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TRANSTORNO DE HUMOR BIPOLAR

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TRANSTORNO DE HUMOR BIPOLAR[1: Trabalho realizado em detrimento da nota parcial da disciplina de Ênfase BI² Acadêmica do curso de Psicologia – URI/FW³ Docente Supervisora da disciplina de Ênfase BI]
	Zaionara Ferrari²
Juliana Ottoneli³
Resumo: Com o avanço tecnológico muitas doenças tidas antes como “loucura” passaram a ser reconhecidas e aceitas pela sociedade, entretanto a divulgação errônea de informações fez com que estas doenças fossem tratadas como características ou estados momentâneos. O transtorno de Humor Bipolar é uma doença que deve ser diagnóstica e tratada de forma adequada e ética, com acompanhamento psicoterapêutico e se necessário acompanhamento medicamentoso. O trabalho a seguir apresentado trará uma breve explanação do diagnóstico e tratamento do paciente com THB.
Palavras-Chave: Transtorno de Humor Bipolar; Diagnóstico; Tratamento.
INTRODUÇÃO
	Este trabalho foi produzido em detrimento da avaliação parcial da disciplina de Ênfase BI do curso de Psicologia – URI/RS, qual consiste em realizar atendimentos clínicos em Psicologia, supervisionados semanalmente e a partir disso colocar em pratica conhecimentos adquiridos em sala de aula. A escola pela temática do transtorno bipolar de humor se deu pelo interesse em estudar mais sobre esse transtorno e também pelas vivências do estágio clinico. 
Bipolaridade tornou-se uma palavra de uso comum, corriqueiro, falada nas ruas, mídia, consultórios. ‘Ser bipolar’ não produz espanto ou constrangimento. Pelo contrário, em meio às variações ciclotímicas da economia global, proliferam, na net, comunidades de bipolares e, na psiquiatria, diagnósticos de bipolares. Há uma epidemia bipolar (BOGOCHVOL, 2014). E é pensando nisso que se compreende a relevância de estudar e entender o processo diagnóstico e o tratamento clinico do Transtorno de Humor Bipolar.	
 	Loucura, melancolia, mania, fúria divina, possessão, bruxaria, tristeza, demência, psicose, depressão. Até chegarmos no Transtorno do Humor Bipolar, um grande caminho foi percorrido, que iniciou na Grécia e Roma juntamente com a história da nossa civilização. Descrever o seu trajeto é descrever a história da humanidade. Os primeiros escritos sobre a existência da melancolia datam da civilização greco-romana e são descritas em personagens bíblicos como o rei Saul, no antigo testamento, e mitológicos, como na Ilíada, de Homero ( ALCANTRA et. Al., 2003).	
TRANSTORNO DE HUMOR BIPOLAR: DIAGNÓSTICO
 	
O diagnóstico do Transtorno Bipolar (TB), atualmente, pode ser feito a partir de critérios razoavelmente bem estabelecidos tanto na prática clínica quanto para efeito de pesquisa, embora seja ainda necessário o esclarecimento objetivo de aspectos cruciais como, por exemplo, a etiologia e o processo fisiopatológico. É considerado um transtorno crônico, caracterizado pela existência de episódios agudos, recorrentes, de alteração patológica do humor, com pelo menos um episódio de mania, hipomania ou misto (JUSTO E CALIL, 2004).	 
 	Na perspectiva psiquiátrica tradicional, o termo mania designa estados de exaltação do humor, excitabilidade psíquica, aceleração do pensamento, elevação da autoestima e grandiosidade. O termo hipomania descreve estados maníacos de menor gravidade. (EY, H.; BERNARD, P.; BRISSET, C. 1981-1978 apud CLEMENTE, 2013) Com relação a melancolia e a mania Bogochvol (2014) afirma “na melancolia, a imagem é de um buraco por onde a libido se esvai, na mania a imagem é de uma erupção que esparrama libido”. 	
Partindo do pressuposto que a psicanalise entende o individuo a partir do seu discurso:
O discurso do paciente com distúrbio bipolar aponta para a estrutura psicótica, mas com uma peculiaridade, a plasticidade de comportamento e discurso, às vezes, muito coerentes, que enganam nossos ouvidos e em alguns momentos nos fazem colocar em dúvida a questão estrutural de seu discurso (DUARTE, 2003).
