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EDUCAÇÃO ESPECIAL E LIBRAS SEMANA 1 – FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO NA DIVERSIDADE Vídeo aula: Apresentação da professora sou a professora Vera capellini mestre e Doutora em educação especial, no momento eu estou vinculado ao Departamento de Educação da Unesp de Bauru e também tenho a grata satisfação de estar atuando como gestora na vice-direção da Faculdade de Ciências da Unesp aqui do câmpus de Bauru, Eu também atuo em dois programas de pós-graduação um deles em psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem, o outro específico, um programa de formação de professores que trabalha na docência para a educação básica, é um mestrado profissional, gostaria de dizer que se eu pudesse resumir em uma frase Quem Sou Eu, professora Verinha que está à frente desta disciplina a educação especial em libras para vocês alunos da pedagogia da Univesp eu diria, sou uma professora que teve 15 anos de Educação Básica, atuando como professora de educação especial, por 15 anos na rede pública, 15 anos agora no ensino superior formando Professor, tanto na educação presencial, quanto na educação à distância como agora para vocês neste curso, trabalho com formação continuada na área principalmente da educação inclusiva, porque a nossa meta Com certeza é construir cada vez mais escolas com culturas, políticas e práticas mais inclusivas, espero que vocês aproveitem a disciplina, que ela acrescente conhecimento, competências a formação de vocês e quero dizer que é um prazer poder colaborar na formação inicial de vocês Vídeo aula – Abertura da disciplina nessa primeira semana penso que é muito importante para você aluno do curso de pedagogia conhecer um pouquinho o percurso que você irá desenvolver ao longo da disciplina educação especial e Libra, essa disciplina ela faz parte do currículo para a formação de professores porque ela é por demais de importante, educação especial é uma modalidade de ensino e ela se caracteriza transversal, você futuro Professor poderá atuar em parceria com o professor de Educação Especial, desde a educação infantil até o ensino superior, Mais especificamente como professor do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, na educação infantil e até no EJA a disciplina Educação Especial ela vem acoplada a libras, então é educação especial e libras, então nesse momento eu gostaria de compartilhar com vocês um pouquinho da introdução ao que nós teremos ao longo das oito semanas basicamente para você se não teve a oportunidade pelo projeto político pedagógico, é de conhecer vamos ver agora, e se você já conheceu vamos rever a ementa da disciplina, então que espera de em termos de conteúdo que vocês conheçam ao longo dessas oito semanas uma reflexão sobre os princípios éticos e de aceitação da diversidade humana em seus aspectos sociais, também você terá a oportunidade de conhecer os fundamentos históricos, os Marcos legais da política da educação da pessoa com deficiência, também têm como pressuposto compreender as transformações históricas da evolução a educação que segregava, para uma educação hoje que a gente quer que ela seja inclusiva, com vistas a construir um projeto pedagógico nas escolas que a gente não tenha mais eles e nós, e sim uma escola para todos, Independente de quaisquer características, por fim da metade da disciplina para o final você vai se aprofundar especificamente na questão da surdez, Então os fundamentos da Educação do surdo, você vai ter oportunidade de conhecer os aspectos clínicos da surdez, a linguística em Libras, cultura identidade do surdo, bem como a introdução a Libras Os objetivos da disciplina, pensando que esses eram os conteúdos que estariam previsto na ementa, então eu gosto sempre de falar em objetivos, respondendo a uma pergunta, que eu espero muito Que vocês façam se forem Professor, término da minha atividade, ao término desta disciplina Eu quero que o meu aluno seja capaz de, no caso de vocês que vocês, sejam capazes de familiarizar-se com a história, língua a cultura a educação de pessoas surdas, que vocês compreendam do macro a educação especial, para o micro, a educação especial e educação inclusiva nesta perspectiva de uma cultura que a gente tem como convicção valorizar a diversidade humana e respeitar as singularidades de cada um, ou seja respeitar as diferenças a gente espera que você ao término da disciplina professor, seja capaz né de conhecer os fundamentos da língua brasileira de sinais, para que enquanto futuro professores que atuarão em ambientes educacionais, formais e não-formais, possam fazer uso de conceitos básicos, de conhecimento de alguns sinais, ainda que você não tenha a pretensão, a disciplina não tem a pretensão, que você Professor saia fluente em libras, até porque é uma língua você ter a oportunidade logo na primeira semana de responder a uma escala de atitudes sociais em relação à inclusão, não tem certo e errado, é uma escala que foi desenvolvida pelo professor sadao omote ele se aposentou este ano de que passou de 2020 em dezembro, ele elaborou essa escala de atitudes para que nós professores, profissionais de diversas áreas possamos fazer uma auto-reflexão em relação à inclusão, sobretudo vocês podem fazer em dois momentos, logo no começo da disciplina e ao término da disciplina como é que se plena foi pensada e está estruturada? como vocês sabem como alunos da Univesp, a disciplina ela tem diferentes possibilidades de participação, vocês poderão participar e eu espero muito que os vídeos contribuam para a formação de vocês, então a gente tem vídeo-aulas, com mais de vídeo aula que eu estou fazendo agora, vídeo-aulas com entrevista com profissionais da área, que eu professora Verinha conheço tive o prazer de ter essa interação para contribuir na formação de vocês, vocês terão oportunidade de tecer reflexões a partir de leituras, atividades, de quis, também terão as avaliações, tanto de questões objetivas, quanto dissertativas, é dessa forma que a disciplina foi organizar tudo isso acontecerá em oito semanas a gente vai ver nesta primeira semana o apresentando a disciplina para vocês, os fundamentos da Educação na diversidade, cujo objetivo principal é que vocês sejam capazes de se apropriar dos conceitos, dos fundamentos básicos da Educação na diversidade, os fundamentos históricos e legais de uma educação especial, que cujo objetivo é conhecer brevemente os fundamentos históricos da educação especial, promover reflexões sobre os desafios, da construção da política de práticas e de culturas mais inclusivas, vão conhecer as principais características dos estudantes público-alvo da Educação Especial, vocês hoje podem estar se Perguntando, mas de quem Será? quem são os alunos público-alvo da Educação Especial? de fato quando a gente pensa Nele, muitas vezes a gente pode confundir com alunos com TDH, com dislexia e não, a nossa política ela tem um público previsto que está dentro, coberto por esta área de conhecimento, por essa modalidade de ensino, então vocês vão conhecer rapidamente as características desses alunos, depois vocês terão A surdez, um breve contexto na histórico e conceitual da surdez você também terá a oportunidade de compreender o papel do atendimento educacional especializado, ele é conhecido por uma sigla nas escolas, acho que vocês já até ouviram falar disso, mas é conhecido como PAEE, a professora Verinha o meu aluno frequenta o PAEE, na realidade eles frequentam uma sala de recursos multifuncional, ou sua sala de recursos, que oferta o atendimento educacional especializado, por isso a sigla PAEE, nesse espaço é o lugar o aluno vai aprender libras, o Braille, utilizartecnologias assistivas, vocês terão a oportunidade de conhecer os materiais que tem nesse serviço, compreender a importância da parceria de vocês futuros professores de pedagogia, com os professores de educação especial, porque uma escola inclusiva nós não fazemos sem um verdadeiro trabalho coletivo, é muito importante que o professor de classe comum tenha com clareza que ele não é o único responsável pelo aluno, ele é também, mas é também responsabilidade da gestão, do professor de Educação Especial, por isso a importância desse trabalho coletivo depois vocês perderam oportunidade de aprofundar a deficiência auditiva e surdez, a introdução a Libras, eu espero que vocês gostem, mas a gente preparou o carinho os principais sinais que a gente usa no dia a dia, como meses do ano, eu, você, compreender alguns conceitos alguns sinais básicos que poderiam favorecer um diálogo entre você professor e o seu aluno porventura caso você tenha um aluno com surdez por último fazer uma retomada sobre a escolarização do aluno surdo, até uma revisão se porventura ficou alguma dúvida, compreendendo o papel do professor de classe comum nesta parceria, nesta articulação como professor de Educação Especial, tera oportunidade de praticar Libras, a gente vai disponibilizar um app, um aplicativo que você vai poder praticar e conversar com seus colegas, com outras pessoas, instigando você aprender mais uma língua, assim como a gente tem o inglês, o espanhol, libras é uma língua brasileira de sinais, Então essa é a perspectiva que a gente tem para nossa disciplina por isso que eu estou chamando nesta vídeo-aula que ela é uma introdução a todo a disciplina as 8 semanas, mas nessa primeira de colocar para vocês a importância que tem, o diferencial que vocês professores terão de ter este conteúdo, de desenvolver