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Polarografia: Técnica Eletroquímica

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO 
PAULO – CAMPUS SÃO JÕAO DA BOA VISTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Polarografia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São João Da Boa Vista 
2020 
Ariane Sousa Teixeira Bv: 1711989 
Luisa Pereira Oliveira Bv: 1711768 
Matheus Guzzo Magalhães Bv:1712004 
Disciplina de Química Analítica Quantitativa do 
curso de Licenciatura em Ciências Naturais - 
Habilitação em Química. Prof: José Serra 
Martins 
 
 
RESUMO 
O presente trabalho foi realizado pautado em pesquisas e buscas por trabalhos 
científicos e artigos sobre o tema Polarografia, onde o objetivo é conhecer a técnica 
citada e apresentar um trabalho à disciplina explorando o assunto. O método de 
trabalho foi realizado através de pesquisas online pelo grupo, buscando o que é a 
técnica de Polarografia, de onde ela vem, se ela se deriva de outros métodos, seus 
próprios métodos de análise e as suas derivações utilizadas tanto atualmente como 
já usadas, funcionalidades e características o conhecimento sobre suas vantagens e 
desvantagens. A partir da realização deste trabalho foi possível aprender a fundo 
sobre uma nova técnica de medição de tensão/corrente por meio de eletrodos de 
mercúrio e também seus outros métodos de medida, contribuído ainda mais com 
nosso aprendizado. 
 
Palavras Chave: Corrente. Desvantagens. Métodos de análise. Polarografia. 
Tensão. Vantagens. 
 
1 INTRODUÇÃO 
Os estudos sobre a Eletroquímica tiveram início na Itália, no final de século 
XVIII, datado de 1791, quando Luigi Galvani dessecava um sapo e, acidentalmente, 
ao tocar com certas lâminas metálicas nas terminações nervosas do sapo, percebeu 
que os músculos se contraíam. A partir disso, tal observação foi um ponto de partida 
para os estudos de corrente elétrica. 
Alguns anos mais tarde, por volta de 1800, Alessandro Volta, realizava estudos 
com placas de zinco e prata, que ao mergulhá-las em uma solução salina, era 
observado um fluxo de energia. Tal fluxo de energia foi negligenciado por Volta, por 
considerar a este fluxo apenas as placas de metais, e não a presença da solução 
salina. 
Por volta de 1834, a solução salina foi então dada a devida importância, 
quando, ao estabelecer as leis estequiométricas da eletroquímica, Michael Faraday 
demostrou a atuação de um eletrólito em processos relacionados à pilha. 
Devido aos estudos de Faraday, foi possível quebrar a ideia proposta por 
Dalton de que o átomo seria indivisível. Assim, mais tarde, no século XX, Debye e 
Huckel, “descreveram a primeira teoria válida para descrever a condutividade de 
soluções iônicas (ALMEIDA, AUCÉLIO, PACHECO, RITTA e SEMAAN. p. 517-518. 
2013). 
Assim, com base aos princípios observados e descritos, surgem, então, as 
primeiras aplicações consideradas analíticas, nas quais parâmetros elétricos 
tais como condutividade, corrente elétrica e potencial, são relacionados às 
propriedades ou mesmo concentrações de dados componentes nas soluções 
em estudo (ALMEIDA, AUCÉLIO, PACHECO, RITTA e SEMAAN. p. 517-518. 
2013). 
Diante disso, técnicas eletroquímicas têm se mostrado bastante vantajosas, 
como iremos ver mais adiante. 
Como já vimos anteriormente, os primeiros estudos eletroquímicos iniciaram na 
Itália (XVIII) e evoluíram até os métodos atuais, que envolvem diversos tipos de 
eletrodos indicadores e de trabalho. 
 