	
 	Segundo critérios do DSM-5 o transtorno bipolar pode ser dividido em três tipos, sendo eles: transtorno bipolar tipo I, transtorno bipolar tipo II e transtorno ciclotímico, abaixo, compreendendo que cada um possui critérios diagnósticos diferentes, sendo eles: 
 	Transtorno Bipolar I: Para diagnosticar transtorno bipolar tipo I, é necessário o preenchimento dos critérios a seguir para um episódio maníaco. O episódio maníaco pode ter sido antecedido ou seguido por episódios hipomaníacos ou depressivos maiores.
Episódio Maníaco: A) Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade dirigida a objetivos ou da energia, com duração mínima de uma semana e presente na maior parte do dia, quase todos os dias (ou qualquer duração, se a hospitalização for necessária).
B) Durante o período da perturbação do humor e aumento da energia ou atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é apenas irritável) estão presentes em grau significativo e representam uma mudança notável do comportamento habitual:
Autoestima inflada ou grandiosidade;
Redução da necessidade do sono (p. ex, sente-se descansado com apenas três horas de sono).
Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando.
Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados.
Distratibilidade (i.e., a atenção é desviada muito facilmente por estímulos externos insignificantes ou irrelevantes), conforme relatado ou observado.
Aumento da atividade dirigida a objetivos (seja socialmente, no trabalho ou escola, seja sexualmente) ou agitação psicomotora (i.e., atividade sem propósito não dirigida a objetivos).
Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolorosas (p. ex., envolvimento em surtos desenfreados de compras, indiscrições sexuais ou investimentos financeiros insensatos).
C) A perturbação do humor é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional ou para necessitar de hospitalização a fim de prevenir dano a si mesmo ou a outras pessoas, ou existem características psicóticas.
D) A perturbação do humor não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex, droga de abuso, medicamento, outro tratamento) ou a outra condição médica.
Episódio Hipomaníaco: A) Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade ou energia, com duração mínima de quatro dias consecutivos e presente na maior parte do dia, quase todos os dias. B) Durante o período de perturbação do humor e aumento de energia e atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é apenas irritável) persistem, representam uma mudança notável em relação ao comportamento habitual e estão presentes em grau significativo:
Autoestima inflada ou grandiosidade.
Redução da necessidade de sono (p. ex., sente-se descansado com apenas três horas de sono).
Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando.
Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados.
Distratibilidade (i.e., a atenção é desviada muito facilmente por estímulos externos insignificantes ou irrelevantes), conforme relatado ou observado.
Aumento da atividade dirigida a objetivos (seja socialmente, no trabalho ou escola, seja sexualmente) ou agitação psicomotora.
Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolorosas (p. ex., envolvimento em surtos desenfreados de compras, indiscrições sexuais ou investimentos financeiros insensatos).
C) O episódio está associado a uma mudança clara no funcionamento que não é característica do indivíduo quando assintomático. D) A perturbação do humor e a mudança no funcionamento são observáveis por outras pessoas. E) O episódio não é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional ou para necessitar de hospitalização. Existindo características psicóticas, por definição, o episódio é maníaco. F) O episódio nãoé atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento, outro tratamento).
Episódio Depressivo Maior A) Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de duas semanas e representam uma mudança em relação ao funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é (1) humor deprimido ou (2) perda de interesse ou prazer.
Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme indicado por relato subjetivo (p. ex., sente-se triste, vazio ou sem esperança) ou por observação feita por outra pessoa (p. ex., parece choroso). (Nota: Em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável.)
Acentuada diminuição de interesse ou prazer em todas, ou quase todas, as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias (conforme indicado por relato subjetivo ou observação feita por outra pessoa).
Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta (p. ex., mudança de mais de 5% do peso corporal em um mês) ou redução ou aumento no apetite quase todos os dias. (Nota: Em crianças, considerar o insucesso em obter o ganho de peso esperado)
Insônia ou hipersonia quase diária.
Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observável por outras pessoas; não meramente sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais lento).
Fadiga ou perda de energia quase todos os dias.
Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada (que podem ser delirantes) quase todos os dias (não meramente autorrecriminação ou culpa por estar doente).
Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão quase todos os dias (por – relato subjetivo ou observação feita por outra pessoa).
Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico, tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio.
Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica.
Transtorno Bipolar Tipo II: Para diagnosticar transtorno bipolar tipo II, é necessário o preenchimento dos critérios para um episódio hipomaníaco atual ou anterior e os critérios para um episódio depressivo maior I atual ou anterior.
