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TCC, Wellington e Waldênio.

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ASSOCIAÇÃO CARUARUENSE DE ENSINO SUPERIOR E TÉCNICO
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
WALDÊNIO CARDOSO DE OLIVEIRA
WELLINGTON ROCHA DA SILVA
ABORDAGEM CRÍTICO-SUPERADORA: INFLUÊNCIAS E POSSIBILIDADES NA EDUCAÇÃO FÍSICA EM PERNAMBUCO
CARUARU
2016
WALDENIO CARDOSO DE OLIVEIRA
	WELLINGTON ROCHA DA SILVA	
 
 
 
ABORDAGEM CRÍTICO-SUPERADORA: INFLUÊNCIAS E POSSIBILIDADES NA EDUCAÇÃO FÍSICA EM PERNAMBUCO
Projeto de pesquisa apresentado ao Comitê Científico da Associação Caruaruense de Ensino Superior e Técnico (ASCES), do curso de Licenciatura em Educação Física, como forma de cumprimento às exigências para fins avaliativos do trabalho de conclusão de curso.
Orientadora: Profa. Ms. Roberta Granville Barboza
 
 
 
CARUARU-PE
20
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................04 
2.OBJETIVOS........................................................................................................................06 
 2.1 Objetivo Geral................................................................................................................06 
 2.2 Objetivos Específicos.....................................................................................................06 
3. REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................................07 
 3.1 Educação Física como Componente Curricular.............................................................08 
 3.2 A Abordagem Crítico-Superadora.................................................................................10 
 3.3 Histórico dos Documentos que Embasaram entre os anos de 2010 e 2015 o Currículo da Educação Física no Estado de Pernambuco.............................................................................11 
4 MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA.....................................................................12 
 4.1 Tipografia.........................................................................................................................12 
 4.2 Método de Abordagem....................................................................................................12 
 4.3 Método de Procedimento.................................................................................................13 
 4.4 Critérios de Inclusão e Exclusão......................................................................................13 
 4.5 Análise dos Dados...........................................................................................................14 
 4.6 Considerações Éticas.......................................................................................................14 
5. CRONOGRAMA...............................................................................................................15 
6. ORÇAMENTO...................................................................................................................16 
 REFERÊNCIAS..................................................................................................................17 
 ANEXOS.............................................................................................................................19 
INTRODUÇÃO
O conhecimento que é adquirido ao longo dos anos escolares não foi criado ao acaso, foi organizado com objetivo de que o aprender, o saber e o compreender, pudessem ser alcançados através de uma maneira fácil e sistematizada.
Nesse sentido, o conhecimento é tratado de forma a ser retraçado desde sua origem ou gênese, a fim de possibilitar ao aluno a visão de historicidade, permitindo-lhes compreender-se enquanto sujeito histórico, capaz de interferir nos rumos de sua vida privada e da atividade social sistematizada (COLETIVO DE AUTORES, 2012, p. 40-41). 
 
