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Dra Marina Da Rós Malacarne Infectologista Otalgia: dor de ouvido (cárie dentária, sinusite, amigdalite e faringite aguda) Otorreia: saída de líquidos pelo ouvido, que podem ser claros corno a água, serosos, mucosos, purulentos ou sanguinolentos. Otorragia: traumatismos no ouvido; Prurido: eczema no canal auditivo, diabetes, hepatite crônica e linfomas. Distúrbios da audição (disacusias): perda da capacidade auditiva Zumbidos (tinido ou acúfenos): são sensações auditivas subjetivas, que ocorrem sem que haja estímulo exterior. Manifestam-se corno ruídos de jato de vapor, água corrente, campainha, cachoeira, apito e chiado. Vertigem: sensação subjetiva na qual o paciente acredita estar girando em torno dos objetos (vertigem subjetiva) ou que os objetos estão girando em torno dele (vertigem objetiva). Inspeção: reconhecer os processos inflamatórios e neoplásicos do pavilhão da orelha, os cistos, as fístulas congênitas, as reações edematosas da região mastóidea (mastoidite aguda) e da furunculose do meato acústico externo, os corpos estranhos, as rolhas ceruminosas e os pólipos e as malformações congênitas da orelha externa. Palpação: comprovação de pontos dolorosos à pressão do antro mastóideo nas mastoidites agudas e pavilhão da orelha; Otoscopia: exame do meato acústico externo e da membrana do tímpano, por intermédio de um espéculo auricular. Podemos ver: Rolha ceruminosa Descamação do epitélio ou secreções, Membrana do tímpano: tem cor cinza perolada, e se localiza no fundo do meato acústico externo. Ao examinar a membrana do tímpano, percebe-se nitidamente a saliência do cabo do martelo, acima do qual se encontra a porção flácida da membrana de Shrapnell. Da extremidade inferior do cabo do martelo ou umbigo da membrana do tímpano, dirigindo-se para diante e para baixo, verifica-se um triângulo luminoso, formado pela reflexão dos raios luminosos. Aguda: processo inflamatório da pele do canal auditivo externo (dermatite). Há exsudação serosa, que pode tornar- se purulenta. O edema inflamatório pode chegar a obstruir completamente o lúmen do meato (com hipoacusia consequente) e até propagar-se à região retroauricular, chegando por vezes a simular mastoidite aguda Otite externa grave. É a forma especial, grave, da otite externa, que ocorre, geralmente, em paciente diabético ou muito debilitado. O agente etiológico mais frequente é a Pseudomonas aeruginoosa. Otorreia purulenta, dor intensa, e processo de osteíte do meato acústico externo. É uma infecção estafilocócica do órgão pilossebáceo, decorrente de contaminação local; A dor é o sintoma dominante; Reação linfonodal de vizinhança e infiltração edematosa retroauricular; Processo inflamatório do meato acústico externo por fungos do gênero Candida albicans e Aspergillus, este último nas suas espécies niger, fumigatus e albus, que geralmente evolui com dor intensa e lancinante. Processos inflamatórios agudos da orelha média, de origem viral ou bacteriana, frequentemente relacionados com rinites, sinusites, rinofaringites, e propagados à orelha média através da tuba auditiva. Persistência de uma perfuração do tímpano através dos anos e pelo exsudato catarral ou purulento, oriundo da orelha média e drenado através do meato acústico externo . Infecção bacteriana da mastoide caracterizada por processo de osteíte das trabéculas ósseas que separam as cavidades aéreas ou células que constituem a apófise mastoide e termina por dar origem a um verdadeiro empiema. Os principais agentes infecciosos são: Escherichia coli e Staphylococcus (em recém- nascidos), Streptococcus, Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis. É a diminuição da audição uni ou bilateralmente. Considera-se surdo