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Filosofia e História Resumo de textos

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Universidade Federal de Goiás- UFG
Curso de Especialização Educação Física Escolar- Pólo Formosa
Disciplina: Filosofia e História das Atividades Corporais e a Formação da Cultura Brasileira
Aluno(a): Muyatã Rodrigues Alves
Atividade: Estudo Dirigido – Unidade I
A evolução humana é resultado do desenvolvimento tecnológico. O avanço militar, econômicos, agrícola, industrial impulsionam as artes, as danças, as práticas esportivas. 
Vivenciando práticas conectadas, o homem ao longo de sua evolução histórica e cultural teve na prática esportiva um meio, inicialmente de sobrevivências para ao longo dos alunos evolutivos desenvolve-la enquanto amostra do poder econômico.
As grandes nações desenvolvidas apresentam resultados significativos nos Jogos Olímpicos. Seus atletas mostram para o mundo a supremacia do desenvolvimento e da evolução industrial, pois desde a Grécia antiga,
“Os gregos avaliavam os homens pelas suas virtudes e a capacidade de um homem de acordo com as tarefas que podia realizar. Como dito anteriormente, em Homero se entende por arete a força e a destreza dos guerreiros e lutadores; como heroísmo, no sentido da ação moral e da força.” (Ferreira, p.3)
Por outro lado a Educação Física Escolar sempre fica a mercê do currículo escolar, sem ter estrutura mínima necessária para o seu desenvolvimento.
Compreender sua história é conhecer os fatos que relacionam a evolução humana. Os textos homéricos são exemplos significativos dos desejos humanos, retratando fatos que levam a reflexão dos sentimentos que moldam a sociologia.
Por outro lado, buscamos compreender no ambiente escolar, o desenvolvimento dos jogos. Principalmente aqueles que refletem a paixão nacional, os casos de futebol e vôlei. Ainda mais o desenvolvimento cognitivo, psicológico e biológicos das crianças estão intimamente ligadas as atividades lúdicas e representativas.
Criando um ambiente adequado estaremos desenvolvendo na escola o ambiente ideal de interação onde os sentimentos e desejos humanos constroem as possibilidades de vida em sociedade.
Ainda mais, na antiguidade, os jogos, lutas e danças representavam a necessidade de sobrevivência, inclusive através do contato com as divindades e o treino para a ações de pesca e caça.
“Na Grécia das epopeias, a luta e a vitória são a autêntica prova de fogo da virtude humana. Elas não significam simplesmente a superação física do adversário, mas a comprovação da arete conquistada na rigorosa exercitação das qualidades naturais. A palavra aristeia, empregada mais tarde para os combates singulares dos grandes heróis épicos, corresponde plenamente àquela concepção. O esforço e a vida inteira desses heróis são uma luta incessante pela supremacia entre seus pares, uma corrida para alcançar o primeiro prêmio.” (Ferreira, p.3)
Assim, ao falar em dança, luta e jogos nas sociedades antigas, estamos falando de oportunidades organizadas de treino. Sem sistematização, os espaços cronológicos e atemporais, tais como as festas e comemorações uniam-se aos rituais religiosos no desejo de separar as camadas sociais. 
Os cidadãos com maior influência, habilidade e acesso ao capital eram os que tinham maior acesso, tempo e apoio nos treinamentos. Ou seja, estamos analisando uma seara que produzia desigualdade. 
Atualmente não é diferente. Quem tem acesso a quadra, equipamento e treinador é uma elite que também tem acesso e controle ao capital.
Todavia o processo evolutivo de desenvolvimento econômico contribui para isso. Os proprietários, aquele que conseguiam produzir excedentes tinham condição de aumentar e melhorar a prática esportiva, incluindo as atividades de dança e recreação.
Desta forma, foi com o excesso de capital que a sociedade começou a ampliar suas práticas recreativas e esportivas, sistematizando o treino para melhorar seus resultados.
No tempo livre, proporcionado pelo excesso de produção que as comunidades primitivas começaram a aproveitar e aumentar a separação entre as classe, tendo em vista que apenas uma parcela da sociedade conseguia dominar o excedente produtivo.
Assim, as classe foram se afastando, principalmente quanto as festas e recreação.