 
1.1 VOLTAMETRIA 
A voltametria é uma técnica eletroquímica onde as informações quantitativas e 
qualitativas de uma espécie química são obtidas a partir do registro de curvas 
corrente-potencial, pelo menos contendo dois eletrodos. 
Cada eletrodo é diferente, o microelétrodo se polarizará e o eletrodo de 
referência não se polarizará. O microeletrodo é feito de materiais inertes, como o ouro, 
platina, carbono, mercúrio, assim quando o microeletrodo é constituído de um eletrodo 
gotejante de mercúrio, ocorre uma técnica chamada de polarografia (ALEIXO, 2003). 
Os primeiros estudos voltamétricos foram feitos por Heyrovsky e Kuceras em 
1922 usando um eletrodo gotejante de mercúrio como eletrodo de trabalho e 
como eletrodo de referência um eletrodo de calomelano saturado. Portanto, 
a primeira técnica voltamétrica desenvolvida foi a polarografia (ALEIXO, 
2003). 
1.2 PRINCIPIOS DA POLAROGRAFIA 
A técnica de polarografia constitui-se na aplicação gradual de uma diferença de 
potencial através de eletrodos imersos em solução sob análise, medindo pequenas 
correntes da ordem de microampères produzidas pela redução de íons no catodo de 
mercúrio gotejante, ou oxidação. As correntes são causadas em razão da migração 
de íons para este catodo no gradiente elétrico criado, e a difusão, no gradiente de 
concentração produzido pela remoção dos íons da solução na proximidade do catodo. 
Devido a isso, apenas a última corrente é necessária no processo polarográfico. 
“O ensaio polarográfico pode ser usado para determinação de qualquer 
substância sólida, líquida, gasosa, inorgânica, iônica ou molecular, desde que possa 
ser dissolvida em um solvente de razoável constante dielétrica” (LUGON, 2008). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Polarógrafo construído por Heyrovský e Shikata (Museu J. Heyrovský Institute of Physical 
Chemistry) e o capilar com a gota de mercúrio. 
Fonte:<http://www.cnpsa.embrapa.br/portalmet/images/arquivos/08MET/Palestras/tecnicasvoltametric
as.pdf> 
1.3 POLAROGRAFIA 
Polarograma é o nome dado a curva corrente vs. Voltagem, como mostra o 
gráfico abaixo, que pode ser dividido em cinco partes. 
 
 
 
 
 
 
 
Gráfico 1: Polarogramas de corrente contínua (DC – do inglês, direct current) típicos: (A) Polarograma 
de uma solução 0,5 x 10-3 mol/L-1 de Cd2+ em HCl 1,0 mol/L-1. (B) Polarograma de uma solução de 
HCl 1,0 mol/L-1. 
Fonte: <https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/chemkeys/article/view/9609/5030>. 
1 Região onde o potencial é positivo (E > 0): Surge uma corrente anódica devido 
a oxidação do mercúrio do próprio eletrodo de trabalho. 
 
portanto, nessa região a polarografia não pode ser usada. 
http://www.cnpsa.embrapa.br/portalmet/images/arquivos/08MET/Palestras/tecnicasvoltametricas.pdf
http://www.cnpsa.embrapa.br/portalmet/images/arquivos/08MET/Palestras/tecnicasvoltametricas.pdf
https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/chemkeys/article/view/9609/5030
2 Região entre 0 V e -0,5 V (0 V < E < -0,5V): Nessa parte do Polarograma observa-
se apenas a chamada corrente residual, que é decorrente de redução/oxidação de 
impurezas presentes no eletrólito de suporte (HCl 1mol/L-1). 
3 Parte do Polarograma onde E = -0,6V): Neste potencial ocorre um aumento brusco 
da corrente em função da redução do cádmio junto à superfície de eletrodo gotejante 
de mercúrio 
 
