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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA ENGENHARIA CIVIL EXPERIMENTO III: Determinação do Coeficiente de Rugosidade de Hazen-Willians e do Coeficiente de Atrito de Darcy Weisbach no Tubo Rugoso. Alunos: Assinaturas: Rodrigo Susumu Santana Iwamoto Nicolas Barcelos Rabelo Berchior Leticia Vilela de Souza João Luiz Gomes Souza Brenda Silva Cardoso ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ ___________________________________ Goiânia, Março de 2018. Introdução Sempre quando um fluido se desloca ao longo de uma tubulação, encontra certa resistência graças ao atrito o qual está submetido pelo contato com as paredes internas dessa tubulação. Além disso, ocorre também uma turbulência entre as moléculas do fluido graças a sua movimentação. Esses fatores promovem uma perda da energia dinâmica ao longo do curso de deslocamento do fluido. A esse fenômeno dá-se o nome Perda de Carga. Já a perda de carga unitária, apresenta essa perda de energia por unidade de comprimento da tubulação. No cotidiano, a perda de carga torna-se de suma importância em instalações hidráulicas. Por exemplo, quanto maior se apresentar a perda de carga em uma instalação de bombeamento, maior será a energia consumida pela bomba. Para se estimar o consumo real de energia, o cálculo da perda de carga deve ter a maior precisão possível. Um dos métodos frequentemente utilizados para estimar as perdas de cargas distribuídas é através da Equação de Hazen-Williams. Uma das principais vantagens deste método é a sua simplicidade, quando comparado a outros métodos presentes na literatura. Por outro lado, ele não considera os efeitos da variação da temperatura e viscosidade do fluido. O grau de resistência que o líquido encontra no momento de escoamento é determinado pelo coeficiente “C” de Hazen-Williams. Quanto menor for esse coeficiente, maior a perda de carga presente no escoamento e, consequentemente, mais energia será necessária para superar essa resistência. Esse fator reflete em vazões abaixo das esperadas, pressões reduzidas nos pontos mais distantes e pressões elevadas nos pontos mais próximos, consumos elevados de energia nos recalques e variações muito grandes de pressão. (Creder, 2006) Partindo do pressuposto teórico, podemos determinar experimentalmente o Coeficiente de Rugosidade utilizado a equação de Hazen-Willians e o Coeficiente de Atrito de Darcy Weisbach no Tubo Rugoso. Fórmula de Hazen-willians Desenvolvida entre 1902 e 1905, consiste na fórmula prática mais empregada pelos calculistas para condutos sob pressão, apresentando resultados agradáveis para diâmetros variando de 50mm a 3000mm, velocidades de escoamento inferiores a 3,0 m/s, temos a equação abaixo: Onde: Hf = Perda de carga Q = Vazão (m³/s) L = Comprimento do Conduto (m) C = Coeficiente de Rugosidade da Hazen-Willians D = diâmetro da tubulação (mm) Coeficiente de atrito de Darcy Weisbach O coeficiente de atrito é apresentado diante de várias fórmulas dependendo do escoamento o qual é apresentado. No presente relatório, vamos utilizar a fórmula apresentada por ColeBrook White enquadrada em qualquer tipo de escoamento: Onde: e= Altura média das imperfeições na parte interna do tubo (m) D = Diâmetro do tubo Rey = Número de Reynolds. Objetivo O experimento tem como objetivo a determinação experimental do Coeficiente de Rugosidade de Hazen-Willians e do Coeficiente de Atrito de Darcy Weisbach em um tubo rugoso de PVC. Materiais Utilizados Central de Bombeamento Hidráulico; Tubo Diafragma; Manômetro “U”; Tubo