Buscar

Indicadores Econômico-Financeiros para Gestão Empresarial

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AULA 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO FINANCEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Edson Miguel Zedebski 
 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Nesta aula, estudaremos os indicadores (ou índices) mais significativos para a 
compreensão da situação atual de uma empresa e como ferramenta para 
planejamento e projeções como elementos estratégicos. 
Veremos que a boa e correta forma de calcular índices para compreensão e 
comparação de desempenho tem seu grande fundamento e objetivo na avaliação 
dos gestores. 
Sendo assim, quanto maior a eficácia na prospecção e no adequado tratamento 
dos itens patrimoniais e de resultados, mais contundente é a almejada conquista 
de diferenciais e vantagens competitivas. 
Os negócios estão mais competitivos e com ganhos mais difíceis e modestos. Nos 
tempos atuais, a gestão dos negócios requer mais dedicação e muita persistência. 
As organizações, empresas ou qualquer outro tipo de entidade não são 
estruturadas por forças isoladas, que se interligam com a aparência de um todo 
fragmentado. Elas, ao contrário, são forças coesas e alavancadas pela sua 
missão e seus objetivos, e promovem o desenvolvimento da comunidade, da 
cidade, da região e da macroeconomia em que estão inseridas. 
No cumprimento da sua missão, as organizações desenvolvem suas atividades 
econômicas, buscando cumprir suas principais funções: mercadológica, 
tecnológica, social e econômica, o que torna os negócios mais atraentes e mais 
ricos em reciprocidade. 
A função econômica não é a principal, mas é imprescindível. Aferir lucro é a 
exigência maior de qualquer atividade econômica. As demais funções se revestem 
de significativa importância se a função econômica for atendida. O lucro é 
fundamental para o patrimônio das entidades. 
Entretanto, o lucro não é apenas uma simples verificação de uma desigualdade. 
Se o valor da receita é maior do que o valor da despesa o resultado é o lucro; 
o lucro é a consequência da soma parcial ou total de qualidade e produtividade, 
de capacidade empresarial e trabalho, de equilíbrio. 
O lucro deixou de ser atributo da receita de vendas, e sim função resultante dos 
custos incorridos de tal modo que, almejar lucro é conter custos. Lucros e 
 
 
3 
custos são grandezas inversamente proporcionais. O lucro será máximo se o 
custo for mínimo. Diante dessa realidade incontestável, as empresas pequenas, 
médias e grandes necessitam de ferramentas eficientes para ser utilizadas nos 
processos de gestão dos negócios. 
Por fim, será possível compreender que a adoção de controles norteados por 
indicadores econômico-financeiros abrirá caminhos para conduzir uma empresa 
à conquista de maiores fatias de mercado e sua assegurada permanência nesse 
mercado. 
Boa aula! 
Problematização 
Senhores gestores, qual o custo unitário dos produtos? 
A empresa Tropical Ltda. fabrica três produtos: quadrado, redondo e triangular. 
Em determinado mês, não possuía estoques iniciais (ou anteriores) de produtos 
acabados, pois vendeu toda sua produção conforme informações a seguir, tendo 
ocorrido os seguintes gastos: 
 Salários e encargos da fábrica R$144.000,00. 
 Depreciação de equipamentos de produção R$9.600,00. 
 Energia elétrica consumida na fábrica R$36.000,00. 
 Matéria-prima consumida (comum aos três produtos) 
R$84.000,00. 
 Manutenção dos equipamentos da fábrica R$6.000,00. 
 Seguros dos equipamentos da fábrica R$8.400,00. 
 Materiais auxiliares de produção R$24.000,00. 
 Depreciação do prédio da fábrica R$19.200,00. 
 Água consumida no resfriamento de peças R$2.600,00. 
 Refeitório dos funcionários da fábrica R$7.800,00. 
 Imposto predial do imóvel da fábrica R$1.500,00. 
 