essas competências, de poder pensar e planejar uma aula numa perspectiva de desenho Universal, Ou seja, que a gente possa ter uma aula que eu considero todos os alunos e não alunos com e alunos sem deficiência, ou alunos do professor de classe comum, e aluno o to que o filho é teu da Educação Especial, não, A ideia é que cada vez mais a gente possa eliminar, ou até Minimizar as barreiras que estão dificultando a aprendizagem para que todos os alunos sejam capazes de aprender eu quero encerrar essa vídeo-aula dizendo: que ninguém dá o que não tem, E ninguém ensina o que não sabe, então é fundamental que vocês aprendam esses conteúdos para poder ensinar com competência, com esse saber de comprometimento, de compromisso com a aprendizagem de todos os seus alunos, e por que não para concluir a gente ter no trabalho com alegria como disse Paulo Freire Semana 1 - Quiz da Video aula - Abertura da disciplina PERGUNT A 1 Assinale a alternativa que exprime corretamente o significado a sigla PAEE. a. Professores do atendimento educacional especializado. b. Público-alvo da educação especial. c. Psicólogos e assistentes sociais da educação especial. d. Pais e amigos de estudantes especiais. e. Psicólogos do atendimento educacional especializado. Segundo a Política de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008), o público-alvo da educação especial é aquele que faz parte da educação especial na perspectiva inclusiva e, portanto, tem direito ao atendimento educacional especializado. PERGUNT A 2 Selecione a alternativa que corresponde aos fundamentos da educação especial na perspectiva inclusiva. a. Rompimento com a ideologia tradicional. b. Necessidade de valorizar a igualdade e promover a correção das diferenças. c. Respeito às características homogêneas em detrimento das heterogêneas. d. Respeito às diferenças e singularidades – a humanidade se enriquece quando valoriza a diversidade humana. e. Estimulação de habilidades para estudantes com deficiência se tornem parte da homogeneidade social. Na vídeo aula a professora explicou que a humanidade se enriquece quando valoriza a diversidade humana, portanto, são fundamentos da educação especial na perspectiva inclusiva o respeito e valorização das diferenças e singularidades. Vídeo aula - Fundamentos da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva a primeira pergunta que eu gostaria de fazer pra você hoje é, você convive com uma pessoa com deficiência, no seu cotidiano, na sua família, como o futuro professor seria muito importante parar e refletir um pouquinho sobre esta questão porque eu pergunto isso? historicamente pessoas com deficiência ao longo da humanidade elas eram excluídas, muitas delas eu costumo dizer para alunos sobretudo quando é criança, eram literalmente eliminada, jogadas aos leões, e dependendo do contexto histórico e como hoje nós temos uma vídeo aula que não dá pra ser tão demorado, eu vou tentar fazer alguns saltos na nossa história, na nossa linha do tempo, então pessoas que a princípio podiam ser eliminadas, mortas, em outros momentos elas atuavam, eram como bobos da corte em determinados períodos, e mais já recentemente a gente viveu por muitos e muitos anos um período da segregação esse período da segregação com o advento do cristianismo muitas pessoas com deficiência, que até então eram consideradas dementes passaram a ser vistas como seres que tinham almas, e portanto a sociedade muitas vezes agiu com essas pessoas de forma numa perspectiva assistencialista, bem assim mesmo de cuidado, de caridade passaram-se os anos, passaram-se os séculos, esse modelo que a gente considera de segregação, ele permaneceu por muito tempo, no qual pessoas com deficiência ficavam apartados da sociedade, muitas nem iam para algumas instituições que tinham essa característica de segregação, ficavam segregados no próprio âmbito a família, e certamente não é porque https://ava.univesp.br/webapps/blackboard/content/launchAssessment.jsp?course_id=_5902_1&content_id=_793826_1&mode=view https://ava.univesp.br/webapps/blackboard/content/launchAssessment.jsp?course_id=_5902_1&content_id=_793826_1&mode=view muitas famílias tinha um maldade, era por princípio mesmo de proteção, de cuidar, até porque a nossa educação como todos sabemos ela não foi acessível para todos ao longo da nossa história posteriormente nós vivemos um período que a gente chama de integração, já no século 20, alunos com deficiência foram é cada vez mais já tendo a perspectiva de ir para uma escola especial, em alguns sistemas municipais e estaduais, eles já puderam estudar nas classes especiais, e por que isso? o avanço da ciência, nós tivemos uma preocupação, grande militância de pessoas da área da saúde, profissionais da educação, as próprios familiares, defendendo os direitos dessas pessoas vocês saberiam me dizer é um marco importante nesse período histórico? Sim, um marco fundamental nesse período histórico foi a declaração dos direitos humanos, apenas em 1948, a gente tem como marco referencial o direito à liberdade, o direito de cada um ser, pertencer e independente de quaisquer características mas se vocês acham que só porque aprovamos esse documento, nessa declaração, todas as crianças já foram para a escola, não, infelizmente a exclusão de muitos alunos ainda é está presente até os dias atuais, dependendo de qual contexto, de qual país então em síntese, se a gente pensar que ao longo da história da humanidade as pessoas com deficiência viveram esse período da qual elas eram eliminadas, excluídas, depois posteriormente integradas em alguma instituições, por exemplo aqui no brasil nós tivemos o instituto benjamin constant, o instituto INES para surdos, desde o período do império, mas como eu disseainda não era uma perspectiva democrática de escola para todos por isso no século 20 a gente tem sem sombra de dúvida um aumento de crianças indo pra escolas especiais, porque muitos pais que precisavam trabalhar foram procurar vaga na classe comum, em escolas comuns e nem sempre conseguiram, e a partir de organizações, a gente teve a ampliação em aumento de escolas especiais, mas de natureza filantrópica, ou seja, as apaes, as pestalozzis, a gente tem no brasil um aumento grande na década de 50, até 90 dessas instituições se a gente pensar que elas foram aquelas que acolheram e que proporcionaram quase sempre uma perspectiva de educação e do cuidado, a gente teve como meta a integração mas historicamente a gente viu que nós não conseguimos integrar muitas pessoas que foram para essas escolas e até mesmo para as classes especiais, no contexto da sociedade, seja ela no trabalho, no lazer, ou seguir a sua escolarização na classe comum então esse período da integração, é lógico que nós temos um país que tem a questão é do contexto histórico e cultural que nem sempre as coisas acontecem ao mesmo tempo em todos os lugares, até porque o brasil é muito grande, mas a gente tem esse período no qual muitos alunos que passam a ir pra escola especial, muitos que passam a ir para as classes especiais não conseguiram fazer a migração de sistema e portanto terá integração na classe comum mas no mundo todo, no mundo como um todo, já a partir da década de 60, mais fortemente de 80, a gente tem um movimento social de inclusão de todas as pessoas em 1990 nós tivemos em Jontien, um evento do qual o brasil participou e a partir do qual a gente firmou o pacto da educação para todos, então a partir de 90 é um referencial importante para o Mundo, que tinha como premissa, que os sistemas de ensino de todo o mundo deveriam estar se organizando pra não deixar nenhuma criança fora da escola em 94, em Salamanca, quatro anos depois, os países se reúnem novamente e o brasil fez parte e de lá eu considero que nós tivemos o documento mais representativo de impulsionar uma mudança de educação especial, de maneira segregada, para uma educação especial na perspectiva da educação inclusiva, em salamanca os países se reuniram, eles é elaboraram um documento que a declaração de Salamanca, a partir deste documento norteador muitas políticas públicas em diferentes partes do país começam a se modificar, para que a gente tenha uma perspectiva de educação especial numa perspectiva inclusiva, ou seja, escolas deveriam se modificar de tal forma para garantir que todos os alunos pudessem vir para ela, participar ter o acesso, ter aprendizagem e a conclusão de seus estudos considerando que quem teria que se modificar não é o aluno para fazer parte, e sim as escolas, então essa premissa que a escola deve se modificar de tal forma que ela consiga acolher a todos vocês poderiam me perguntar e isto já acontece? hoje em pleno século 21, não a gente tem isso como utopia, mas sem dúvida muito já se modificou, por isso eu gostaria de trazer para vocês a reflexão fundamental que essa mudança de crença, mudança de crença que eu não preciso mudar o outro para respeitar, para conviver, e sim uma perspectiva de educação pautada na diversidade humana, tem um ditado popular que eu vou recordar com vocês, filho de peixe peixinho é, filho de humano não nasce humano, ele só se torna humano se ele tiver oportunidade de se humanizar, e portanto esta humanização na escola tem que ter como princípio o respeito às diferenças, porque afinal de contas nós somos diferentes ou não? sem sombra de dúvida nós somos diferentes, nós temos diferentes elementos, dimensões que nos aproximam, como por exemplo ser é mulher, ser branca ou preta, ser alta ou baixa, então tem características