para as crianças elas acabam por copiarem os movimentos.
Elogiar a criança durante uma brincadeira que foi executada de forma correta, evita que a mesma fique frustrada, por exemplo, durante uma atividade que precise ser utilizado os dedos como ato de pinçar, devido a suas limitações, ao não conseguir fazer o movimento a criança com SD, pode lançar o brinquedo e ao chegar nesse estágio fica um tanto quanto complicado retirá-la do mesmo, porém a música, a dança e movimentos corporais podem ajudar a acalmá-las.
 	A segurança das crianças e o acompanhamento de perto das atividades realizadas, garantem o primeiro estágio de desenvolvimento, a avaliação do professor, quanto às maiores dificuldades da criança é o que irá facilitar quanto aos métodos e atividades que serão desenvolvidas. É fundamental, que ao se iniciar um processo de atividades para crianças com Síndrome de Down, seja considerada toda sua vivência sociocultural, suas deficiências corporais, enfim suas potencialidades. Para que seja construído um trabalho focado no desenvolvimento individual, garantindo o direito ao aprendizado e a cidadania, portanto o professor de Educação Física deve buscar atividades que sejam compatíveis para o desenvolvimento das crianças com Síndrome de Down junto às outras crianças, para que haja a socialização e um bom desempenho no aprendizado cognitivo e corporal das mesmas, sem que tenha maiores problemas. 
O processo pedagógico da Educação Física deverá estabelecer uma prática que reproduza a realidade do aluno, cabe ao professor oferecer meios e estratégias proporcionando o desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo do aluno com esta síndrome, propiciando a construção de conhecimento e habilidades mais complexas, isso dependerá das vivências e experiências proporcionadas aos alunos na aula. Nesse pressuposto entende-se que a Educação Física Escolar desempenha um papel fundamental de inclusão social, quando articulada a sua prática pedagógica está a construção e adaptação de diferentes estratégias a serem utilizadas, para que ocorram relações afetivas entre alunos ditos normais e com Síndrome de Down.
O professor de Educação Física, precisa aprimorar seus conhecimentos, para que as aulas sejam dinâmicas, criativas e motivadoras, lembrando-se de sempre aplicar as devidas precauções, superando problemas e dificuldades.
Entrevista realizada com a professor de educação física Jean Phelipe Madalena, que trabalha na Escola Muncipal de Ensino Fundamental Ruth Nunes da Trindade, registro 057282-G/SP, Parque Interlagos - São José dos Campos – SP.
 Questionamentos: 
1) Na sua graduação, você alguma disciplina que abordasse o trabalho com alunos com deficiência?
Resposta: Tinha sim.
2) Qual a importância da educação física no processo de desenvolvimento desses alunos?
Resposta: Inclusão e possibilidade de ampliar o acervo motor, além de abordar relações interpessoais e interações com outros colegas, melhorando o protagonismo e autoestima do aluno.
3) Você tem ou já teve alunos com deficiência em suas aulas? Quais foram as deficiências com as quais você trabalhou? (Caso resposta seja sim). Fale um pouco sobre sua experiência.
Resposta: Todos os anos de minha carreira tive alunos com deficiências. As mais comuns são síndrome de down, paralisia cerebral, autismo e deficiências físicas. Sempre é difícil pois, a demanda de alunos é grande, dificultando bastante a inclusão. Sempre tenho de pensar em atividades que possibilitem a participação dos alunos com necessidades especiais mas, às vezes fico frustrado por não conseguir. Pois esse ainda é um caminho que necessita de outras adaptações na estrutura da educação e das escolas.
4) Quais as maiores dificuldades encontradas em sua prática pedagógica realizada com alunos com deficiência?
Resposta: Material pedagógico, formação e material humano.
5) Você se sente preparado para trabalhar com alunos com deficiência?
Resposta: Não.
6) Quais as situações mais comuns que necessitam primeiros socorros durante a aula de educação física?
Resposta: Entorses, traumas e escoriações advindas de quedas. 
7) Quando ocorre na escola, uma situação que é necessária prestar primeiros socorros, quem realiza esse atendimento? A escola dispõe de um kit de materiais para este fim?
Resposta: Normalmente o professor de educação física. A escola possui kit básico de primeiros socorros. O mais prudente é avisar a família e chamar uma ambulância nos casos que requerem maior risco.
8) Durante a graduação teve alguma disciplina sobre primeiros socorros?
Resposta: Disciplina não, oficinas de primeiros socorros.
CONCLUSÃOREFERÊNCIAS

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