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Farmacotecnica - 05 - Emulsões

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Emulsões
	A palavra emulsão deriva do verbo latino emulgore, que significa mungir, ordenar, aplicando-se este termo de um modo geral a todas as preparações de aspecto leitoso com as características de um sistema disperso de duas fases líquidas. Inicialmente, eram usadas somente as emulsões naturais, como as preparadas com amêndoas doces descorticadas e água e as de semente de abóbora, o leite é um exemplo de emulsão natural. 
Atribui-se a Grew a obtenção das primeiras emulsões para uso medicamentoso. Ele emulsionava os óleos com gema de ovo e comunicou os resultados de suas experiências à Real Sociedade da Grã Bretanha, em 1674. Com o decorrer dos tempos novas preparações, sob esta forma, foram aparecendo e em 1757 o farmacêutico londrino French, já utilizava além da gema do ovo (como agente emulsivo) as gomas: arábica e adraganta, xaropes, mel e mucilagens na preparação de suas emulsões.
Só no meado do século passado é que se codificaram os principais processos de preparação das emulsões como:
Método inglês ou goma úmida 
Método continental ou goma seca 
Método do frasco, proposto por Forbes, há 100 anos, para a preparação de emulsões contendo essências. É neste século que a teoria das emulsões tem merecido especial atenção, devido o uso mais generalizado que se vem fazendo destas preparações quer no campo farmacêutico, quer no campo da cosmetologia.
Este interesse se prende à possibilidade de administração de substâncias hidro e lipossolúveis, numa mistura, que poderá ser tanto para uso externo ou interno.
Definição e caracterização
Segundo a Farmacopéia Brasileira II, as emulsões são preparações medicamentosas mais ou menos fluídas de aspecto leitoso, constituídas por um líquido chamado disperso (fase dispersa ou fase interna), distribuído em pequenas partículas através de um outro líquido chamado dispergente (fase externa ou dispergente).
	“Logo, uma emulsão é constituída por dois líquidos imiscíveis, um dos quais está disperso no outro, sob a forma esférica, à custa de um agenteemulsificante.”
	“São preparações semi-sólidas, obtidas através de bases emulsivas do tipo A/O ou O/A, contendo um ou mais princípios ativos ou aditivos dissolvidos ou dispersos na base adequada”. (Formulário Nacional, 2005).
Assim, quando a água e o óleo são agitados juntos, forma-se uma mistura, quando a agitação cessa, observa-se rápida separação entre os dois líquidos. Se, porém, a concentração do óleo estiver abaixo de 1% e a agitação for intensa, teremos uma emulsão estável por determinado tempo. Para que uma emulsão seja estável é necessário adicionar uma terceira substância: o agente emulsificador (emulsificante ou emulgente), geralmente um tensoativo.
	Os cremes são formas farmacêuticas e cosméticas, destinadas ao uso externo, e constituídas geralmente de duas fases intimamente dispersas uma na outra, de consistência semi-sólida, podendo conter substâncias terapêuticas ativas, dissolvidas ou emulsionadas em uma das fases.
	As emulsões são sistemas heterogêneos termodinamicamente instáveis constituídos de pelo menos um líquido imiscível intimamente disperso em outro líquido na forma de gotículas cujo tamanho geralmente varia de 0,1 a 10µm, embora algumas gotículas possam ser tão pequenas como 0,01µm ou tão grandes como 100µm. As gotículas dispersas são estabilizadas pela ação do agente emulsificante.
	Os cremes apresentam o comportamento reológico pseudoplástico. Quando aplicado na pele oferece pouca resistência, porém não fluem sobre a influência da gravidade (exceto as emulsões fluidas ou loções cremosas). Entretanto, quando aplicados e friccionados na pele fluidificam-se rapidamente.
	A emulsão fluida é usualmente chamada de loção cremosa, o termo loção é normalmente aplicado para preparações que apresentam características newtonianas de fluxo. Quando aplicada na pele, a loção, não oferece resistência, escoando com a ação da gravidade. 
Tipos de Emulsão
1- Natural: emulsionadas naturalmente.
Ex: leite, gema de ovo, látex, etc...	
			