físicas, sociais que nos aproxima e muitas vezes essas características que fazem com que consideramos parte de um grupo, como por exemplo pessoas com deficiência e pessoas sem deficiência, pessoas que têm condições socioeconômicas e pessoas que não têm, então temos sim grupos demarcado socialmente, mas temos a perspectiva da educação na diversidade, que nada mais é do que ter como princípio que aquele modelo de escola que a gente poderia dizer, quando eu era pequena lá na minha escola, que todos iam para a escola, tinha os mesmos princípios acreditavam nas mesmas coisas, quase sempre tinham as mesmas religiões, e isto acabou hoje a gente tem uma educação que ela é democrática, no qual ela prevê o respeito a todas as diferenças humanas, de credo, de cor de pele, de etnia, de religião, se temos ou não deficiência, portanto em cima desse princípio que garante o direito de sermos diferente, mas sem perder de vista que este direito garante a nossa singularidade, que quer dizer isso? na realidade é isso estamos juntos na diversidade humana, mas cada qual ser respeitado na sua singularidade, então por exemplo um aluno cego ele precisa ser respeitado porque ele tem características para acessar o seu código, como o braille por exemplo que é diferente de um outro aluno, um aluno surdo ele tem características culturais, afinal de contas libras é sua primeira língua, então eu não posso perder de vista que esse é um direito, é uma singularidade desse indivíduo, assim como um aluno por exemplo com TEA, com transtorno do espectro autista, esse aluno ele tem características, se por ventura ele não é um aluno que fala, ele pode usar comunicação alternativa, então viver na diversidade, trabalhar cultivando a perspectiva da diversidade não significa considerar todas as pessoas iguais, pelo contrário, significa considerar que cada um na sua característica, na sua diversidade, tem direito de ser respeitado pra você se aprofundar mais, eu diria não deixe de ver o vídeo que eu gravei chamado linha do tempo, é uma entrevista que até a instituição a usp fez sobre esse período histórico da pessoa com deficiência até essa perspectiva da educação inclusiva, que eu diria, que você pra poder aprofundar e compreender cada período histórico que essas pessoas viverão, que vocês vejam este vídeo complementar a nossa disciplina, que lá tem uma riqueza de detalhes em cada um dos períodos pra ir finalizando eu gostaria de contar pra vocês como nós organizamos os conteúdos que permearam esta nossa disciplina, voces terão oportunidade de ter essa pequena essa primeira introdução, dos fundamentos que balizam, questão é como um alicerce da educação especial na perspectiva da educação inclusiva que resgatando quais seriam esses fundamentos? O respeito à diferença de cada um, a singularidade de cada um numa perspectiva que ser humanos são diferentes e que essa humanidade enriquece cada vez mas quando ela valoriza a diversidade humana também a crença que todos somos capazes, capazes de aprender e portanto você futura professor precisa ter a convicção que você é capaz de ensinar, pra isso você poder conhecera algumas características principais do público alvo da educação especial perpassará também um pouquinho do que seria o atendimento educacional especializado para essa população, quais os recursos eu possa ofertar para garantir que eles possam usufruir de toda a riqueza da sala de aula, bem como a parceria entre o professor de educação especial e professor de classe comum é fundamental, você futuro professor de classe comum, tenha clareza que a educação inclusiva não se faz por um só professor, ela se faz com o suporte da educação especial trabalhando em conjuntos para que a gente possa planejar, para que a gente possa desenvolver em cada escola pública culturas, práticas e políticas mais inclusivas maispro final da disciplina você ainda terá oportunidade de aprender características específicas da cultura surda, diferentes sinais que você poderá conhecer melhor o seu aluno numa situação de sala de aula, então você terá a oportunidade de experimentar, fazer e praticar a libras, eu considero que de modo introdutório, porque a libras é uma língua e como uma língua certamente não em uma disciplina que a gente consegue, mas eu diria que desde 2005 quando a gente tem a obrigatoriedade da libras como uma disciplina obrigatória em todos os cursos de formação, nenhum professor mais sairá do seu curso de formação inicial sem saber que ela existe, do quanto ela é importante, do quanto no período de sala de aula se você tiver dúvida que você vai poder contar como o professor intérprete, com o professor de educação especial mais do que sair desta disciplina é com hall de conteúdos que você teria decorado, eu diria que o principal futuro professor seria você ter a convicção que escola inclusiva é uma nossa meta, ela precisa ser construída com ações planejadas a curto, médio, longo prazo, e por isso você professor é muito importante na formação das futuras gerações, porque a forma como você conduzir a sua aula pode sem sombra de dúvida contribuir para a gente ter escolas e uma sociedade mais inclusiva Quiz da Video aula - Fundamentos da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva Selecione a alternativa que corresponde aos fundamentos da educação especial na perspectiva inclusiva. a. Respeito às características homogêneas em detrimento das heterogêneas. b. Rompimento com a ideologia tradicional. c. Respeito às diferenças e singularidades – a humanidade se enriquece quando valoriza a diversidade humana. d. Necessidade de valorizar a igualdade e promover a correção das diferenças. e. Estimulação de habilidades para estudantes com deficiência se tornem parte da homogeneidade social. Na videoaula a professora explicou que a humanidade se enriquece quando valoriza a diversidade humana, portanto, são fundamentos da educação especial na perspectiva inclusiva o respeito e valorização das diferenças e singularidades. Vídeo Linha do tempo: Educação Inclusiva (USP) olá estamos no século 21 praticamente tudo mudou com o passar do tempo, o modo como nos comunicamos, o modo como nos locomovemos e até mesmo modo como comemos foi se alterando, estamos em um mundo em constante transformação mas você já parou para pensar um pouquinho como essas mudanças aconteceram? e que papel essas coisas assumiram hoje? e mais o que serão delas daqui pra frente? é essa a nossa missão é mostrar toda essa relação histórica de diversos temas para melhor compreendê los, começa agora uma linha do tempo https://ava.univesp.br/webapps/blackboard/content/launchAssessment.jsp?course_id=_5902_1&content_id=_793828_1&mode=view https://ava.univesp.br/webapps/blackboard/content/launchAssessment.jsp?course_id=_5902_1&content_id=_793828_1&mode=view https://ava.univesp.br/webapps/blackboard/content/listContent.jsp?content_id=_793785_1&course_id=_5902_1 https://ava.univesp.br/webapps/blackboard/content/listContent.jsp?content_id=_793785_1&course_id=_5902_1 a oferta de educação a pessoas com deficiências mudou bastante com o passar dos anos, no brasil após um longo período de exclusão e abandonou, as atenções a esse tema ganha um corpo no século 19 em 1854 ocorre a criação do instituto dos meninos cegos, hoje instituto benjamin constant e três anos depois do instituto dos surdos-mudos, atual instituto nacional de educação de surdos, ambos na cidade do rio de janeiro o perfil com tudo era muito mais voltado às deficiências visuais e auditivas continuando a excluir as limitações físicas e principalmente as intelectuais ao cenário começou a mudar apenas a partir de meados do século 20 e quando inicia-se a articulação de uma política de educação especial é nessa época que surge em instituições como a sociedade pestalozzi do brasil e apae em 1969 o brasil contava com mais de 800 escolas especializadas na educação de pessoas com deficiência intelectual na década de 80 à educação especial começa a ganhar o caráter de inclusão, o primeiro passo para isso em 1988 com o artigo 208 da constituição brasileira que garante o atendimento preferencialmente na rede regular de ensino aos indivíduos que apresentam deficiência em dezembro de 1996 é publicada a lei de diretrizes e bases da educação nacional, 9.394, o texto confirma que a educação especial deve ser oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, e deve haver serviços de apoio especializado e para falar sobre educação inclusiva conversamos com vera lúcia capellini olá sejam bem vindos ao linha do tempo, estamos recebendo hoje é que a professora vera lúcia capellini, que é docente e pesquisadora anos da educação inclusiva, professora muito obrigado por sua participação conosco VERA: é um prazer poder colaborar REPORTER: professora é diferente educação especial de educacao inclusiva? VERA: sim ótima pergunta por que no senso comum há uma grande confusão, como se a educação inclusiva tivesse terminado com a educação especial, ou substituído, e pelo contrário, educação inclusiva é uma escola que tem como objetivo acolher a todos promover o desenvolvimento e a aprendizagem de todos, ou seja, toda a escola deveria ser inclusive quando a gente fala de educação popular, de escola pública democrática, é para todos mas historicamente ela não foi e por que ela ganhou o rótulo de educação inclusiva? por conta do movimento é sobretudo da década de 50 pra cá, que vem tentar romper com a exclusão de qualquer minoria, sejam ela os índios, as pessoas com deficiência, há a questão de