4 Região de -0,7 V < E < -1V: Nessa parte do polarograma a corrente atinge um valor 
limite e por isso é chamada de corrente limite e é independente do potencial aplicado. 
Nesse intervalo de potencial o Cd2+ é reduzido tão rapidamente quanto chega na 
superfície do eletrodo, através de um processo de transporte por difusão de seus íons 
do interior da solução até à superfície do eletrodo. Como a solução é mantida sem 
agitação, o transporte de massa da espécie eletroativa (Cd2+) não envolverá 
convecção. Como a solução também possui um eletrólito de suporte (HCl 1 mol/L-1), 
o transporte de massa da espécie eletroativa não encolverá, o que produziria uma 
corrente de migração devido à movimentação de espécies carregadas sob efeito de 
um campo elétrico. 
Tendo HCl 1 mol L-1 como eletrólito de suporte, a corrente de migração será 
praticamente devido ao HCl. Assim, este transporte do Cd2+ do seio da solução junto 
à superfície do eletrodo será governado apenas por um processo difusional. Nessa 
condição, a corrente resultante é chamada de corrente de difusão. Como pode ser 
visto no Gráfico 1, essa corrente é obtida pela diferença entre a corrente residual e a 
correntelimite, e é representada por id. 
5 Região do Polarograma onde E < -1,0 V: A corrente aumenta em função do 
potencial devido à redução de H3O+ (simplificadamente, H+) do eletrólito de suporte: 
 
Nessa região a polarografia também não pode ser usada, pois a corrente 
devido ao eletrólito de suporte (íons H+, neste exemplo) sobrepor-se-á à corrente de 
difusão produzida pela espécie eletroativa de interesse (analito). 
1.4 AS CÉLULAS VOLTAMÉTRICAS 
Aleixo (2003) escreve que as células eletroquímicas utilizadas neste processo, 
são do tipo eletrolítica e podem ter dois ou três eletrodos. Em uma célula de dois 
eletrodos, tem-se um microeletrodo, no caso da polarografia o eletrodo de trabalho é 
um microeletrodo gotejante de mercúrio. 
No caso da polarografia o eletrodo de trabalho é um microeletrodo gotejante 
de mercúrio. O potencial é aplicado no eletrodo de trabalho frente a um 
eletrodo de referência usualmente um eletrodo de calomelano saturado, de 
área superficial grande, para que apenas o eletrodo de trabalho polarize. 
Essa célula apresenta alguns inconvenientes, pois a corrente resultante da 
varredura de potencial passa através do eletrodo de referência. Isto obriga a 
usar-se um eletrodo de calomelano de reservatório grande de KCl, devido à 
reação que ocorrerá no mesmo. Por exemplo: na determinação polarográfica 
de cobre, haverá redução de Cu (II) no eletrodo de mercúrio (eletrodo de 
trabalho), e, consequentemente oxidação de Hg na outra meia célula 
(calomelano saturado). Assim, na meia célula do eletrodo de trabalho: 
(ALEIXO, 2003). 
 
 
Na meia célula do calomelano: 
Figura 2: Célula polarográfica de dois eletrodos. (a) Figura mostrando coluna de mercúrio, eletrodo 
gotejante de mercúrio e eletrodo de calomelano saturado em célula em forma de H. (b) Esquema de 
célula de dois eletrodos ligada ao polarógrafo. 
Fonte: <https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/chemkeys/article/view/9609/5030>. 
Aleixo (2003) continua escrevendo que haverá consumo de Hg0 e Cl-, havendo 
uma necessidade o uso de eletrodos grandes, para manter o potencial constante. 
Devido a passagem da corrente pelo eletrodo de referência, irá afetar as medidas em 
concentrações de ordem de 10-4 mol/L-1. 
 
