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Página 1 de 9 Administração Pública Administração Pública é o conjunto de órgãos, serviços e agentes do Estado que procuram satisfazer as necessidades da sociedade, tais como educação, cultura, segurança, saúde, etc. Em outras palavras, administração pública é a gestão dos interesses públicos por meio da prestação de serviços públicos. Os fins da Administração Pública resumem-se num único objetivo: o bem comum da coletividade administrada (toda atividade do administrador público deve ser orientada para esse objetivo). Vejamos o disposto no artigo 37 da Constituição Federal: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência [...] – Princípios Básicos da Administração Pública (LIMPE) – 1) Princípio da Legalidade - Segundo ele, todos os atos da Administração têm que estar em conformidade com os princípios legais. Este princípio observa não só as leis, mas também os regulamentos que contém as normas administrativas contidas em grande parte do texto Constitucional. Quando a Administração Pública se afasta destes comandos, pratica atos ilegais, produzindo, por consequência, atos nulos e respondendo por sanções por ela impostas. Os servidores, ao praticarem estes atos, podem até ser demitidos. OBS: Um administrador de empresa particular pratica tudo aquilo que a lei não proíbe. Já o administrador público, por ser obrigado ao estrito cumprimento da lei e dos regulamentos, só pode praticar o que a lei permite. É a lei que distribui competências aos gestores públicos. 2) Princípio da Impessoalidade - A Administração só pode praticar atos impessoais (que não tem caráter individual), seus atos devem propiciar o bem comum (a coletividade). Há ainda o entendimento comum que se deve excluir a promoção pessoal de autoridade ou serviços públicos sobre suas relações administrativas no exercício de fato, pois, de acordo com os que defendem esta corrente, os atos são dos órgãos e não dos agentes públicos. 3) Princípio da Moralidade - Obedecendo a esse princípio, deve o administrador, além de seguir o que a lei determina, pautar sua conduta na moral comum, fazendo Página 2 de 9 o que for melhor e mais útil ao interesse público. Tem que separar, além do bem do mal, legal do ilegal, justo do injusto, conveniente do inconveniente, também o honesto do desonesto. Ao contrário do resto da sociedade, que pode fazer o que bem entender desde que não seja ilegal (ainda que seja imoral), os servidores públicos sofrem uma segunda limitação em suas ações: além de terem de ser legais (permitidas pela lei), suas ações devem ser também morais, ou seja, precisam estar de acordo com o que é esperado de uma pessoa que é paga para servir o interesse da sociedade. P. ex., usar da posição de servidor público para pedir ou emitir um passaporte diplomático para quem não precisa pode ser até não ser ilegal, mas é imoral, pois não atende aos interesses da sociedade e abusa do poder de seu cargo. 4) Princípio da Publicidade – Determina a divulgação oficial dos atos da Administração para a ciência do público em geral, com efeito de iniciar a sua atuação externa, ou seja, de gerar efeitos jurídicos. Esses efeitos jurídicos podem ser de direitos e de obrigações. P. ex, o Prefeito Municipal, com o objetivo de preencher determinada vaga existente na sua Administração, nomeia alguém para o cargo de Procurador Municipal. No entanto, para que esse ato de nomeação tenha validade, ele deve ser publicado. E após a sua publicação, o nomeado terá 30 dias para tomar posse. Esse princípio da publicidade é uma generalidade. TODOS OS ATOS DA ADMINISTRAÇÃO TÊM QUE SER PÚBLICOS. A publicidade dos atos administrativos sofre as seguintes exceções: a) Nos casos de segurança nacional (seja ela de origem militar, econômica, cultural, etc.). Nestas situações, os atos não são tornados públicos. P. ex., os órgãos de espionagem não fazem publicidade de seus atos; nos casos de investigação policial onde o Inquérito Policial é extremamente sigiloso (só a ação penal que é pública); b) Nos casos dos atos internos da Administração Pública - nestes, por não haver interesse da coletividade, não há razão para serem públicos. A publicidade dos atos administrativos é feita tanto na esfera federal (através do Diário Oficial da União) como na estadual (através do Diário Oficial Estadual) ou municipal (através do Diário Oficial do Município). Nos Municípios, se não houver o Diário Oficial Municipal, a publicidade poderá ser feita através dos jornais de grande circulação ou afixada em locais conhecidos e determinados pela Administração. A Publicidade deve ter objetivo educativo, informativo e de interesse social, não podendo ser utilizados símbolos e imagens que caracterizem a promoção pessoal do Agente Administrativo. Página 3 de 9 5) Princípio da Eficiência - Exige resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades dos administrados (público). Eficiência é a obtenção do melhor resultado com o uso racional dos meios. Atualmente, na Administração Pública, a tendência é prevalência do controle de resultados sobre o controle de meios. O administrador tem o dever de fazer uma boa gestão, é o que esse princípio afirma. O representante deve trazer as melhores saídas, sob a legalidade da lei, bem como mais efetiva. Com esse princípio, o administrador obtém a resposta do interesse público e o Estado possui maior eficácia na elaboração de suas ações. – Outros Princípios da Administração Pública – 6) Princípio da Finalidade - Este princípio orienta que as normas administrativas têm que ter sempre como objetivo o interesse público. Assim, se o agente público pratica atos em conformidade com a lei, encontra-se, indiretamente, com a finalidade, que está embutida na própria norma. 