 
4 
A soma total desses gastos atingiu o montante de R$ 343.100,00. 
 
Houve a preocupação e o cuidado em buscar a classificação e segregação dos 
gastos descritos em Custos de Produção, Despesas Administrativas e 
Despesas com Vendas, além da apuração do total de cada grupo. 
Em seguida, após criteriosas observações e questionamentos, os gestores 
levantaram os seguintes dados referentes à produção do mês: 
a) Dos salários e encargos da fábrica, três quartos correspondem à mão-de-
obra direta e um quarto à mão-de-obra indireta. 
b) Do valor da energia elétrica consumida na fábrica, a utilizada diretamente 
na fabricação dos produtos corresponde ao dobro daquela que representa 
consumo geral (indireto). 
c) O custo da energia elétrica direta é atribuído aos produtos na seguinte 
proporção: produto triangular = 35% do valor consumido; produto 
quadrado = 20% do valor consumido; produto redondo = 45% do valor 
consumido. 
d) O custo dos salários e encargos diretos é rateado entre os produtos 
conforme o tempo de produção, assim distribuído: produto redondo = 25% 
do tempo; produto quadrado = 55% do tempo; produto triangular = 20% 
do tempo. 
e) O custo da matéria-prima é alocado aos produtos conforme requisições, 
tendo sido neste período: produto quadrado = 30% do valor requisitado; 
produto triangular = 20% do valor requisitado; produto redondo = 50% 
do valor requisitado. 
Obs.: Foram fabricadas, e vendidas, no período: 8.000 unidades do produto 
quadrado; 6.500 unidades do produto triangular; 10.000 unidades do produto 
redondo. 
 
Os gestores atribuíram um preço de venda para cada um dos produtos com base 
no preço de mercado, ou seja, baseado na concorrência e no poder aquisitivo dos 
seus clientes. 
 
 
5 
Porém, o problema é que a empresa não implantou ainda um sistema de 
informações para a gestão financeira de seus custos e, assim sendo, não tem 
como conhecer, de maneira confiável, o efetivo resultado econômico ou mesmo o 
contábil-financeiro desta produção e venda, havendo, inclusive, a possibilidade de 
haver ocorrido margem negativa. 
Entre os gestores há várias opiniões e sugestões para se apurar o custo dos 
produtos e, dentre outras opiniões, ouviu-se: “ora, basta somar todos os custos e 
despesas e dividir por 3 (três) e, tendo em vista que fabricamos três produtos, 
atribuiremos um terço dos custos e despesas para cada produto”. 
Ouviu-se, também: “basta somar todos os custos e despesas e dividir pela 
quantidade total de produtos vendidos, assim saberemos o valor do custo médio 
unitário dos produtos”. 
E você, qual sua opinião e qual sua decisão mediante este problema? 
Não se preocupe em responder agora! Leia todo o material e não deixe de assistir 
aos vídeos pois, ao final do estudo, voltaremos a falar sobre isso. 
TEMA 1 - ANÁLISE POR INDICADORES (ÍNDICES) 
O principal instrumento utilizado para a análise da situação econômico-financeira 
de uma empresa é o índice (ou indicador), ou seja, o resultado da comparação 
entre grandezas, é o que nos ensina Cardoso (2015). 
Os índices estabelecem a relação entre contas ou grupo de contas das 
demonstrações financeiras, visando evidenciar determinado aspecto da 
situação econômico-financeira de uma empresa. Servem como termômetro na 
avaliação da “saúde financeira” da empresa. 
Porém, o índice não deve ser considerado isoladamente, mas dentro de um 
contexto mais amplo, onde outros indicadores e variáveis devem são 
considerados de forma conjugada. 
Exemplo: um elevado grau de endividamento não significa, necessariamente, que 
a empresa esteja à beira da insolvência. Há empresas que convivem com níveis 
altos de endividamento sem comprometer sua solvência, já que há outros fatores 
que podem atenuar esta condição. 
 
 
6 
Sendo assim, cabe ao gestor da empresa detectar problemas e pontos fortes 
existentes para, a partirdaí, traçar uma estratégia para corrigir as falhas e 
aproveitar as oportunidades. Já ao investidor ou credor externo, interessa saber 
da viabilidade e não da aplicação de recursos na empresa. Por fim, é a visão do 
analista que determinará os caminhos a serem trilhados. 
A seguir, estudaremos alguns indicadores: Liquidez, Endividamento e 
Rentabilidade e, para tanto, consideraremos as demonstrações contábeis da 
Empresa Exemplo, cujos dados servirão de base para nossos estudos. 
 