gênero, então, por isso que a escola inclusiva, ou educação inclusiva é uma escola para todos, e é também para o público alvo da educação especial portanto a educação especial nesta perspectiva de uma escola para todos, ela ganha força, porque ? Historicamente a pessoa com deficiência, transtorno global do desenvolvimento, ou altas habilidades superdotação, que é o público alvo da educação especial determinado por lei no brasil, eles ficavam exclusivamente estudando em escolas especiais e recebendo um atendimento da educação especial hoje a perspectiva é outra, como a gente fala de inclusão escolar desse público-alvo, a meta é: que eles estudem na mesma escola que todos os outros alunos, que não tenham deficiência, mas que eles contem com o apoio da área da educação especial, então educação especial é uma área de conhecimento, que tem por objetivo avaliar, é buscar novas estratégias, ofertar o atendimento educacional especializado, complementar ou suplementar então ela não vai escolarizar a pessoa público alvo dela, com deficiência com TGD (TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO) ou altas habilidades ela vai ser um suporte, e enquanto área ela é transversal então o bebê que acabou de para a creche, até o meu orientando na pós graduação que porventura surdo, tem direito a ter a educação especial, ela é transversal, é uma modalidade de ensino de fato a educação ela tem os níveis de ensino, educação infantil, fundamental e médio e superior, e hoje a gente chama de educação básica, o primeiro que é desde a infantil até o médio, e passando a educação básica até superior, têm esta modalidade de ensino que a educação especial REPORTER: professor é consenso de que o aluno mesmo com deficiência, ele deva ser integrado na rede regular de ensino? VERA: não é consenso, a gente viu até essa semana matéria discutindo a questão de pagar o cuidador, pagar uma pessoa de apoio pra apoiar oprofessor da classe comum, não é consenso nem no brasil e nem no mundo, então isto não é consenso mas o que é consenso? que por direito nós somos iguais, porque somos diferentes, então enquanto princípio ético, moral, é consenso na literatura do mundo que o melhor ambiente para que todos aprendam, sejam escolarizados, convivam, é no ambiente que qualquer pessoa está porém na estrutura que nós temos hoje e aí como pesquisadora que diverge de alguns outros pesquisadores, hoje a escola da forma como ela está estruturada, seja nas suas políticas, seja na sua estrutura mesmo organizacional, pedagógica, e na cultura, ela ainda não é o melhor ambiente pra aqueles que a gente pode considerar assim, mais comprometidos, que tenham de repente necessidade de uma alimentação por exemplo por sonda, então não é que ele não tem direito, na realidade o princípio é, todos têm, a escola que está aí hoje não proporcionaria uma integridade física, de dignidade humana para todos, mas seriam raros os casos que na conjuntura atual, sob o meu ponto de vista, de alguns pesquisadores, ainda não se beneficiam da escola comum mas quando a gente fala que seria alguns casos, é para que as pessoas entendam que vão dispor de cada 100 pessoas público alvo da educação especial, uma minoria, dois ou três casos, porém pensando estatisticamente, a curva ainda ao contrário, a maioria não está na escola comum, esse é um mito ainda REPORTER: senhora falou alguns pontos, a própria isto estrutura física da escola barra a inclusão? VERA: barra, por exemplo um aluno que é cadeirante e ele quer participar e têm direito de participar da quadra, de todos os ambientes, esta escola tem que derrubar as rampas para que ele esteja lá, é uma barreira arquitetônico, e se preciso for ele tem que entrar na justiça para que essa escola mude imediatamente para que ele esteja lá, então esse na minha concepção que demanda uma mudança de barreira física, ele tem que estar la toda criança que nasce hoje, eu e alguns pesquisadores no mundo a gente vem defendendo que nenhum mais seja excluído, então nasceu um bebê, com uma deficiência muito comprometida, porque levar o recurso pra ele para uma escola separada se o problema é o recurso eu leva o recurso da escola que eu tenho e aí essa escola vai se modificar com a entrada dele, o recurso vai pra lá, agora pensa num adulto com 18 anos que viveu a vida toda num ambiente mais segregados, que tem um aparelho próprio pra ele, que às vezes está numa cama, que não tem uma comunicação verbal, que tem uma deficiência intelectual que às vezes é até difícil de conseguir com a avaliar o quanto ela é comprometida, eu tiro ele de uma escola especial por exemplo e coloco numa classe comum, ele tem que ser matriculado na faixa etária dele, então ele não vai lá para os pequenos, ele vai para um ambiente de 18 ou 17 se é a idade dele, isto equivaleria ao ensino médio quase indo para a faculdade, no ensino médio a escola está trabalhando com 45 alunos, com conteúdos abstratos, que pressupõe leitura, escrita, então eu estaria ferindo a dignidade desse aluno fazendo uma inclusão dessa forma agora, dessa natureza agora se é um aluno que a gente teve o prémio nobel da física lá, que é altamente comprometido no motor, ele nasce hoje, e ele tem oportunidade da gente equiparar, equiparar é oferecer recursos de tecnologia assistiva desde bebê e ele vai para a escola como um desde bebê, esta escola se modifica de tal forma que ele faz parte, ele está integrado naquele ambiente, então eu não estou ferindo a dignidade dele, agora trazer um por um ambiente que não está e que ele próprio vamos supor: que não tenha a questão da leitura, da escrita, um comprometimento muito acentuado, que não tem a comunicação e a escola não tem comunicação alternativa, ele é uma pessoa que precisa do cuidador o tempo todo, tinha que ter começado lá atrás então pra esses casos é difícil até limitar qual o caso, pra mim nenhum mais deve ser excluído ao nascer, mas aquele que vai eu acho que todo cuidado deve sempre se levar em conta Um advogado que porventura têm uma deficiência física, disse pra mim: professora vera, a lei fria ela sempre depende de quem interpreta e a interpretação que a gente dá é: eu estou ferindo a dignidade humana dele? então se eu tiver ferindo a dignidade humana que benefício é inclusão forçada, que é que a escola não tem nenhum recurso para equipar as oportunidades, eu estou ofertando para ele? Isso não é consenso REPORTER: a professora senhora citou várias vezes brasil e o restante do mundo. Como que o brasil está nessa questão? a gente vê muitos casos, muitos temas que o brasil está muito longe. é isso ? e para esse tema também? VERA: essa questão pelo contrário, eu tive a oportunidade de fazer o meu pós-doutorado na espanha, então o que nós temos no brasil? uma educação para qualquer pessoa muito ruim, então o brasil está defasado nesse aspecto de educação inclusiva considerando o público alvo da educação especial, não , as nossas leis brasileiras em termos de educação especial, numa perspectiva de inclusão escolar é uma das melhores do mundo, em garantia de direito a gente tem um estatuto da pessoa com deficiência, várias questões, a gente o fundeb dobrado, que é o recurso para pagar o professor do AEE, então em termos legislação o brasil é ponta, em termos da perspectiva de inclusão o brasil também é, porque a gente vem desde 2001, desde 2000, do antigo plano nacional de educação com essa proposta, 2001 as diretrizes já era pra que se tivesse inclusão escolar, todavia a forma como a gente organiza ainda a gente deixa a desejar, por exemplo, escola especial no brasil é filantropia, é quase sempre filantropia, o que é isso? o serviço público não tomou pra si, coisa que em outro país eu já vi que era diferente, então a gente vive ainda uma idéia de assistencialismo, de caridade outro problema que é grave no brasil, a articulação educação especial como a educação comum é muito ruim, por exemplo os estados unidos é muito comum eles terem o CO-TEACHING (COLABORACAO ENTRE PROFESSORES NAS SALAS DE AULA) ou seja, o professor de educação especial atuando dentro da classe comum com o professor da classe comum, professor de física, de matemática, ha uma parceria de expertises, que a gente fala, do conhecimento que um tem com da outra área, no brasil isto não acontece, em nenhum lugar porque enquanto política é a do contraturno, que a política do contraturno? aluno vai de manhã na escola comum volta no período contrário para ter o apoio é especializado no contraturno, alguns identificam de voltar, alguns têm dificuldade com o transporte e o professor do contraturno pouco interage com o do outro turno, nós temos escolas de dois turnos coisa que em outros países quase não existe, é período integral quase todas as escolas no bloco anterior da linha do tempo você conferir um pouco da evolução da educação a pessoas com deficiência, hoje percebe-se que a educação inclusiva está ainda em processo de constante construção, nesse contexto surgem estratégias como o atendimento educacional especializado, que visa complementar a formação do aluno por meio da disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e ferramentas que eliminem as barreiras, outra estratégia é a presença de um segundo professor na sala de aula, ou mesmo na elaboração do planejamento para discutir essas possibilidades continuamos nossa conversa com vera lúcia capellini REPORTER: professor o corpo docente está preparado para lidar com essa questão? VERA: olha de modo geral nem o ensino superior e nem na educação básica, mas essa máxima