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História do direito aula 2

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História do direito brasileiro.
A origem do Brasil Português e o Direito na Colônia
Professora: Leticia Borges
Ordenações Afonsinas
São chamadas de Ordenações Afonsinas uma coleção de leis destinada a regular a vida doméstica dos súditos do Reino de Portugal a partir de 1446, durante o reinado de D. Afonso V.
As Ordenações Afonsinas estão organizadas em cinco livros. 
 O livro I trata dos cargos da administração e da justiça.
 O livro II ocupa-se da relação entre Estado e Igreja, dos bens e privilégios da igreja, dos direitos régios e sua cobrança, da jurisdição dos donatários, das prerrogativas da nobreza e legislação "especial" para judeus e mouros.
 O livro III cuida basicamente do processo civil.
 O livro IV trata do direito civil: regras para contratos, testamentos, tutelas, formas de distribuição e aforamento de terras, etc.
 O último trata do direito penal: os crimes e as suas respectivas penas.
Texto integral das ordenações afonsinas: http://www1.ci.uc.pt/ihti/proj/afonsinas/
Estrutura judiciária:
Magistrados singulares:
Juízes ordinários: não eram bacharéis e eram eleitos pelos homens bons da comarca.
Juízes de fora: bacharéis nomeados pelo rei que podiam substituir os juízes ordinários, e realizam a correição dos atos judiciais.
Tribunais colegiados:
Desembargo do paço: tinha por objetivo apreciar as questões cíveis relativas à liberdade do indivíduo.
Conselho de fazenda: a sua função precípua era a de solucionar litígios acerca da arrecadação de tributos.
Mesa da consciência e ordem: responsáveis pela apreciação dos demais juízos
As grandes navegações:
A era dos descobrimentos marcou a passagem do feudalismo da Idade Média para a Idade Moderna
Em 1493, a Bula Intercoetera estabeleceu as terras a 100 léguas de Cabo Verde como região de posse portuguesa. No ano seguinte, Portugal solicitou o alargamento das fronteiras para 370 léguas de Cabo Verde, chamada de Tratado de Tordesilhas. Essa revisão abriu uma discussão sobre a possibilidade de navegadores portugueses já conhecerem terras ao sul do continente americano.
No ano de 1500, o navegante português Pedro Álvares Cabral anunciou a descoberta do Brasil. Com isso, os processos de exploração da América e a transferência do eixo econômico mundial iniciaram um novo período na economia mercantil europeia. Ao longo do século XVI, outras nações, como Holanda, França e Inglaterra questionaram o monopólio ibérico realizando invasões ao continente americano e praticando a pirataria.
 Primeira Missa, rezada por Frei Henrique de Coimbra, em um domingo, 26 de abril de 1500
Ordenações Manuelinas
As Ordenações Manuelinas são três diferentes sistemas de preceitos jurídicos que compilaram a totalidade da legislação portuguesa, de 1512-13 a 1605. Fizeram parte do esforço do rei Manuel I de Portugal para adequar a administração no Reino ao enorme crescimento do Império Português na era dos descobrimentos. 
Composta por 5 livros
Acrescentando o direito comercial ao livro de direito civil
As Capitanias hereditárias foi um sistema de administração territorial criado pelo rei de Portugal, D. João III, em 1534. Este sistema consistia em dividir o território brasileiro em grandes faixas e entregar a administração para particulares (principalmente nobres com relações com a Coroa Portuguesa).
A administração das capitanias
O vínculo jurídico entre o rei de Portugal e cada donatário era estabelecido em dois documentos: a Carta de Doação, que conferia a posse, e a Carta Foral ou de Foro que determinava direitos e deveres.
Pela primeira, o donatário recebia a posse da terra, podendo transmiti-la aos filhos, mas não vendê-la. Recebia também uma sesmaria de dez léguas de costa. Devia fundar vilas, distribuir terras a quem desejasse cultivá-las, construir engenhos, dever previsto na Carta Foral. O donatário exercia plena autoridade no campo judicial e administrativo para nomear funcionários e aplicar a justiça, podendo até decretar a pena de morte para escravos, índios e homens livres. Adquiria alguns direitos: isenção de taxas, venda de escravos índios e recebimento de parte das rendas devidas à Coroa. Podia escravizar os indígenas, obrigando-os a trabalhar na lavoura ou enviá-los como escravos a Portugal até o limite de 39 por ano.
A Carta Foral tratava, principalmente, dos tributos a serem pagos pelos colonos. Definia ainda, o que pertencia à Coroa e ao donatário. Se descobertos metais e pedras preciosas, 20% seriam da Coroa e, ao donatário caberiam 10% dos produtos do solo. A Coroa detinha o monopólio do comércio do pau-brasil e de especiarias. O donatário podia doar sesmarias aos cristãos que pudessem colonizá-las e defendê-las, tornando-se assim colonos.
O ouvidor-mor era o funcionário responsável pela resolução de todos os problemas de natureza judiciária e o cumprimento das leis vigentes.
O provedor-mor estabelecia os seus trabalhos na organização dos gastos administrativos e na arrecadação dos impostos cobrados. 
O capitão-mor desenvolvia ações militares de defesa que estavam, principalmente, ligadas ao combate dos invasores estrangeiros e ao ataque dos nativos.