o paciente cuja acuidade auditiva esteja abaixo de 70 dB (surdez parcial), podendo chegar à perda total. Pode ser causada por lesão do canal auditivo, da orelha média (causas condutivas), da orelha interna ou do VIII nervo craniano (causas neurossensoriais) AUDIÇÃO DO IDOSO; Deficiência auditiva que surge em idade mais avançada. É o declínio da audição, que envelhece como tudo mais no organismo: as proteínas nucleares diminuem, pigmentos e compostos insolúveis no citoplasma celular se acumulam, assim como surgem modificações químicas nos líquidos intercelulares. Obstrução nasal: alterações anatômicas, rinites, manifestações alérgicas, pólipos, neoplasias benignas e malignas, imperfuração coanal congênita; Rinorreia: “corrimento nasal”, hipersecreção serosa ou seromucosa, mucopurulenta, purulenta, com fragmentos de falsas membranas (difteria nasal). Espirros: Exprimem reação local de defesa. Alterações do olfato: Diminuição (hiposmia) ou abolição (anosmia); Aumento (hiperosmia); Cacosmia; Parosmia; Alterações da fonação: voz anasalada ou "rinolalia“; Dor: processos inflamatórios agudos das cavidades sinusais e nas neoplasias nasossinusais. Dispneia: Todas as causas de obstrução nasal bilateral podem acarretar dispneia de maior ou menor intensidade. Epistaxe: sangramento nasal; Ronco: obstáculo à livre passagem da corrente aérea pelas fossas nasais e faringe. Inspeção: mostra diferentes tipos de nariz; Reconhece deformações de origem traumática (fraturas) ou decorrentes de destruição das cartilagens nasais e/ou partes ósseas; O exame das fossas nasais faz-se por intermédio da rinoscopia anterior e da posterior; Radiológicos: radiografias simples; tomografia computadorizada; Rinites: As principais formas clínicas de rinite são a catarral aguda (resfriado), a aguda do lactente (prejudica as mamadas), a diftérica, a do sarampo, a mucopurulenta crônica, a hipertrófica (obstrução nasal de caráter permanente ou intermitente), a atrófica, a vasomotora (mudança de temperatura, da umidade do ar e odores fortes), e as específicas (blastomicose, leishmaniose, hanseníase, rinosporidiose). Adenoides: é a hiperplasia das amígdalas faríngeas (vegetações adenoides), do mesmo modo que a das amígdalas palatinas, que é muito comum na criança. A criança dorme de boca aberta, baba no travesseiro e ronca. Epistaxe: hemorragia nasal (traumatismos, cirurgias, reinites, HAS, tuberculose, neoplasias). Agudas: A agressão inflamatória aguda de mais de uma cavidade sinusal a um só tempo ocorre, em geral, notadamente nos seios chamados anteriores (maxilar, frontal e etmoide anterior), em grau de intensidade diferente em um ou outro seio. As principais causas são: vírus, bactérias (H. influenzae, pneumococos, estreptococos, M. catarrhalis ), fungos (Aspergillus, Bipolaris) e alergênios inalados (sinusite alérgica). O tempo de evolução varia de alguns dias a 2 ou 3 semanas. Crônicas: Decorrem de frequentes sinusites agudas de repetição e de doenças gerais que diminuem a capacidade de defesa do organismo (diabetes, avitaminoses, anemias, tuberculose, hipogamaglobulinemia). A drenagem crônica de secreção pela narina ou pela nasofaringe do tipo mucopurulento ou purulento, mais abundante pela manhã, é o sintoma mais característico. Obstrução nasal "permanente" decorre de edema crônico, hipertrofia mucosa ou formação de pólipos. Perturbações do olfato podem ser observadas. É uma infecção causada por protozoários do gênero Leishmania (L. amazonensis, L. guyanensis e L. braziliensis). Hanseníase Tuberculose Blastomicose Neoplasias Dor de garganta Dispnéia Tosse Disfagia Halitose Inspeção e palpação: faringoscopia > examedas amígdalas palatinas, que apresentam diversos tipos anatômicos, podendo ser