 Cada pessoa tem um ritmo de assimilação diferente da outra. Com intuito de que essas dificuldades fossem superadas, surgiram no decorrer da história da Educação Física várias abordagens pedagógicas que influenciaram na construção do Currículo, onde cada uma defende perspectivas que nem sempre se assemelham, mas que são essenciais para facilitar a aprendizagem. “Atualmente coexistem na área da Educação Física várias concepções, todas elas tendo em comum a tentativa de romper com o modelo mecanicista, fruto de uma etapa recente da Educação Física” (DARIDO, 2008, p. 03-04).
 Diante da importância que essas abordagens pedagógicas têm, em especial a Crítico- Superadora que está diretamente ligada à formação das crianças e jovens de Pernambuco, pois as Orientações Teórico Metodológicas (OTM’S) e os Parâmetros Curriculares Estaduais (PCE’S) foram desenvolvidos com base nessa perspectiva, surgiu a inquietação: Como a abordagem Crítico-Superadora influencia os documentos que embasam a Educação Física no Estado de Pernambuco? Até que ponto os documentos baseiam-se nessa abordagem, nesse intuito é de grande relevância essa problematização, tendo em vista que juntamente com os outros componentes curriculares, a Educação Física contribui efetivamente na Educação das nossas crianças e jovens do estado.
A Educação Física, componente curricular obrigatório e legítimo, deve buscar compreender os seres humanos com os quais trabalha como plenos em toda sua potencialidade, ainda que estejam em processo de aprendizagem e desenvolvimento mais explícitos, como é o caso das crianças e jovens (SILVA, A., 2011, p. 91). 
 	A lei nº 9.394 de 1996, Lei de Diretrizes de Bases da Educação Nacional (LDBEN), é considerada um marco inicial que já tratava sobre o currículo e a organização dos componentes curriculares, e no seu artigo 26, parágrafo 3º, apresenta a Educação Física como componente curricular obrigatório. Em 1998 surgem os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’S), que são documentos que propõem uma organização maior aos conteúdos e ao currículo, inclusive com parâmetros curriculares específicos para cada componente curricular. Já no âmbito Estadual em Pernambuco surgem as OTM’s em 2010, que tem como objetivo auxiliar os professores na organização e desenvolvimento de suas aulas através de um olhar crítico. Em 2013 surgem os PCE’s, que são uma ferramenta de extrema importância auxiliando os professores em suas aulas, e que também seguem a perspectiva Crítico-Superadora. 
O presente documento é fundamentado na concepção Crítico-Superadora (COLETIVO DE AUTORES 1992; 2012). Tal fundamentação baseia-se na compreensão de que os documentos elaborados historicamente para a Educação física em Pernambuco são inspirados essencialmente nesse paradigma. E também porque essa perspectiva é aquela que mais avançou na sistematização e no trato do conhecimento da Educação Física em escolas brasileiras (PERNAMBUCO ,2013, p.24).
	Portanto, é nessa perspectiva que o presente trabalho busca analisar as influências que a abordagem Crítico-Superadora têm nos documentos que embasam a Educação Física no estado de Pernambuco OTM’s e PCE’s, dando o suporte para que os conteúdos sejam tratados no âmbito escolar de forma crítica. Essa pesquisa é de extrema relevância, dando a oportunidade da sociedade ter a compreensão desses documentos que foram elaborados especialmente para Pernambuco, dando a Educação Física uma base totalmente diferenciada do que era visto nos anos 1970 e 1980. Com objetivo de buscar com mais profundidade o conhecimento, criando novas possibilidades, mudando a ideia que se tem de trabalhar apenas os movimentos corporais com fins neles mesmos, entendendo que a Educação Física vai muito além, pois o principal é a contribuição que ela pode proporcionar para formação de crianças e jovens críticos em nossa sociedade, dominando o seu conhecimento específico no âmbito da cultura corporal.
	É nesse sentido que ao se analisar a influência da Abordagem Crítico-Superadora nos citados documentoseste trabalho contribuirá para apontar questões referentes ao objeto de estudo da Educação Física, as suas teorias de base, suas bases metodológicas, sua concepção de avaliação, no sentido de desvelar o projeto histórico de sociedade contido em tais documentos públicos que hoje se configuram como base curricular da Educação Física na Rede Estadual de Pernambuco.
OBJETIVOS
 2.1 Objetivo Geral
Analisar a influência da abordagem Crítico-Superadora nos documentos que embasam a Educação Física na Rede Estadual de Pernambuco.
 2.2 Objetivos Específicos
Identificar os pressupostos e as características da Abordagem Crítico-Superadora
