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1 Bombas de efluxo: características gerais, importância e inibidores Dra. Viviane Nakano Curso de Pós-Graduação em Microbiologia BMM 5753 – Bacteriologia de Anaeróbios Introdução O que são bombas de efluxo e qual sua função na célula bacteriana? Quais são as famílias de bombas de efluxo relacionadas com a resistência aos antimicrobianos? Introdução MATE*: Multidrug and Toxic Compound Extrusion MSF: Major Facilitator Superfamily SMR*: Small Multidrug Resistance RND*: Resistance Nodulation Division ABC: ATP Binding Cassette (Piddock, 2006) * Exclusiva em procariotos Família MFS Procariotos e Eucariotos gram positivas gram negativas (MFS+Canal ME) Efluxo realizado por força próton motiva (antiporte)* (Lynch, 2006) Caracterização Membrana Citoplasmática *Transportadores transmembrânicos e tipos de transporte Família MFS Procariotos e Eucariotos gram positivas gram negativas (MFS+Canal ME) Efluxo realizado por força próton motiva (antiporte) Transporta açúcares, metabólitos e drogas S. aureus (NorB) e B. subtilis (LmrB) E. coli (EmrAB-TolC/EmrKY-TolC) (Lynch, 2006) Caracterização 2 Caracterização Superfamília ABC Procariotos e Eucariotos Duas membranas hidrofóbicas e duas hidrofílicas Efluxo realizado pela hidrólise de ATP Transporta toxinas, metabólitos e drogas L. lactis (LmrCD) e S. aureus (AbcA) E. coli (MacAB-TolC) (Lynch, 2006) Humanos – agentes tumorais Família SMR Menor sistema de efluxo Transporta drogas catiônicas Efluxo realizado por força próton motiva S. marcescens (SsmE) e S. aureus (SepA) Caracterização (Lynch, 2006) Família MATE Topologia da membrana similar MFS Efluxo realizado por força próton motiva e gradiente de íons sódio Transporta detergentes e drogas S. aureus (MepA) e H. influenza (HmrM) (Lynch, 2006) Caracterização Resistance Nodulation Division (RND) Caracterização Família RND Usam o gradiente de prótons para forçar o efluxo Transporta moléculas lipofílicas e anfifílicas Responsável pela tolerância de bactérias a solventes A bomba está divida em três partes (Lynch, 2006) (Poole, 2008) Caracterização E. coli (AcrAB-TolC) K. pneumoniae (AcrABR) P. aeruginosa (MexAB-OprM) P. aeruginosa (MexCD-OprJ) S. enterica sorovar Typhimurium (AcrAB-TolC) P. aeruginosa (MexXY-OprM) P. aeruginosa (MexEF-OprN) N. gonorrhoeae (FarAB-MtrE) A. baumannii (AdeIJK) 3 Caracterização Membrana Externa Membrana Interna Se n ti do d o ef lu xo TolC AcrA AcrB (Piddock, 2006)Modelo de bomba de efluxo RND de Escherichia coli TolC = OMF (outer membrane factor) AcrA = MFP (Membrane fusion protein) Acr = Acriflavina TolC = Tolerância a colicina Modelo de bomba de efluxo RND de Pseudomonas aeruginosa Mex = Efluxo múltiplo Opr = Proteína de membrana externaCaracterização Cada um dos três componentes é essencial para o efluxo da droga e a ausência de um deles pode comprometer todo o funcionamento do complexo. Caracterização Caracterização (Nikaido, 2009) Comunicação com o periplasma AcrB Caracterização (Eswaran et al., , 2004) TolC TolC Caracterização (Koronakis et al., , 2004) Escherichia coli 4 Caracterização Bomba AcrAB-TolC (Recio-Fernandez et al., , 2004) TolC AcrA AcrB Caracterização (Tornroth-Horsefield et al., , 2007) 4º. Componente???? YajC (associação com AcrB) Caracterização (Piddock, 2006) Regulação Regulação Regulador MFP Transportador OMP E. coli sistema AcrAB-TolC: Repressor: AcrR Regulador Global: MarA, SoxS, Rob (Bacteroides MarA-like) Anaeróbios 5 Introdução Bombas MATE foram encontradas em Bacteroides thetaiotaomicron (Miyamae et al., 2001) (Miyamae et al., 2001) bexA (Bacteroides exporter A): similaridade NorM Vibrio parahaemolyticus orf1: proteína de inserção de membrana externa orfX: não tem função aparente no sistema de efluxo (Miyamae et al., 2001) pBRBT20: orfX, orf1, orf2(bexA) pBRBT201: orf1, orf2 pBRB201ME: orf2 pBRBT2012: orf1 Primeira bomba RND foi em Porphyromonas gingivalis XepCAB (Ikeda e Yoshimura, 2002) Introdução (Ikeda