https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/chemkeys/article/view/9609/5030
1.5 ELETRODO GOTEJANTE DE MERCÚRIO 
No eletrodo de mercúrio, por ser líquido, ele é formado por um reservatório de 
mercúrio conectado a um tubo capilar de vidro com comprimento de 5 cm a 20 cm. O 
mercúrio forçado pela gravidade, passa através desse tubo com cerca de 0,02 mm a 
0,05 mm de diâmetro interno, na qual forma um fluxo constante, acarretando em gotas 
idênticas de diâmetro entre 0,2 mm a 1 mm. A gravidade é usada na polarografia 
clássica, já na moderna o capilar é quase que conectado diretamente ao reservatório 
de mercúrio e o gotejamento do mercúrio passa a ser controlado por dispositivos 
eletromecânicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 MATERIAIS E MÉTODOS 
A voltametria estuda técnicas eletroanalíticas, usado para designar medição de 
tenção/corrente obtida de um eletrodo. A polarografia é um caso especial da 
voltametria e se refere a medição de tensão usando o Eletrodo Gotejante de Mercúrio. 
Essa técnica é responsável por obter informações do analito a partir de curvas 
de corrente-potencial, durante a eletrólise da espécie eletroquímica. 
Seu funcionamento é a partir de uma célula voltamétrica constituída de três 
eletrodos: eletrodo de trabalho, eletrodo de referência e eletrodo auxiliar/contador 
imersos em uma solução de analito e também em excesso de um eletrólito suporte. O 
potencial que é aplicado no eletrodo de trabalho é a força motriz para a reação e 
parâmetro que faz com reajam entre si as espécies presentes na solução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3: Célula Voltamétrica 
Fonte: Google Imagens 
A partir da polarografia que se deriva da voltametria existem métodos diferentes 
de aplicação da polarografia. 
2.1 POLAROGRAFIA CLÁSSICA 
Chamada de voltametria/polarografia clássica ou de corrente contínua, tem 
como princípio a aplicação de um potencial, linear que varia em função do tempo, 
entre os eletrodos de trabalho e referência que estão imersos no eletrólito. A corrente 
que circula entre os eletrodos também transfere os elétrons entre componentes da 
solução e eletrodos e é registrada em função do potencial aplicado. (RATH, 2003). 
A imagem do gréfico abaixo pode nos exemplificar melhor: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gréfico 2: Polarograma característico para o Cd(II) em ácido clorídrico. A curva A é decorrente do 
eletrólito suporte e a curva B após a adição de Cd(II). 
Fonte:<http://www.cnpsa.embrapa.br/portalmet/images/arquivos/08MET/Palestras/tecnicasvoltametric
as.pdf> 
As oscilações aparentes na curva B, são resultantes da variação da área 
superficial da gota no eletrodo. 
Nos pontos: 
• E > 0: corrente anódica da oxidação do mercúrio do eletrodo do trabalho. 
• 0 V < E < –0,5 V: nota-se uma pequena corrente, chamada corrente residual, a 
soma da corrente faradaíca e da corrente capacitiva. 
• E = - 0,6 V: grande aumento da corrente devido a redução da espécie 
eletroativa na superfície do eletrodo. 
• -0,7 V < E < -1,2 V: acorrente é independente do potencial aplicado. Gera-se 
aí a corrente de difusão, base para análise polarográfica quantitativa. 
• E > -1,2 V: a corrente aumenta em razão do potencial pela redução do solvente 
do eletrólito suporte. 
Um ponto importante é que as espécies eletroativas a serem reduzidas ou 
oxidadas podem atingir o eletrodo por difusão que “devido a um gradiente de 
concentração na camada adjacente ao eletrodo, que se inicia na eletrólise quando a 
concentração da espécie eletroativa circunvizinha ao eletrodo vai diminuindo.” (RATH, 
2003, p. 6). 
http://www.cnpsa.embrapa.br/portalmet/images/arquivos/08MET/Palestras/tecnicasvoltametricas.pdf
http://www.cnpsa.embrapa.br/portalmet/images/arquivos/08MET/Palestras/tecnicasvoltametricas.pdf