Empresa Exemplo 
 
Balanço Patrimonial 
 
 
31/12/Ano 02 
 
R$ milhares 
 
31/12/Ano 01 
 
R$ milhares 
 
 
ATIVO TOTAL 4.049.289 3.614.093 
 
Ativo Circulante 2.243.931 1.903.575 
 
Caixa e Equivalentes de Caixa 281.189 241.885 
 
Clientes 465.990 373.259 
 
Outras Contas a Receber 107.590 108.953 
 
Estoques 1.340.199 1.132.620 
 
Tributos a recuperar 39.042 38.658 
 
Despesas Antecipadas 9.921 8.200 
 
Ativo Não Circulante 1.805.358 1.710.518 
 
Realizável a Longo Prazo 32.664 23.350 
 
Despesas Antecipadas 1.218 728 
 
Depósitos Judiciais 14.116 10.763 
 
Tributos a recuperar 17.330 11.859 
 
Imobilizado 647.673 536.629 
 
Intangível 1.125.021 1.150.539 
 
 
 
 
7 
 
Empresa Exemplo 
 
Balanço Patrimonial 
 
 
31/12/Ano 02 
 
R$ milhares 
 
31/12/Ano 01 
 
R$ milhares 
 
 
PASSVO TOTAL + PATRIMÔNIO LÍQUIDO 4.049.289 3.614.093 
 
Passivo Circulante 1.275.050 1.020.004 
 
Obrigações Sociais e Trabalhistas 141.548 116.352 
 
Fornecedores 871.477 671.455 
 
Obrigações Fiscais 42.230 65.920 
 
Empréstimos e Financiamentos 97.710 83.944 
 
Dividendos a pagar 28.664 9.464 
 
Aluguéis a pagar 33.775 22.626 
 
Demais Contas a Pagar 44.501 36.507 
 
Provisões 15.145 13.736 
 
Passivo Não Circulante 317.302 267.106 
 
Empréstimos e Financiamentos 183.527 160.881 
 
Programa de Recuperação Fiscal 3.726 4.224 
 
Tributos Diferidos 125.946 93.980 
 
Provisões 4.103 8.021 
 
Patrimônio Líquido 2.456.937 2.326.983 
 
Capital Social Realizado 908.639 908.639 
 
Reservas de Capital 1.019.791 1.039.935 
 
Reservas de Lucros 528.507 378.409 
 
 
Empresa Exemplo 
 
Demonstração do Resultado do Exercício 
 
 
31/12/Ano 02 
 
R$ milhares 
 
31/12/Ano 01 
 
R$ milhares 
 
 
Receita da Venda de Bens e/ou Serviços 7.391.569 6.232.919 
 
Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos (5.281.377) (4.512.743) 
 
Resultado Bruto 2.110.192 1.720.176 
 
 
8 
 
Despesas/Receitas Operacionais (1.801.066) (1.570.342) 
 
Despesas com vendas (1.409.067) (1.188.077) 
 
Despesas Administrativas (194.958) (176.463) 
 
Depreciações e Amortizações (187.568) (158.736) 
 
Outras Despesas Operacionais (9.473) (47.066) 
 
Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos 
Tributos 
309.126 149.834 
 
Receitas Financeiras 18.347 9.863 
 
Despesas Financeiras (25.249) (20.310) 
 
Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro 302.224 139.387 
 
Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o 
Lucro 
(80.838) (38.402) 
 
Lucro Líquido do Período 221.386 100.985 
 
TEMA 2 - INDICADORES DE LIQUIDEZ 
Os indicadores de Liquidez são medidas de avaliação da capacidade financeira 
da empresa em satisfazer os compromissos para com terceiros, ou seja, sua 
capacidade de pagamento (Cardoso, 2015). 
Evidenciam quanto a empresa dispõe de ativos para pagar seus passivos. 
De maneira geral, define-se que, QUANTO MAIOR a liquidez, MELHOR será a 
situação financeira da empresa. No entanto, um alto índice de liquidez não 
representa, necessariamente, boa saúde financeira. 
O cumprimento das obrigações nas datas previstas depende de uma adequada 
administração de prazos de recebimento e de pagamento. 
Assim, uma empresa que possui altos índices de liquidez, mas mantém 
mercadorias estocadas por períodos elevados, recebe com atraso suas vendas a 
prazo ou mantém duplicatas incobráveis na conta clientes, poderá ter problemas 
de liquidez, ou seja, poderá ter dificuldades para honrar seus compromissos 
nos vencimentos. 
 