2-Artificial: emprego de agente emulgente para se obter uma emulsão. Quando o óleo está disperso sob a forma globular em água (fase dispergente) a emulsão é chamada: óleo em água ou O/A; se ocorrer o contrário temos uma emulsão água em óleo ou A/O.
Fase dispersa: interna ou descontínua.
Fase dispergente: externa ou contínua. 
De modo geral, uma emulsão tem as características de fase externa. A emulsão O/A pode ser diluída em água. Ao contrário, uma emulsão A/O tem aspecto gorduroso e somente pode ser diluída em óleo. Se a diluição for em água haverá separação das fases, isto é dos componentes. Uma prova simples para determinar o tipo de emulsão consiste em misturar uma pequena quantidade dela a uma grande quantidade de água. Se houver miscibilidade, trata–se de emulsão óleo-em-água O/A; caso contrário será uma emulsão água-em-óleo A/O.”
Outros métodos:
Do corante: através de fundo não corado = O/A . Para maior segurança fazer sempre o teste com corante hidrossolúvel e com lipossolúvel, devendo coincidir o resultado dos dois ensaios.
Ensaio da condutividade elétrica: óleos são maus condutores de corrente elétrica, a lâmpada apaga na emulsão do tipo A/O.
Outros ensaios: diferença de viscosidade e da tensão superficial das emulsões; fluorescência dos óleos sob a ação da luz ultravioleta = fluorescência uniformemente distribuída – luz do Wood A/O.
Importância
As emulsões encontram-se largamente espalhadas na natureza (o leite, látex, etc.). 
Nos mamíferos, o processo de digestão das substâncias gordurosas implica na emulsão dos óleos e gorduras dos alimentos, pelos sabões alcalinos, sais biliares e colesterol. É unicamente, sob a forma emulsionada que se dá absorção das gorduras através da parte intestinal. Parece lógico emulsionar os óleos e outras substâncias medicinais destinadas à administração interna, para facilitar a absorção e reduzir ao mínimo as perturbações do processo digestivo normal. A emulsificação aumenta enormemente a área da superfície da fase dispersa: um cm3 de óleo emulsionado com água pode ter uma superfície interfacial total de 900 cm² ou mais, segundo o tamanho das partículas dispersas. Este aumento na área de contato acelera a absorção.
	As emulsões para uso oral pertencem exclusivamente ao tipo O/A. Recorre-se a esta forma quando o medicamento tem paladar e odor desagradáveis. É comum acrescentar às emulsões substâncias edulcorantes e aromatizantes com o fim de melhorar seu gosto desagradável dos óleos, com corretivos na fase aquosa. Muitas vezes recorre-se a emulsificação para facilitar a absorção de gordura pelo intestino, sendo aconselhável que os dispersos tenham um diâmetro médio cerca de 0,5 micra, pois assim a sua absorção será mais eficaz. As emulsões para aplicação externa tanto podem ser do tipo O/A ou A/O. 
Classificação das emulsões cremosas 
Emulsão O/A - Óleo / Água (creme hidrofílico): 
	A Fase interna é oleosa ou lipofílica e a externa é aquosa ou hidrofílica. Promove uma sensação menos oleosa e de refrescância, apresentando absorção rápida. A água é a fase externa que está em contato com a pele.
Emulsão A/O - Água / Óleo (creme lipofílico):
	A Fase externa é oleosa e a fase interna é aquosa. Promove uma sensação mais oleosa. O óleo é a fase externa que está em contato com a pele.
Nota: Para saber se a emulsão é O/A ou A/O, acrescentar água e corante hidrossolúvel. Se homogeneizar com a coloração da preparação, a emulsão é do tipo O/A; se não, a emulsão é do tipo A/O. As emulsões são formas farmacêuticas líquidas ou pastosas, de aspecto leitoso ou cremoso, resultantes da dispersão de um líquido imiscível no seio de outro, os quais se tornam miscíveis às custas de um agente emulsificante. 
Atividade dos cremes (emulsões) na pele
	As emulsões, independentemente dos fármacos veiculados, apresentam efeito anticongestivo na pele, pois ativam a perspiração cutânea. As emulsões favorecem a permeabilidade cutânea dos ativos veiculados, a qual depende não só do excipiente, mas também dos tensoativose das suas quantidades. É importante considerar também que a presença na formulação de gorduras de origem animal permite maior penetração do que as vegetais, e estas últimas mais do que os produtos graxos derivados ou extraídos do petróleo.
Composição básica de uma Emulsão
• Fase aquosa: a água utilizada no preparo de emulsõesdeve ser deionizada, pois a presença de íons como íons de cálcio e do magnésio desestabilizam a emulsão.Nesta fase devem ser solubilizados todos os ingredientes hidrosolúveis da formulação.
• Fase oleosa: constituída por óleos (óleo fixo, mineral, volátil ou óleo-resina) ou ceras, aos quais deverão ser acrescentados e solubilizados os ingredientes liposolúveis. 
• Agente emulsificante: o agente emulsificante proporciona estabilidade à emulsão, reduzindo a tensão superficial entre o óleo e a água e retardando a separação das fases. 
• Antioxidantes: previnem os processos de degradação por oxidação dos óleos e gorduras. Eles devem ser preferencialmente solúveis na fase oleosa (ex.: BHT0,05-0,2%, BHA, palmitato de ascorbila, vitamina E 0,1%). Todavia, eventualmente conveniente utilizar antioxidantes também na fase aquosa (ex.: ácido ascórbico, metabissulfito de sódio e bissulfito de sódio).
Obs: A maioria das alterações químicas dos princípios ativos é devida a hidrólises ou oxidações facilitadas quando em meio aquoso. Podemos proteger o princípio ativo destas alterações mantendo-o na fase oleosa de uma emulsão.
• Conservantes:os conservantes previnem o crescimento de fungos e eventualmente também de bactérias. De preferência, devem ser adicionados na fase aquosa, uma vez que esta é mais susceptível a contaminação. Ex: Ácido benzóico 0,2%, benzoato de sódio, nipagin 0,15-0,2%, nipazol 0,05-0,1%, phenonip 0,15-0,8%
Obs:É bom lembrar que alguns agentes emulsionantes podem diminuir ou até mesmo neutralizar o efeito de determinados conservantes (ex.: os polissorbatos (Tween®)reduzem a atividade antimicrobiana dos parabenos). 
• Sequestrantes: substâncias que complexam íons metálicos, inativando-os em sua estrutura, impedindo deste modo sua ação danosa sobre os outros componentes da formulação. Agem em sinergismo com os conservantes e com os antioxidantes (ex. EDTA-Na20,1 – 0,2%).
• Essências e/ou corantes (opcionais): é conveniente optar pela utilização de essências hipoalergênicas e corantes certificados.
Características de uma boa emulsão:
Pequenas gotículas: normalmente o tamanho das gotículas dispersas está compreendido entre 0,1 e 10µ, embora algumas podem ser tão pequenas quanto 
0,01µ ou tão grandes quanto 100µ. O tamanho das gotículas dispersas é influenciado por fatores mecânicos (método e equipamento utilizado para a mistura e cisalhamento das duas fases), pela técnica e pelos agentes emulsificantes.
Lenta agregação (coalescência) das gotículas dispersas, lenta cremagem (formação de nata) caracterizada pela aglomeração das gotículas dispersas na superfície (ocorre quando olíquido disperso é menos denso (“mais leve”) que o dispersante) ou lenta sedimentação no fundo (líquido dispersado mais denso (“mais pesado”) que o dispersante.Se houver coalescência, ocorre uma ruptura completa e irreversível da emulsão com a separação completa das fases. Se houver apenas cremagem ou sedimentação, a homogeneidade pode ser facilmente reestabelecida por simples agitação. A velocidade de cremagem e sedimentação seguem a Lei d Stokes. 
V = r2 (ps -pl)g 
	18η
v = Velocidade de sedimentação 
g = Aceleração da gravidade 
ps = Densidade das partículas sólidas 
pl = Densidade das fase líquida 
r = Raio das partículas 
η = Viscosidade da fase líquida 
Teoria da Emulsificação 
Agentes Emulsificantes - Importância e critérios de aplicação
São substâncias capazes de promover o abaixamento da tensão superficial entre dois líquidos; permitindo a emulsificação das fases e os que atuam sobre a viscosidade aumentando-a. Os agentes emulsivos podem ser de origem: naturais ou sintéticos. 
	Os naturais podem ser de origem: vegetal ou animal e sólidos fisicamente divididos. Quanto aos sintéticos verifica-se que ao dissociar tanto o ânion quanto o cátion poderão ser os responsáveis pelas propriedades emulsificantes (argilas coloidais).
As substâncias capazes de promover o abaixamento da tensão superficial são os agentes emulsivos primários ou verdadeiros (são chamados tensoativos) e os que atuam sobre a viscosidade aumentando-a são os secundários ou auxiliares, por exemplo, goma arábica.
	Existem ainda os agentes emulsivos que possuem essas duas propriedades, eles concorrem para a estabilização da emulsão. São imprescindíveis na preparação de emulsões duradouras e com bom aspecto, sendo que, na grande maioria dos casos, são eles que determinam o tipo da emulsão formada.
	Os agentes emulsificantes auxiliam na produção de uma dispersão estável pela redução da tensão interfacial e consequente manutenção da separaçãodas gotículas dispersas, através da formação de uma barreira interfacial. A finalidade de um agente emulsificante é minimizar a tendência de coalescência das gotículas dispersas da emulsão. A estabilidade de uma emulsão depente das propriedades do emulsificante e do filme formado na interface entre as duas fases da emulsão.
	O tipo de emulsão é determinado pela solubilidade do agente emulsificante:
- Se o agente emulsificante é mais solúvel em água (hidrofílico), então a água será a 
fase contínua e consequentemente se formará uma emulsão do tipo o/a.
- Se o agente emulsificante é mais solúvel em óleo (lipofílico), então o óleo será a fase contínua e consequentemente se formará uma emulsão do tipo a/o.
	Se uma substância é adicionada na formulação de uma emulsão e altera a solubilidade do agente emulsificante, o equilíbrio pode ser alterado e a emulsão poderá mudar de tipo. A esta alteração denominamos inversão de fase.
Classificação dos agentes emulsificantes: 
	Os agentes emulsificantes podem ser divididos em 3 categorias (USP Pharmacists’ Pharmacopeia, 2005): 
1) Colóides hidrofílicos; 
2) Agentes surfactantes; 
3) Sólidos finamente divididos. 
1) Colóides hidrofílicos: formam filmes multimoleculares ao redor das partículas dispersas.
- Polissacarídeos naturais: goma arábica 5% a 10% (são estáveis em pH2 a 11, bom emulsificante para emulsões orais o/a), goma adraganta1% a 2% (instável em meio alcalino, aumenta a viscosidade da emulsão, prevenindo a cremagem) e outros como o amido, a pectina e a carragena são utilizados para estabilizar a emulsão.
Gelatinas A e B. O tipo B apresenta reação alcalina e deve ser empregada em meio de reação básica e o que se consegue com a adição de 0,25% de bicarbonato de sódio. Taxa pH entre 7 a 9. O tipo A possui reação ácida por isso deve ser usada em meio ácido pH (3,2 e 5,5) o que se consegue pela adição de 0,06% de ácido tartárico. As gelatinas são usadas na concentração de 1% e devem ser dissolvidas em banho-maria.
- Políssacarídeos semi-sintéticoscarboximetilcelulose e metilcelulose de baixo grau de viscosidade formam emulsões o/a.
2) Agentes Surfactantes (tensoativos): são adsorvidos nas interfaces óleo:água, formando filmes monomoleculares que resultam na redução da tensão interfacial.
	Os agentes surfactantes apresentam na sua molécula um grupamento polar (hidrofílico) que orienta-se em direção à água e um grupamento apolar (lipofílico) que direciona-se ao óleo (veja figura abaixo):
	
	
	Quando um agente emulsificante se dissocia, tanto o ânion como o cátion, pode ser responsáveis pelas propriedades emulsivas. Classificação:
- Aniônicos: a parte ativa é o ânion => sabões alcalinos, trietalonamina.
- Catiônicos: a parte ativa é o cátion =>compostos de amônia quaternário.
- Não iônicos: não se dissociam na água =>Spanpolissorbato. (Os não iônicos são os únicos emulsificantes sintéticos, considerado próprio para uso interno).
- Anfóteros: são os anfifílicos que dão ora ânions, ora cátions ativos, conforme o pH. (Pouco importante em farmacotécnica).- Surfactantes aniônicos: são sais orgânicos os quais, em água, possuem ação tensoativa aniônica. São amplamente empregados em emulsões para uso externo como emulsificantes o/a . São incompatíveis com alguns cátions inorgânicos e com um amplo número de cátions orgânicos tais como a cetrimida. Eles precisam estar na forma ionizada para serem efetivos e as emulsões preparadas com tensoativos aniônicos são geralmente estáveis em pH alcalino. Exemplos: estearato de sódio (o/a), oleato de cálcio (a/o), trietanolamina (o/a), lauril sulfato de sódio (o/a), docusato sódico (o/a).
- Surfactantes catiônicos: são geralmente quaternários de amônio, os quais apresentam um cátion tensoativo. São utilizados na preparação de emulsões o/a parauso externo e necessitam estarem ionizados para serem efetivos. As emulsões formadas por surfactantes catiônicos são geralmente estáveis em pH ácido. Os surfactantes catiônicos apresentam também ação antimicrobiana. Exemplos: sais de amônio quaternário, cetrimida, cloreto de benzalcônio.
- Surfactantes não-iônicos: são substâncias sintéticas e representam o grupo mais numeroso entre os surfactantes. São empregados para a preparação tanto de emulsões o/a como de emulsões a/o para uso externo e interno. Os surfactantes não-iônicos são compatíveis com substâncias aniônicas e catiônicas e são muito resistentes a mudanças de pH. O tipo de emulsão formado depende do equilíbrio entre os grupos hidrofílicos e lipofílicos o EHL (Equilíbrio hidrófilo-lipófilo). Exemplos: glicóis, ésteres de glicerol, polissorbatos (Tweens®), ésteres de sorbitano, éteres e ésteres de PEG, álcoois graxos superiores e álcoois polivinílicos.
3) Sólidos finamente divididos: sólidos finamente divididos podem ser adsorvidos na interface óleo-água, formando um filme que previne a coalescência das gotículas dispersadas. Se as partículas são preferencialmente molhadas por óleo, uma emulsão a/o é formada. De maneira oposta, se as partículas são preferencialmente molhadas pela água, uma emulsão o/a é formada. Eles formam emulsões com boa estabilidade e menos susceptíveis a contaminação microbiana. Exemplos: bentonita, silicato de alumínio e magnésio (Veegum®), alumínio coloidal, hidróxido de magnésio.
Escolha do agente emulsificante
	A escolha do agente emulsificante é determinada pelos ingredientes ativos e pela utilização do produto. Agentes emulsificantes para preparações de uso interno não devem ser tóxicos ou irritantes. Normalmente, para emulsões orais são utilizados polissacarídeos naturais (ex. goma arábica, goma adraganta, goma karaya, gelatina, lecitina) e surfactantes não-iônicos. Surfactantes aniônicos e catiônicos são potencialmente irritantes e portanto são normalmente indicados somente para preparações para uso externo.
Equilíbrio hidrófilo-lipófilo (EHL)
Algumas moléculas, em forma de cadeia, possuem uma extremidade hidrófila e outra lipófila. Quando certas substâncias, formadas de tais moléculas são postas em presença de óleo e água, a porção hidrófila da molécula é atraída pela água, enquanto que a lipófila o é para o óleo. Uma das características dos agentes emulsificantes (ou emulgentes) é possuírem moléculas com radicais hidrófilos e lipófilos. Se o grupo hidrófilo dominar, a substância terá tendência a permanecer na água e sua força de atração para o óleo será pequena e vice-versa. Portanto, um agente emulsificante satisfatório deve ter um equilíbrio razoável entre grupos lipófilos e hidrófilos.
Ex: a molécula do estearato de sódio contém os grupos característicos hidrófilos e lipófilos razoavelmente equilibrados (equilíbrio hidrófilo-lipófilo). O primeiro grupo é mais forte, do que resulta ser o estearato de sódio solúvel em água e insóluvel em óleo. Por esta razão o estearato de sódio favorece a formação de emulsões em que a água constitui a fase externa (emulsões O/A).
Estearato de sódio
	C17H35
	CO¯Na+
	Grupo hidrófilo dominante solúvel em água e insolúvel no óleo
	Lipófilo
	Hidrófilo
	