Podem atingir ainda por migração que ocorre resultante da energia elétrica que 
as espécies eletroativas usam para chegar na superfície do eletrodo de mercúrio. No 
entanto esse valor é indesejável e através da adição de um eletrólito suporte deve ser 
eliminado. 
O outro método é por convexão que é o resultado da agitação da solução a ser 
analisada, que transportará a massa, também deve ser eliminada. 
2.2 TÉCNICAS POLAROGRÁFICAS MODERNAS 
2.2.1 POLAROGRAFIA DE PULSO DIFERENCIAL 
Com a chegada dessa técnica melhorias instrumentais ocorreram para a 
discriminação das correntes faradaíca da capacitiva. Seu desenvolvimento se deu de 
forma com que as medidas de corrente e aplicações de potencial e pulsos fossem 
feitas com intervalos de tempos muito pequenos. 
O funcionamento da polarografia de pulso diferencial, segundo Aleixo (2003), 
se dá quando 
[...] a programação de potencial é feita aplicando-se um pulso de potencial 
superposto em uma rampa de potencial linearmente crescente em 
instrumentos analógicos (uma rampa DC) e cada etapa de aplicação do pulso 
é definida pela varredura de potencial e tempo de gota utilizados. O pulso 
aplicado é de pequena amplitude (10 a 100 mV) e é imposto durante 50 a 60 
ms perto do final da vida da gota, quando o crescimento da gota de mercúrio 
já cessou Figura 4a. A corrente é amostrada em dois intervalos de tempo de 
cerca de 15 ms cada um; o primeiro intervalo imediatamente antes da 
aplicação do pulso (S1) e o segundo próximo do final do tempo de vida da 
gota (S2). O valor final da corrente é a diferença entre esses dois valores 
medidos. (ALEIXO, 2003, p. 9). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4: Representação esquemática da aplicação de potencialem função do tempo em polarografia 
de pulso diferencial. (a), em instrumentos analógicos; (b), em instrumentos digitais. 
Fonte: <https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/chemkeys/article/view/9609/5030>. 
https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/chemkeys/article/view/9609/5030
A corrente capacitiva é compensada, pois seus valores nos dois pontos onde a 
corrente é amostrada são muito próximos. 
Para a determinação de duas substâncias eletroativas simultaneamente na 
polarografia de pulso diferencial é necessária uma diferença de potencial de pico de 
apenas 50 a 100 mV. 
2.2.2 VOLTAMETRIA DE ONDA QUADRADA 
Uma técnica que vem sendo bastante incorporada em diversos equipamentos 
comerciais. Pode ser usada para realizar experimento de forma mais rápida que a 
técnica de pulso diferencial, pois também ocorrem compensações capacitivas. Seu 
funcionamento segundo Aleixo (2003): 
Uma onda quadrada simétrica (Figura 5b) é superposta sobre uma rampa de 
potencial em forma de degraus (Figura 5a) de tal forma que o pulso direto da 
onda quadrada coincida com o início do degrau da rampa (Figura 5c). O pulso 
reverso da onda quadrada por sua vez coincide com a metade da etapa da 
rampa em degraus. Os parâmetros tempo e potencial aplicado são mostrados 
na Figura 6, onde τ é o tempo de um ciclo de onda quadrada e também de 
um ciclo da rampa em degraus. A frequência da onda quadrada em Hz é 1/τ. 
Esw é a amplitude do pulso de onda quadrada em mV, onde 2xEsw é a 
amplitude pico a pico (amplitude do pico direto ao reverso). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5: Seqüência potencial vs. tempo (E vs. t) usada em voltametria de 
onda quadrada. 
Fonte: 
<https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/chemkeys/article/view/960
9/5030>. 
 Eetapa é o potencial da etapa da rampa de potencial em degraus. A velocidade 
de varredura v para um experimento de voltametria de onda quadrada pode 
ser calculada pela equação: 
v = mV/s = (Estep / mV)/(τ/s) 
 