Descrever as principais características dos documentos que embasam a Educação Física em Pernambuco
Relacionar os pressupostos da abordagem Crítico-Superadora com as teorias encontradas nos documentos que embasam a Educação Física no Estado de Pernambuco
REFERENCIAL TEÓRICO
 3.1 A Educação Física como Componente Curricular
A Educação Física ao longo de sua história vem buscando no âmbito escolar construir juntamente com os outros componentes curriculares um caminho que percorra toda a educação básica. Para que isso aconteça, é necessário entender claramente o que é currículo, na perspectiva educacional, de acordo com Candau e Moreira (2007, p. 18) currículo é composto pelos:  
(a) os conteúdos a serem ensinados e aprendidos; (b) as experiências de aprendizagem escolares a serem vividas pelos alunos; (c) os planos pedagógicos elaborados por professores, escolas e sistemas educacionais; (d) os objetivos a serem alcançados por meio do processo de ensino; (e) os processos de avaliação que terminam por influir nos conteúdos e nos procedimentos selecionados nos diferentes graus da escolarização. 
No âmbito educacional o currículo, segundo Silva, T. (2014), se faz presente em três teorias: as teorias tradicionais, teorias críticas e teorias pós-críticas. As tradicionais são aquelas em que os professores buscam transmitir conhecimentos através de técnicas estabelecidas, sem questionamentos.  Assim os conteúdos são selecionados independente da turma. “As teorias tradicionais pretendem ser apenas isso: “teorias” neutras, científicas, desinteressadas” (SILVA, T., 2014, p. 16).  
Buscando dar sentido aos conhecimentos, as teorias críticas e as pós-críticas possibilitam ao professor, uma reflexão sobre o que ele pretende com determinado conteúdo, “O Por que desse conhecimento e não outro?” (SILVA, T., 2014, p. 16). A partir dessa pergunta percebe-se a possibilidade dos estudantes formarem sua própria identidade e não ser o que os outros desejam que eles sejam, pelo fato de ter o “poder” de impor o que acham melhor, sem dá importância a subjetividade do aluno.      
Essas teorias mostram que o currículo escolar é um documento que requer uma sensibilidade ímpar, partindo do objeto específico de estudo para uma dimensão social onde seja discutido. Nessa perspectiva percebe-se que uma proposta curricular de uma disciplina não pode ser construída apenas pelo interesse particular de um professor, mas pela demanda dos discentes de cada escola em particular.  
Para entender a transformação da educação física de mera atividade curricular para componente curricular obrigatório é necessária uma breve explanação de alguns pontos históricos. Inicialmente em 1971 a Educação Física no decreto N° 69.450, passa a ser integrada como atividade regular no currículo da educação básica e superior. As atividades eram peculiares a cada fase de ensino, primário atividade recreativas, ensino médio benefício das atividades físicas em geral e ensino superior atividades esportivas visando rendimento atléticos.
  Souza Júnior (2014), relata que nesse período a Educação Física sofre uma forte influência externa, com conteúdo de caráter, militar, médica e esportiva, ao final dos anos de 1970 a Educação Física, passa a receber influência "humanista", conteúdos visando o desenvolvimento motor e a psicomotricidade é nesse momento que ela entra em crise sendo criticada pelo fato de não ter definição dos seus conteúdos. 
A partir de 1980 a Educação Física passou a ser questionada, foi nesse período que surgiram elaborações de concepções pedagógicas que pudessem dar um norte as aulas de Educação Física, foram as concepções: Desenvolvimentista, Construtivista, Educação física ' Plural ', Aulas abertas, Crítico-Emancipatória, Aptidão Física e Crítico-Superadora. "[...] todas essas propostas surgem num esforço de contribuir para a superação da crise instalada na Educação Física, numa tentativa de torná-la legítima e autônoma no currículo escolar [...]" (SOUZA JÚNIOR, 2014, p. 21). Estas abordagens tiveram propósito de embasar os professores a desenvolverem na escola uma prática coerente, pois antes se tinham enormes dificuldade em selecionar os conteúdos. Mas de todas essas novas concepções pedagógicas segundo (SOUZA JÚNIOR, 2014) somente as perspectivas da Aptidão Física e a Crítico-Superadora trazem uma proposta sistematizada para Educação Física escolar. 
Assim em 1996 a LDBEN, N° 9.394/96 em seu art. 26, § 3o declara que: "A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica[...]” (BRASIL, 1996). Portanto a Educação Física passou a ter mais importância. Pois, através de seus conteúdos dá condições dos estudantes adquirirem conhecimentos que podem ser úteis para suas vidas.  
 