O estearato de cálcio, por outro lado, contém duas cadeias gordurosas e, por esse motivo, o grupo lipófilo é dominante. Este estearato é insolúvel em água, mas solúvel em óleo, logo emulsões A/O.
	
	O equilíbrio hidrófilo-lipófilo (em inglês hydrophilic balance, EHL) pode ser medido por um índice, sugerido por W. C. Griffin (1949) e, desde então, muito aplicado. Segundo Griffin os valores variam de 1 a 50 e a substância torna-se mais hidrófila à medida que aumenta o respectivo valor EHL. Conforme o seu EHL, os tensoativos destinam-se a diversos usos, assim:
Faixa de EHL versus atividade dos surfactantes
	
	Faixa de EHL
	Surfactantes 
	Exemplos
	Baixo
	1 – 3
	Agentes anti-espumantes
	Spans 05 – 60
	
	3 – 6
	Agentes emulsificantes A/O
	Spans 05 – 60 – monoestearato de argila
	
	7 – 9
	Umectantes/ molhantes
	Spans 40 – 20
	
	8 – 18
	Agentes emulsificantes O/A
	Goma arábica (8), adraganta (13), gelatina 9,8, monoestearato de polietilenoglicol 400 (11,6), oleato de trietanolamina (12), polissorbatos 40, 60, 80 (13,15)
	
	13 – 16
	Detergentes
	
	Alto
	16 – 18
	Agentes solubilizantes
	Polissorbato 80 (15), Polissorbato 20 (16,7), Oleato de sódio (18)
	
	40,0
	
	Lauril sulfato de sódio
Fonte: Allen Jr., 2002. 
Sabemos que as grandezas relativas das partes polar e apolar da molécula de um AE (agente emulsificante), influenciam consideravelmente em seu uso. Griffin (1949, 1954, 1956) e outros autores, criaram e aperfeiçoaram o método EHL para facilitar o uso dos AE, de tal forma que à medida que aumenta o valor de EHL cresce o caráter hidrofílico do AE.
Intervalos de EHL e seus usos
	Intervalos
	Aplicações
	3-6
	AE para emulsões A/O
	7-9
	Umectantes
	8-18
	AE para emulsões A/O
	13-15
	Detergentes
	15-18
	Solubilizantes
	
Os métodos de determinação são empíricos e baseados em fórmulas matemáticas que incluem diversos fatores, como: número de saponificação de éster, % de cadeias de óxidos de etileno, estrutura química, tensão interfacial, etc... Pode–se calcular aproximadamente o valor de EHL em intervalos pela observação da solubilidade dos AE em água.
Cálculo aproximado dos intervalos de EHL pela hidrossolubilidade
	Reação da água
	Intervalo de EHL
	Não dispersa em água
	1 – 4
	Má dispersão
	3 – 6
	Dispersão leitosa após agitação
	6 – 8
	Dispersão leitosa estável
	8 - 10
	Dispersão translúcida e transparente
	10 - 13
	Solução transparente
	Maior que 13
	
Cálculo do EHL (equilíbrio hidrófilo-lipófilo)
	Oequilíbrio hidrófilo-lipófilo de um emulsificante é um sistema de classificação. Neste sistema são dados aos emulsificantes designações numéricas normalmente entre 1 e 50, dependendo da força das porções hidrofílica e lipofílica da molécula. Se o valor do EHL é baixo, o número de grupos hidrofílicos no surfactante é pequeno, o que significa que ele é mais lipofílico (lipossolúvel) do que hidrofílico (hidrossolúvel). Em contrapartida, quando o valor do EHL é alto, significa que há um grande número de grupos hidrofílicos na molécula, portanto o surfactante é mais hidrofílico(hidrossolúvel) do que lipofílico. Atabela abaixo relaciona o EHL de diversos agentes emulsificantes. 
Valores aproximados de EHL de alguns emulsificantes 
	A partir de vários métodos de determinação de EHL, podemos organizar uma tabela de seus valores como segue: 
	Nome químico
	Nome comercial
	EHL
	Ácido esteárico
	-
	17
	Cetil éter de polioxietileno 
	Brij 52
	5,3
	Cetil éter de polioxietileno 
	Brij 56
	12,9
	Cetil éter de polioxietileno 
	Brij 58
	15,7
	Diestearato de dietilenoglicol 
	N/A
	1,5
	Dioleato de sacarose 
	N/A
	7,1
	Estearato de polioxietileno 
	Myrj 45
	11,1
	Estearato de polioxietileno 
	Myrj 49
	15,0
	Estearato de polioxietileno 
	Myrj 52
	16,9
	Estearato de polioxietileno 
	Myrj 59
	18,8
	Estearato de potioxietileno 
	Myrj 51
	16,0
	Estearato de potioxietileno 
	Myrj 53
	17,9
	Esteariléter polioxietileno 
	Brij 76
	12,4
	Estearil éter polioxietileno 
	Brij 78
	15,3
	Estearil éter potioxietileno 
	Brij 72
	4,9
	Gelatina 
	Gelatina
	9,8
	Goma adraganta 
	Goma adraganta
	13,2
	Goma arábica (acácia) 
	Goma arábica
	8,0
	Lauril éter de polioxietileno 
	Brij 30
	9,7
	Lauril éter de polioxietileno 
	Brij 35
	16,9
	Lauril sulfato de sódio 
	Lauril sulfato de sódio
	40,0
	Metilcelulose 
	MethoceL 15 cps
	10,5
	Monoestearato de glicerila
	Monoestearato de glicerila
	3,8
	Monoestearato de polioxietileno 
	PEG 400 monoestearato
	11,6
	Monoestearato de propilenoglicol 
	Lauroglicol
	3,4
	Monoestearato de sorbitano 
	Span 60
	4,7
	Monoestearato de sorbitano polioxietileno (polissorbato 60) 
	Tween 60
	14,9
	Monoestearato de sorbitano polioxietileno (polissorbato 61) 
	Tween 61
	9,6
	Monolaurato de dietilenoglicol 
	N/A
	6,1
	Monolaurato de polioxietileno 
	PEG 400 monolaurato
	13,1
	Monolaurato de sorbitano 
	Span 20
	8,6
	Monolaurato de sorbitano 
polioxietileno (polissorbato 20) 
	Tween 20
	16,7
	Monolaurato de sorbitano 
polioxietileno (polissorbato 21) 
	Tween 21
	13,3
	Monoleato de polioxietileno 
	PEG 400 monoleato
	11,4
	Monoleato de sorbitano 
	Span 80
	4,3
	Monoleato de sorbitano 
polioxietileno (polissorbato 80) 
	Tween 80
	15,0
	Monoleato de sorbitano 
polioxietileno (polissorbato 81) 
	Tween 81
	10,0
	Monopalmitato de sorbitano 
	Span 40
	6,7
	Monopalmitato de sorbitano polioxietileno (polissorbato 40) 
	Tween 40
	15,6
	Oleato de potássio 
	Oleato de potássio
	20,0
	Oleato de sódio 
	Oleato de sódio
	18,0
	Oleato de trietanolamina
	-
	12
	Oleil éter polioxietileno 
	Brij 92
	4,9
	Oleil éter polioxietileno 
	Brij 96
	12,4
	Óleos minerais leves
	