https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/chemkeys/article/view/9609/5030
https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/chemkeys/article/view/9609/5030
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 6: Parâmetros tempo e potencial aplicado em voltametria de onda 
quadrada, onde: τ = tempo de um ciclo de onda quadrada; 1/τ = freqüência 
da onda quadrada em Hz; Esw = amplitude de pulso da onda quadrada em 
mV; Eetapa = potencial em mV da etapa de rampa de potencial em degraus 
e 2Esw é a amplitude de pico a pico da onda quadrada em mV. 
Fonte: 
<https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/chemkeys/article/view/960
9/5030>. 
A medida de corrente na voltametria de onda quadrada é feita amostrando-
se a mesma duas vezes durante cada ciclo da onda quadrada, uma vez no 
final do pulso direto e a outra no final do pulso reverso. (ALEIXO, 2003, p.12). 
 
2.2.3 VOLTAMETRIA DE REDISSOLUÇÃO 
As técnicas citadas acima permitiram chegar a determinações analíticas da 
ordem de 10-7 a 10-8 mol/L-1. Porem há a necessidade de se chegar a limites abaixo 
de 10-8 mol/L-1. E para isso existe a possibilidade de utilização de processos de pré-
concentração da substancia a se determinar. 
2.2.3.1 VOLTAMETRIA DE REDISSOLUÇÃO ANÓDICA 
Utilizada na determinação de metais pesados, já que se depositam nos 
eletrodos de mercúrio devido a eletrólise. 
A etapa de pré-concentração consiste em “uma eletrodeposição a potencial 
constante e controlado da espécie eletroativa sobre um eletrodo estacionário”. 
(ALEIXO, 2003). 
https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/chemkeys/article/view/9609/5030
https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/chemkeys/article/view/9609/5030
Esta etapa consiste em repouso, deposição, e na redissolução que é a volta à 
solução da espécie anteriormente eletrodepositada. 
Deposição: é a etapa de escolha do eletrodo mais adequado. A deposição é 
feita eletroliticamente, o potencial de deposição (Ed) é aplicado com tempo e agitação 
determinados. Ocorrera a redução do metal e sua deposição sobre a superfície do 
eletrodo. (Figura 7a). 
Repouso: é onde a agitação cessa por alguns segundos para que a 
concentração do metal homogeinize-se, equilibrando-se com a superfície do eletrodo. 
(Figura 7a) 
Redissolução: é feita a varredura na direção anódica, obtendo-se o sinal 
analítico de acordo com a técnica escolhida. O metal que se depositou será 
redissolvido quando seus potenciais de pico forem atingidos. (Figura 7b). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7: Etapas envolvidas na voltametria de redissolução anódica. 
Fonte: <https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/chemkeys/article/view/9609/5030>. 
 
