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Aula 2 Relação de trabalho e relação de emprego 2009.1 (1)

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RELÇÃO DE TRABALHO E RELAÇÃO DE EMPREGO 
(Aula nº2)
Objetivos específicos: conhecer as diferenças entre relação de emprego e a relação de trabalho, identificando as características/requisitos, necessários para a configuração da relação de emprego. Compreender as espécies de trabalho sem vínculo de emprego, discutir questões sobre terceirização e o trabalho cooperado.
Conceito e distinção
Requisitos da relação de emprego
Espécies de trabalho sem vínculo de emprego: autônomo, eventual, avulso e estagiário
Terceirização
Cooperativas
1. INTRODUÇÃO
	
O trabalho subordinado e o trabalho autônomo são os dois grandes ramos de atividades ligadas à prestação de serviços.
	Empreiteiro e o locador de serviços podem ser uma pessoa jurídica, enquanto que o prestador de serviço, há de ser, necessariamente, uma pessoa física.
REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A CONFIGURAÇÃO DA RELAÇÃO DE EMPREGO
Os requisitos necessários são: continuidade; subordinação; onerosidade; pessoalidade; alteridade.
Continuidade: Aquele que presta serviços eventualmente não é empregado (é de trato sucessivo)
Subordinação: dependência ao empregador. O trabalhador autônomo não é empregado por não ser subordinado a ninguém. A subordinação pode ser: 
econômica (depende do salário que recebe), 
técnica (empregador determina as diretrizes técnicas da produção), 
hierárquica (a empresa é organizada e dirigida pelo empregador e o empregado respeita suas determinações), 
jurídica (é a situação contratual e legal, em que o empregado deve obedecer as ordens do empregador) 
ou até mesmo social ( o contrato se funda em uma situação social das partes)
Onerosidade: não é gratuito, o trabalhador recebe pelos serviços prestados, se não há remuneração não há vínculo (a Lei 9608/98 estabelece o serviço voluntário, que não gera vínculo empregatício)
Pessoalidade: deve ser realizado por certa e determinada pessoa (só pessoa física)
Alteridade: o empregado presta serviço para outro (empregador)
3. CARACTERÍSTICAS
O contrato de trabalho é bilateral, consensual, oneroso, comutativo e de trato sucessivo
É bilateral (celebrado entre duas pessoas)
É consensual porque independe de qualquer formalidade (não é solene), art. 443 CLT, basta apenas o consenso entre as partes.
É oneroso, pois deve haver uma contraprestação pelo serviço (a remuneração)
Comutativo e bilateralidade (a um dever do empregado corresponde um dever do empregador)
Trato sucessivo (deve haver continuidade)
Espécies de trabalhador sem vínculo de emprego
Avulso: (art. 7º XXXIV CF; igualdade de direitos do trabalhador com vínculo empregatício)
a.1)Prestador de serviços de movimentação de mercadorias a diversas empresas, com intermediação do sindicato, sem vínculo empregatício, com a intermediação do sindicato, em áreas urbanas e rurais (fora da área do porto), regido pela lei 12.023/09.
a.2)prestador de serviços a diversas empresas operadoras portuárias, na área do porto organizado, mediante intervenção exclusiva do Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO),; Lei 8630/93 Dec. 1035/93.(lei revogada pela LEI Nº 12.815, DE 5 DE JUNHO DE 2013.
) e lei 9,719/98.
- Também é um trabalhador eventual
Trabalhador eventual é aquele que presta sua atividade para alguém, ocasionalmente. O ocasional é autônomo.
Não-eventual é aquele que exerce funções coincidentes com a finalidade da empresa (teoria com base nos fins da empresa). Ex. Pedreiro que vai construir um muro para fábrica de automóveis (discutível);
Trabalhador eventual é um profissional sem patrão, seus serviços não têm destinatário uniforme, mas múltiplos destinatários, em frações de tempo relativamente curtas, em caráter de permanência;
Exemplos: o chapa (urbano); o bóia-fria (rural)
O trabalhador autônomo pode ser dividido em autônomo propriamente dito e empreitada (desde que o empreiteiro não seja operário ou artífice, III, art. 651 CLT) Ex. autônomo é o médico em seu consultório.
Estagiário, Lei 11788 de 25de setembro de 2008
As pessoas jurídicas de Direito Privado, os órgãos da Administração Pública direta, autárquica e fundacional de qualquer dos poderes da União, estados, distrito federal e municípios, bem como profissionais liberais de nível superior devidamente registrado no órgão da categoria;
O estágio visa complementar o ensino;
A formalização realiza-se através de TERMO DE COMPROMISSO, entre o estudante e a parte concedente, com interveniência da instituição de ensino;
Não cria vínculo empregatício de qualquer natureza art. 3º da regente;
A jornada de trabalho deverá compatibilizar-se com o horário escolar
e) Representante comercia autônomo lei 4886/65
Cooperativa (§ único 442 CLT) não há vínculo entre o trabalhador e a associação, bem como entre o trabalhador e o tomador do serviço.
Regulamentada por vários institutos: CF/88 art. 174,§§2º, 3º,4º; 192, VIII; 21, XXV; 5º XVIII; Lei5764/71; Lei 9867/99;
O cooperativismo é um sistema que afasta a intermediação e o lucro;
Não se submete à falência, mas à liquidação extrajudicial.
Terceirização (contrato de prestação de serviço ou empreitada entre pessoas jurídicas)
- Não existe lei específica sobre o assunto
En. 331 TST (ver)
Art. 455 CLT trata da responsabilidade no caso de subempreitada
Como regra a contratação por empresa interposta é ilegal, salvo:
Trabalho temporário, Lei 6019/74 – serviço de vigilância, Lei7102/63 – de conservação e limpeza, bem como serviços especializados ligados à ATIVIDADE MEIO do tomador, desde que NÃO exista a PESSOALIDADE e a SUBORDINAÇÃO DIRETA;
A contratação irregular não gera vínculo com a Administração pública;
O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica responsabilidade subsidiária do tomador do serviço (deve participar da relação processual para que conste do título executivo judicial)

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