Rugoso; Módulo Experimental de Hidráulica. Termômetro Métodos A metodologia aplicada referente a este experimento consiste na leitura dos manômetros de mercúrio, onde mensuramos os valores de: Temperatura da água A partir da leituras dos dados, pudemos realizar os cálculos referentes à vazão do tubo diafragma, perda de carga do mesmo, coeficiente de Hazen-Willians “C” assim resultando nos parâmetros necessários para o cálculo do número de Reynolds para nos indicar qual o valor de “e” citado no item 0. Os valores que vão ser aferidos podem ser visualizados através do esquema abaixo: Figura 1 – Esquema de Ensaio apresentado em sala de aula. Resultados Vazão no Tubo Diafragma Utilizando a fórmula mostrada acima, obtemos o seguinte valor para Qtd: Qtd (m³/s) K m s (m²) g (m²/s) dHG Δh (m) 3,47E-03 0,676 0,45 0,00478 9,81 13,6 0,023 Perda de Carga (hf) Utilizando a fórmula acima, obtemos o o valor para hf: hF (m) dHg Δl (m) 1,9026 13,6 0,151 Coeficiente de Rugosidade de Hazen-Willians (C) Utilizando a fórmula acima, obtemos o valor do Coeficiente de Rugosidade “C”. Concluindo assim 50% do objetivo do presente experimento. C hF (m) L (m) D (m) Q (m³/s) 3,97101E-07 1,9026 2,25 0,0381 3,47E-03 Número de Reynolds Utilizando a expressão acima, conseguimos obter o número de Reynolds. Rey ρ (kg/m³) V (m/s) D (m) μ (Pa*s) 126897,28 997 3,04 0,0381 0,00091 Coeficiente de Atrito de Darcy Weisbach (Fórmula de Colebrook) Através da fórmula apresentada acima, obtemos o Coeficiente de Atrito f realizando a análise com dois valores apresentados como limites de rugosidade absoluta equivalente para tubos, sejam eles, 0,0015 a 0,010. f e D Rey 0,0643 0,0015 0,0381 126897,28 f e D Rey 0,0189 0,01 126897 0,06 O experimento anterior também consistiu na obtenção do Coeficiente de Atrito de Darcy Weisbach mas em um tubo liso. Após realizar o ensaio no tubo rugoso, obtivemos os seguintes números: f - Tubo Liso f - Tubo Rugoso 0,023 0,0643 Observamos que o coeficiente de atrito do tubo liso mostrou-se menor que o coeficiente do tubo rugoso, como o esperado, uma vez que há uma maior perda de carga neste tipo de tubulação. uTILIZAÇÃO DO tUBO rUGOSO Os tubos rugosos podem ser utilizados com as mesmas funções que o tubo liso, com a exceção do seu tipo de escoamento. O que difere um tubo liso de um tubo rugoso é a sua rugosidade relativa (e/D) e seu número de Reynolds. Tubos Rugosos são utilizados em vários sistemas hidráulicos como: sistema de saneamento e abastecimento de água de uma cidade, sistemas de irrigação rural, tubulações transportadoras de fluídos em ambiente industrial, linhas hidráulicas de aeronaves e até mesmo, tubos dos jatos de tinta de uma impressora. Conclusão O valor do Coeficiente de Atrito (f) encontrado foi bastante coerente com o esperado comparando com os demais valores ensaiados de tubos comerciais, assim como o Coeficiente de Rugosidade (C), evidenciando assim uma boa realização do ensaio e a confiabilidade do mesmo. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 10719: apresentação de relatórios técnico-científicos. Rio de Janeiro, 1989. 9 p. PIMENTA, C.F. Curso de Hidráulica Geral. 3ª ed., São Paulo, 1977. BRUNETTI, F. Mecânica dos Fluidos. 2. ed. rev. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. Fox, R. W. e Mcdonald, A. T., Introdução à Mecânica dos Fluidos, 6ª ed, LTC, 2004. Livi, C. P. Fundamentos de Fenômenos de Transporte: um texto para cursos básicos. LTC, 2004. CREDER, H. Instalações Hidráulicas e Sanitárias. 6. ed. São Paulo: LTC, 2006.
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