	4 - 10
	PEG-29 óleo de rícino 
	Etocas 29
	11,7
	PEG-40 óleo de rícino etoxilado
	Cremophor RH 40, Eumulgin HRE 40
	14 -16
	PEG-8 estearato 
	Cithrol 4MS
	11,0
	Polaxamer 
	Pluronic F-68
	17,0
	Sesquioleato de sorbitano 
	Arlacel 83, Liposorb SQO
	3,7
	Triestearato de sorbitano 
	Span 65
	2,1
	Triestearato de sorbitano 
polioxietileno (polissorbato 65) 
	Tween 65
	10,5
	Trietanolamina (oleato) 
	Trietanolamina (oleato)
	12,0
	Trioleato de sorbitano 
	Span 85
	1,8
	Trioleato de sorbitano 
polioxietileno (polisorbato 85) 
	Tween 85
	11,0
Adaptado: Voigt, 1982; Allen Jr., 2002. 
O EHL de um agente emulsivo (AE) é uma expressão de seu equilíbrio hidrófilo–lipófilo, isto é, o balanço do tamanho e força dos grupos hidrofílicos (polar) e lipofílicos (não polar) do emulsificante.
	Um AE lipofílico tem EHL menos de 9,0 e o hidrofílico acima de 11,0 o intervalo 9 –11 é intermediário.
	Experimentalmente, têm–se verificado que uma combinação de dois Agentes Emulsivos – um com EHL alto e outro com EHL baixo – dá melhores resultados do que apenas uma só substância.
	Na manipulação das emulsões, deve-se assinalar o valor do EHL para as substâncias que você deseja emulsificar e então escolher um AE ou mistura de AE que possuem o mesmo número. 
	Se há mais de um ingrediente a ser emulsificado, deve-se calcular o EHL requerido da mistura.
Ex.: qual o EHL requerido para uma mistura de 50% de óleo de algodão e 50 de ácido oléico?
Óleo de algodão = 50% x EHL requerido 6= 3,0 
Ácido oléico = 50% x EHL requerido 17 = 8,5
 11,5
	O valor 11,5 passa a ser o EHL requerido da mistura de óleo de algodão e do ácido oléico. Os valores do EHL da tabela representam emulsões O/A contendo 20% ou menos do material a ser emulsificado. Na maioria dos casos, 2,5% a 5% de misturas diversas de AE são necessários na manipulação.
	Calcule: Quando dois ou mais AE são misturados, qual o EHL da mistura de 70% de Tween 80 (EHL = 15) e 30% de Span 80 (EHL = 4,3) ?
Tween 80 = 70% x 15,0 = 10,5
Span 80 = 30% x 4,3 = 1,3
11,8 (resposta)
	Na associação de dois AE sendo um Tween e outro Spandeve usar os de número igual, porque assim possuem o mesmo radical do ácido graxo.
Ex.: os spans são lipofílicos e os Tween são hidrofílicos.
os “20” Span-Tween são AE do tipo ésteres laurato; 
os “40” são ésteres palmitato; 
os “80” são oleatos; 
os “60”, estearatos. 
Valores de EHL requeridos por algumas substâncias lipídicas utilizadas em emulsões
	A prática mostrou que os óleos, as graxas e outros materiais insolúveis em água, para serem incorporados em emulsões, têm um “EHL requerido” individual. 
	Substância lipídica
	EHL requerido 
para emulsões A/O
	EHL requerido 
para emulsões O/A
	Ácido esteárico 
	6
	15
	Ácido láurico 
	
	15 -16
	Ácido linoleico
	
	16
	Ácido oléico 
	
	17
	Álcool cetílico 
	
	15
	Álcool decílico
	
	15
	Álcool estearílico 
	
	14
	Álcool laurílico 
	
	14
	Cera de abelha 
	4
	9-12
	Cera de carnaúba 
	12
	
	Cera de candelila 
	
	14,74
	Esqualeno 
	
	10,6
	Lanolina anidra 
	8
	10 - 12
	Metilsilicone 
	
	11
	Miristato de miristila 
	
	9,43
	Miristato de isopropila 
	
	8,65
	Octildodecanol 
	
	8,32
	Oleato de etila 
	
	10,75
	Óleo de amêndoas doces 
	
	9,02
	Óleo de algodão 
	5
	6 - 10
	Óleo de milho 
	
	8,93
	Óleo de oliva 
	6
	14
	Óleo de rícino 
	6
	14
	Óleo de silicone 
	
	11,17
	Óleo mineral 
	5
	11 -12
	Óleos vegetais 
	
	7 -12
	Palmitato de isopropila 
	
	8,4
	Parafina (cera) 
	4
	10- 11
	Parafina (líquida) 
	4
	10,5
	Petrolato (vaselina) 
	5
	7 - 12
	Querosene 
	
	14
	Terebentina 
	
	16
	Tetracloreto de carbono 
	
	16
	Triglicérides do ácido cáprico/caprílico 
	
	10,81
Adaptado: Bonadeo, 1988; Allen Jr., 2002. 
Cálculo do EHL em Formulações de Emulsões 
Passos para calcular o EHL requerido de uma emulsão
1º: Preciso saber o valor do EHL para as substâncias que desejo emulsificar (consulta tabela de EHL)
2º: Se há mais de um ingrediente a ser emulsificado, deve-se calcular o EHL requerido da mistura.
Como calcular o EHL requerido para uma emulsão?
Ex.: 
Qual o EHL requerido para uma mistura de 50% de óleo de algodão e 50 de ácido oléico?
Óleo de algodão = 50% x EHL requerido 6= 3,0 
Ácido oléico = 50% x EHL requerido 17 =8,5
EHL requerido da mistura é a soma dos EHL parciais = 11,5
3º: Escolher um AE ou mistura de AE que possuem o mesmo número do EHL requerido para ocorrer a emulsificação.
Quantidade de Emulsificante empregada
	É evidente que além de escolher o emulsificante ou uma mistura de emulsificantes compátiveis e suas devidas proporções de acordo com o EHL requerido pela fase oleosa, também há o interesse em determinar-se a quantidade do emulsificante escolhido. Um total insuficiente para recobrir completamente as gotículas da fase interna, prejudica a estabilidade da emulsão, enquanto que um excesso pode no máximo, ocasionar a formação indesejável de espuma. Na prática, em regra, utilizam-se de emulsificante (surfactante) em relação à formulação na sua massa total, ajustando experimentalmente a concentração ideal.
Qual a quantidade de AE para o EHL requerido = 11,5 ?
Vamos usar o Span 80 (EHL = 4,3) e o Tween 80 (EHL = 15,0)
Portanto, a questão é, quanto de cada um é necessário para dar um EHL igual a 11,5 ?
Solução 1:
x = EHL requerido
A = Tween 80
B = Span 80
Aplicar a seguinte fórmula: 
% A (Tween 80) = 100 _( x – EHL B )__
( EHL A – EHL B )
%B (Span 80) = 100 - % A 
Então:
% Tween 80 = 100 (11,5 – 4,3) = 100 x 7,2 = 67% Tween 80
 (15 – 4,3) 10,7
% Span = 100 – 67% = 33% Span 80
Portanto:
3,5 partes de Span 80 e 7,2 partes de Tween 80misturados dão EHL 11,5. 
Se quiser calcular em % temos:3,5 + 7,2 = 10,7 partes
Regra de três:
% de Tween 80 = 10,7 partes -------- 100%
		7,2partes ------- x
		x = 67% Tween 80
% de Span = 100 – 72 = 33% Span 80
Exercício1: 
Quanto de cada um de Span 80 (EHL = 4,3) e de Tween 80 (EHL = 15,0) você necessita para dar um EHL igual a 12 ?
x = EHL requerido
a = tween 80
b = span 80
Método 1: Aplicar a seguinte fórmula: 
 % a = 100 _(x – EHL b)__
 (EHL a – EHL b)
Portanto: %B = 100 - % A 
Solução:
% de Tween 80 = 100 (12 – 4,3) = 100 x 7,7 = 72%
 (15 – 4,3) 10,7
% de Span80 = 100 – 72 = 28%
Método 2: Pode-se também aplicar o seguinte método, coloca-se no centro o valor de EHL desejado e nos lados os valores de EHL de Span80 e deTween 80:
Span 4,3 12 15 Tween
| |
	
