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Fichamento: Capítulo 1, Currículo, cultura e sociedade, MOREIRA, A. F. & SILVA, T. T. Currículo, cultura e Sociedade. Ed. São Paulo: Cortez, 1997. cap. 1. p. 7-35.

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Aluno(a): João Batista da Silva Goulart 	Disciplina: Teorias do Currículo
Professora: Dra Cíntia Bueno Marques 	Data de entrega: 20/03/2017 
Texto: Cap. 1 – Sociologia e teoria crítica do currículo: Uma introdução
Fichamento de Leitura
	Referência (ABNT):
	
MOREIRA, A. F. & SILVA, T. T. Currículo, cultura e Sociedade. Ed. São Paulo: Cortez, 1997. cap. 1. p. 7-35.
	Resumo da obra:
	
No capítulo em comento, podemos verificar que o currículo passa a ser visualizado pelos conceitos de “como”, que irrompe a partir da organização do conhecimento e o “por quê” de como este se organiza. Dessa forma, percebe-se a visão crítica de que o currículo não é neutro e converge em relações de poder, bem como se torna artefato de poder. No tópico “Emergência e desenvolvimento da sociologia e da teoria crítica do currículo”, verifica-se o intento de iniciar as ações de estudar o currículo de forma crítica surgiram nos Estados Unidos no século XIX, com a intenção de racionalizar, sistematizar e controlar a escola e o currículo e na Inglaterra onde pela primeira vez se elegeu o currículo como foco central da Sociologia da Educação. Com a economia americana dominada pelo capital industrial, mudanças na sociedade passam a ser pautadas pela cooperação e especialização. Assim, a escola passa a moldar os alunos (mão de obra) à nova realidade e, logo, o currículo torna-se o aparelho de controle social a fim de ordená-la, organizá-la e torná-la mais eficiente diante da realidade. Nesse contexto, surge no final dos anos 20 e alcançando o início dos anos 70, duas novas tendências curriculares: 1) Dewey e Kilpatrick, que defendiam um currículo o qual valorizava os interesses dos alunos e, no Brasil, restou conhecido como escolanovismo; 2) Bobbit que defendia a construção científica de um currículo que se relacionasse desenvolvimento dos aspectos desejáveis da personalidade humana e, no Brasil, tornou-se conhecido por tecnicismo. Com a derrota americana, na corrida espacial, surgiram as críticas às visões progressista da escola. Diante disso, passou-se a exigir uma retomada, a partir de uma reforma curricular, à qualidade da escola que foi pautada nos estudos de conteúdos estruturados em diferentes disciplinas. Esta ênfase estrutural de organização ficou associada ao nome de Jerome Bruner. Nos anos 60, os estados unidos passa por crises que geram movimentos de crítica a escola, porém com Nixon, é retomada a ideia de busca de eficiência e produtividade por meio da escola e retomada a não criticidade do currículo e da sociedade. Todavia, a criticidade ao currículo manteve-se viva e manteve sua denuncia a um currículo como reprodutor de desigualdades sociais. A partir de 1973, com a conferência da Universidade de Rochester, houve a rejeição à concepção behavorista e empirista de currículo, surgindo duas correntes: a primeira, fundamentada nas teorias críticas e neomarxistas representadas por Apple e Giroux ; a segunda fundamentada na tradição humanista e hermenêutica, representada por Pinar. Ambas apresentavam suas divergências. Em razão disso, as preocupações sobre o currículo mudaram. Os neomarxistas, precursores da sociologia do currículo, introduziram a análise das relações entre currículo e sociedade, cultura, poder, ideologia e controle social, assim questionando sobre “a favor de quem” serve o currículo. Entrementes, na Inglaterra, emerge a Nova Sociologia da Educação (NSE) a qual é baseada no estudo do currículo escolar e evidencia as discussões sobre a desigualdade na educação, dessa forma, propondo estudos sobre a política educacional existente. No tópico seguinte, “Uma visão sintética dos temas centrais da análise crítica e sociológica do currículo”, alguns temas centrais são abordados: a relação entre currículo e ideologia, currículo e cultura, currículo e poder. Nesse sentido, em relação à ideologia, são citados os estudos de Althusser, que concebe a educação como o principal dispositivo de transmissão de ideias de dominação e de reprodução das estruturas de classes existentes. Quanto à cultura, entende-se que a cultura é um campo de luta de manutenção ou separação das divisões sociais, projetando o currículo como terreno no qual é produzida a cultura. Em relação ao currículo e poder, este se manifesta nas linhas divisórias entre as quais separam os grupos sociais e aquele é o resultado das relações de poder e o responsável por tais relações. Os autores abordam outras questões no texto, dentre elas: a existência do currículo oculto (aspectos não explicitados no currículo oficial formal), desnaturalização e historicização do currículo existente (desconstruído a partir de formas alternativas), a necessidade de romper com a estrutura curricular baseada em disciplinas e a interdisciplinaridade que não contribui para o desmonte desta estrutura. Por fim, questiona o autor acerca da inércia do currículo escolar em acompanhar as mudanças culturais advindas da incorporação das tecnologias nas vidas dos estudantes no processo de aquisição de produção e transmissão da informação. Assim sendo, essa passividade coloca na mídia um poder de gerenciamento cultural com o intuito de produção ideológica a fim de atender as demandas do capital.
	Ideias principais do(a) autor(a):
	Página
	1-  (...) currículo, a intenção central era identificar e ajudar a eliminar os aspectos que contribuíam para restringir a liberdade dos indivíduos e dos diversos grupos sociais.
	15
	O currículo é, assim, um terreno de produção e de política cultural, no qual os materiais existentes funcionam como matéria-prima de criação, recriação e, sobretudo, de contestação e transgressão.
	28
	O currículo está, assim, no centro de relações de poder.
	29
	Teoria Crítica do Currículo é um movimento de constante problematização e questionamento.
	35

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