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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CÍVEL DA COMARCA DE… (art.540, LOCAL DO PAGAMENTO) OSÉIAS, nacionalidade…, estado civil…, profissão…, RG nº…, inscrito no CPF nº…, residente e domiciliado em..., E-mail…, Vem por seu advogado infra- assinado, com escritório no endereço…, para fins do art. 539º do CPC, nos termos da procuração anexa, com fulcro no art. 334 e seguintes do Código Civil, PROPOR: AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO pelo rito especial, artigo 547 do CPC, em face de LEONTINO SILVEIRA, nacionalidade…, estado civil…, RG nº…, inscrito no CPF nº…, residente e domiciliado em…, E-mail…, e LOCADORA DE CARROS E AUTOMÓVEIS LTDA, inscrita no CNPJ sob o nº…, com sede no endereço…, pelos fatos e fundamentos abaixo aduzidos. I – DOS FATOS O autor firmou contrato de locação de um automóvel pelo prazo de 12 meses com o 2º Réu, ocorre que, no 3º mês de vigência do contrato, o mesmo recebe notificação judicial do 1º Réu, informando que a partir daquele momento os aluguéis mensais seriam pagos a ele, uma vez que, conforme contrato de compra e venda apresentado, teria comprado o veículo objeto de locação do 2º Réu. Ocorre que o autor procurou o 2º Réu para mais esclarecimentos, uma vez que não sabia mais a quem pagar as mensalidades, porém, este não reconheceu o vínculo de compra e venda firmada no contrato. Então, diante da dúvida e faltando apenas 4 (quatro) dias para o próximo vencimento, não restou alternativa se não a busca dos meios judiciais para a resolução do problema. II – DOS FUNDAMENTOS Esta ação se fundamenta no artigo 335, inc. IV do C.C, pois o autor têm dúvidas quanto a legitimidade do credor dos aluguéis do veículo, ou seja, há uma confusão sobre quem realmente deva receber os aluguéis do contrato de locação. Portanto, de acordo com o artigo 334, o autor, para cumprir sua obrigação e não incorrer em mora e outros ônus pelo inadimplemento, ajuíza a presente ação, desejando depositar o valor devido, até para não incorrer em erro, pagando a um “falso” credor. Como Diz Sílvio de Salvo Venosa: “O pagamento feito pelo devedor não constitui apenas uma manifestação de obrigação, trata-se de um direito seu. Não é do interesse do devedor que a dívida se prolongue além do estipulado. É evidente que isso lhe trará maiores encargos, juros, correção monetária, multa. Assim, o bom pagador desejará pagar na forma contratada. Tanto que a lei lhe confere meios coercitivos para jungir o credor a receber.” (Venosa, Silvio de Salvo. Teoria Geral das Obrigações e Teoria Geral dos Contratos, p. 174, 9. ed. – São Paulo: Atlas, 2009) Vale também observar a jurisprudência: CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. DEPÓSITO DE ALUGUÉIS. DÚVIDA SOBRE QUEM POSSUI A TITULARIDADE DA CONDIÇÃO DE CREDOR. EXECUÇÃO EXTRAJUDICIAL DO IMÓVEL EM FAVOR DA CEF. AÇÃO ANULATÓRIA DA EXECUÇÃO EXTRAJUDICIAL JULGADA PROCEDENTE. APELAÇÃO INTERPOSTA PELA CEF. DESISTÊNCIA DO RECURSO. TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA QUE ANULOU A EXECUÇÃO EXTRAJUDICIAL DO IMÓVEL LOCADO. 1 A sentença recorrida entendeu que, apesar do ajuizamento pela empresa locadora do imóvel de ação anulatória do procedimento executório extrajudicial do imóvel objeto do contrato de locação, logrando provimento em Primeira Instância e estando o processo em Segunda Instância, aguardando julgamento do recurso da CEF, não poderia ser atribuída eficácia à sentença anulatória, eis que impugnada por recurso de apelação, recebido no duplo efeito. 2 Tendo a CEF desistido do recurso, a sentença que anulou a execução extrajudicial do imóvel, objeto da locação, cujas prestações foram objeto da ação de consignação, transitou em julgado. Resta óbvio que a CEF não é, nem foi (já que a arrematação foi anulada), a proprietária do imóvel locado. Sendo a apelante a legítima proprietária, devidas à mesma as prestações consignadas. 3 Recurso conhecido e provido, para cassar a sentença recorrida e julgar procedente o pedido, declarando extinta a obrigação referente aos depósitos dos aluguéis e reconhecendo a empresa locadora do imóvel como a legítima credora da apelada/locatária. (TRF-2 - AC: 285559 2002.02.01.016311-0, Relator: Desembargador Federal LUIZ ANTONIO SOARES, Data de Julgamento: 21/10/2002, PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: DJU - Data::10/12/2002 - Página::128) Diante disso, deseja o autor depositar as prestações sucessivas mensalmente até que a dúvida quanto a legitimidade do credor seja sanada, ou caso contrário, até o fim do contrato, conforme artigo 541 do CPC. III – DOS PEDIDOS Diante de todo o exposto, Requer: a) A expedição da guia para a realização do depósito da quanti de R$: …, nos termos do art. 542, inc. I do CPC; b) A citação dos réus para que no prazo legal possam apresentar contestação, artigo 542, inc. II do CPC; c) A procedência do pedido com o depósito da quantia devida e com a ulterior declaração da extinção da obrigação, art. 544, CPC; d) A condenação do réu ao pagamento das custas judiciais e ao pagamento de 20% dos honorários advocatícios; IV – DAS PROVAS Requer todas as provas em direito admitidas, em especial a prova documental, conforme art. 369 e seguintes do CPC. V – VALOR DA CAUSA Dá-se a causa no valor de R$: …, artigo 232, CPC. Nestes Termos, em que pede deferimento. Local Data OAB Advogado
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