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BMC APLICADA AO COMPLEXO SUPERIOR

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BMC APLICADA AO COMPLEXO SUPERIOR 
 
COMPLEXO DO OMBRO. 
 
A Cintura Escapular (CE) é formada por dois pares ósseos, que são: 
clavícula e escápula. Essa cintura confere uma maior condição de livre 
movimentação para os membros superiores, fazendo com que os 
movimentos sejam mais amplos, eficientes e cadenciados, graças a um 
conjunto de articulações e segmentos. 
A CE é considerada um anel incompleto, o que permite movimentos 
independentes para membros superiores direito e esquerdo. 
Os membros superiores estão mais capacitados a realizarem habilidades de 
manipulação, destreza e coordenação motora fina. 
A CE deve ser inicialmente compreendida a partir das articulações esterno-
clavicular (EC) e acrômio-clavicular (AC). O ponto de união da CE e do 
membro superior com o restante do esqueleto ocorre na articulação EC. 
 
ARTICULAÇÃO ESTERNO-CLAVICULAR 
É classificada como articulação sinovial deslizante ou esferoidal modificada, 
com um disco fibrocartilaginoso, sendo suportada pelos ligamentos 
interclavicular, esternoclavicular e costoclavicular (o mais importante). 
A integridade postural da CE depende diretamente da tensão residual do 
sistema locomotor ativo. 
Movimentos da EC: 
Plano Frontal - elevação e depressão. 
Plano Transverso – protração ou abdução e retração ou adução. 
Obs: A clavícula roda aproximadamente 50 graus em torno do seu eixo 
longo (rotação anterior e posterior). 
 
ARTICULAÇÃO ACRÔMIO-CLAVICULAR 
É classificada como articulação sinovial deslizante pequena e, possui disco 
fibro-cartilaginoso. A articulação acrômio-clavicular fica sobre o topo da 
cabeça do úmero e pode restringir os movimentos do braço. A articulação 
acrômio clavicular é reforçada por uma cápsula densa e tensão ligamentar, 
em especial do ligamento córaco-clavicular. Os movimentos na articulação 
esterno clavicular são opostos aos movimentos na articulação acrômio 
clavicular para elevação, depressão, protração e retração. 
 
ATENÇÃO - Os movimentos da cintura escapular são caracterizados a partir 
dos movimentos da escápula. 
MOVIMENTOS DA ESCÁPULA 
Plano Transverso – Eixo Longitudinal 
Protração ou abdução - Movimento de afastamento da borda medial da 
escápula da coluna vertebral. 
Retração ou adução – Movimento de aproximação da borda medial da 
escapula da coluna vertebral. 
Plano Frontal – Eixo Ântero-Posterior 
Rotação superior - ângulo inferior da escápula gira para fora ou lateralmente. 
Rotação inferior - ângulo inferior da escápula gira para dentro ou 
medialmente. 
Plano Frontal (Translação) 
Elevação – A escápula desliza para cima. 
Depressão – A escápula desliza para baixo. 
Obs: Não existe eixo de movimento. 
 
Observações Importantes: 
A clavícula funciona como um “braço móvel” para os movimentos da 
escápula. 
A articulação escapulotorácica é uma articulação fisiológica (funcional). A 
escápula apoia-se sobre dois músculos: o serrátil anterior e o subescapular. 
 
ARTICULAÇÃO DO OMBRO OU GLENOUMERAL 
 
É uma articulação sinovial de cabeça e cavidade (esferóide), sendo 
considerada a articulação de maior amplitude do corpo humano. Sua 
constituição estrutural faz com que esta articulação apresente cápsula frouxa 
e suporte ligamentos limitados. 
A cavidade glenóide envolve somente 25% da cabeça umeral, sendo a 
participação de uma estrutura fibrocartilaginosa, chamada lábio da glenóide, 
responsável por aumentar em 75% a área de contato entre a cavidade e a 
cabeça do úmero. 
Juntamente com o lábio da glenóide, os tendões do manguito rotador (infra 
e supra espinhoso, subescapular e redondo menor) auxiliam na fixação da 
cabeça do úmero à cavidade. 
A cápsula articular tem aproximadamente o dobro do volume da cabeça 
umeral. 
A artrocinemática do ombro permite identificar movimentos de rotação e 
translação. 
 