 
 
9 
Liquidez Corrente 
A Liquidez Corrente (LC) é um dos índices mais conhecidos e utilizados na 
análise de demonstrações financeiras. Indica quanto a empresa poderá dispor em 
recursos de curto prazo (disponibilidades, clientes, estoques, etc.) para pagar 
suas dívidas circulantes (fornecedores, empréstimos e financiamentos de curto 
prazo, contas a pagar, etc.) 
A Liquidez Corrente (LC) corresponde ao quociente entre o Ativo Circulante (AC) 
e o Passivo Circulante (PC). 
 
 
Com base nos valores do Balanço Patrimonial, a Liquidez Corrente da Empresa 
Exemplo no Ano 01 foi: 
 
 
 
Portanto, para cada R$1,00 de dívidas que vencem no curto prazo, a Empresa 
Exemplo tinha R$1,87 de ativos realizáveis no mesmo período. 
Com base nos valores do Balanço Patrimonial, a Liquidez Corrente da Empresa 
Exemplo no Ano 02 é: 
 
 
 
Portanto, para cada R$1,00 de dívidas que vencem no curto prazo, a Empresa 
Exemplo tem R$1,76 de ativos realizáveis no mesmo período. 
Neste caso, é possível perceber que do Ano 01 para o Ano 02 a Liquidez 
Corrente da Empresa Exemplo apresentou uma queda, ou seja, de R$1,87 para 
R$1,76, o que representaria, isoladamente, uma diminuição da capacidade de 
PC
AC
LC 
87,1
004.020.1
575.903.1
LC
76,1
050.275.1
931.243.2
LC
 
 
10 
pagamento de seus compromissos de curto prazo no Ano 02 em relação ao Ano 
01. 
Liquidez Geral 
A Liquidez Geral (LG) é uma medida de capacidade de pagamento de todo o 
passivo exigível da empresa (PC + PÑC), utilizando-se todos os ativos realizáveis 
da entidade (AC + ARLP). Indica o quanto a empresa poderá dispor de recursos 
circulantes e de longo prazo a fim de honrar todos os seus compromissos 
assumidos com terceiros (circulantes e de longo prazo). 
A Liquidez Geral (LG) corresponde ao quociente entre o somatório do Ativo 
Circulante (AC) com o Realizável a Longo Prazo (RLP) e o somatório do Passivo 
Circulante (PC) com o Passivo não Circulante (PÑC). 
 
 
Com base nos valores do Balanço Patrimonial, a Liquidez Geral da Empresa 
Exemplo no Ano 01 foi: 
 
 
 
Portanto, para cada R$1,00 de dívidas totais, a Empresa Exemplo tinha R$1,50 
de ativos a serem realizados no curto e longo prazo. 
Com base nos valores do Balanço Patrimonial, a Liquidez Geral da Empresa 
Exemplo no Ano 02 é: 
 
 
 
Portanto, para cada R$1,00 de dívidas totais, a Empresa Exemplo tem R$1,43 
de ativos a serem realizados no curto e longo prazos. 
PÑCPC
RLPAC
LG



50,1
106.267004.020.1
350.23575.903.1



LG
43,1
302.317050.275.1
664.32931.243.2



LG
 
 
11 
Neste caso, é possível perceber que do Ano 01 para o Ano 02 a Liquidez Geral 
da Empresa Exemplo apresentou uma queda, ou seja, de R$1,50 para R$1,43, 
o que representaria, isoladamente, uma diminuição da capacidade de pagamento 
de seus compromissos de curto e de longo prazo no Ano 02 em relação ao Ano 
01. 
 