7) Supremacia do Interesse Público - Os interesses públicos têm supremacia sobre os interesses individuais. A administração pública deve vincular e direcionar seus atos de modo a garantir que interesses privados não prevaleçam nem sucumbam os interesses e necessidades da sociedade como um todo. Sempre que houver confronto entre os interesses, há de prevalecer o coletivo. P. ex., é o que ocorre no caso de desapropriação por utilidade pública. Determinado imóvel deve ser disponibilizado para a construção de uma creche. O interesse do proprietário se conflita com o da coletividade que necessita dessa creche. Seguindo esse princípio e a lei, haverá sim a desapropriação, com a consequente indenização do particular (artigo 5º, XXIV da CF/88). 8) Presunção de Legitimidade - Os atos da Administração presumem-se legítimos, até prova em contrário. Nesse caso, em regra geral, a obrigação de provar que a Administração Pública agiu com ilegalidade, ou com abuso de poder, é de quem alegar. Dizemos então que o ônus da prova é de quem alega. P. ex. Imagine que um Policial, exercendo legalmente a função Guarda de Trânsito, enviou ao DETRAN a informação de que você transgrediu certa norma pertinente. Nesse caso, caberá a você provar o contrário, sob pena de ter que arcar com todas as naturais consequências. 9) Autotutela - A Administração tem o dever de zelar pela legalidade e eficiência dos seus próprios atos. É por isso que se reconhece à Administração o poder e dever de anular ou declarar a nulidade dos seus próprios atos praticados com infração à Lei. Em suma, a autotutela se justifica para garantir à Administração: a defesa da legalidade e eficiência dos seus atos; nadamais é que um autocontrole. Página 4 de 9 10) Continuidade dos Serviços Públicos – O princípio da continuidade, também chamado de Principio da Permanência, consiste na proibição da interrupção total do desempenho de atividades do serviço público prestadas a população e seus usuários. Entende-se que, o serviço público consiste na forma pelo qual o Poder Público executa suas atribuições essenciais ou necessárias aos administrados. Diante disso, entende-se que o serviço público, como atividade de interesse coletivo, visando a sua aplicação diretamente a população, não pode parar, deve ele ser sempre continuo, pois sua paralisação total, ou até mesmo parcial, poderá acarretar prejuízos aos seus usuários, e não somente a eles, tendo em vista que destes prejuízos poderão ser exigidos ressarcimentos e até mesmo indenizações, recairá estes prejuízos aos próprios servidores públicos. 11) Razoabilidade - por vezes chamado de princípio da proporcionalidade ou princípio da adequação dos meios aos fins. Diz que os poderes concedidos à Administração devem ser exercidos na medida necessária ao atendimento do interesse coletivo, sem exageros. P. ex., imagine a seguinte lei de determinado município: todos os monumentos públicos serão cercados com cercas elétricas, de tal modo que qualquer pessoa que queira pichá-los possa sofrer uma descarga elétrica suficiente para causar a morte. Não é proporcional que para a defesa do patrimônio público possa ser sacrificada a vida humana. Neste caso falta proporção entre o meio e o fim. Logo, a norma é desproporcional, é irrazoável e, por isso, inconstitucional. – Improbidade Administrativa – A Improbidade administrativa é o ato ilegal ou contrário aos princípios básicos da Administração Pública, cometido por agente público, durante o exercício de função pública ou decorrente desta. São abrangidos ainda aqueles que, mesmo não sendo agentes públicos, induzam ou concorram para a prática do ato de improbidade (falta de honradez, decoro) ou dele se beneficiem sob qualquer forma, direta ou indiretamente. Neste sentido, são equiparados a agentes públicos, ficando sujeitos às sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa (lei 8.429 de 02/06/1992), os responsáveis e funcionários de pessoas jurídicas de direito privado que recebam verbas públicas e promovam o seu desvio, apropriação, ou uso em desconformidade com as finalidades para as quais se deu o repasse. Os atos incrimináveis são aqueles que importam vantagem ilícita, ou que causam prejuízo ao erário, ou que atentam contra os princípios da administração pública. As penalidades envolvem ressarcimento do dano, indisponibilidade dos bens, multa, perda do que foi obtido ilicitamente, perda da função pública, Página 5 de 9 suspensão dos direitos políticos (de 8 a 10 anos, conforme a hipótese) e proibição de contratar com o poder público. A