3.2 A Abordagem Crítico-Superadora
Segundo Cotrim (2005), durante o regime militar de (1964 a 1985), ocorreram várias limitações e restrições que não aconteceram exclusivamente na Educação, mas em vários setores como: Segurança, Liberdade de Imprensa, Perseguição Política. Ao fim do regime faziam-se necessárias transformações do modelo de sociedade deixado. No tocante a Educação, em especial a Educação Física, não tinha mais cabimento de um modelo militarista, em que os exercícios eram praticados com fins neles mesmos, preocupando-se prioritariamente com a aptidão física.
Dentro desse contexto de inovações e modificações surge uma das abordagens da Educação Física que até hoje mais se destaca no Brasil, e que em Pernambuco embasa os documentos norteadores, denominada de Abordagem Crítico-Superadora, tendo como marco inicial a obra: Metodologia do Ensino da Educação Física, conhecido como “Coletivo de Autores” de 1992, e mais recentemente em 2012 foi publicada a 2ª edição revista, ambas edições preocupam-se com os assuntos procurando entende-los e inseri-los dentro do contexto social.
Segundo o Coletivo de Autores (2012), a educação física escolar trata o conhecimento de uma área denominada de cultura corporal, tendo como temas: o jogo, esporte, ginástica, dança e lutas. Porém, para que esse conhecimento seja alcançado faz-se necessário que estejam associados a realidades cotidianas dos alunos, em que sejam capazes de fazer ligações ao mundo que os cerca visualizando as aprendizagens adquiridas para além dos muros da escola.
Embora se aceite que os conteúdos são realidades exteriores ao aluno, que devem ser assimilados e não simplesmente reinventados, eles não são fechados e refratários às realidades sociais. Não basta que os conteúdos sejam apenas ensinados, ainda que bem ensinados; é preciso que se liguem, de forma indissociável, à sua significação humana e social (LUCKESI, 1994, p.70).
	Através do materialismo histórico dialético, a abordagem Crítico-Superadora tem a base para sua fundamentação, compreendendo que tanto o homem como os conhecimentos que o rodeiam não foram criados e transformados ao mero acaso, mas devido a necessidades de cada época.
É preciso que o aluno entenda que o homem não nasceu pulando, saltando, arremessando, balançando, jogando, etc. Todas essas atividades corporais foram construídas em determinadas épocas históricas, como respostas a determinados estímulos, desafios ou necessidades humanas (COLETIVO DE AUTORES, 2012, p. 40).
O papel da Educação Física na escola é fazercom que a cultura corporal adquirida, através dos temas: jogo, esporte, ginástica, dança e lutas, levem o aluno a pensar e desenvolver as atividades através da teoria aliada a prática cotidiana. 
Nesta lógica de apropriação da realidade, o conhecimento não é algo que está pronto. Ele tem origem na atividade prática do homem, no processo de produção e reprodução da vida, com atribuições de sentidos e significados [...]” (LORENZINI, 2013, p.213). 
	Para que os objetivos sejam alcançados faz-se necessário uma metodologia que consiga abranger não só os conteúdos, mas que também seja capaz de fazer o aluno compreender o porquê das atividades que realizam “A seleção, a organização e a sistematização de seus conteúdos devem favorecer ao aluno o acesso a uma dimensão da cultura humana de forma mais reflexiva e elaborada, inclusive a partir de sua experimentação corporal” (SOUZA JÚNIOR, 2014, p. 238). 
	Para que se identifique se as atividades que foram repassadas ao longo do processo de ensino-aprendizagem foram alcançadas é preciso que sejam feitas avaliações, porém muitas vezes as avaliações realizadas pelos discentes não tem o resultado esperado pelos docentes, pois estão desvinculadas do que foi visto nas aulas ou preocupam-se exclusivamente com a nota. “A avaliação do processo de ensino-aprendizagem é muito mais do que simplesmente aplicar testes, levantar medidas, selecionar e classificar alunos” (COLETIVO DE AUTORES, 2012, p. 96).
