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Diário de Campo pronto UTA A FASE I

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
ANA PAULA DO AMARAL DE SOUZA ROSSI
 RU 2222548
PORTFÓLIO
UTA
MÓDULO A – FASE I
JUNDIAÍ
2018
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: REAL OU UTÓPICA?
	A discussão da educação inclusiva no Brasil não é recente, pelo contrário, ela inicia no século XVI e se estende até os dias de hoje. Em nosso atual século, XXI, o Plano Nacional de Educação dispõe que:
A Educação Especial é considerada como uma modalidade de ensino e traz como diretriz a plena integração das pessoas com necessidades especiais em todas as áreas da sociedade. Trata-se, portanto, de duas questões: o direito a educação, comum a todas as pessoas, e o direito a receber essa educação, sempre que possível junto, com as demais pessoas nas escolas “regulares” (FONTES, 2003, p. 38).
Esse documento traz uma inclusão ampla das pessoas com necessidades especiais, o mesmo não se limita apenas a escola, mas também fala dos segmentos de todas as áreas da sociedade. Porém, revela ainda, o empecilho do “sempre que possível”, ou seja, algumas vezes ainda não é possível. 
Infelizmente é a realidade do “ainda não é possível” que enfrento em meus dias como professora estadual do ensino fundamental II, na escola estadual Manoel José da Fonseca, em Itupeva, São Paulo. Esta escola recebe alunos com diferentes deficiências, e o que presencio em meus dias é uma escola que apenas integra, mas não inclui realmente os alunos com alguma deficiência, isso se deve, a meu ver, a todos os problemas que principalmente as escolas estaduais e municipais passam, sejam eles estruturais, econômicos, sociais ou políticos. Além de observar e me incluir, dentre os diversos professores que se encontram amedrontados e perdidos com o saber o que fazer e como fazer para atingir de forma eficaz, esse aluno com alguma deficiência que chega e precisa da nossa atenção especial e não deixar desassistidos os outros trinta e poucos da classe.
Não posso deixar de mencionar estes outros, citados acima, que vejo não serem um empecilho a educação inclusiva ser efetivamente empregada na escola regular, os vejo, sempre sendo muito solícitos e acolhedores, mesmo, assim como nós, professores, sem saber exatamente como agir, acham meios para ajudar esses alunos que chegam com suas necessidades especiais. 
Ressalto aqui que não tenho a pretensão de responder a tal pergunta colocada como título deste trabalho, porém por vivenciar deste dilema, tenho algumas opiniões sobre o que seria possível fazer para se alcançar o que visa a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, de 2015, em todos os seus parágrafos, artigos e incisos, a vejo como uma receita, para se preparar algo, porém incompleta, pois não aborda os processos envolvidos, ou seja, o modo de fazer.
Este modo de fazer, teria de ser desenvolvido pelos envolvidos na Educação Inclusiva. Assim, penso que para uma escola se tornar inclusiva, é necessário não apenas modificarmos as representações que temos em relação aos parâmetros de qualidade das escolas, mas também voltarmos nossos olhos para a qualidade de nossos professores. 
Apoio ainda, as concepções de Égler, 2006, segundo ele, os administradores e gestores educacionais também possuem papeis importantes na construção da escola inclusiva, as funções do gestor escolar incluem a definição dos objetivos da instituição, o estímulo à capacitação de professores, o fornecimento de apoio às interações e a processos que se compatibilizem com a filosofia da escola.
Em suma, acredito que a escola regular precisa rever vários tópicos para atingir uma escola inclusiva que seja igualitária e democrática para todos. 
A inclusão deve ser total e radical, baseada na cooperação e na solidariedade, respeitando e valorizando as diferenças. Isso quer dizer que a inclusão implica uma mudança de perspectiva educacional que propõe um modo de organização do sistema educacional que considera as necessidades de todos. A inclusão não tem exceções, ela respeita o ritmo de aprendizagem de cada um, baseando-se em uma pedagogia centrada nas potencialidades humanas, em contraposição à sociedade que inabilita e reforça os impedimentos. A escola inclusiva vem então, como uma tentativa de reverter o quadro excludente de nossa sociedade.
Presumo que no momento de inserirmos crianças com deficiências em uma escola regular não devemos fazê-lo como uma medida assistencialista, muito menos devemos estacionar apenas nas discussões entre, inclusão e exclusão. Ao contrário, devemos analisá-lo como direito garantido de todos à educação que pretende não impor para tais alunos facilidades ou dificuldades diferentes dos demais, apenas pensar em estratégias diferentes e planos de ações. A escola é necessária a eliminação das barreiras arquitetônicas e a adequação do material didático-pedagógico conforme as necessidades específicas dos alunos, além da melhoria de qualificação dos professores, que julgo ser a principal medida a ser tomada.
 Portanto, as escolas que recebem as crianças com deficiências precisam se reformular para realmente alcançar eficazmente esses alunos, para rompermos com o que, considero acontecer hoje, a escola não muda como um todo, mas os alunos têm que mudar para se adaptar às suas exigências. Com isso acontece uma inserção parcial que pondero, não bastar inserir o aluno sem transformar as concepções de escola que temos hoje.
Concluo que mesmo sendo uma jornada árdua que todos os envolvidos terão a trilhar, eu vislumbro uma escola realmente inclusiva e não apenas utópica, onde a inclusão não seja vista como um “favor” e sim como um direito.
Referências Bibliográficas
BRASIL. LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso: 04, Abril, 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na educação Básica/ Secretária da Educação especial. MEC, SEESP, 2001, p. 79.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de Dezembro de 1996. Congresso Nacional, Brasília, 1996.
ÉGLER, M. T. Inclusão Escolar: O que é? Por que? Como Fazer? São Paulo: Moderna, 2003, 2016. (Coleção Cotidiano Escolar).	
FONTES, Rejane S. História da Educação Especial no Brasil. Revista Presença Pedagógica, v.9, n 54, nov./ dez. 2003.

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