 	Episódio Hipomaníaco: A) Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento anormal e persistindo da atividade ou energia, com duração de pelo menos quatro dias consecutivos e presente na maior parte do dia, quase todos os dias. B) Durante o período de perturbação do humor e aumento da energia e atividade, três (ou mais) dos seguintes sintomas (quatro se o humor é apenas irritável) persistem, representam uma mudança notável em relação ao comportamento habitual e estão presentes em grau significado:		
Autoestima inflado ou grandiosas.	
 Redução da necessidade de sono (p. ex., sente-se descansado com apenas três horas de sono). 	
Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando. 
Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados.
Distratibilidade (i.e., a atenção é desviada muito facilmente por estímulos externos insignificantes ou irrelevantes), conforme relatado ou observado.
Aumento da atividade dirigida a objetivos (seja socialmente, no trabalho ou escola, seja sexualmente) ou agitação psicomotora.	
Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolorosas.
C) O episódio está associado a uma mudança clara no funcionamento que não é característica do indivíduo quando assintomático. D) A perturbação no humor e a mudança no funcionamento são observáveis por outras pessoas. E) O episódio não é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional ou para necessitar de hospitalização. Existindo características psicóticas, por definição, o episódio é maníaco. F) O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento ou outro tratamento). 	 
 	Episódio Depressivo Maior: A) Cinco dos seguintes sintomas estiveram presentes durantes o mesmo período de duas semanas e representam uma mudança em relação ao funcionamento anterior; pelo menos um f ¥ dos sintomas é (1) humor deprimido ou (2) perda de interesse ou prazer.
Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme indicado por relato subjetivo (p. ex., sente-se triste, vazio ou sem esperança) ou por observação feita por outra pessoa (p. ex., parece choroso).
Acentuada diminuição de interesse ou prazer em todas, ou quase todas, as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias (conforme indicado por relato subjetivo ou observação). 
Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta (p. ex., mudança de mais de 5% do peso corporal em um mês) ou redução ou aumento no apetite quase todos os dias. 
Insônia ou hipersonia quase diária. 
Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observável por outras pessoas; não meramente sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais lento). 
Fadiga ou perda de energia quase todos os dias. 
Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada (que podem ser delirantes) quase todos os dias (não meramente autorrecriminação ou culpa por estar doente). 
Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão quase todos os dias (por relato subjetivo ou observação feita por outra pessoa). 
Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico, tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio.
B) Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. C) O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológico de uma substância ou outra condição médico. 	 
Diagnóstico Diferencial: O diagnóstico de transtorno bipolar tipo I diferencia-se do de transtorno bipolar tipo II pela presença de algum episódio anterior de mania. Outro transtorno bipolar e transtornos relacionados especificado ou transtorno bipolar e transtornos relacionados não especificado devem ser diferenciados dos transtornos bipolar tipo I e tipo II, considerando-se se os episódios com sintomas maníacos ou hipomaníacos ou os episódios com sintomas depressivos preenchem plenamente ou não os critérios para aquelas condições (DSM V).	
 	Transtorno Ciclotímico: Critérios Diagnósticos: A) Por pelo menos dois anos (um ano em crianças e adolescentes), presença de vários períodos com sintomas hipomaníacos que não satisfazem os critérios para episódio hipomaníaco e vários períodos com sintomas depressivos que não satisfazem os critérios para episódio depressivo maior. B) Durante o período antes citado de dois anos (um ano em crianças e adolescentes), os períodos hipomaníaco e depressivo estiveram presentes por pelo menos metade do tempo, e o indivíduo não permaneceu sem os sintomas por mais que dois meses consecutivos. C) Os critérios para um episódio depressivo maior, maníaco ou hipomaníaco nunca foram satisfeitos.	
 	 D) Os sintomas do Critério A não são mais bem explicados por transtorno esquizoafetivo, esquizofrenia, transtorno esquizofreniforme, transtorno delirante, outro transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico especificado ou transtorno E) Os sintomas não são atribuíveis aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex;, droga de abuso, medicamento) ou a outra condição médica (p. ex., hipertireoidismo). F) Os sintomas causam sofrimento ou prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. 	