TEMA 3 - INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO 
Os Indicadores de Endividamento avaliam a “segurança” que a empresa 
oferece aos capitais de terceiros (Cardoso, 2015). 
O ativo de uma empresa é financiado pelos capitais próprios (Patrimônio 
Líquido) e por capitais de terceiros (passivo). Quanto maior for a participação de 
capitais de terceiros nos negócios de uma empresa, maior será o risco a que os 
terceiros estão expostos. 
A interpretação básica dos índices de Endividamento é: QUANTO MAIOR, PIOR. 
Endividamento Geral 
O Endividamento Geral(EG) revela o grau de endividamento total da empresa. 
A análise desse indicador, por diversos períodos sucessivos, mostra a política de 
obtenção de recursos da empresa, isto é, se a empresa tem financiado seu ativo 
predominantemente com recursos próprios ou de terceiros e em que proporção. 
A adequação deste índice para cada empresa dependerá, entre outros 
aspectos, de comparações com índices apresentados por outras empresas de 
mesmo setor econômico, da tendência demonstrada na análise de diversos 
exercícios, da composição do endividamento (curto ou longo prazo) e, ainda, do 
custo financeiro dessas dívidas. 
O Endividamento Geral (EG) corresponde ao quociente entre o somatório do 
Passivo Circulante (PC) com o Passivo Não Circulante (PÑC) pelo Ativo total. 
 
 
 
totalAtivo
PÑCPC
EG


 
 
12 
Com base nos valores do Balanço Patrimonial, o Endividamento Geral da 
Empresa Exemplo no Ano 01 foi: 
 
 
Portanto, 35% do ativo total da Empresa Exemplo no Ano 01 era financiado por 
capital de terceiros (passivo). 
Logo, os recursos próprios (Patrimônio Líquido) financiavam 65% do ativo total da 
Empresa Exemplo no ano 01, isto é, 100% - 35% = 65%. 
Com base nos valores do Balanço Patrimonial, o Endividamento Geral da 
Empresa Exemplo no Ano 02 é: 
 
 
 
Portanto, 39% do ativo total da Empresa Exemplo no Ano 02 é financiado por 
capital de terceiros (passivo). 
Logo, os recursos próprios (Patrimônio Líquido) financiam 61% do ativo total da 
Empresa Exemplo no Ano 02, isto é, 100% - 39% = 61%. 
Endividamento Oneroso 
O Endividamento Oneroso (EO) ou Passivo Oneroso sobre Ativo (POSA) 
corresponde ao quociente entre o somatório do Passivo Circulante Oneroso 
(PCO) com o Passivo não Circulante Oneroso (PÑCO) pelo Ativo total. 
 
 
 
Entende-se por Passivo Oneroso (seja de curto ou de longo prazo) as dívidas com 
terceiros sobre as quais a empresa paga (deve, incorre) juros (despesas 
financeiras), por exemplo, empréstimos e financiamentos. 
%3535,0
093.614.3
106.267004.020.1


EG
%3939,0
289.049.4
302.317050.275.1


EG
totalAtivo
onerosoPÑConerosoPC
POSAEO


 
 
13 
Com base nos valores do Balanço Patrimonial, o Endividamento Oneroso da 
Empresa Exemplo no Ano 01 foi: 
 
 
Portanto, 7% do ativo total da Empresa Exemplo, no Ano 01, era financiado por 
dívidas onerosas. 
Observe que além dos empréstimos e financiamentos (de PC e PÑC), 
consideram-se como dívidas onerosas as “outras obrigações” do PÑC, e não as 
do PC. 
Com base nos valores do Balanço Patrimonial, o Endividamento Oneroso da 
Empresa Exemplo no Ano 02 é: 
 
 
 
Portanto, 7% do ativo total da Empresa Exemplo, no Ano 01, é financiado por 
dívidas onerosas. 
TEMA 4 - INDICADORES DE RENTABILIDADE 
A Rentabilidade é o reflexo das políticas e das decisões adotadas pelos 
administradores da entidade, que expressam o nível de eficiência e o grau do êxito 
econômico-financeiro atingido (Cardoso, 2015). 
Todos os índices de Rentabilidade devem ser considerados: QUANTO MAIOR, 
MELHOR. 
Estudaremos os indicadores: Retorno sobre o Patrimônio Líquido e Retorno 
sobre o Ativo. 
Retorno sobre o Patrimônio Líquido 
O Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RPL) mede a remuneração dos capitais 
próprios investidos na empresa, ou seja, quanto foi acrescentado em determinado 
período ao patrimônio dos sócios. Do ponto de vista de quem investe em uma 
empresa, este deve ser o índice mais importante. 
%707,0
093.614.3
224.4881.160944.83


EO
%707,0
289.049.4
726.3527.183710.97


EO
 
 
14 
O RPL permite, além de avaliar a remuneração do capital próprio, analisar se esse 
rendimento é compatível com outras alternativas de aplicação (custo de 
oportunidade). 
Exemplo: um investidor, ao avaliar o RPL, poderá optar por uma aplicação no 
mercado financeiro em vez de aplicar em uma empresa que está oferecendo baixa 
rentabilidade. 
O Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RPL) corresponde ao quociente entre 
o Lucro Líquido (LL) e o Patrimônio Líquido médio (PLm). 
 