pediculadas, hiperplásicas, atróficas, intravélicas. Amigdalites (anginas): é o processo inflamatório infeccioso localizado geralmente nas amígdalas palatinas, eventualmente na amígdala lingual. É comum, no entanto, que a inflamação se estenda a toda a mucosa da bucofaringe, tomando, então, a denominação de angina. Pode ter as seguintes causas: viral (rinovírus, adenovírus, parainfluenzaevírus, vírus Coxsackie, oronavírus, vírus ECHO, herpes-vírus, vírus Epstein-Barr), bactérias (estreptococos, H. influenzae, M. catarrhalis, N. gonorrhoeae, clamídia, C. diphtheriae, fusoespirilos), alérgica, hemopoética, por substância ingerida ou aspirada e por refluxo gastresofágico. Faringites agudas: processo inflamatório da parede posterior da bucofaringe, excluídas as amígdalas, traduzindo-se por sensação de ardência mais ou menos acentuada, dor à deglutição, secura e fisgadas, acompanhadas de hipersecreção mucosa ou mucocatarral; por vezes, tosse. Não é raro ocorrerem febre e sensação de mal-estar geral. Faringite crônica: caracteriza-se pela hipersecreção permanente de muco, obrigando o paciente a "pigarrear, constantemente, isto é, raspar a garganta, mais ou menos ruidosamente, para remover muco pegajoso e de maior ou menor consistência. É frequente nos tabagistas. Dor. A dor surge, de modo geral, nas laringites agudas ou crônicas em caráter espontâneo ou à deglutição; Dispneia: sintoma frequente em laringopatias (crupe, laringite estridulosa, laringomalacia...) Alterações da voz (disfonias). As disfonias têm graus variáveis de intensidade (discreta rouquidão até ausência de voz ou afonia) como se pode observar nas laringites agudas ou crônicas, nos pólipos e neoplasias endolaríngeas em geral, nas paralisias das pregas vocais, no mau uso da voz em certas profissões (p. ex., professores, oradores, leiloeiros), e na criança que grita em excesso. Tosse. A mucosa laríngea, assim como a traqueal, constitui área altamente tussígena. Disfagia. É encontrada em processos neoplásicos da laringe, principalmente os do vestl'bulo laríngeo, na área limitante com a hipofaringe. Pigarro. Decorre de hipersecreção de muco, que se acumula e adere à parede posterior da faringe (faringite granular crônica), o vestíbulo laríngeo e nas pregas vocais. Laringoscopia, que pode ser indireta ou direta; Laringoscopia indireta é inicialmente feita por meio do espelho de laringe, introduzido na faringe e aplicado de encontro à úvula com inclinação de 45°. A laringoscopia direta consiste em introduzir um tuboespátula (laringoscópio) no interior da laringe através da faringe, colocando o paciente em decúbito dorsal, a cabeça em ligeira extensão, e recalcar para diante a epiglote e a base da língua, como se quiséssemos levantar o paciente pelo osso hioide. Laringites: A inflamação aguda ou crônica da laringe pode ter diferentes causas, incluindo infecções virais e bacterianas, uso excessivo da voz, inalação ou aspiração de substâncias irritantes, tabagismo e lesões durante intubação em ato cirúrgico. Edema da laringe: O edema da mucosa laríngea pode ocorrer em qualquer processo inflamatório infeccioso agudo, notadamente na laringite estreptocócica, na qual o edema chega a simular um fleimão laríngeo; edema angioneurótico de Quincke é observado no choque anafilático; Paralisias das pregas vocais Na paralisia bilateral, as pregas vocais ficam imóveis, tanto na fonação como na respiração, permanecendo na chamada posição intermediária, isto é, entre adução e abdução. Os doentes tornam-se afônicos. Na paralisia unilateral do nervo recorrente, o exame laringoscópico revela imobilidade de toda a hemilaringe correspondente. Neoplasias: As principais neoplasias são os papilomas e o câncer laríngeo.
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