e Yoshimura, 2002) Bombas MATE foram encontradas em Clostridium difficile (Dridi et al., 2004) Introdução 6 (Dridi et al., 2004) (Dridi et al., 2004) Primeiro relato de bombas RND em B. fragilis foi em 2005 (Ueda et al.) Introdução Introdução (Ueda et al., 2005) bme (Bacteroides fragilis multidrug efflux) 1 9 16 15 14 13 12 11 102 3 4 5 6 7 8 16 bombas RND (BmeABC) Introdução Membrana Externa Membrana Interna Se n ti do d o ef lu xo TolC = BmeC AcrA = BmeA AcrB = BmeB (Piddock, 2006)Modelo de bomba de efluxo RND de Escherichia coli 16 genes bmeABC são expressos constitutivamente Bombas podem estar associadas com resistência intrínseca Aumento da expressão das bombas podem aumentar a resistência a múltiplos antibióticos CARACTERIZAÇÃO 7 E como são realizados os estudos de análise das bombas de efluxo? Clonagem Expressão ou Construção de cepas mutantes Perfil de substrato e de resistência = + Caracterização Caracterização Srikumar et al. (1998) - P. aeruginosa MexAB-OprM e MexCD-OprJ MexAB-OprM =MexCD-OprJ 1º experimento 2º experimento e resistência MexAB MexCD = = Não houve alteração da susceptibilidade resistência Hospedeiro susceptível ≠ comportamentos Clonagem Expressão+ Família RND Caracterização Clonagem Expressão+ pSTV28 – plasmídio/vetor pSEC38: sedXY pSEC32: sedY Clonaram: E. coli KAM 32 (Δ acrB, Δ ydhE) (Chen et al., 2003) Família SMR Caracterização Clonagem Expressão+ KAM3: (ΔacrB) pBET5: ebrA, ebrB (Masaoka et al., 2000) 8 Família ABC Caracterização Clonagem Expressão+ (Lee et al., 2003) pAEF82: efrA, efrB (Lee et al., 2003) Caracterização Construção de cepas mutantes (Pumbwe et al., 2006) Caracterização ↑bme 5, 7 e 15 - sobre pressão antibióticos são reguladas - MDR ↓ outras bombas – situações particulares podem ser reguladas Construção de cepas mutantes 9 Importância (Martinez et al., 2009) Família RND Importância Resistência a Metais Tóxicos Resistência a Solventes Na biosfera do solo – interação planta/bactéria Homeostase/Detoxificação Virulência Bacteriana Comunicação Celular – Quorum Sensing (QS) Importância Resistência a Metais Tóxicos Resistência a Solventes Na biosfera do solo – interação planta/bactéria Homeostase/Detoxificação Virulência Bacteriana Comunicação Celular – Quorum Sensing (QS) Importância Resistência a Metais Tóxicos Resistência a Solventes Na biosfera do solo – interação planta/bactéria Homeostase/Detoxificação Virulência Bacteriana Comunicação Celular – Quorum Sensing (QS) Importância Resistência a Metais Tóxicos Resistência a Solventes Na biosfera do solo – interação planta/bactéria Fitobactérias: Erwinia amylovora Erwinia chrysanthemi Agrobacterium tumefaciens 10 Importância Resistência a Metais Tóxicos Resistência a Solventes Na biosfera do solo – interação planta/bactéria Homeostase/Detoxificação Virulência Bacteriana Comunicação Celular – Quorum Sensing (QS) Importância Resistência a Metais Tóxicos Resistência a Solventes Na biosfera do solo – interação planta/bactéria Homeostase/Detoxificação Virulência Bacteriana Comunicação Celular – Quorum Sensing (QS) Importância Comunicação Celular – Quorum Sensing (QS) Controle da expressão de genes em resposta a densidadecelular e aos fatores ambientais. Envolve a produção e a detecção de moléculas sinalizadoras chamadas de autoindutoras (ex.: N-acil homoserina lactonas) E. coli B. fragilis Importância Iniciou com a resistência a antibióticos Consequência da atividade antropogênica Mas esse mecanismo não seria recente, talvez uma adaptação? Inibidores Pagés e Amaral., 2009 11 Inibidores Redução da expressão de componentes da bomba. Clorpromazine Inibidores Competem com o antibiótico pelo sítio de ligação na bomba de efluxo. Inibidores Causam colapso no sistema de energia da bomba. Perspectivas By-passing a atividade do efluxo Maiores estudos sobre inibidores Novas Tetraciclinas Novas Fluoroquinolonas Novos macrolídeos Bloqueadores dos canais de Membrana (TolC)
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