 
 
O Patrimônio Líquido médio (PLm) é a média aritmética entre o PL inicial e o PL 
final. 
 
 
 
Com base nos valores do Balanço Patrimonial, o Patrimônio Líquido Médio da 
Empresa Exemplo no Ano 02 é: 
 
 
Com base nos valores do Balanço Patrimonial, o Retorno sobre o Patrimônio 
Líquido da Empresa Exemplo no Ano 02 é: 
 
 
Portanto, a Empresa Exemplo, no Ano 02, remunerou seus proprietários à taxa 
de 9,25% ao ano. 
 
100
médioLíquidoPatrimônio
LíquidoLucro
RPL
2
finalPLinicialPL
PLm


960.391.2
2
937.456.2983.326.2


PLm
%25,9100
960.391.2
386.221
RPL
 
 
15 
Retorno sobre o Ativo 
O Retorno sobre o Ativo (RA) mede a rentabilidade que a empresa oferece a 
todos os recursos nela investidos (Ativo Total), independentemente de como são 
financiados (recursos próprios ou de terceiros). 
O Retorno sobre o Ativo (RA) corresponde ao quociente entre o Lucro Líquido 
(LL) deduzido das Despesas Financeiras Líquidas (DFL) do efeito tributário e o 
Ativo Total médio (ATm). 
 
 
 
Na fórmula, @IR representa a alíquota de Imposto de Renda e Contribuição Social 
sobre o lucro e a necessidade de se adicionar ao lucro líquido as despesas 
financeiras líquidas do efeito tributário decorre da lógica deste indicador. 
O Ativo Total médio (ATm) é a média aritmética entre o Ativo inicial e o Ativo final. 
 
 
 
A IR é a alíquota do IR e CSLL, normalmente, 34%. 
Com base nos valores do Balanço Patrimonial, o Ativo Total Médio da Empresa 
Exemplo no Ano 02 é: 
 
 
Com base nos valores do Balanço Patrimonial, o Retorno sobre o Ativo da 
Empresa Exemplo no Ano 02 é: 
 
 
 
 
100
@1.



médiototalAtivo
IRFinanceiraDespLíquidoLucro
RA
2
finalAtivoinicialAtivo
ATm


691.831.3
2
289.049.4093.614.3


ATm
 
%25,4100
691.831.3
34,01249.25386.221


RA
 
 
16 
 
Portanto, a Empresa Exemplo, no Ano 02, remunerou todo o capital nela aplicado 
(por terceiros e pelos proprietários) à taxa de 4,25% ao ano. 
Revendo a problematização 
Após o período de estudos, relembre o desafio apresentado no início da aula, e 
escolha a alternativa que demonstra sua opinião e sua decisão mediante este 
problema. 
a) Acatar a sugestão de um dos gestores em dividir o montante dos custos e 
despesas por três, e atribuir um terço desse valor a cada produto fabricado. 
b) Acatar a sugestão de um dos gestores em dividir o montante dos custos e 
despesas pelo número total de produtos fabricados, e obter, assim, algo 
como um custo médio unitário para os produtos. 
c) Reconhecer a impossibilidade imediata em se conhecer com segurança o 
custo dos produtos e a urgente necessidade em se definir e implantar um 
sistema de gestão de custos, a fim de tomar decisões a respeito de preços 
de venda, de margens de lucro e de volumes adequados de fabricação e 
venda de cada produto. 
Feedback 
a) Esta alternativa não representa uma boa opção, tendo em vista a proporção 
de consumo dos elementos de custos para fabricação de cada produto. Se você 
analisar, como exemplo, a matéria-prima e a mão-de-obra direta, já se pode 
concluir que haveria subestimação ou superestimação do valor dos custos, o que 
provocaria graves distorções nos resultados e nas decisões. Além do mais, os 
gestores argumentaram em somar os custos e as despesas, o que não é 
adequado. 
b) Esta alternativa não representa uma boa opção, tendo em vista a proporção 
de consumo dos elementosde custos para fabricação de cada produto. Se você 
analisar, como exemplo, a matéria-prima e a mão-de-obra direta, já se pode 
concluir que haveria subestimação ou superestimação do valor dos custos, o que 
provocaria graves distorções nos resultados e nas decisões. Além do mais, os 
gestores argumentaram em somar os custos e as despesas, o que não é 
adequado. 
 