não estarpreparado nós também não podemos mais se pautar nela, porque uma mãe quando vai ter um filho com deficiência ela não está preparada, que qualquer mãe quando gera um filho você gera e pensa na perfeição, naquela criança que vai te dar um monte de alegrias, então uma mãe não está preparada para ser mãe de um filho com deficiência, quando ele nasce na convivência com ele ela vai aprendendo a conviver e a modificar algumas crenças que ela tinha então professores da educação infantil ao ensino superior, que não estão preparados, não precisa ficar preparado para receber, esta é um é um discurso que eu não tenho, as pesquisas mostram que não é por aí, primeiro porque se você pergunta se ele quer se preparar? ele não quer, porque ele fala eu não fui preparado, não foi formado, ou alguns inclusive tem um mito que o melhor lugar pra ele era numa escola especial, por exemplo como numa APAE hoje a gente vê que quando ele tem o aluno na sala, o aluno vai desafiá lo, e inclusive o aluno com deficiência, ou com tgd, ou com altas habilidades, matriculado na classe comum, ele possibilita pra que esse professor pensa em alguns modelos de ensino, práticas pedagógicas diferentes da que ele vem fazendo, então não precisa estar antes mas durantE é um direito dele, então aí entra a educação especial também, que deveria ser aquela que vai colaborar com a formação destes que não estão, para que eles possam pensar em outras estratégias de ensino para um grupo heterogéneo, porque nós somos diferentes por exemplo um aluno com síndrome de down não é igual ao outro aluno com síndrome de down, um aluno com autismo não é igual a outro aluno com autismo, então o professor ele nunca ficar preparado e em cada síndrome, em cada deficiência, ele tem que estar preparado para ministrar uma sala em contexto da diversidade, sejam as características quais for, ou de deficiência, ou cultural, ele precisa aprender que diante dessa diversidade das diferenças humanas o que ele precisa modificar, adaptar, trazer outras estratégias REPORTER: professora você falou um pouquinho a questão do ensino Colaborativo, qualquer importância na visão da senhora desse modelo de ensino? VERA: olha não só nos estados unidos mas em outros países esse modelo de ensino é o que a as pesquisas vêm apontando que é uma grande possibilidade da inclusão escolar ser bem sucedida, então enquanto princípio ético a gente já sabe que é direito, mas aí não é só colocar lá, todos precisam aprender, os dados têm apontado e o meu doutorado monstrou isso, que quando você está junto com o professor de classe comum e você por ter conhecimento por exemplo tecnologia assistiva, comunicação alternativa, todos os recursos que a educação especial historicamente foi construindo desde o século 16, MONTESSORI por exemplo foi uma médica, ela desenvolveu material pedagógico vários que a gente utiliza até hoje para o trabalho com pessoas com deficiência então usar os recursos da área da educação especial em conjunto, seja na sala de aula, ou no planejamento das aulas, a literatura vem apontando como uma das melhores estratégias que beneficia não só o aluno com deficiência, toda turma, e no brasil pra não ficar só no pessimismo que não é possível, o espírito santo, o município de vitória, conheceu meu doutorado e a secretária de educação colocou como política pública ensino colaborativa são carlos, a partir de 2013, então é bem recente, contratou professores por concurso público de ensino colaborativo, não extinguiu a sala de recurso no contraturno, mas ele contratou alguns para já ir trabalhando dentro da sala de aula comum com o professor da classe comum, então dizer que já é uma política para o país ainda não, mas que não existe no brasil também é mentira, porque já tem algumas experiências fazendo contratação de professor de educação especial, no modelo do ensino colaborativo, que nada mais é do que: o professor de educação especial com a sua expertise, o seu conhecimento, planejando, desenvolvendo e avaliando estratégias cujo foco não é o aluno com deficiência, mas toda turma que tem um aluno com deficiência, ou com tgd, o grupo, o foco é o grupo, é como promover a aprendizagem de uma sala heterogênea na qual tem um aluno público alvo da educação especial REPORTER: professor onde que entra o atendimento educacional especializado nesse contexto? AEE VERA: o brasil desde 2008 pra cá ele tem uma política de educação especial na perspectiva da educação inclusiva, cuja principal mudança na escola nesta política foi a garantia do atendimento educacional especializado em quase toda a escola, ainda não é verdade que tenha toda a escola, a política de 2008 pra cá colocou como meta, que toda escola tenha o atendimento educacional especializado, eu vejo como um grande avanço para o país, qual é um dos entraves para que ele de fato seja benéfico para todo o aluno público alvo da educação especial? o primeiro entrave como ele só pode ser ofertado no contraturno, a articulação entre os dois professores, é um entrave, à conversa oficial esse diálogo entre da comum e da especial, outra dificuldade de alguns pais inclusive do aluno ir no contraturno e eu vejo como uma entrave à formação do professor do AEE, porque? com a extinção das habilitações, é importante que aqueles que estao nos ouvindo saibam que até 2006 a gente tinha habilitações nas áreas O que é isso? eu fiz pedagogia por exemplo eu me habilito em deficiência auditiva, visual, intelectual e física, as quatro áreas, elas foram extintas por uma política de formação de professores que acabou com as habilitações, também de gestão escolar, entre outras, hoje eu forma o pedagogo em quatro anos, e esse pedagogo pode teoricamente transitar na educação infantil, no eja ( que é para pessoas adultas) para as pessoas com deficiência, na educação indígena, da educação no campo, na gestão, é muito pra ele, e coisas que em outros países não só assim, a gente vê que a formação é por nível por exemplo, eu formo um professor de educação infantil, eu formo um professor de educação especial, eu formo professor dos anos iniciais, o brasil não, eu penso que isso foi um retrocesso e para ofertar AEE, como eu vou ensinar braille para um cego que têm direito de aprender o braile, se eu não sei, quem vai formar esse professor que precisa saber braile, que precisa saber libras, porque libras por exemplo para o surdo é a primeira língua, é um direito dele de ter libras e de ter a língua portuguesa como segunda língua, porque a brasileira, então esse professor que está ofertando AEE, tem tido muita dificuldade, porque agora a ele tem ficado cursos de especialização, quase sempre ali gerados 360 horas, muitas vezes na modalidade à distância, e eu não estou aqui dizendo que modalidade a distância não é bom, mas quando ela não é ofertada de qualidade, quando esses cursos que às vezes visa mais o mercado e não a qualidade, ele faz um curso que não o capacita para ser esse professor especializado o aluno que está tendo AEE, que é uma em decorrência da política de 2008, ele está tendo um serviço que nem sempre é de qualidade, então eu falo que AEE é um direito, ele ainda não existe em toda a escola e quando ela existe precisa ser melhor estruturado, tanto na formação do professor que vai atender o aluno com deficiência no AEE, quanto na articulação com os professores de classe comum REPORTER: mais uma vez no papel ótimo, mas na prática VERA: sim, as pesquisas mostram, eu fiz parte do observatório nacional de educação especial que é uma pesquisa muito grande de quatro anos que envolveu pesquisadores, 26 pesquisadores de todo o brasil, as federaisentraram com pesquisadores de cada federal, e no caso do estado de são paulo da usp e da unesp, nós acompanhamos como está a implementação do AEE por esse país, que é tão grande e tão diverso eu costumo dizer que uma medida única, uma camisa única para um país tão diverso, por uma população que é tão diferente não podia dar certo, uma única forma de ofertar o AEE, não é uma boa resposta para a garantia da qualidade num país tão grande e tão diversos como nosso REPORTER: na sua conclusão do doutorado, deu pra sentir uma característica um pouco paradoxal, senhora estava pessimista com o que foi encontrado, mas de certa forma otimista pela vontade os profissionais, é isso mesmo ? VERA: eu não eu penso que a educação enquanto área de conhecimento é uma das mais complexas e a educação especial por sua vez, e no meu doutorado, ha um ar, por isso é paradoxal mesmo, e ha um ar, por isso que é dialética há uma crença na mudança porque a gente se for olhar para a época que eles eram mortos, jogadas aos leões, ou que era atribuído a ele uma condição de sub humano ,nós avançamos muito, barreiras arquitetônicas estão sendo derrubadas todos os dias eu vejo que isto é o que me conforta com a ideia de continuar pesquisando e lutando para que de fato a inclusão saia só das leis, porque já avançamos, e o que eu penso que precisa mudar? a barreira atitudinal é um item que a gente precisa mudar. E como eu mudo a barreira atitudinal? Não há outra forma, essas palavras não são minhas, o hamilton Werneck, um pesquisador carioca, ele diz assim: conviver eu aprendo convivendo, então colocar um aluno com PC, com altas habilidades, com autismo na classe comum, ainda que no século 21 agora, eu fico muito triste porque às vezes ele está lá e ele só está ocupando espaço a cadeira, um lugar físico mas ele não tá aprendendo que é um direito, está sendo uma possibilidade não pra ele mas para