Lei 8429/92 estabelece três espécies de atos de improbidade: a) os que importam enriquecimento ilícito (art. 9º - auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades da adm. pública direta ou indireta); b) os que causam lesão ao patrimônio público (art. 10 - causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades da adm. pública direta ou indireta); c) os que atentam contra os princípios da Administração Pública (art.11 – violar os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições seja por ação ou omissão). A lei de Improbidade Administrativa não prevê punições de caráter penal, mas sim de natureza civil e política, ou seja, incluem a perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, multas e reparação do dano. Entretanto, no Código Penal, há um título (XI) reservado para a previsão de crimes contra a Administração Pública (artigos 312 a 359), no qual são tipificadas inúmeras condutas e atribuídas penas. – Organização da Administração Pública – Os serviços e atividades prestados pelo Estado podem ser exercidos de maneira direta ou indiretamente, que são tratam-se de formas técnicas da Organização Administrativa. 1) Centralização (administração direta) - É a prestação de serviços diretamente pela pessoa política prevista constitucionalmente, sem delegação a outras pessoas. Diz-se que a atividade do Estado é centralizada quando ele atua diretamente, por meio de seus órgãos. Se os serviços estão sendo prestados pelas pessoas políticas constitucionalmente competentes, estará havendo centralização. A Administração Direta no âmbito federal é o conjunto de órgãos integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios. No âmbito estadual é o conjunto de órgãos integrados na estrutura administrativa do Governo do Estado e das Secretarias Estaduais. No âmbito municipal é o conjunto de órgãos Página 6 de 9 integrados na estrutura administrativa do Governo Municipal e das Secretarias Municipais. 2) Descentralização (administração indireta) - É a transferência de execução do serviço ou da titularidade do serviço para outra pessoa, quer seja de direito público ou de direito privado. Essas entidades gozam de autonomia administrativa e financeira, bem como se encontram vinculadas aos ministérios ou secretarias. a) Entidades descentralizadas de direito público - Autarquias (criadas para desempenharem atividades típicas da administração pública e não atividades econômicas, p. ex., INSS, DNER, IBAMA, IF’s) e Fundações Públicas (destinadas a realizar atividades não lucrativas e atípicas do setor público, mas de interesse coletivo, p. ex. Universidades Públicas, FAT). b) Entidades descentralizadas de direito privado: Empresas Públicas (são criadas para realizar obras e serviços de interesse público, p. ex., CEF, BNDEs), Sociedades de Economia Mista (com participação do poder público e de particulares no seu capital e na sua administração, realizam atividades econômicas outorgadas pelo poder público, p. ex., Petrobras, Telebrás, Banco do Brasil). – Servidores Públicos – Servidores públicos são todos aqueles que mantêm vínculo de trabalho profissional com os órgãos e entidades governamentais, integrados em cargos ou empregos de qualquer delas: União, estados, Distrito Federal, municípios e suas respectivas autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. Trata-se de designação genérica e abrangente, introduzida pela Constituição Federal de 1988, uma vez que, até a promulgação da carta hoje em vigor, prevalecia a denominação de funcionário público. A partir da CRFB de 1988, desaparece o conceito de funcionário público, passando-se adotar a designação ampla de servidores públicos, distinguindo-se, no gênero, uma espécie: os servidores públicos civis, que receberam tratamento nos artigos 39 a 41. Desta forma, servidor público civil é unicamente o servidor da administração direta, de autarquia ou de fundação publica, ocupante de cargo público. Página 7 de 9 A relação jurídica que interliga o Poder Público e os titulares de cargos públicos é de natureza estatutária, institucional, valendo dizer que, ressalvadas as disposições constitucionais impeditivas, o Estado detém o poder de alterar legislativamente o regime de direitos e obrigações recíprocos, existentes à época do ingresso no serviço público. 1) Em resumo, servidor público civil: a) É titular de cargo público; b) Mantém relação estatutária; c) Integra o quadroda administração direta, autarquia ou fundação pública. 2) Distinção entre cargo, emprego e função - A Constituição Federal, ao tratar da administração pública, refere-se em seu art. 37, inciso I, a cargos, empregos e funções públicas, declarando-os acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei. Estas três formas de desempenho podem ser definidas da seguinte forma: a) Cargo Público - conjunto de atribuições, expressando unidades de competência cometida a um agente, criado por lei, com denominação própria e número certo, retribuído por pessoa jurídica de direito público, (administração direta, autarquia e fundação pública), submetendo-se o seu titular ao regime estatutário ou institucional. b) Emprego Público - conjunto de encargos de trabalho preenchidos por agentes contratados para desempenha-los sob o regime da Legislação Trabalhista (CLT). c) Função Pública - encargos de natureza pública exercidos por particulares, sem que os mesmos percam essa qualidade. Podemos citar como exemplos de funções públicas as atividades de jurado, membros de mesa receptora ou apuradora de votos em eleições, as serventias da Justiça não oficializadas (servidores notariais e de registro exercidos em caráter privado por delegação do Poder Público), entre outras. 