Segundo Perrenoud (1999), a avaliação vai muito além de uma medida, é uma representação elaborada pelo “professor” do valor escolar ou intelectual de outra pessoa, ou seja, o “aluno”. Nesse sentido observa-se que avaliar não significa apenas atribuir notas, é claro que faz parte, mas é essencial compreender que algumas vezes o problema não está em avaliar, mas sim em como está sendo feita essa avaliação, na Educação Física escolar por exemplo, não tem cabimento fazer provas cobrando perfeições de movimentos, não é isso que se pretende, pois o objetivo da escola não é formar atletas, mas sim cidadãos críticos que tenham compreensão da cultura corporal e dos temas que a compõem como: jogo, esporte, ginástica, dança e lutas. 
3.3 Histórico dos Documentos que embasaram entre os anos de 2010 e 2015 o Currículo da Educação Física no Estado de Pernambuco
No estado de Pernambuco, a partir do ano de 2010, a Educação Física Escolar passou a ser baseada e realizada seguindo as Orientações Teórico Metodológicas do ensino fundamental e médio. Este documento surgiu a partir de parcerias entre a Secretaria de Educação, a Universidade de Pernambuco, o Dr. Marcelo Tavares (coordenador), Dr. Marcílio Souza Júnior e na época a Esp. Ana Rita Lorenzini, entre outras parcerias.
Tendo “[...] como princípios norteadores para essa elaboração as compreensões de formação humana, de currículo na escola, da dinâmica curricular e da realidade dos alunos” (PERNAMBUCO, 2010, p. 11). As OTM’s fundamentam-se na perspectiva Crítico-Superadora, tratando dos conhecimentos da cultura corporal: Ginástica, Dança, Luta, Jogo e Esporte, sendo vivenciados em quatro ciclos que vão desde o 1º ano do ensino fundamental até o 3º ano do ensino médio. 
	Porém as OTM’s vão muito além do que simples divisões por ciclos e conteúdos, é um documento que foi construído com a participação dos professores que atuavam nas escolas podendo assim ser feito uma ação-reflexão-ação do que estava ocorrendo nas aulas de Educação Física mostrando a importância que se tem de desenvolver o conhecimento teórico-prático possibilitando uma maior compreensão por parte dos alunos. Dessa forma este documento preocupou-se no processo de formação continuada para os professores visando as possiblidades de criar e recriar dentro dos temas propostos variações de aulas, seguindo procedimentos metodológicos e uma avaliação em que preocupa-se com a aprendizagem do aluno vinculada ao seu dia-a-dia. 
	Já em 2013, surgem os Parâmetros Curriculares Estaduais da Educação Física do ensino fundamental e médio, não abandonando as OTM’s, mas complementando-as. A elaboração dos PCE’s não foi competência de uma única pessoa, mas de vários profissionais sendo “[...]uma construção coletiva de professores da rede estadual, das redes municipais, de universidades públicas do estado de Pernambuco e do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz Fora/Caed. (PERNAMBUCO, 2013, p. 15).
	Estes parâmetros seguem uma estrutura muito semelhante as OTM’s, tanto no trato dos conteúdos da cultura corporal, como na perspectiva de abordagem. “Nesse sentido defendemos a presença, no ambiente escolar, de uma Educação Física que promova a ação-reflexão-nova ação sobre as práticas corporais, a cultura corporal, em busca de uma formação Crítico-Superadora dos estudantes” (PERNAMBUCO, 2013, p. 24-25). Enfatizando que tanto as OTM’s quanto os PCE’s são documentos que foram elaborados preocupando-se com o contexto histórico da Educação Física em Pernambuco e que atualmente são os balizadores dessa disciplina no Estado. 
MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
4.1 Tipografia
O presente trabalho será realizado a partir de documentação indireta, através de uma pesquisa documental em “[...] que a fonte de coleta de dados está restrita a documentos, escritos ou não, [...]” (LAKATOS; MARCONI, 2010, p. 157). A qual será executada por meio de uma avalição de materiais a serem analisados, em documentos de domínio público oficiais do estado de Pernambuco, sendo assim serão pesquisados os seguintes documentos: As Orientações Teórico Metodológicas (OTM’S) para o Estado de Pernambuco e Os Parâmetros Curriculares Estaduais de Pernambuco (PCE’S).