O valor que se obtém da subtração de 12 e 4,3 coloca-se debaixo do número 15; o que se obtém pela diferença do 15 e 12 coloca-se debaixo de 4,3.
Span 4,3 12 Tween 15 
| |
3 partes 7,7 partes
Portanto, 3 partes de Span 80 e 7,7 partes de Tween 80 misturados dão EHL 12. Se quiser calcular em % temos:
3 + 7,7 = 10,7 (total)
% de Tween 80 = 10,7 = 7,7=>x = 72%
 100 x
% de Span80 = 100 – 72 = 28%
Exercício2:
Dada a fórmula da emulsão seguinte:
Petróleo líquido (EHL = 10,5) ..................... 50g
Agentes emulsivos ..................................... 5g 
Span 80 (EHL = 4,3) .................................. qs
Tween 80 (EHL = 15) ................................. qs
Água q.s.p ........................................... 100 mL
Em que proporção deve-se misturar Span80 com Tween 80 para se obter EHL igual a 10,5?
Tween 80 = 
Span 80 =
Exercício 3: 
Vejamos, agora, um exemplo mais complexo, supondo que pretendemos obter O/A com a seguinte fórmula:
Cera de carnaúba ....................5g (EHL = 12)
Parafina líquida .....................15g (EHL = 10,5)
Óleo de algodão ..................... 8g (EHL = 6)
Glicerina ................................4g
Agente emulsivo .....................5g
Água destilada q.s.p.............100g 
OBS: a glicerina e os poliálcoois, não interferem no EHL
Geralmente usa-se de 2,5% a 5% de misturas de AE.
1º passo: Calcule a porcentagem total e parcial dos componentes graxos da emulsão
Porcentagem total:28% de componentes graxos
Cera de carnaúba (5%) 
Parafina líquida (15%)
Óleo de algodão (8%) 
Porcentagem parcial:
	Cera de carnaúba
	Parafina líquida
	Óleo de algodão
	28% ---------100%
5% ----------- x
X = 17,8%
	28% ---------100%
15% ----------- x
X = 53,6%
	28% ---------100%
8% ----------- x
X = 28,6%
2º passo:Calcule o EHL requerido para a emulsão
De acordo com os valores constantes de EHL dos componentes, o valor de EHL requerido para a emulsão será:
EHL da cera de carnaúba = 17,8 x 12 / 100 = 2,1
EHL da parafina líquida = 53,6 x 10,5 / 100 = 5,6
EHL do óleo algodão= 28,6 x 6 / 100 = 1,7
EHL requerido da fase oleosa = 2,1 + 5,6 + 1,7 =9,4
3º passo:Qual a quantidade de AE para o EHL requerido = 9,4 ?
Usar como AE a mistura de: Arlacel 83 (EHL = 3,7) e Mirj 52 (EHL = 16,9)
(Arlacel 83) 3,79,4 16,9 (Mirj52 )		| |
(Arlacel 83) 7,5 partes 5,7 partes (Mirj52 )
Portanto, 7,5 partes de Arlacel 83 e 5,7 partes de Mirj 52 misturados dão EHL 9,4. 
Se quiser calcular em % temos:
7,5 + 5,7 = 13,2 partes
Regra de três:
% de Arlacel 83 = 13,2 partes -------- 100%
		7,5 partes -------x
			x = 56,8%
% de Mirj 52 = 100 – 56,8 = 43,2%
Na formulação iremos usar 5g de agente emulsivo, portanto:
5g -----100%
X ------ 56,8% 
X = 2,8g Arlacel 83
5g – 2,8g = 2,2gMirj 52
Exercício resolvido
Após todos os cálculos podemos escrever a fórmula da seguinte maneira:
Cera de carnaúba ..................5g (EHL = 12)
Parafina líquida ...................15g (EHL = 10,5)
Óleo de algodão ................... 8g (EHL = 6)
Glicerina ..............................4g
Arlacel83 ........................... 2,8g
Mirj52 ............................... 2,2g
Água destilada q.s.p..............100g
Procedimento de preparo de emulsões
	As emulsões não se formam espontâneamente quando dois líquidos imiscíveis são misturados. É necessário energia, através de agitação mecânica, vibração mecânica e/ou calor. Os cremes e loções cremosas são geralmente preparados com a utilização do calor, necessário também para fundir as ceras e outros materiais graxos e em seguida emprega-se agitação mecânica durante a mistura das fases e período de resfriamento. Algumas emulsões podem ser preparadas a frio somente com agitação.
Método Europeu: tritura-se em um gral seco 1 parte de goma arábica com 4 partes de óleo até distribuição homogênea (núcleo emulgente). Adiciona-se de uma vez, 2 partes de água para formar a emulsão primária. As partículas de óleo formadas durante a trituração são revestidas imediatamente e hidratam pela adição de água, formando núcleo espesso, branco e homogêneo. Nas emulsões O/A usamos esse método.
Método Inglês ou norte-americano: Em um gral dispersa-se 1 parte de goma arábica e dispersa-se 2 partes de água e adicionam-se 4 partes de óleo aos poucos, que são agitados até incorporação completa: chama-se emulsão primária. Após agitação, incorpora-se o restante da água.
Método do frasco: As essências são facilmente emulsionadas pela agitação em frasco com água. Em um frasco seco agitam-se 1 parte de goma com 2 partes de essência; após agitação vigorosa, adicionam-se 2 partes de água, de uma vez e mistura-se por vascolejamento.
	A preparação de uma emulsão pressupõe sempre a intervenção de um fator mecânico para dividir em pequenos glóbulos o líquido a emulsionar, o que vai constituir a fase dispersa.
Dois processos são usados:
Agitação manual feita em gral com pistilo.
Agitação mecânica: desde os liquidificadores, emulsionadores, homogeneizadores e modernos moinhos.
Método atual: preparo de Emulsões com a utilização do calor e agitação (Procedimento Geral) 
Passo 1: Aquecer todos os componentes óleo solúveis (fase oleosa) à cerca de 70 a75°C (Em algumas formulações pode ser necessário o aquecimento até 80°C, dependendo do ponto de fusão dos materiais graxos presentes na composição).
Passo 2: Aquecer todos os componentes hidrossolúveis (fase aquosa), à cerca de 75 a80°C (ou conforme o recomendado na formulação).
Passo 3: Adicionar uma fase à outra (geralmente se verte a fase com maior quantidade sobre a de menor quantidade), lentamente, agitando vigorosamente por 5 a 10 minutos, mantendo a temperatura.
Passo 4: Reduza a velocidade de agitação e agite até resfriar (abaixo de 35°C).
Passo 5: Abaixo de 30°C adicionar se solicitado, os corantes, essências, hormônios, vitaminas, bioativos, (matéria-prima de natureza orgânica em geral).
Notas: 
• Em emulsões O/A aadição da fase aquosa sobre a fase oleosa deve ser realizada de forma lenta, sob agitação vigorosa e constante.A fase aquosa deve ser aquecida alguns graus a mais do que a fase oleosa (cerca de 5°C), pois sua capacidade de manter a temperatura é menor (menor calor específico).
Aditivação de Princípios Ativos em Cremes
Material utilizado:
• Papel manteiga
• Placa de vidro ou gral 
• Espátula ou pistilo 
• Balança de precisão 
Procedimento: 
Passo 1: Pesar ou medir o(s) ingredientes(s) ativo(s) que serão aditivados.
Passo 2: Levigar os ingrediente(s) sólido(s) com agente levigante compatível com a base cremosa ou então, se necessário, dissolvê-lo(s) em solvente não-volátil apropriado (ex. água destilada, óleo vegetal).
Passo 3: Pesar o creme, descontando-se o peso do(s) ingrediente(s) ativos(s) e do agente levigante ou do solvente utilizado.
Passo 4: Adicionar pouco a pouco a base sobre o(s) ativo(s), misturando conforme o princípio da diluição geométrica. A mistura poderá ser realizada por espatulação em uma placa de vidro ou por trituração em um gral. Misturadores mecânicos também podem ser empregados.
Passo 5: Embalar em pote ou bisnaga e rotular.
Nota: A aditivação de cerasou manteigas em creme pode ser realizada com o aquecimento do creme e fusão das ceras. O aquecimento deve ser o mínimo possível para minimizar a perda de água pelo creme.
Aditivação de Loções Cremosas 
Material utilizado: 
• Cálice ou gral
• Bastão ou pistilo 
• Papel manteiga 
• Balança de precisão 
Procedimento: 
Passo 1: Pesar ou medir o(s) ingrediente(s) ativo(s). 
Passo 2: Levigar os ingrediente(s) sólido(s) com agente levigante compatível com a loção base cremosa utilizada ou então, se necessário, dissolvê-lo(s) em solvente não- volátil apropriado (ex. água destilada, óleo vegetal). 
Passo 3: Adicionar a loção cremosa, aos poucos, misturando bem até ajustar a quantidade final requerida.
Passo 4: Embalar em frascos ou bisnagas plásticas comprimíveis tipo “squeeze”e rotular. 
Nota:Loções cremosas podem ser preparadas a partir de cremes tipo o/a através da diluição do creme com água. Para isto, a água deve ser adicionada lentamente sob agitação contínua. O sistema conservante precisará ser ajustado após adiluição.
Estabilidade 
Deve ser determinada em função da natureza do fármaco aditivado. 
Emulsões mais viscosas são mais estáveis. 