 
17 
c) Ótima sugestão. A adoção e a consequente implantação de um sistema de 
informações conduzem os gestores à definição de alguns dos métodos de custeio 
existentes, preferencialmente o mais adequado para o seu processo de produção. 
Desta forma, ao conhecer o funcionamento de um sistema de informações de 
custos, haverá maior propriedade e maior segurança no processo 
acompanhamento de estoques e para a tomada de decisões. 
SÍNTESE 
Neste tema, estudamos que os indicadores ou índices representam uma técnica 
de análise largamente empregada. Porém, não se deve confundir análise 
financeira com a simples extração de índices. 
Os índices não constituem um fim em si mesmo, e sim um meio para, em conjunto 
com outras técnicas, permitir um diagnóstico mais preciso da situação da 
empresa. 
Estudamos os índices de Liquidez que mostram a base da situação financeira da 
empresa. Demonstram, a partir do confronto dos ativos com as dívidas, quão 
sólida é a base financeira da empresa. 
Entretanto, não se pode confundir índices de liquidez com índices de capacidade 
de pagamento, pois a capacidade de pagamento é medida através do fluxo de 
entrada e saídas de caixa. 
Um aumento nos índices de Liquidez pode-se dar por meio de um acúmulo 
indevido de estoques e recebíveis em dado período. Por essa razão, devem 
sempre ser analisados em conjunto com outras técnicas, como por exemplo, os 
índices de prazos médios e a formação do capital de giro. 
É possível constatar que, através do cálculo dos índices de endividamento, pode-
se ver a proporção entre Capitais de Terceiros e Capital Próprio utilizado pela 
empresa. 
Sob o aspecto financeiro, quanto maior a relação capitais de terceiros/capital 
próprio, menor a liberdade de decisões financeiras da empresa, ou maior a 
dependência a esses terceiros. 
Porém, sempre que se aborda o índice de participação de capitais de terceiros, 
tal análise está sendo feita exclusivamente do ponto de vista financeiro, ou seja, 
do risco de insolvência, e não em relação ao lucro ou prejuízo. 
 
 
18 
Por fim, estudamos os índices de Rentabilidade que demonstram qual a 
rentabilidade dos capitais investidos, isto é, quanto renderam os investimentos e, 
portanto, qual o grau de êxito econômico da empresa. 
É importante ressaltar que a busca por informações, através de índices 
especificamente desenvolvidos para o suporte aos gestores na condução das 
atividades, é indispensável para o auxílio na tomada de decisões gerenciais. 
Até a próxima! 
 
REFERÊNCIAS 
BLAT, Adriano. Análise de balanços: estrutura e avaliação das 
demonstrações financeiras e contábeis. São Paulo: Makron Books, 2012. 
BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas de administração financeira. São 
Paulo: Atlas, 1989. 
CARDOSO, Ricardo Lopes. Contabilidade geral: introdução à contabilidade 
societária e contabilidade gerencial. 4ed. São Paulo: Atlas, 2105. 
GITMAN, Laurence J. Princípios de administração financeira. 10a.ed. São 
Paulo: Addison Wesley, 2004. 
LEMES JÚNIOR et al. Administração financeira: princípios, fundamentos e 
práticas brasileiras. Rio de Janeiro: Campus, 2002. 
MATARAZZO, Dante C. Análise financeira de balanços: abordagem básica e 
gerencial. São Paulo. Atlas, 2010. 
OLINQUEVITCH, José Leônidas; SANTI FILHO, Armando de. Análise de 
balanços para controle gerencial. São Paulo. Atlas, 2009. 
ROSS, Stephen A, WESTERFIELD Randolph W, JORDAN Bradford D. 
Princípios de administração financeira. São Paulo: Atlas, 2002. 
SANVICENTE A Z. Administração financeira. São Paulo: Atlas, 1997. 
SECURATO, J. Roberto. Decisões financeiras em condições de risco. São 
Paulo: Atlas,1996.

Continue navegando