“Convém aqui lembrar que algumas pesquisas elaboradas a partir de documentos são importantes não porque respondem definitivamente a um problema, mas porque proporcionam melhor visão desse problema” (RAMPAZZO, 2005, p. 52).
4.2 Método de Abordagem 
 A partir de um método de abordagem dialético, que tem como objetivo através de questionamentos encontrar respostas, serão verificadas as influências e possibilidades da abordagem Crítico-Superadora na Educação Física no interior dos dois documentos citados. Enfatizando que as respostas encontradas não são definitivas pois “[...] para a dialética, as coisas não são analisadas na qualidade de objetos fixos, mas em movimento: nenhuma coisa está “acabada”, encontrando-se sempre em vias de se transformar, desenvolver; o fim de um processo é sempre o começo de outro (LAKATOS; MARCONI, 2010, p. 83). 
4.3 Método de Procedimento
Será utilizado o Método de Procedimento Histórico que segundo Lakatos e Marconi (2010, p.89) “[...]consiste em investigar acontecimentos, processos e instituições do passado para verificar a sua influência na sociedade de hoje[...]”. Através de uma análise histórica entre os anos de 2010 e 2015, serão analisados nos documentos em questão aspectos referentes à Abordagem Crítico-Superadora do Coletivo de Autores (2012).
4.4 Critérios de inclusão e exclusão
Como Critérios de inclusão serão investigados documentos que embasam o currículo da Educação Física no Estado de Pernambuco entre os anos de 2010 e 2015. Como Critério de exclusão estão os documentos que embasam o currículo da Educação Física em outros estados, em municípios, bem como documentos do Estado de Pernambuco construídos e formulados em anos anteriores ao de 2010.
4.5 Análise dos Dados
	A presente pesquisa será realizada através de uma técnica de análise de conteúdo que se refere a um: 
Conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição de conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitem a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens” (BARDIN, 1979, apud GOMES, 2012, p. 83).
Para a realização da presente pesquisa será levado em conta as etapas da análise de conteúdo que são de extrema importânciae são compostas pela: “Pré-análise, Exploração do material e Tratamento dos resultados/Inferências/Interpretação” (GOMES, 2012, p.91). Sendo assim, será utilizado o método de análise de conteúdo na busca de analisar os documentos que fundamentam a Educação Física em Pernambuco sendo estes documentos: as Orientações Teórico Metodológicas (OTM’S) e os Parâmetros Curriculares Estaduais de Pernambuco (PCE’S).
 Os conteúdos existentes nesses documentos serão analisados a luz da abordagem Crítico-Superadora. Serão analisados nos documentos levantados aspectos referentes às seguintes categorias: objeto de estudo da Educação Física, papel da Educação Física na escola, base teórica dos documentos, princípios metodológicos contidos nos documentos para o trato com o conhecimento da Educação Física na Escola e avaliação da aprendizagem nos referidos documentos. Nesse sentido, após identificados os aspectos presentes nos documentos serão feitas comparações e aproximações entre a abordagem citada e os documentos selecionados a partir do critério de inclusão contido na metodologia proposta para esse trabalho. 
4.6 Considerações Éticas
	Devido a ser uma pesquisa em documentos públicos, não sendo necessária a intervenção com seres humanos, não havendo necessidade de submissão ao comitê de ética e consequentemente a não inserção do mesmo na plataforma Brasil. Nesse sentido por não haver contato nenhum com seres humanos e suas respectivas instituições e pelos documentos citados serem de domínio público e estarem disponíveis para download no site do governo do estado de Pernambuco. Não há eminente risco a nenhum tipo de população sendo com isso dispensável toda parte documental exigida pelo comitê de ética. 
CRONOGRAMA
	ATIVIDADES
	2016
	CALENDÁRIO
	Fev/Mar
	Abr/Mai
	Jun/Jul
	Ago/Set
	Out/Nov
	Dez
	Estudos para elaboração do projeto
	X
	