Governo geral
O governo-geral foi o modo de organização utilizado por Portugal durante todo o período colonial. Durante os séculos XVII e XVIII houve outras formas de divisão do território colonial que foram empregadas com o objetivo de facilitar o domínio das terras brasileiras. O Brasil chegou por um tempo a ser dividido em duas partes, sendo uma com capital na cidade de Salvador e outra com capital na cidade do Rio de Janeiro. 
 No século XVIII, a capital da colônia foi definitivamente transferida para o Rio de Janeiro. Essa decisão teve grande influência da descoberta de ouro nas regiões central e sudeste do Brasil. Portanto, a mudança do Rio de Janeiro foi adotada para facilitar a arrecadação e o controle dessa riqueza explorada por Portugal na época.
O governo-geral acabou somente no ano de 1808, quando a Família Real Portuguesa chegou ao Brasil. Naquele momento, o Rio de Janeiro se transformou em capital não só do espaço colonial brasileiro, mas também do Império Português.
Pacto colonial:
O Pacto Colonial pode ser definido como um conjunto de regras, leis e normas que as metrópoles impunham às suas colônias durante o período colonial. Estas leis tinham como objetivo principal fazer com que as colônias só comprassem e vendessem produtos de sua metrópole. Através deste exclusivismo econômico, as metrópoles europeias garantiam seus lucros no comércio bilateral, pois compravam matérias-primas baratas e vendiam produtos manufaturados a preços elevados.
O Pacto Colonial foi muito comum entre os séculos XVI e XVIII. As metrópoles proibiam totalmente o comércio de suas colônias com outros países ou criavam impostos tão altos que inviabilizava o comércio fora do pacto. Outro método, que inclusive foi utilizado na relação entre Portugal e Brasil, foi a proibição de estabelecimento de manufaturas em solo brasileiro. Desta forma, o Brasil ficou durante grande parte da fase colonial totalmente dependente dos manufaturados portugueses. O Pacto Colonial só foi quebrado em 1808, com a vinda da família real portuguesa ao Brasil. Nesta ocasião, D. João VI promoveu a abertura dos portos às nações amigas (Reino Unido).
O Pacto Colonial também vigorou na relação entre a Inglaterra (metrópole) e suas colônias americanas (Estados Unidos). Inclusive, foi um dos principais motivos da revolta dos colonos americanos, que fomentou o processo de Independência dos Estados Unidos. 
Ordenações Filipinas
Ordenações Filipinas ficaram prontas ainda durante o reinado de Filipe I, em 1595, mas entraram efetivamente em vigor em 1603, no período de governo de Filipe II.
A norma editada seguia a estrutura de cinco livros que continham títulos e parágrafos:
 I) Direito Administrativo e Organização Judiciária; 
II) Direito dos Eclesiásticos, do Rei, dos Fidalgos e dos Estrangeiros;
III) ProcessoCivil; 
IV) Direito Civil e Direito Comercial;
V) Direito Penal e Processo Penal. 
Destaca-se o livro II, que demonstra a principal característica dos direitos do Antigo Regime, ou seja, a existência de normas especiais para cada uma das castas que compunham a sociedade daquele período.
Ordenações Filipinas: http://www.ci.uc.pt/ihti/proj/filipinas/
Nos casos a serem julgados e que não estivessem previstos nas Ordenações Filipinas, casos omissos da legislação nacional, aplicavam-se subsidiariamente:
o direito romano (Código de Justiniano), a partir das glosas (interpretações) de Acúrsio e das opiniões de Bártolo ou 
o direito canônico. Este último invocado quando estivesse em voga o pecado, como nos casos de crimes de heresia ou sexuais. 
Portanto, para julgar os casos que a eles chegassem, os tribunais deveriam ter à sua disposição o texto das Ordenações, o Corpus Iuris Civilis de Justiniano (glosas de Acúrsio) e os textos de Bártolo.
As penas previstas nas Ordenações Filipinas eram consideradas severas e bastante variadas, destacando-se:
 o perdimento e o confisco de bens,
 o desterro, o banimento, 
os açoites, morte atroz (esquartejamento) e 
morte natural (forca). 
Mas, como típica sociedade estamental da época, não poderiam ser submetidos às penas infamantes ou vis os que gozassem de privilégios, como os fidalgos, os cavaleiros, os doutores em cânones ou leis, os médicos, os juízes e os vereadores. 
Havia, porém, alguns crimes cujas penas eram aplicadas indistintamente, sem qualquer ressalva quanto à qualificação do criminoso: lesa majestade, sodomia, testemunho falso. 
O tormento (hoje, tortura) só era aplicado a todas as pessoas quando se fossem acusadas de crime de lesa majestade, aleivosia, furto e outros.
16
Aplicação da justiça:
Juízes singulares:
Juiz das casas das Índias, Mina, Guiné, Brasil e armazéns,
Ouvidor da alfandega da cidade de Lisboa
Juiz ordinário
Juiz de fora
Juízo de segundo grau:
Casa de suplicação
Tribunal de relação
Juízo de terceiro grau:
Casa de Suplicação presidida pelo regedor e composta pelo chanceler-mor e pelos desembargadores da Casa de Suplicação

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