https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/chemkeys/article/view/9609/5030
2.2.3.2 VOLTAMETRIA ADSORTIVA POR REDISSOLUÇÃO 
 Neste método segundo Aleixo, (2003) 
[...] a pré concentração é feita pela adsorção da espécie eletroativa na 
superfície do eletrodo. No caso de metais isto é feito através de seus íons 
complexos. Adiciona-se então à solução contendo o íon metálico um 
complexante adequado e o complexo formado (metal-ligante) é que será 
acumulado junto à superfície do eletrodo. Dessa maneira a pré-concentração 
não depende da solubilidade do metal no mercúrio, como no caso da 
voltametria de redissolução convencional, e metais pouco solúveis (no 
mercúrio) poderão ser determinados. (ALEIXO, 2003, p. 15). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 VANTAGENS E DESVANTAGENS 
Uma das grandes vantagens das técnicas polarográficas sobre os outros 
métodos de análise é que ela pode ser aplicada a amostras de tipos bem diferentes. 
A única exigência, é que aconteça na solução um processo eletroquímico de oxidação 
ou redução que se consegue medir em um tempo razoável. Isto significa que a técnica 
pode ser aplicada à maior parte dos metais e ânions e a muitas espécies orgânicas. 
Outra grande vantagem dessa técnica é a possibilidade de a medição ser feita 
diretamente na amostra sem a necessidade de etapas prévias de purificação ou de 
separações, além de proporcionar a possibilidade de análise de materiais coloridos 
ou amostras contendo partículas sólidas dispersas. Está vantagem também está 
aliado ao baixo custo da instrumentação e dos materiais usados se compararmos com 
outras técnicas como cromatográficas e espectroscópicas. A polarografia de pulso 
diferencial é umas das técnicas mais utilizadas para fins analíticos, por ter vantagens 
em relação a detectabilidade e a resolução frente as técnicas de corrente contínua. 
Por outro lado, a polarográfia precisa de grandes alíquotas de amostras e o 
tempo de análise é relativamente longo. 
De acordo com Angnes 2019 a polarográfia utiliza de um eletrodo de mercúrio 
gotejante que apresenta algumas vantagens como ser renovável, excelente 
reprodutibilidade, superfície lisa e uniforme em cada gota, após ser usado o mercúrio 
pode ser purificado com elevado grau de pureza (99,99999%), possui elevada 
sobretensão á redução de H+ e especiação simultânea de múltiplos metais, porém 
possui desvantagens como o mercúrio é tóxico e a faixa de trabalho na região anódica 
é estreita. 
Rath 2003 relatou que as desvantagens da polarografia clássica, em relação 
as análises quantitativas, estavam relacionados aos baixos limites de detecção (na 
ordem de 10-4mol L-1). Em soluções diluídas a corrente capacitiva formada na dupla 
camada (interface eletrodo/solução) tinha relação a corrente faradaíca formada pelo 
processo de transferência de carga na superfície do eletrodo. Até então, na 
polarografia clássica, o potencial era realizado através da cela toda e não somente na 
interface eletrodo-solução, e, por isso, a técnica estava limitada a análise em soluções 
aquosas ou em sistemas de baixa resistência. Todas as dificuldades da polarografia 
clássica foram superadas somente a partir da década de 60, quando os amplificadores 
operacionais de baixo custo permitiu a formação de novas técnicaspolarográficas 
desejando minimizar a corrente capacitiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 CONCLUSÃO 
Através da realização desse trabalho conseguimos compreender sobre a 
técnica da polarografia que consiste na medição de tensão/corrente por meio de 
eletrodos imersos em solução sob análise com redução de íons do catodo de mercúrio 
ou oxidação. Essa técnica se deriva da voltametria e seus métodos de aplicação estão 
divididos em polarografia clássica e polarografia moderna onde a moderna apresenta 
alguns sub temas como polarografia de pulso diferencial, voltametria de onda 
quadrada, de redissolução, de redissolução anódica e adsortiva por redissolução. 
A polarografia e a voltametria estão sendo aplicadas cada vez mais em 
diferentes campos como inorgânico, orgânico, geoquímico, bioquímico, medicina e 
farmacêutico. Onde o principal objetivo delas é obter informações importantes sobre 
as propriedades físico-químicas das substâncias. 
Percebemos que a polarografia apresenta mais vantagem do que 
desvantagens ainda mais quando falamos a respeito do eletrodo gotejante de 
mercúrio que é muito renovável, possui superfície lisa e uniforme em cada gota e pode 
ser purificado com quase cem porcento de pureza entre outras vantagens descritas á 
cima. A principal desvantagem vista é que o tempo para a realização dessa técnica é 
longo. 
Portando a realização desse trabalho foi de grande valia para nós futuros 
docentes, pois tivemos a oportunidade de conhecer mais uma técnica muita utilizada 
na química analítica e em outras diversas áreas e perceber como ela é responsável 
pela obtenção de informações do analito através das curvas de corrente-potencial, 
durante a eletrólise da espécie eletroquímica. 
 
 
 
 
 
REFERENCIAS 
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