	
	
	
	
	Leitura dos documentos de domínio público
	X
	
	
	
	
	
	Construção do Projeto de Pesquisa
	
	X
	
	
	
	
	Submissão ao Comitê Científico
	
	X
	
	
	
	
	Análise dos documentos de domínio Público
	
	
	X
	X
	
	
	Elaboração do Artigo
	
	
	
	
	X
	X
	ATIVIDADES
	2017
	CALENDÁRIO
	Fev/Mar
	Abr/Mai
	
	
	
	
	Finalização do Artigo
	X
	
	
	
	
	
	Submissão do Artigo Final ao NTCC
	
	X
	
	
	
	
ORÇAMENTO
	Item
	Discriminação
	Quantidade
	Preço Unitário
	Valor (R$)
	1
	XEROX 
	30
	0,10
	3,00
	2
	LANCHES 
	6
	
	21,00
	3
	GASOLINA/p MOTO
	2
	
	80,00
	4
	CANETAS
	2
	1,00
	2,00
	5
	
	
	
	
	6
	
	
	
	
	TOTAL
	
	
	
	106,00
Para realização dessa pesquisa, as despesas financeiras não terão nenhum auxilio da instituição sendo assim os pesquisadores passam a desembolsar com todo recurso financeiro. 
REFERÊNCIAS
BRASIL, Presidência da República. Lei no 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm> Acesso em: 12 de abr. 2016. 
BRASIL. Presidência da República. Decreto no 69.450, de 01 de novembro de 1971. Regulamenta o artigo 22 da Lei número 4.024, de novembro de 1961, e alínea c do artigo 40 da Lei 5.540, de 28 de novembro de 1968 e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d69450.htm> Acesso em: 12 de abr. 2016.
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: Educação Física / Secretaria de Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF,1998.
CANDAU, Vera Maria. MOREIRA, Antonio Flávio Barbosa. Os estudos de currículo: desenvolvimento e preocupações. In: BEAUCHAMP, Janete; PAGEL, Sandra Denise; 
NASCIMENTO, Aricélia Ribeiro. (Orgs). Indagações sobre currículo: currículo, conhecimento e cultura. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007. p. 18.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. 2 ª edição. São Paulo: Cortez, 2012.
COTRIM, Gilberto. Governos Militares. In: COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral. São Paulo: Saraiva, 2005. p. 557-568. 
DARIDO, Suraya Cristina. O Contexto da Educação Física Escolar. In: DARIDO, Suraya Cristina. Educação Física na Escola Questões e Reflexões. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2008. p. 01-24.
GOMES, Romeu. Análise e Interpretação de Dados de Pesquisa qualitativa. In: MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). Pesquisa Social: Teoria, método e criatividade. 31ª edição. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012. p. 79-108. 
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. 7ª edição. São Paulo: Atlas, 2010.
LORENZINI, A. R. Conteúdo e Método da Educação Física Escolar: Contribuições da Pedagogia Histórico-Crítica e da Metodologia Crítico-Superadora no Trato com a Ginástica. 2013. 266 f. Tese (Doutorado em Educação) - Instituto de Educação, Universidade Federal da Bahia. Salvador. 2013.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1994. 
PERNAMBUCO, Governo do Estado. Secretaria de Educação. Parâmetros Curriculares de Educação Física Ensino Fundamental e Médio. Recife: Secretaria de Educação-PE, 2013. 
PERNAMBUCO, Governo do Estado. Secretaria de Educação. Orientações Teórico- Metodológicas - Educação Física - Ensino Fundamental e Ensino Médio. Recife: Secretaria de Educação- PE, 2010.
PERRENOUD, Philippe. Avaliação: Da Excelência à Regulação das Aprendizagens Entre Duas Lógicas. Tradução de Patrícia Chittoni R. Porto Alegre: Artmed, 1999.