 TRATAMENTO
As psicoterapias são normalmente intervenções mais complexas e abrangentes. Seu alvo é aquilo que se constitui um sintoma no universo psíquico humano, incluindo,naturalmente, as consequências dele resultantes. O sintoma, aqui, está associado à ideia de patologia, seja em decorrência de uma doença ou transtorno específico, seja como fator de sofrimento emocional de outra origem, mas com a propriedade de prejudicar a saúde mental do indivíduo. Pode ter caráter mais contextual e transitório, geralmente existindo em função da presença de outros sintomas ou de situações críticas e desestabilizadoras, internas, externas ou mistas que se impõem à vida de uma pessoa ou de um grupo; ou ser algo mais estrutural e duradouro, fazendo parte das características do indivíduo (JUSTO E CALIL, 2004).
Cabe ao psicoterapeuta avaliar se o paciente deve ser encaminhado ao psiquiatra para fazer uso de medicamentação. Outra opção a ser conciliada com a psicoterapia é psicoeducação. A psicoeducacão do paciente e do familiar ou cuidador é fundamental e tem por objetivo oferecer informações sobre a doença, seu prognóstico e tratamento, propiciando maior entendimento do processo terapêutico e, consequentemente, levando a melhor adesão ao tratamento. 
 	O principal objetivo da intervenção psicoeducativa é capacitar os portadores de TB a se apropriarem de sua doença, ou seja, compreenderem de forma teórica e prática o que lhes acontece, possibilitando, assim, que lidem de forma promissora com as consequências desta. Isso significa fornecer uma margem de compreensão sobre a complexa relação entre a doença, os sintomas, a personalidade, o ambiente interpessoal e os efeitos colaterais da medicação. Muitos pacientes partilham de dúvidas, mitos e preconceitos que os fazem negar a própria doença, o tratamento e os recursos que lhes são oferecidos (COLOM; VIETA, 2004, FIGUEIREDO, et al., 2009 APUD PERREIRA ET. AL 2010).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 	
	A banalidade com que é tratado e os diagnósticos errôneos fizeram com que o Transtorno Bipolar de Humor se tornasse algo “normal”, deixando até mesmo de ser visto como Transtorno e passando a ser visto como característica, onde até mesmo testes de internet se acham capazes de dizer se você é bipolar ou não. Ouvir “eu sou bipolar” caiu na rotina, virou algo corriqueiro é pensando nisso que enfatizasse a importância do conhecimento e do diagnóstico correto. Cabe à psicologia disseminar conhecimento adequado e a propor momentos de reflexão afim de também compreender o que leva as pessoas se declararem “bipolar”. 
 	
REFERÊNCIAS
ALCANTARA, Igor; et. Al. Avanços no diagnóstico do transtorno do humor bipolar. R. Psiquiatr. RS, 25'(suplemento 1): 22-32, abril 2003. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Mireia_Vianna-Sulzbach/publication/262613732_Advances_in_the_diagnosis_of_bipolar_mood_disorder/links/543fe6560cf2fd72f99dc57f.pdf. Acesso em: 28/03/2017
BOGOCHVOL, Ariel . Bipolar, maníaco, depressivo. Opção Lacaniana online nova série Ano 5 • Número 15 • novembro 2014 • ISSN 2177-2673. Disponível em: http://www.opcaolacaniana.com.br/pdf/numero_15/Bipolar_maniaco_e_depressivo.pdf. Acesso em: 28/03/2017.
COLOM; VIETA, 2004, FIGUEIREDO, et al., PEREIRA, L. L. et. Al. Transtorno Bipolar: Reflexões Sobre Diagnóstico E Tratamento, 2010. Disponível em: http://www.uricer.edu.br/site/pdfs/perspectiva/128_144.pdf. Acesso em: 28/03/2017 
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION -DSM-5; tradução: Maria Inês Correa Nascimento et. Al. revisão técnica: Aristides Volpato Cordioli et. al.- 5. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. 
EY, H.; BERNARD, P.; BRISSET, C. (1981-1978 apud CLEMENTE, 2013) As perspectivas psiquiátrica e psicanalítica sobre os “transtornos de humor”. Opção Lacaniana online nova série Ano 4 • Número 12 • novembro 2013 • ISSN 2177-2673. Disponível em: http://www.opcaolacaniana.com.br/pdf/numero_12/As_perspectivas_psiquiatricas.pdf. Acesso em 28/03/2017
JUSTO, Luis Pereira ;CALIL, Helena Maria Intervenções psicossociais no transtorno bipolar. Rev. Psiq. Clín. 31 (2);91-99, 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rpc/v31n2/a05v31n2.pdf. Acesso em 28/03/2017

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