aqueles que estão convivendo com ele de ter uma outra crença novas pessoas tendo outra crença que é possível, amanhã certamente os novos que estarão lá terão além da oportunidade de estar lá fisicamente, a aprendizagem, eu falo que se preciso for alguns estarem lá hoje para garantir que amanhã todos tenham a aprendizagem é assim que a gente vai ser é um prazer contribuir, compartilhar com os ouvintes um conhecimento que a gente vem produzindo aí há quase 30 anos Semana 1 - Exercício de Apoio “Estar preparado para a convivência na diversidade” significa: a. Dialogar não apenas com os semelhantes, mas com quem pensa e age de maneira diferente da nossa. b. Reconhecer que todos são iguais e a diversidade é ilusória. c. Reconhecer a diversidade e se relacionar com os semelhantes, evitando o diálogo com quem pensa diferente. d. Dialogar apenas com os semelhantes evitando atritos com a diversidade. e. Relacionar-se com os pares que compartilhem da mesma ideologia. Ao apresentar os Fundamentos para uma Educação na Diversidade, o professor Clodoaldo Meneguello Cardoso descreve que: O mundo globalizado pelos meios de comunicação exige, hoje, que estejamos preparados para a convivência na diversidade, isto é, para o diálogo não apenas com os semelhantes, mas também com quem pensa e age de maneira diferente de nós. A educação de valores na cultura da diversidade é bem mais complexa do que aquela fundada numa visão homogênea do mundo. Semana 1 - Quiz - Objeto Educacional Qual o objetivo da educação segundo Clodoaldo Meneguello Cardoso? a. Promover a homogeneização das pessoas na sociedade. b. Possibilitar que os diferentes alcancem a igualdade. c. Ensinar que homens e mulheres convivem juntos, contudo, cada um merece ser atendido em suas necessidades fisiológicas. d. Construir uma sociedade que proporcione vida digna para todos. e. Ter uma vida feliz que satisfaça os desejos pessoais. O autor Clodoaldo M. Cardoso explica que “objetivo último da educação e de todo esforço humano é (ou deveria ser) construção de uma sociedade que proporcione vida digna para todos. Afinal, o nosso maior desejo é ter uma vida feliz” (p. 27). https://ava.univesp.br/webapps/blackboard/content/launchAssessment.jsp?course_id=_5902_1&content_id=_793834_1&mode=view Semana 1 - Atividade Avaliativa PERGUNT A 1 De acordo com o Decreto n. 7. 611/2011 (BRASIL, 2011a) e a Lei n. 9.394/1996 (BRASIL, 1996) (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional): o público da Educação Especial é composto por: a. surdos, pessoas com deficiência e gagueira. b. cegos, surdos e amputados. c. deficientes físicos e mentais e usuários de drogas. d. pessoas com deficiência; pessoas com transtornos globais do desenvolvimento e pessoas com altas habilidades ou superdotação. e. portadores de deficiência. PERGUNT A 2 Ao analisarmos os marcos históricos e normativos do objeto de estudo desta disciplina, percebemos um primeiro documento que lançou as sementes para uma educação mais inclusiva, a partir da defesa da educação como direito de todas as pessoas, bem como a promoção da formação humana e profissional, por meio de uma norma comum a ser alcançada por todos os povos e nações. O referido documento é: a. Lei de Diretrizes e Bases. b. Base Nacional Curricular Comum. c. Declaração Universal dos Direitos Humanos. d. Declaração de Salamanca. e. Carta Magna. https://ava.univesp.br/webapps/blackboard/content/launchLink.jsp?course_id=_5902_1&content_id=_793835_1&mode=view EDUCAÇÃO ESPECIAL E LIBRAS SEMANA 2 – FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E LEGAIS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL Vídeo aula – “Nova” Política Nacional da Educação Especial - quais são os impactos para a área? curso de pedagogia como eu contei para vocês no início da Nossa disciplina que ela a gente ia poder ter a oportunidade de refletir sobre questões atuais envolvendo a educação especial e envolvendo a perspectiva de construção de uma escola para todos, de uma escola mais inclusiva, nesta vídeo-aula eu tenho o prazer E A honra de ter conosco A Professora Doutora enicéia Gonçalves Mendes, como o nosso tempo é pequeno eu não vou me demorar falando todo seu currículo, mas eu gostaria de compartilhar com vocês que ela foi minha orientadora no mestrado e no doutorado, que a gente ainda desenvolve pesquisas em conjunto nesta vídeo-aula a temática principal hoje é discutir a política de Educação Especial numa Perspectiva da educação Inclusiva, esta era a política vigente, desde 2008 E aí nesse ano que passou de 2020, nós tivemos o decreto 10.502 e institui tentou Instituir, porque vocês vão ver toda a problemática E A complexidade desta proposta, ela vai falar sobre isso, a política nacional de educação especial equitativa, inclusiva e com aprendizado ao longo da vida nesse sentido tivemos muitas manifestações, eu gostaria de ter a primeira pergunta, além de agradecer a alegria da professora Estela estar aqui contribuir conosco nessa disciplina, queria que você comentasse Professor enicéia sobre o Decreto, o que que ele representa, sobretudo para esses alunos do curso de pedagogia e logo mais terão oportunidade de estar atuando numa escola e contribuírem pra ter práticas, culturas e políticas mais inclusivas, muito obrigada pela sua presença ENICEIA: para fazer uma análise do que representa o decreto 10.502, a gente tem que fazer uma contextualização histórica, a política de Educação Especial no Brasil ela tem início nos anos no final dos anos 70, embora pessoal falem da criação do ienes, DBC, lá no século 19, a gente considera que uma política e quando tem ações governamentais no âmbito de Ministérios, onde tem essa política então no final dos anos 70, e ela era dita como umapolítica de integração escolar, mas assim pressupunha que a escolarização prioritária seria escolas comuns, de estudantes com deficiência e altas habilidades, superdotação e transtornos globais de desenvolvimento, mas na prática O que se incentivou? a escolarização em classe especial instituições especializadas filantrópicas, E com isso durante ao longo de 20 anos o que o governo mandou de mensagem para a sociedade brasileira? que essas crianças gostam de um direito de ir na escola comum, que a educação delas era uma questão de filantropia, uma questão de caridade, Não questão de direito, então vivia todo uma discriminação em relação a esse público, a maioria das matrículas estavam em instituições filantrópicas, nas escolas especiais, que ficavam passando o chapéu, fazendo promoções para conseguir recursos, embora o governo subsidia essas instituições, nao é o mesmo que uma escola pública, você está na verdade desviando recurso que deveria ir para escola pública para ela atender esse público E você Está privatizando, incentivando a filosofia o que a gente viu? a partir de 2003, com o eixo do governo Lula, tem uma início aí a política de inclusão escolar o que é isso? ela é baseada no princípio de que o melhor lugar para escolarizar as crianças é na classe comum das escolas regulares, o governo faz tudo uma política de criação de salas de recursos multifuncionais para oferecer o atendimento educacional especializado, faz a formação de professores, manda recursos para tornar as escolas mais acessível, Então você tem um conjunto de medidas que isso vai passar para a sociedade que o governo reconhece o direito à educação escolar das crianças, que chega de discriminação dessas crianças, elas não poderem ir para escola, então reforça o princípio da Igualdade e o governo vai adotando https://ava.univesp.br/webapps/blackboard/content/listContent.jsp?course_id=_5902_1&content_id=_793786_1&mode=reset https://ava.univesp.br/webapps/blackboard/content/listContent.jsp?course_id=_5902_1&content_id=_793786_1&mode=reset o sistema público de recursos para construir competências pra poder escolarizar essas crianças a gente vê que o efeito dessa política em 2002, nós tínhamos em todo o país cerca de 110 mil matrículas de estudantes do público-alvo da Educação Especial, sendo escolarizados em escolas, em classes comuns, e a maioria cerca de 300 mil alunos em instituições especializadas, classes especiais daí a gente vai ver quem 2019 nós vamos atingir a marca de um milhão e cem mil matrículas de estudantes do público em especial nas escolas comuns, então a gente vê que quase 30 anos de política de integração, nós chegamos a 400 mil matrículas quando você quer tem uma política de inclusão, você chega e atinge a marca de um milhão e 300 mil estudantes em todo o país, então é uma ampliação de acesso, uma garantia de direito há uma escola muito amplificada com a política de inclusão escolar esse número é suficiente? ainda não é suficiente, porque a própria meta 4 do Plano Nacional de Educação, ela prevê a universalização do acesso à escola há esse público, então nós precisamos aumentar muito as matrículas, essas matrículas Elas têm que estar na classe comum das escolas regulares, porque a maioria pode, deve estudar em escolas comuns VERA: se a gente pensar que o decreto foi de 30 de setembro de 2020, e nós estamos agora em 2021, Em que situação se encontra essa nova política nacional? eu falo nova entre aspas, porque acho que você pode contar um pouquinho de como que a sociedade recebeu essa política? ENICEIA: o decreto, o que ele representou? primeiro representa um retrocesso na medida que ele volta, ele não reforça o princípio de inclusão escolar, que o melhor lugar de escolarização é na escola comum, na classe comum segundo ele a