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SOUZA JÚNIOR, Marcílio. Educação Física Escolar: Teoria e política curricular, saberes escolares e proposta pedagógica. 2ª edição. Recife: Edupe, 2011. 
SOUZA JÚNIOR, Marcílio. O Saber e o Fazer Pedagógicos: A Educação Física como Componente Curricular...? ...isso é História!. 2ª edição. Recife: Edupe, 2014. 
SILVA, Tomas Tadeu da. Documentos de identidade; uma introdução às teorias do currículo. 3ª edição. Belo Horizonte: Autêntica, 2014. 
ANEXOS 
Anexo I
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Você está sendo convidado para participar da pesquisa _______________________________________________________________
____________________________________________________________________________. Você foi selecionado______________________________________________________(método de seleção), e sua participação não é obrigatória. A qualquer momento você pode desistir de participar e retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o pesquisador ou a instituição.
Os objetivos deste estudo são _________________________________________________.
Sua participação nesta pesquisa consistirá em ____________________________________.
Os benefícios relacionados com sua participação são benefícios não apenas para eles... (relevância da pesquisa... A sua identidade será guardada.
As informações obtidas por meio desta pesquisa serão publicadas e asseguramos o sigilo sobre sua participação. Os dados não serão divulgados de forma a possibilitar sua identificação (informar, de acordo com o método utilizado na pesquisa, como o pesquisador protegerá e assegurará a privacidade).
Você receberá uma cópia deste termo onde consta o telefone e o endereço do pesquisador principal, e do CEP, podendo tirar suas dúvidas sobre o projeto e sua participação, agora ou a qualquer momento.
Nome e assinatura do pesquisador___________________________________
Endereço e telefone doPesquisador principal e do CEP
Declaro que entendi os objetivos e benefícios de minha participação, e concordo, voluntariamente, em participar.
__________________________________
Nome e assinatura do Sujeito da Pesquisa
Local e data
Obs:
Anexo II
Solicitação de Carta de Anuência
Prezada_______________________________________________,da _______________________________________________________________.
Nós, Professor orientador Roberta de Granville Barboza, professora do curso de licenciatura em Educação Física da Associação Caruaruense de Ensino Superior (ASCES), juntamente com Waldênio Cardoso de Oliveira e Wellington Rocha da Silva, estudantes da referida instituição, vimos através desta solicitar sua autorização para realizar a pesquisa intitulada: Abordagem crítico-superadora: Influências e possibilidades na educação física em Pernambuco. Informamos que não haverá custos para a instituição e, na medida do possível, não iremos interferir na operacionalização e/ou nas atividades cotidianas da mesma. 
Esclarecemos que tal autorização é uma pré-condição bioética, necessária para a execução de qualquer estudo envolvendo seres humanos, sob qualquer forma ou dimensão, em consonância com a resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.
Agradecemos antecipadamente seu apoio e compreensão, certos de sua colaboração para o desenvolvimento da pesquisa científica em nossa região.
Caruaru,__ de___________ de 2016.
________________________________________
Orientadora: Roberta Barboza de Granville

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