3) Efetividade - Efetividade é a situação jurídica que qualifica a titularização do cargo efetivo, que só é ocupado por servidor aprovado em concurso público, distinguindo, assim, dos ocupantes de cargos comissionados. Esta efetividade é a condição dada ao servidor que previamente aprovado em concurso (provimento Página 8 de 9 originário), venha a tomar posse e entrar em exercício no cargo público, completando a relação estatutária. 4) Estabilidade – A Estabilidade é a permanência do Servidor Público, nomeado para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público, que satisfez o estágio probatório (3 anos). Durante o estágio probatório o funcionário pode ser exonerado (simples dispensa) ou demitido (se comete falta grave). O estável não pode ser exonerado, a não ser a pedido. Para ser demitido, ou seja, perder a estabilidade, só há três hipóteses: a) sentença judicial transitada em julgado; b) processo administrativo; c) avaliação periódica de desempenho 5) É direito do servidor público civil - livre associação sindical, greve (matéria pendente de regulamentação); subsídio ou remuneração fixado em lei, revisado anualmente e irredutível. A “remuneração” do servidor representa a soma dos vencimentos com as vantagens a que ele tem direito. 6) Acumulação de cargo público - Somente em quatro casos será possível a acumulação de cargos e aposentadorias na Administração Pública Direta ou Indireta, quais sejam: a) dois cargos de professor; b) dois cargos na área de saúde; c) um cargo de nível superior com outro de professor; e d) um cargo de vereador com outro cargo público, desde que haja compatibilidade de horários. Ao servidor público federal, estadual ou distrital da Administração Direta, autárquica ou fundacional que assumir cargo público eletivo, serão aplicados as seguintes regras: - Ficará afastado do seu cargo, emprego ou função, exceto se for vereador, hipótese na qual, havendo compatibilidade de horários, o servidor pode continuar a exercer sua função, recebendo os proventos de ambos os cargos. Página 9 de 9 - Se for investido no cargo de prefeito ou vereador sem compatibilidade de horários, o servidor será afastado do cargo, mas pode fazer a opção de qual provento (remuneração ou subsídio) deseja receber: o do seu cargo ou do de prefeito. - No caso de afastamento, o tempo de serviço será contado como se o servidor estivesse em exercício, inclusive para fins previdenciários, exceto para o fim de promoção por merecimento, obviamente. – Compras e Contratações Públicas – As compras e contratações de serviços por parte da Administração dependerão de licitação pública, que é o processo regido pela Lei nº. 8.666/93 e que assegura aos concorrentes iguais condições para fornecer seus produtos ou serviços. Portanto, são proibidas exigências desnecessárias, o que poderia beneficiar um ou outro concorrente, já que, caso contrário, poderia ser pedido uma determinada marca que só um fornecedor possui. Com essas regras, os princípios da impessoalidade e eficiência estão protegidos, pois permitirão à Administração optar pela melhor forma de contratação. – Responsabilidade Civil – A responsabilidade civil, ou seja, o dever de indenizar um dano moral ou material, também pode ser atribuída ao Estado quando houver dano causado por algum de seus agentes. Quando um particular causa um dano, ele só será obrigado a indenizar se for comprovada a culpa em sentido amplo (dolo ou culpa em sentido estrito – imprudência, negligência ou imperícia), essa é a responsabilidade subjetiva. Por sua vez, quando o dano é causado por um agente público no exercício de sua função pública, o dever de indenizar do Estado nasce mesmo que o agente não tenha agido com culpa, ou seja, independentemente de imprudência, negligência ou imperícia (culpa em sentido estrito) ou dolo. Caso o agente tenha agido com culpa, caberá ao Estado ingressar com uma ação judicial denominada ação regressiva, na qual o Estado pode cobrar do agente uma indenização, se provar a culpa deste. Havendo o dano e o nexo causal entre a ação e o resultado, o Estado deve pagar. Se houver culpa exclusiva da vítima, o Estado não será obrigado a indenizar o dano. P. ex., se um motorista do Ministério da Fazenda dirige bêbado e bate no carro de uma empresa que estava estacionado, o Estado deverá indenizar essa pessoa jurídica, mesmo que ela não prove que o motorista foi negligente. Se, porém, o motorista bateu no carro da empresa porque este vinha na contramão, não haverá obrigação de indenizar, pois houve imprudência por parte do particular.
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