resposta a possibilidade de escolorização e classes especiais, em instituições especializadas, E com isso você facilita O desvio de recurso público para as instituições privadas, e filantrópicas, a gente volta a ideia de que a educação dessas crianças é uma caridade e não é direito, então o decreto tem essa cara, além do que, ele coloca uma divisão no movimento porque ele coloca uma reivindicação do movimento das pessoas surdas, com as escolas belingues, então você tem duas políticas, uma política das surdos e uma política para o resto dai você teve uma divisão, porque os o movimento do seu gostou do Decreto E o resto não, então você tem aí essa divisão, você tem outras instituições, outros setores da sociedade que são a favoráveis ao Decreto, que as próprias instituições especializadas, muito por conta do financiamento que elas conseguem ter com esse novo decreto, você tem todos os setores organizações científicas contra o decreto, E aí teve um movimento muito forte, e esse decreto ele foi revogado, que era coisa que acertada fazer mesmo, porque eu a política teria que garantir o princípio de inclusão escolar VERA: como ele tendo sido revogado, o que a gente podia dizer para os futuros professores em relação a essa perspectiva, da Educação de estudantes público-alvo da Educação Especial, que implicações que teria na vida escolar desses estudantes no contexto da escola, sobretudo da escola pública? ENICEIA: Eu acredito que com o decreto ele sinaliza de novo que as crianças com deficiência elas podem estudar em escolas especiais, e classes especiais, isso facilita por exemplo que as escolas públicas reneguem matrícula, ou fala: olha aqui não é o melhor lugar para essas crianças, embora ele coloca um canto de sereia que eu chamo que é a defesa de que os pais podem escolher qual é a melhor escola para os seus filhos, na verdade muitos pais não vão ter opção, porque as escolas elas direta ou indiretamente sugerir que lá não é lugar dela, e você tem uma de responsabilização da escola, e todos setor da educação pública em relação à escolarização desses estudantes com deficiência, então a gente hoje com a revogação do Decreto, você tem você tem um Limbo, porque a política nacional de Educação Especial na educação inclusiva, ela também foi montada no acabou legal dos decretos, os decretos do governo anterior, então ela continua válida, mas esse governo ele não definiu ainda quais são as diretriz para política de Educação Especial, revogado o decreto o que se tem na mesa? se tem um movimento que por exemplo: o decreto ele pede um retrocesso nas políticas dos anos 1990, tem todo o movimento de mantém a política nacional de Educação Especial na Perspectiva da educação inclusiva, que é uma política, que ela avançou muito em relação à concientizacao, sensibilização, ampliação do acesso à escola, mas ela definiu basicamente que o suporte que os alunos do público alvo precisariam seria o atendimento educacional especializado, Que que isso tá composto desde a constituição em 1988, que as crianças teriam direito de ir para escola e teriam também que tem um atendimento educacional especializado, reconhecendo que só estar na classe comum nao seria suficiente, senão não teriamos necessidades educacionais especiais mas a gente ficou quase 20 anos, porque só em 2008, em 2004 já tava meio definido que esse AEE seria então atendimento Extra classe, numa sala de recurso multifuncional, a política ela incentivou a criação de sala de recursos, de atendimento ao AEE, mas só que a gente chega em 2019 com apenas cerca de 40% dos Estudantes tendo AEE, que então a cada 10 crianças que estão naquelas comum, 6 estão ser sem nenhum tipo de suporte, não é apenas 4 tem o AEE, e nós nossas pesquisas do ANESP, Verinha também participou, a gente fez um estudo sobre o que acontece nesse AEE das salasde recursos e nós constatamos que ele é insuficiente para suprir as necessidades dos Estudantes, porque ? os estudantes passam 20 horas em uma sala com professores que não sabe o que fazer com ele, que às vezes dá qualquer coisinha para o aluno, não sabe como favorecer que o aluno participe e aprenda naquele conteúdo do currículo, naquela aula E ao mesmo tempo, você tem atendimento de uma duas horas por semana no AEE, que não Supre as necessidades do aluno, o que você vê? esse modelo de sistemática de apoio Extra classe, na sala de recurso, Ele também precisa ser superarado, o que a gente defende seria a criação de uma sistemática de apoio que fosse para o contexto de classe comum, uma política que reforçasse seu princípio de inclusão escolar e desenvolvesse uma sistemática de apoio variada, isso VERA: porque muitas vezes a gente acha que uma única resposta é a que dá conta para todos o contexto, E não é assim ENICEIA: E meio que a sala de recurso é isso, um serviço tamanho único para todos, E ela não serve só para um, por exemplo ela atende alunos com deficiência visual, até pode não únicos, Mas não é para todos De qualquer modo a gente vê que dentro da classe comum é preciso colocar alguns suporte, com professores especializados, o que a gente tem visto muito é o crescimento da contratação de auxiliares, cuidadores, que ficam a tomando conta das crianças, que não são profissionais especializados, que não sabe o que fazer com criança, então vocês vão um barateamento, uma precarização VERA: você pode forçar a ideia de que eles e nós, Eu sou professor da classe comum, dos que não têm deficiência e o cuidador ou professor de apoio é um responsável pelo aluno que tem deficiência, e não é essa ideia ENICEIA: a sala de recurso também ela reforça esse Abismo, porque o professor da classe comum vai pensar assim: os futuros pedagogos Vão pensa assim: eu não estudei para isso, tem um professor que é especialista, então a responsabilidade vai em cima dele não pode ser assim, porque em uma duas horas você não consegue fazer a criança avançar, por semana, então o trabalho tem que ser uma parceria professores do ensino comum, com os professores do ensino especial, se o aluno precisar de suporte para alimentação, locomoção e higiene, tem ali um profissional auxiliar que é previsto na LDBim e também tem sala de recurso, tem Consultores o que a gente defende é que a política teria e avançar no desenvolvimento dessa rede diferenciada de serviços de apoio para atender o conjunto dos Estudantes, do que os estudantes precisam, e a gente reforça muita necessidade de melhorar muito a qualidade da escola, do ensino, da classe comum, porque não adianta colocar o aluno com deficiência numa escola que tem um dos piores desempenho do planeta VERA: o que você diria pensando da gente caminhar para o final, o que você diria que seria o principal Desafio ou o que seria fundamental para esses futuros professores, que estão tendo a oportunidade de ter essa disciplina na sua formação, sobre educação especial e libras, então o que que você diria para esses futuros professores pensando nessa Perspectiva, da gente construir de fato escola mais inclusivas, com culturas e práticas que pensasse na classe comum como o principal, o espaço potente para aprendizagem dos alunos com deficiência ENICEIA: o primeiro, Eu acho assim que ele se abram para colaboração, para combinar com os outros, que não nao transferir a responsabilidade do professor educação especial e nem assuma sozinho, porque a o aluno é na escola, então o coordenador, o gestor, os outros professores que isso se transforme de fato um desafio para escola, porque a defiência pode ser considerado um problema e quando ela é um problema dos professores ele não consegue solucionar, mas eu não pode ser considerado um desafio, que é uma coisa que vai te impulsionar a construir mais habilidades, mais competências então assim o primeiro ponto que eu vejo: se abrir para colaboração e o segundo ponto que no Conjunto, Os estudantes do público-alvo 80% tem plena capacidade de aprender um currículo, não preciso de nada especial, não tem tanta mistificação no que eles precisam, porque normalmente as pessoas acham que o ensino deles deve ser totalmente diferente, a maioria pode e deve aprender o currículo, o ensino que elas precisam é um ensino de qualidade, não é nada metodologia diferente, não é material, que os professores procurem diversificar o ensino para atender as diferenças dos alunos, Porque não são só os alunos do público-alvo que eles são diferentes, todos os alunos têm interesse e você aprendizagem tem tudo a gente tem que aprender a diferença muito ensino para quando entrar essa diversidade toda, para fazer isso, para tornar o ensino mais inovador, mais desafiador, mais interessante, mais motivador, a gente tem que buscar coletivamente soluções de ensino, de uma forma colaborativa, Então eu penso nisso, não me explique a criança do público, muitas coisas que elas precisam apenas um ensino de boa qualidade, e busca e colaboração, seria assim os dois pontos que reforçaria para os futuros professores eu concordo plenamente, te agradeço muito por contribuir nesta disciplina, espero que vocês tenham aproveitado esta vídeo aula, contamos com vocês na construção de escolas mais inclusivas Semana 2 - Quiz PERGUNT A 1 Em entrevista, a Profa. Enicéia Gonçalves Mendes aponta para as possiblidades de crescimento profissional para os professores que atuam com base na educação inclusiva. Assinale a alternativa que demonstra corretamente esta possibilidade, na perspectiva da Profa. Enicéia. a. trabalhar individualmente e ter sempre em vista as avaliações externas b. buscar, coletiva