Estabilidade física das emulsões
	Uma emulsão é fisicamente estável, em escala macroscópica, quando não apresenta separação de fases ou aspecto heterogêneo das suas várias camadas. Ela é fisicamente estável em escala microscópica, quando conserva o mesmo número e tamanho das partículas (glóbulos) por unidade de volume (ou de peso) da fase contínua. Quanto menos variarem com o tempo, aqueles valores, tanto mais estável é a emulsão.
	A perda de estabilidade se traduz por um processo de agregação de partículas em unidades cada vez maiores, por coalescência, as quais, numa emulsão O/A, tendem a subir à superfície do líquido (“cremagem” ou “flutuação”).
Fatores que interferem na sua estabilidade
Densidade: quanto mais próxima à densidade das duas fases, tanto maior a estabilidade.
Viscosidade: a da fase interna não tem influência sobre a do sistema ou sua estabilidade. A da fase externa é que conta: quanto mais viscosas mais estáveis, pois viscosidade retarda a coalescência. Na verdade a estabilidade depende dos emulsificantes e estabilizadores adicionados e de numerosos outros fatores.
Tensão superficial: o abaixamento da tensão superficial conduz a emulsões mais estáveis, pois promove maior dispersão das partículas e aumento de energia livre da superfície.
A tensão térmica acelera a quebra das emulsões. Por isso, deve-se evitar aquecê-las. 
Força centrífuga: a centrifugação é usada para medir a estabilidade de uma emulsão. A separação de fases sob centrifugação pode ser usada para a comparação de fatores influenciando a estabilidade, e permite melhor formulação de emulsões.
Tempo: o envelhecimento de uma emulsão leva normalmente à agregação de partículas, e diminuição da superfície interfacial. De modo geral, isto conduz à perda de viscosidade.
Agitação: demasiado forte ou prolongada, prejudica a estabilidade de uma emulsão. Verificando-se que uma agitação demasiada forte ou prolongada pode aumentar o tamanho dos glóbulos dispersos e isso só prejudica a estabilidade de uma emulsão. Agitador mecânico pode dar 200 a 300 rotações por minuto. Tais aparelhos têm o inconveniente de promover a formação de ar em maior ou menor quantidade nas emulsões nelas preparadas, comunicando-lhes, por isso, um aspecto caseoso, além de que o ar pode oxidar certos produtos que existem na sua composição.
Causas mais comuns da instabilidade das emulsões
1. Causas relacionadas com formulação ou matéria-prima
Volume relativo inadequado entre duas fases. 
Emulsificante não apropriado para o sistema. 
Concentração inadequada de emulsificante. 
Presença de impurezas no óleo, água ou emulsificante. 
Absorção de gases ou partículas estranhas.
2. Causas relacionadas com a técnica de preparação
Equipamento inadequado para a preparação do produto.
Aquecimento inadequado.
Contaminação de equipamento.
Perda excessiva de uma das fases devido à evaporação alterando o volume relativo das fases.
Agitação e tempo de agitação inadequado. 
Dispersão inadequada devido à adição da fase interna propriamente subdividida.
Tempo de aquecimento e resfriamento inadequados.
3. Causas relacionadas com a armazenagem
Choque mecânico ou vibração excessiva.
Incompatibilidade entre componentes da emulsão e material de envase.
Condições de temperatura e umidades.
Contaminação microbiana.
Envelhecimento do produto com deterioração de uma ou mais fases e/ou do sistema emulsificante ou estabilizante.
Áreas de aplicação para emulsões segundo Becher
cosméticos;
produtos farmacêuticos;
cêras para assoalho;
vernizes baseados em nitrocelulose; 
tintas emulsionadas; 
concentradosemulsificados para uso em agricultura; 
alimentos (manteiga, margarina, maionese); 
indústria de panificação; 
alimentação terapêutica; 
medicamentos de ação prolongada; 
emulsões asfálticas; 
produção de material polimerizado (plásticos, borracha sintética); 
tratamento de couros e peles; 
indústria têxtil; 
dispersão de metais (emulsificação de Na metálico em óleo); 
transporte de materiais perigosos (por ex.: nitroglicerina);
detergentes.
Controle de Qualidade 
	O controle de qualidade das emulsões envolve o monitoramento do produto final, observando as seguintes características: 
• Peso líquido ou volume final do produto;
• Características organolépticas: cor, odor, consistência, homogeneidade (se há separação das fases ou cremagem), textura (se há grumos ou arenosidade); 
• Propriedades reológicas (fluxo, viscosidade);
• pH; 
• gravidade específica; 
• O tamanho das gotículas dispersas deve ser observado com o uso de um microscópio (tamanho da gotícula < que 5µm aumenta a estabilidade das emulsões); 
• Observação do sensorial: pegajoso, plástico (duro) ou elástico; 
• Espalhamento com espátula: liso ou áspero; 
• Aparência: seco, “molhado”ou com exsudato líquido; 
• Também deve ser observado se há sinal de crescimento de fungos ou bactérias. 
Embalagem/Armazenamento/Rotulagem 
	Os cremes são melhor embalados em tubos de plástico ou de alumínio, potes de plástico ou vidro bem vedados que evitem a evaporação da água do produto. Loções cremosas poderão ser embaladas em frascos plásticos ou bisnagas comprimíveis tipo”squeezë’.
	As emulsões devem ser armazenadas em temperatura ambiente ou sob refrigeração. Elas devem ser protegidas de temperaturas extremas.
Exemplos de formulações
Creme aniônico O/A(Creme Lanette - Formulação Clássica)
____________________________________________________________
Fase 1 (Fase oleosa) 
Álcool cetoestearílico (e) cetil estearil sulfato de sódio (Lanette N®) 24% 
Álcool cetílico 2,5% 
Glicerina 5%
Propilparabeno 0,05% 
Oleato de decila (Cetiol V) 12% 
Fase 2 (Fase aquosa) 
EDTA-Na20,15% 
Metilparabeno(Nipagin) 0,15%
Água deionizada qsp 100%
Fase 3 (Fase complementar) 
Solução Imidazolidinil Uréia 50% Germall® 115) 0,2% 
______________________________________________________________________
Procedimento de preparo:
1) Aquecer separadamente a fase 1 (fase oleosa) a 75°C e a fase 2 a80°C (fase aquosa). 
2) Verter lentamente, com agitação vigorosa e constante, a fase 2 sobre a fase 1. 
3) Diminuir a velocidade de agitação para uma velocidade lenta e agitar até a mistura alcançar a temperatura de 40°C. Adicionar a fase complementar e homogeneizar bem.
Característica: emulsão aniônica branca de alta viscosidade e com pH entre 5,5 a 6,5. 
Incompatibilidades: Devido a sua carga negativa é incompatível com ácidos orgânicos fortes. Porém, é uma boa opção para incorporação de hidroquinona, resorcina e dihidroxiacetona. Tem boa espalhabilidade e toque com sensorial levemente oleoso.
Loção aniônica O/A (Loção Lanette - Formulação Clássica) 
____________________________________________________________
Fase 1 (Fase oleosa) 
Álcool cetoestearílico (e) cetil estearil sulfato de sódio(9:1) (Lanette N®) 8% 
Vaselina líquida 3%
Oleato de decila (Cetiol V®) 2,5%
Propilparabeno (Nipasol) 0,05%
Fase 2 (Fase aquosa 
Metilparabeno (Nipagin) 0,15%
Glicerina 5% p/p
Agua deionizada qsp 100%
Fase 3 (Fase Complementar) 
Solução de imidazolidinil uréia 50% (Germall®115) 0,2% 
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Procedimento de preparo:
1) Aquecer separadamente a fase 1 a75°C e a fase 2 a80°C. 
2) Verter a fase 1 sobre a fase 2, lentamente e com agitação constante.
3) Agitar até a mistura alcançar a temperatura ambiente. 
4) Adicionar a fase complementar e agitar com velocidade lenta até completa homogeneização. 
Característica: Emulsão aniônica branca com média viscosidade e pH entre 5,5 e 6,5 
Incompatibilidades: Devido à sua carga negativa,é incompatível com ácidos orgânicos fortes. É uma boa opção para aditivação de hidroquinona.
Pomada Hidrofílica USP XX (emulsão aniônica — tipo A/O)
	A pomada hidrófila é um exemplo de uma base de absorção de água em óleo. Esta preparação pode ser utilizada como excipiente de ativos medicamentosos, mas não possui aceitação cosmética.
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Metilparabeno 0,025% (p/p)
Propilparabeno 0,015% (p/p)
Lauril sulfato de sódio 1% (p/p)
Propilenoglicol 12% (p/p)
Álcool estearílico 25% (p/p)
Petrolato branco (vaselina sólida) 25% (p/p)
Água destilada ou deionizada qsp 100%
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Procedimento de preparo:
1) Fundir o álcool estearílico e o petrolato branco (vaselina sólida) a 75°C.
2) Solubilizar os demais ingredientes em água e aquecer a mistura a 80°C. 
3) Adicione o passo 2 (fase aquosa) sobre o passo 1 (fase oleosa), retirando do aquecimento e agitando de forma rigorosa e contínua até sua solidificação. 
4) Embale e rotule. 
Cold Cream (Formulação modificada) 
Emulsão tipo A/O
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Fase oleosa
Cera branca de abelhas 12% (p/p)
Vaselina líquida 30% (p/p) 
Monoestearato de glicerila 2,5% (p/p) 
Vaselina sólida 30% (p/p) 
Lanolina anidra 10% (p/p) 
Butilhidroxitolueno (BHT) 0,05% (p/p) 
Butilhidroxianisol (BHA) 0,01% (p/p) 
Propilparabeno 0,15% (p/p) 
Fase aquosa 
Borato de sódio (bórax) 1% (p/p)
Metilparabeno 0,25% (p/p) 
Água deionizada qsp 100 g
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Procedimento de preparo: 
1) Aquecer separadamente a fase oleosa a 75°C e a fase aquosa a 80°C. 
2) Verter a fase aquosa sobre a oleosa, mantendo a temperatura, agitar moderadamente por 8 a 10 minutos, até a formação da espuma, evitando a formação de espuma.
3) Diminuir a velocidade de agitação para lenta e iniciar o resfriamento até a mistura alcançar a temperatura ambiente.
Características: Emulsão com alta viscosidade e coloração levemente amarelada.
Obs: A emulsão Cold-Cream é uma emulsão tipo a/o, ou seja a fase oleosa é a fase externa ou contínua e quando aplicado forma um filme oleoso protetor que permanece sobre a pele após a evaporação da água. A lenta evaporação da água confere à pele o efeito refrescante. Este creme pode ser usado como veículo ou mesmo puro em produtos para massagem corporal e facial. Quando associado ao ácido lático, facilita a penetração deste.
Cold Cream (Fórmula alternativa e atualizada)
Emulsão tipo A/O
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Fase 1 (oleosa) 
Cera auto-emulsionante (Polawax® ou Uniox C®) 14% 
Parabenos e Fenoxietanol (Phenonip® ou Chemynol®) 0,7% 
Lanolina anidra 2% 
Oleo mineral (e) álcool de lanolina (Uniliquid®) 3% 
Vaselina líquida 12% 
Butilhidroxitolueno (BHT) 0,05%
Fase 2 (aquosa) 
EDTA-Na2 0,05% 
Glicerina 4% 
Água deionizada qsp 100
Fase 3 (fase complementar) 
Solução de imidazolidinil uréia a 50% (Germall 115®) 0,2% 
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Procedimento de preparo: 
1. Aquecer a fase 1 (oleosa) a 750 C e a fase 2 (aquosa) a 800 C. 
2. Verter a fase 2 sobre a fase 1, sob agitação vigorosa por 10 minutos até a formação de emulsão, mantendo a temperatura a 75° C. 
3. Reduzir a velocidade de agitação para lenta e permitir o resfriamento sob esta agitação. 
4. Adicionar a fase 3 (complementar) quando a temperatura atingir 40° C e misturar. 
Creme Evanescente ou Diadermina
	Os cremes evanescentes também chamados de diaderminas são emulsões do tipo O/A contendo ácido esteárico em concentrações usuais de 15 a 25%, o qual é parcialmente saponificado. A saponificação é feita com agentes alcalinos emulsivos tal como o hidróxidos ou carbonatos de sódio ou potássio, solução diluída de amônea ou pelo borato de sódio. A consistência do creme é regulada pelo ácido esteárico também chamado ácido esteárico “tripla-pressão” que produz uma consistência firme e uma coloração branca perolada no creme, produzida parcialmente pela proporção que está saponificada e parcialmente pela parte saponificante. A amônia e o hidróxido de potássio produzem cremes mais macios e suaves que o hidróxido de sódio. A diadermina é uma boa base para ativos que necessitem de uma maior penetração, favorecendo a absorção cutânea.
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Fase 1 (oleosa) 
Ácido esteárico tripla-pressão 20% 
Álcool cetílico 0,5% 
Propilparabeno 0,05%
Fase 2 (aquosa) 
Glicerina 8% 
Metilparabeno 0,15% 
Trietanolamina 1,2% 
Água deionizada qsp 100%
Fase 3 (aquosa) 
Hidróxido de potássio PA 0,1% 
Água deionizada qs (solubilizante) 
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Procedimento de preparo:
1) Aquecer separadamente a fase 1 a75°C e a fase 2 a80°C.
2) Verter a fase 2 sobre a fase 1 e, mantendo a temperatura, agitar vigorosamente por 8 a 10 minutos, até a formação da emulsão.
3) Reduzir a velocidade de agitação e iniciar o resfriamento até a temperaturaambiente. 
4) Quando a base ainda fluida alcançar a temperatura próxima a do ambiente, acrescente o hidróxido de potássio dissolvido em qs de água.
Características: emulsão branca perolada com pH entre 5,5 e 6,5.
Creme evanescente base 
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Fase 1 (Fase oleosa) (p/p) 
Ácido esteárico tripla-pressão 18% 
Óleo mineral leve 2%
Lanolina anidra 0,5% 
Sesquioleato de sorbitano (Arlacel 83 ou Liposorb SQO)* 0,5% 
Propilparabeno 0,05% 
Fase 2 (Fase aquosa) (p/p) 
Hidróxido de potássio 0,2% 
Solução de Sorbitol 70% 3,7% 
Metilparabeno 0,15% 
Água deionizada qsp 100% 
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* emulsificante comercializado pela Daltomare 
Procedimento de preparo:
1. Aquecer separadamente a fase oleosa a 70° C e a fase aquosa a 75° C. 
2. Verta a fase a aquosa sob a fase oleosa sob agitação vigorosa durante 10 minutos. 
3. Reduza para uma agitação lenta e continue a agitação até atingir a temperatura ambiente. 
Cremeevanescentepenetrante (CremeVanPen= Vanishing Penetrating Cream) (IJPC sept/oct, 2001)
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Fase 1 
Alcool cetílico 1g 
Alcool estearílico 0,5g 
Ácido esteárico tripla-pressão 5g
Monoestearato de glicerila 5g
Fase 2 
Miristato de isopropila 12,5g 
Lecitina de soja: Palmitato de isopropila 1:16,6mL 
BHT 10% em etanol 1mL 
Simeticone 2g
Fase 3 
Uréia 2g 
Sorbato de potássio 0,2g 
Estearato de polietilenoglicol 40 (Myrj® 52) 5g
Fase 4 
Hidróxido de sódio 30% 0,25mL 
EDTA-Na2 5% 2mL
Água purificada qsp 100g
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Procedimento de preparo:
1. Aquecer a fase 1 a 60 – 70°C, com agitação.
2. Adicionar a fase 2 à mistura fundida ainda sob agitação. 
3.Dissolver a fase 3 em 30mL de água purificada previamente aquecida a 60 – 70°C. 
4.Aquecer o hidróxido de sódio e o EDTA a 60 — 70°C e adicionar à fase 3. 
5.Adicionar a solução obtida ao passo 2 sob agitação constante. 
6.Adicionar a quantidade suficiente de água purificada aquecida à mesma temperatura, para completar a formulação. 
7.Verificar o pH e ajustar, se necessário, para 6,5 a 6,8. 
8.Remover do calor,mantendo a agitação até esfriar e formar um creme uniforme. 
Nota: Este creme foi desenvolvido para favorecer a penetração epidérmica de diversos ingredientes ativos.
Creme base não-iônicouso farmacêutico (“Creme Polawax”) 
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Fase oleosa 
Cera autoemulsionante não iônica* 10-15% (p/p)
Vaselina Líquida 2% (p/p) 
Propilparabeno 0,05% (p/p)
Fase aquosa 
Metilparabeno 0,15% (p/p) 
Propilenoglicol 2% (p/p) 
Água deionizada qsp 100%
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Procedimento de preparo: 
1) Aquecer separadamente a fase oleosa a 80°C e a fase aquosa a 85°C. 
2) Verter a fase aquosa sobre a oleosa, com agitação até temperatura ambiente. 
3) Embalar e rotular. 
*Cera autoemulsificante não iônica: uma combinação otimizada de emulsificantes e estabilizantes de origem vegetal, conforme o Formulário nacional (USA). Trata-se de uma cera sólida preparada a partir do álcool cetoestearílico e contém um derivado uni derivado polioxietilênico de um éster de ácido graxo de sorbitano. 
Nome químico Álcool cetoestearílico/ Monoestearato de sorbitano etoxilado. 
Nomes comerciais: Polawax®, Uniox C®, Chembase®NF, Lipowax P®
Propriedades: 
- Cera autoemulsificante suave O/A. 
- A formação de cristais líquidos promove hidratação (time release). 
- Sistema estável de liberação para muitos ativos em ampla faixa de pH. 
- Excelente estabilidade a temperatura ambiente e em alta temperatura. 
- Tolerante a eletrólitos. 
- Agente dispersante. 
- Forma emulsões fluidas de 2-3%, emulsões viscosas de 5 a 10% e cremes de 10 a 25%. 
- Compatível com outros emulsionantes. 
- Pode ser autoclavado. 
- Pode ser usado em sistema de cápsulas de liberação controlada. 
Loção cremosa base não-iônicaO/A- uso farmacêutico (“Loção Polawax”) 
