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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE QUÍMICA DEPARTAMENTO DE FÍSICO-QUÍMICA LABORATÓRIO DE FÍSICO-QUÍMICA EXPERIMENTAL EXPERIMENTO: MÉTODO DA FRONTEIRA MÓVEL PROFESSORA: ANGELA ROCHA DATA DE REALIZAÇÃO DA PRÁTICA: 02/06/2017 DATA DE ENTREGA DO RELATÓRIO: 14/06/2017 COMPONENTES DO GRUPO: CAROLINE REIS DIOGO DUARTE RAFAELA NEPOMUCENO VICTOR PONTES SUMÁRIO I. INTRODUÇÃO TEÓRICA II. OBJETIVO III. METODOLOGIA IV. RESULTADOS E DISCUSSÕES V. CONCLUSÕES VI. BIBLIOGRAFIA I. INTRODUÇÃO TEÓRICA: O método de fronteira móvel é usado para determinar experimentalmente tanto a mobilidade iônica quanto o número de transporte. Para realizar o experimento é necessário um tubo de vidro graduado, com uma seção de pipeta volumétrica inserida, com uma solução de ácido clorídrico contida, sendo inserido a esta solução um indicador de pH. O tubo de vidro graduado possui um eletrodo em sua parte inferior fechada e um eletrodo em sua parte superior, sendo esses dois eletrodos acionados a uma fonte de corrente contínua, com o eletrodo inferior no pólo positivo e o eletrodo superior no pólo negativo. Quando eletrólise da solução ocorre, promove a redução do H+ no catodo e a oxidação, nesse caso, do cobre, eletrodo presente na parte inferior, no anodo. Desse modo, tem-se no tubo o surgimento de íons cobre em sua parte inferior que ocasionam a alteração do pH, apresentando uma coloração caraterística do indicador usado. Há também o deslocamento dos íons de hidrogênio e de cobre para o catodo, ocasionando a movimentação dessa fronteira (composta por duas soluções que apresentam cores diferentes) para cima com uma velocidade de deslocamento igual a velocidade de migração dos íons de hidrogênio. Considerando que a fronteira se desloca com um volume v durante um tempo t e que a corrente I está constante durante esse tempo, tem-se a passagem de uma quantidade de carga I.t através do circuito. Uma parte dessa eletricidade conduzida pelo cátion corresponde ao seu número de transporte nc. Se a concentração da solução for c mol/ml, então, o cátion percorrerá no tempo t um volume de solução I.t.nc/F ml. Por conseguinte: v= I.t.nc/(c.F) nc = c.v.F/(I.t) II. OBJETIVO: O objetivo da prática é determinar o número de transporte do H+ e do Cl- III. METODOLOGIA: Materiais e reagentes utilizados: - Suporte universal; - Garra; - Célula de interface móvel; - Fonte de corrente contínua; - Cronômetro (celular); - HCl 0,1 mol/L; - Alaranjado de metila. Em uma célula de interface móvel contendo um capilar graduado estabelecendo comunicação entre o anodo de cobre e o catodo de cobre (sendo este último introduzido em uma pequena “vasilha eletrolítica” unida ao capilar de modo que a solução mais densa formada em torno do eletrodo superior de cobre não difunda o capilar) foi adicionado solução de HCl com alaranjado de metila até preencher todo capilar e de modo a submergir a “vasilha eletrolítica” que, contendo o eletrodo de cobre previamente lixado, fora unida ao extremo superior do tubo graduado. Com o auxílio da fonte de corrente contínua, conectou-se dois “jacarezinhos” aos dois eletrodos de cobre contidos nos extremos do tubo, de modo que o pólo negativo fosse gerado no eletrodo superior e o pólo negativo no inferior. Feito isso, foi aplicado à célula um potencial de 6 mA e, com o passar do tempo, fora possível observar o deslocamento da interface. Quando a interface alaranjada atingiu a marca de 0,5 mL, disparou-se o cronômetro e marcou-se o tempo que a interface levou para percorrer uma distância equivalente 0,1 mL no tubo graduado. O tempo foi marcado, com a interface percorrendo a mesma distância, até que a mesma atingisse a marca de 1 mL. IV. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Ao fim do experimento foi possível tabelar o tempo necessário para que a fronteira percorresse o volume de 0,5 mL a 0,1 mL, de 0,1 em 0,1 mL, no tubo graduada. Volume percorrido (mL) Tempo (s) 0,1 233 0,1 248 0,1 262 0,1 277 Tempo médio (s) 255 A partir dos dados tabelados e sabendo-se que o número de transporte do H+ é dado por nc = c.v.F/I.t, foi possível calcular o número de transporte do referido, bem como do íon Cl-, dado pela relação ncH+ + ncCl- = 1. ncH+ = 0,1.10−3.0,1.96500 6.10−3.255 ∴ ncH+ = 0,63 0,63 + ncCl- = 1 ∴ ncCl- = 0,37 V. CONCLUSÕES Portanto, inicialmente havia em toda pipeta solução de HCl 0,1M + indicador alaranjado de metila, cuja coloração era avermelhada devido ao pH ácido. Ao aplicar uma diferença de potencial à solução, foi observada a migração dos cátions, H+, para o catodo (polo negativo), onde foram reduzidos a gás hidrogênio. Simultaneamente, foi verificada a migração dos ânions, Cl-, para o anodo (polo positivo), onde se formou uma segunda solução, CuCl2, devido à oxidação do cobre metálico. Esta, pobre em íons H+, detinha coloração alaranjada, uma vez que seu pH era menos ácido. Desse modo, a pipeta passou a ter uma coloração avermelhada na parte superior e na inferior alaranjada e, com o decorrer do tempo, houve o deslocamento dessa interface. Este tempo foi medido, sendo detectado que, ao passo de 0,1 em 0,1 mL, este aumentava, não sendo constante. Isso se deve à diferença de viscosidade entre a solução inferior e a superior. Assim, utilizando o método de fronteira móvel, foi possível determinar a fração da corrente conduzida pelos íons H+ e Cl-, ou seja, seus números de transporte, com base na observação do volume percorrido, sabendo a intensidade e o tempo no qual a corrente, 6 mA, foi aplicada. Possíveis erros podem estar relacionados ao fato da ponta da pipeta utilizada estar quebrada, havendo algumas perdas durante o procedimento, às falhas na precisão do cronômetro, à concentração da solução e às variações da intensidade da corrente aplicada. 2H+(aq) + 2e- H2(g) E0red = 0,0V (Reação que ocorre no catodo) Cu2+(aq) + 2e- Cu(s) E0red = +0,34V (Reação que ocorre no anodo) Cl2(g) + 2e- 2Cl-(aq) E0red = +1,36V (Não ocorre, pois o potencial de oxidação do cobre é maior, sendo mais facilmente atingido que o do cloreto) BILBLIOGRAFIA: ➢ Roteiro “Práticas de Físico-Química Experimental II”, Rio de Janeiro, pág 9-10. ➢ Fundamentos de Eletroquimica- A. R. Denaro. Editora EDGARD BLUCHER, 1974.
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