e colaborativamente diversificar as formas de ensinar c. ter em mente que os alunos público -alvo da educação especial não concluem a escolarização básica d. ser fluente em Libras e Braile e. oferecer atividades individuais aos alunos público-alvo a Profa. Enicéia enfatiza que existe um grande ganho profissional para os docentes que atuíam com base na educação inclusiva a partir da busca, coletiva e colaborativa em diversificar as formas de ensinar PERGUNT A 2 Selecione a alternativa que descreve corretamente as características da educação especial e educação inclusiva, conforme comentadas no vídeo. a. Educação inclusiva acolhe/atende a todos estudantes, independentemente de sua condição, enquanto a educação especial destina-se a estudantes elegíveis à educação especial ou público-alvo da educação especial. b. Educação inclusiva e educação especial são sinônimos. https://ava.univesp.br/webapps/blackboard/content/launchAssessment.jsp?course_id=_5902_1&content_id=_793841_1&mode=view c. Educação inclusiva ocorre nos espaços em que existe a educação especial, uma não existe sem a outra. d. Existe educação inclusiva quando a escola tem estudantes de inclusão; já educação especial ocorre em escolas especiais. e. A educação inclusiva substituiu a educação especial, abarcando a todos os estudantes, com ou sem deficiência. Toda escola deveria ser inclusiva abarcando a todos os estudantes independentemente de sua singularidade, trata-se de uma escola para todos. Já a educação especial atende ao público-alvo da educação especial, que antigamente recebia atendimento exclusivamente em escolas especiais; hoje, por direito, eles estudam na escola comum e contam com o apoio da área da educação especial conforme suas necessidades educacionais especiais. Vídeo-base – Linha do Tempo: Educação Inclusiva | TV USP Bauru olá estamos no século 21 praticamentetudo mudou com o passar do tempo, o modo como nos comunicamos, o modo como nos locomovemos e até mesmo modo como comemos foi se alterando, estamos em um mundo em constante transformação, mas você já parou para pensar um pouquinho como essas mudanças aconteceram e que papel essas coisas assumiram hoje? e mais o que serão delas daqui pra frente? é essa a nossa missão mostrar toda essa relação histórica de diversos temas para melhor compreendê los, começa agora uma linha do tempo a oferta de educação a pessoas com deficiências mudou bastante com o passar dos anos, no brasil após um longo período de exclusão e abandono as atenções a esse tema ganha um corpo no século 19 em 1854, ocorre a criação do instituto dos meninos cegos hoje instituto benjamin constant e 3 anos depois do instituto dos surdos-mudos atual instituto nacional de educação de surdos ambos na cidade do rio de janeiro o perfil com tudo era muito mais voltado às deficiências visuais e auditivas, continuando a excluir as limitações físicas e principalmente as intelectuais ao cenário começou a mudar apenas a partir de meados do século 20 e quando inicia-se a articulação de uma política de educação especial, é nessa época que surge em instituições https://www.youtube.com/watch?v=a4Ntfg98xlY https://www.youtube.com/watch?v=a4Ntfg98xlY como a sociedade pestalozzi do brasil e apae em 1969 o brasil contava com mais de 800 escolas especializadas na educação de pessoas com deficiência intelectual na década de 80 à educação especial começa a ganhar o caráter de inclusão, o primeiro passo para isso em 1988, com o artigo 208 da constituição brasileira que garante o atendimento preferencialmente na rede regular de ensino aos indivíduos que apresentam deficiência em dezembro de 1996 é publicada a lei de diretrizes e bases da educação nacional 9.394, o texto confirma que a educação especial deve ser oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, e deve haver serviços de apoio especializado e para falar sobre educação inclusiva conversamos com vera lúcia capellini REPORTER: olá sejam bem vindos ao linha do tempo estamos recebendo hoje é que a professora vera lúcia capellini que é docente e pesquisadora anos da educação inclusiva professora muito obrigado por sua participação conosco VERA: é um prazer poder colaborar professora REPORTER: é diferente educação especial de educação inclusiva? VERA: sim, ótima pergunta por que no senso Comum há uma grande confusão como se a educação inclusiva tivesse terminado com a educação especial, ou substituído, e pelo contrário educação inclusiva é uma escola que tem como objetivo acolher a todos pro,mover o desenvolvimento e a aprendizagem de todos, ou seja, toda a escola deveria ser inclusive, quando a gente fala de educação popular, de escola pública democrática, é para todos, mas historicamente ela não foi, e por que ela ganhou o rótulo de educação inclusiva? por conta do movimento, sobretudo da década de 50 pra cá, que vem tentar romper com a exclusão de qualquer minoria, sejam ela os índios, as pessoas com deficiência, a questão de gênero, então por isso que a escola inclusiva ou educação inclusiva, é uma escola para todos, e é também para o público alvo da educação especial portanto a educação especial nesta perspectiva de uma escola para todos ela ganha força, porque? historicamente a pessoa com deficiência, transtorno global, do desenvolvimento, ou altas habilidades superdotação, que é o público alvo da educação especial determinado por lei no brasil, eles ficavam exclusivamente estudando em escolas especiais e recebendo um atendimento da educação especial hoje a perspectiva é outra, como a gente fala de inclusão escolar desse público-alvo, a meta é que eles estudem na mesma escola que todos os outros alunos que não tenham deficiência, mas que eles contem com o apoio da área da educação especial, então educação especial é uma área de conhecimento, que tem por objetivo é a avaliar, buscar novas estratégias, ofertar o atendimento educacional especializado, complementar ou suplementar então ela não vai escolarizar a pessoa público alvo dela, de com deficiência com tgd, ou altas habilidades, ela vai ser um suporte e enquanto área ela é transversal, então o bebê que acabou de para a creche até o meu orientando na pós graduação que porventura surdo, tem direito a ter a educação especial, ela é transversal, é uma modalidade de ensino e de fato a educação ela tem os níveis de ensino, educação infantil, fundamental e médio e superior, e hoje a gente chama de educação básica o primeiro que é desde a infantil até o médio e perpassando a educação básica até superior têm esta modalidade de ensino, que a educação especial REPORTER: professor é consenso de que o aluno mesmo com deficiência ele deva ser integrado na rede regular de ensino? VERA: Não, não é consenso a gente viu até essa semana matéria discutindo a questão de pagar o cuidador, pagar uma pessoa de apoio pra apoiar o professor da classe comum, não é consenso, nem no brasil e nem no mundo ok então isto não é consenso mas o que é consenso? que por direito nós somos iguais porque somos diferentes, então enquanto princípio ético, moral é consenso na literatura do mundo, que o melhor ambiente para que todos aprendam, sejam escolarizados, convivam é no ambiente que qualquer pessoa está, porém na estrutura que nós temos hoje e aí como pesquisadora que diverge de alguns outros pesquisadores, hoje a escola da forma como ela está estruturada, seja nas suas políticas, seja na sua estrutura mesmo organizacional, pedagógica e na cultura ela ainda não é o melhor ambiente pra aqueles que a gente pode considerar assim, mais comprometidos, que tenham de repente necessidade de uma alimentação por exemplo por sonda, então não é que ele não tem direito, na realidade o princípio é, todos têm, a escola que está aí hoje não proporcionaria uma integridade física, de dignidade humana para todos, mas seriam raros os casos que na conjuntura atual sob o meu ponto de vista, de alguns pesquisadores, ainda não se beneficiam da escola comum mas quando a gente fala que seria alguns casos, é para que as pessoas entendam que vão dispor de cada 100 pessoas público alvo da educação especial, uma minoria dois, ou três casos, porém pensando estatisticamente, a curva ainda ao contrário, a maioria não está na escola comum, esse é um mito ainda REPORTER: a senhora falou alguns pontos a própria isto estrutura física da escola barra a inclusão? Barra, por exemplo um aluno que é cadeirante e ele quer participar e têm direito de participar, da quadra, de todos os ambientes, esta escola tem que derrubar as rampas para que ele esteja lá, é uma barreira arquitetônico, e se preciso for ele tem que entrar na justiça para que essa escola mude imediatamente, para que ele esteja lá, então esse na minha concepção que demanda uma mudança de barreira física, ele tem que estar lá toda criança que nasce hoje, eu e alguns pesquisadores no mundo, a gente vem defendendo que nenhum mais seja excluído, então nasceu um bebê, com uma deficiência muito comprometida, porque levar o recurso pra ele para uma escola separada se o problema é o recurso, leva o recurso da escola que eu tenho, e aí essa escola vai se modificar com a entrada dele, o recurso vai pra lá, agora pensa num adulto com 18 anos, que viveu a vida toda num ambiente mais segregados, que tem um aparelho próprio pra ele, que às vezes está uma cama, que não tem uma comunicação verbal, que tem uma deficiência intelectual que às vezes é até difícil de conseguir avaliar o quanto ela é comprometida, aí eu
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