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Fase 1 (oleosa) 
Cera autoemulsionante não iônica 5-10% 
Propilparabeno 0,05% 
Vaselina líquida 2%
BHT 0,05%
Fase 2 (aquosa) 
Glicerina ou propilenoglicol 3% 
Metilparabeno 0,15% 
EDTA-Na2 0,1% 
Água deionizada qsp 100%
Fase 3 (complementar) 
Imidazolidinil uréia (Germall® 115) solução 50% 0,6% 
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Procedimento de preparo: 
1) Aquecer separadamente a fase oleosa a 80°C e a fase aquosa a 85°C. 
2) Verter a fase aquosa sobre a oleosa, com agitação até temperatura ambiente. Quando a temperatura 
atingir a 40° C adicionar a fase complementar. 
3) Embalar e rotular. 
Creme não-iônico (O/A) uso farmacêutico e cosmético 
Base concentrada não iônica (Crodabase® CR2) 
Descrição:Base autoemulsionante e emoliente para cremes e loções O/A. Produto completo formulado com ceras espessantes, emulsionantes não iônicos emolientes de lanolina e hidrocarbonetos. 
Propriedades e vantagens:
- Praticidade de uso
- Obtenção de cremes e loções estáveis e atraentes 
- Compatível com a maioria dos ativos
- Compatível com a maioria dos compostos utilizados em produtos cosméticos e farmacêuticos. 
Aparência: Sólido macio branco a amarelado.
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Fase 1 (oleosa) 
Crodabase® CR2 20%(p/p) 
Propilparabeno 0,05% (p/p)
Fase 2 (aquosa) 
Propilenoglicol 5% (p/p) 
Metilparabeno 0,15% (p/p) 
Água deionizada qsp 100%
Fase 3 (aquosa) 
Imidazolidinil uréia (Germall® 115) 0,15% (p/p) 
Água deionizada 3% (p/ solubilizar) 
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*Crodabase® CR-2: Cetearyl Alcohol & Ceteareth 20 & Mineral Qil & Lanolin Alcohol & Petrolatum (INCI) (base autoemulsionante e emoliente para cremes e loções O/A) 
Procedimento de preparo: 
1) Aquecer separadamente a fase 1 a80°C e a fase 2 a85°C. 
2) Verter a fase 2 sobre a fase 1 com agitação. 
3) Manter a temperatura e agitar por dez minutos. 
4) Resfriar com agitação moderada adicionando a fase 3 (Germall 115) próximo a temperatura de 35°C, agitar. 
5) Embalar e rotular. 
Loção cremosa não-iônica (O/A— hidratante)
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Fase 1 
Base concentrada não-iônica (Crodabase® CR2)* 7 - 12,5% (p/p) 
Álcool de lanolina acetilado (Crodalan® LA) 0,7% (p/p) 
Lanolina acetilada (Acylan®) 0,7% (p/p) 
Lanolina etoxilada (Solan® 50) 0,4% (p/p) 
Propilparabeno 0,05 % (p/p) 
Butilhidroxitolueno (BHT) 0,05%
Fase 2 
Metilparabeno 0,15%(p/p) 
EDTA-Na2 0,1% (p/p) 
Sorbitol 70% 5% (p/p) 
Água deionizada qsp 100%
Fase 3 
Imidazolinidinil uréia (Germal®l 115) 0,1% (p/p) 
Água deionizada 3% (para dissolver)
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Crodabase CR-2: Cetearyl Alcohol & Ceteareth 20 & Mineral oil & Lanolin Alcohol & Petrolatum (INCI)
(base autoemulsionante e emoliente para cremes e loções O/A)
Procedimento de preparo:
1) Aquecer separadamente a fase 1 a80°C e a fase 2 a85°C. 
2) Verter a fase 2 sobre a fase 1 com agitação vigorosa por 10 minutos. 
3) Reduzir a agitação para uma velocidade lenta. Deixar resfriar sob agitação, adicionando a fase 3 (Germall) próximo a temperatura de 40°C, agitar. 
4) Embalar e rotular.
Creme MEG (O/A— aniônico) Emoliente e hidratante 
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Fase 1 (oleosa) 
Álcool cetoestearílico 0,7% (p/p) 
Ácido esteárico tripla-pressão 6% (p/p)
Álcool cetílico 0,8% (p/p) 
Monoestearato de glicerila (Cithrol GMS) 6% (p/p) 
Vaselina líquida 10% (p/p) 
Lanolina anidra 1% (p/p) 
Miristato de isopropila 2% (p/p) 
Butilhidroxitolueno (BHT) 0,05% (p/p) 
Propilparabeno 0,05% (p/p)
Fase 2(aquosa) 
Propilenoglicol 12% (p/p) 
EDTA-Na2 0,1% (p/p) 
Trietanolamina 50% 1,2 % 
Água deionizada qsp 100%
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Procedimento de preparo: 
1) Aquecer separadamente a fase 1 a80°C e a fase 2 a85°C. 
2) Verter lentamente a fase e com agitação vigorosa e constante, a fase 2 sobre a fase 1. 
3) Diminuir a velocidade de agitação para lenta e agitar até a mistura alcançar a temperatura ambiente. 
4) Embalar e rotular. 
Características: Emulsão com alta viscosidade; branca e com pH entre 5,5 e 6,0. 
Nota: Creme excipiente para uso geral em cosméticos e medicamentos, para pessoas com pele seca. 
Creme —Gel (não-iônico/oil-free) Creme Oil-free — Uso cosmético e farmacêutico 
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Fase 1
Hostacerin® SAF 7% (p/p) 
Phenonip®0,75% (p/p)
Fase2
Água deionizada qsp 100g
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Procedimento de preparo (preparo a frio): 
1) Adicionar a fase 2 sob a fase 1, sob agitação . 
2) Embalar e rotular. 
Características:Creme-gel leitoso, com consistência e espalhabilidade boas.
Nota: Pode ser utilizado em formulações com hidroquinona, alfa-hidroxiácidos, ácido tricloroacético, ácido salicílico, neomicina e outros antibióticos. Estável na faixa de pH de 4,0 a 9,0.
Hostacerin® SAF
Base para formulação de emulsões à temperatura ambiente, boa estabilidade, boas propriedades de espalhamento, sensorial comtoque delicado, não-oleoso.
É uma associação ertre doadores de viscosidade e emulsionantes desenvolvida para possibilitar a preparação de emulsões afrio. Hostacerin® SAF contém em sua formulação todos os componentes fundamentais para apreparação de emulsões:
• Doador de Viscosidade: Ammonium Acryloyldimethyl-taurate/VP Copolymer):formador de gel com excelente estabilidade e sensorial agradável.
• Emulsionantes: (Rapeseed Oil Sorbitol Esters): emulsionante de origem vegetal extremamente suave, baseado em óleo de canola e isento de Óxido de Etileno ou PEG; Trilaureth-4 Phosphate: Triéster Fosfórico de Álcool Laurílico Etoxilado, caracterizado por um efeito emoliente e emulgador universal, aumentando a capacidade de retenção de água na pele; Por ser um éster fosfórico, tem grande afinidade com os fosfolipídeos da pele.
• Emolientes: Óleo Mineral e Palmitato de Isopropila
	É simples formular com Hostacerin© SAF: a adição de Água + conservantes, em temperatura ambiente, dá origem a emulsões do tipo O/A (óleo-em-água) comgrande estabilidade.
	Testes realizados com emulsões baseadas em Hostacerin® SAF mostraram que ele é compatível com diversos princípios ativos farmacêuticos e cosméticos, incluindo Filtros Solares, AlfaHidroxiácidos, Ácido Salicílico, Hidroquinona, entre outros.
	Hostacerin® SAF promove uma reologia diferenciada em suas formulações, já que oproduto final não apresenta oaspecto “gel-gelatina” observado em muitos dos cremes formulados com espessantes à base de polímeros.
Aplicações 
	Pode ser empregado no opreparo de emulsões “leves” do tipo gel-creme O/A, que podem ter aplicação em: 
- Cremes anti-idade 
- Cremes com pH ácido
- Cremes para Área dos Olhos
- Emulsões Faciais 
- Emulsões para Peles Mistas e Oleosas
- Filtros Solares
- Formulações Anti-Acne 
- Gel-Creme Base
- Hidratantes Facial e Corporal 
- Gel-Creme com Ácido Glicólico 
- Loções Pré-Pós Solar 
- Loções e Cremes Revitalizantes 
- Serum Base
Referências
ANSEL, Howard C.; POPOVICH, Nicholas G.; ALLEN JR, Loyd V. Farmacotécnica: Formas Farmacêuticas & Sistemas de Liberação de Fármacos. 6 ed. São Paulo: Premier, 2000. cap. 7. 
FERREIRA, Anderson de Oliveira. Guia Prático da Farmácia Magistral. 2 ed. Juiz de Fora: Pharmabooks, 2002. p. 352-356.
FERREIRA, Anderson de Oliveira. Sistema Nacional de Aperfeiçoamento e Monitoramento Magistral (SINAMM) Módulo 4 - Formas Farmacêuticas Semi-sólidas. São Paulo: Anfarmag, 2006. p. 71.
FORMULÁRIO NACIONAL, 1ª edição. Editora Anvisa, 2005. 174 p.
FONSECA, A. & PRISTÁ, L. N. Terapêutica Dermatológica e Cosmetologia. 1ªEdição. São Paulo: Livraria Roca, 1993. 436p.
HELOU, J.H., CIMINO, J.S. & DAFFRE, C. Farmacotécnica. São Paulo: Artpress, 1975. 
LACHMAN, L. LIEBERMAN, H. A. KANING, J. L. Teoria e Prática na IndústriaFarmacêutica. 3ª ed. Lisboa: Serviço de Educação e Bolsas Fundação Calouste Gulbenkian, 2001. Volumes 1e 2
LE HIR, A . Noções de Farmácia Galênica. 6ª Edição. São Pauto: Organização Andrei Editora Ltda, 1997.
BONADEO, L. CosmeticaCiencia y Tecnologia, 1ª ed. Madrid: Editoria Ciencia3, S.A., 1988.

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