“Não se tratava, pois, de eliminar, por completo, os prazeres mas, antes, de fazer escolhas criteriosas nunca perdendo de vida o objetivo final da tranquilidade de espírito e da conquista da felicidade.” (Crespo, 1987)
Observamos, inclusive que atualmente não é muito diferente, tendo em vista o acesso ao cinema, teatro, prática esportiva e recreativa. O tempo gasto no transporte público é um exemplo da diferença entre as classe quanto ao uso e aproveitamento do tempo ao longo do dia.
Historicamente as diferenças quanto ao uso do tempo sempre existiu. Atenas valorizava a reflexão, dança, pensamento crítico, as artes, músicas e afins. Enquanto Esparta valorizava as atividades que remetiam e treinavam a população para as lutas e batalhas. Com cunho militar, Esparta se tornou um grande centro de combate, valorizando seus guerreiros e as lutas.
“Os lazeres, os divertimentos e os jogos beneficiavam essencialmente os ricos, enquanto a maioria da população, sem tempos livres e fatigada por um quotidiano rude e laborioso, não tinha energias nem oportunidades para experimentar, em pleno, os prazeres das festas.” (Crespo, 1987)
Substancialmente a reflexão pode representar o desenvolvimento do capital moderno, voltado para a valorização do trabalho intelectual enquanto esparta ficava com as guerras representando o trabalho laboral e pouco valorizado.
Não desejamos refletir acerca da valoração, emitir julgamento de valor, apenas apresentar as diferenças que foram construídas ao longo do tempo quanto a peso ofertado ao trabalho intelectual e o trabalho laboral, pois,
“Reconhecemos também que a originária e tradicional identificação do sentido da palavra arete com a destreza guerreira não se constituiu num obstáculo à transformação da imagem do homem nobre, de acordo com as mais altas exigências espirituais dela, como sucedeu na posterior ampliação do significado da palavra: a arete passou a estar intimamente ligada a honra.” (Ferreira, p.4)
Isso representa dizer que o operário não tem atualmente condição, tempo e dinheiro para a recreação ou práticas esportivas. Enquanto o pensador valorizado pelo capital dispõe de todas as condições e acesso aos clubes, teatros e saraus, amplificando constantemente esta disparidade.
Pelo exposto o sentimento heroico exposto por Homero nos textos clássicos nos classificam até hoje. Nossa sociedade busca o heroísmo a qualquer preço. A valorização do herói traz no seu bojo o egoísmo e a soberba em prol da individualidade. 
A virtude grega voltada para a valorização das realizações expõe uma competição intrínseca a sociedade moderna. Estamos buscando aperfeiçoar a Paideia grega valorizando o corpo e a imagem conjuntamente ao conceito de Arete, tendo em vista que a sistematização existente para a construção do conceito de ginástica está muito implícito nas diferenças entre escola pública e escola particular.
Assim compreendemos que a ginástica grega é a união e o equilíbrio da força e da beleza, ou seja, uma aplicação prática e funcional do belo na sociedade. Verificamos que o conceito de belo ao longo do mundo e do tempo é relativizado. Os gregos clássico valorizavam a supremacia representada pelo belo, pois, “A paideia aparece como termo que expressa a formação geral, que tem por ambição construir o homem como homem e como cidadão. (Ferreira, p.5) Desta forma, compreender a história da educação física é fundamental para conhecermos a história humana. São conceitos que se completam e apresentam similaridade.
Aos alunos o trabalho em educação não pode ser apenas na quadra, tão pouco compreendido como treino físico. Os exemplos clássicos buscavam o equilíbrio entre corpo e mente. A Grécia contribui com Atenas e Esparta dentro do conceito formativo amplo e integral. Um corpo belo com uma mente saudável e inteligente.
ReferênciasTrecho do livro “As Atividades Corporais: Síntese Histórica” de Jorge Crespo, 1987.
 
Capítulo intitulado “Lugar da Educação Física no Plano Educacional” da Coletânea de Textos:  Inezil Penna Marinho org. por Silvana V. Goellner, 1944.
 
Texto Didático: “Filosofia e História das Atividades Corporais e da Educação do Corpo na Formação Cultural Ocidental” (Parte II) de Andreia C P Ferreira.
 
Capítulo intitulado: “É Possível Realizar uma História do Corpo?” de Denise Bernuzzi de Sant’anna, 2001.

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