Movimentação da articulação do ombro (glenoumeral). 
Plano sagital – Eixo látero-lateral: 
Flexão – Deslocamento do segmento braço para frente – Grau de Amplitude 
de Movimento (GAM) ±180
o
. 
Extensão – Deslocamento do segmento braço para Posição Anatômica (PA) 
– GAM ±180o. 
Hiperextensão – Deslocamento do segmento braço para além da PA – GAM 
±60
o
. 
 
Plano frontal – Eixo ântero-posterior: 
Abdução – Movimento tem início com afastamento do segmento braço da 
linha média do corpo – GAM ±180o. 
Adução – E o retorno do movimento de abdução – GAM ±180o. 
 
Plano transverso – Eixo longitudinal: 
Rotação interna ou medial – Segmento braço gira medialmente ou para 
dentro. – GAM ±105o. 
Rotação externa ou lateral – Segmento braço gira medialmente ou para 
dentro. – GAM ±45o. 
 
Plano transverso – Eixo longitudinal 
Obs: Posição inicial = braços paralelos ao solo no plano frontal médio. 
 
Flexão – adução – horizontal – Segmento braço desloca-se para frente – 
GAM ±135
o
. 
Extensão – abdução – horizontal – Segmento braço desloca-se para trás – 
GAM ±45
o
. 
 
Observações importantes: 
Os movimentos combinados do complexo do ombro estão relacionados aos 
movimentos da escápula e da articulação do ombro. Quando ocorrem 
simultaneamente são denominados ritmo escapuloumeral. 
Nos primeiros 30
o
 de abdução e 45
o
/60
o
 de flexão da articulação do ombro a 
escápula tende a permanecer estática. A partir desta amplitude de 
movimento a escápula começa a movimentar-se, permitindo assim, um 
ajuste da cintura escapular e consequentemente, a facilitação do movimento 
para a articulação do ombro. Basicamente o ritmo de ajuste guarda uma 
relação de 2:1. 
À medida que o ombro abduz acima de 90
o
, o tubérculo maior na cabeça do 
úmero aproxima-se do arco córaco-acromial. A compressão dos tecidos 
moles começam a limitar uma abdução adicional e em rotação interna o 
tubérculo maior do úmero faz contato com o acrômio. 
Se o ombro é girado externamente a abdução torna-se mais fácil, pois o 
tubérculo maior é movido para fora do arco. 
Dos 180
o
 conseguidos para os movimentos de elevação (flexão e abdução) 
da articulação do ombro, 120
o
 ocorrem na articulação do ombro e 60
o
 na 
escápula (articulação escapulotorácica). 
 
Ações musculares na articulação do ombro: 
 
Acima de 90
o
 de elevação da articulação do ombro a força do manguito 
rotador diminui, deixando a articulação do ombro mais vulnerável às lesões. 
A força adução dos músculos do ombro é o dobro da força do movimento de 
abdução, embora o movimento de abdução e seu grupo muscular sejam 
usados mais freqüentemente em atividades esportivas ou AVDs. 
As ações articulares mais fracas da articulação do ombro são os movimentos 
de rotação. Sendo a rotação externa mais fraca que a rotação interna. 
Os músculos do ombro são fáceis de alongar e de fortalecer, devido a 
mobilidade da articulação. 
Os músculos que agem na articulação do ombro e cintura escapular 
geralmente trabalham combinados, fazendo com que seja difícil isolar um 
músculo específico em um exercício. 
Um grupo muscular importante, que deve ser enfatizado em uma rotina de 
alongamento e de fortalecimento do complexo do ombro é o manguito 
rotador, já que estes músculos estabilizam a articulação do ombro e realizam 
uma ampla variedade de movimentos do ombro. 
Os microtraumas são mais comuns como causa das lesões do complexo do 
ombro, em especial, na chamada área de compressão (arco córaco-acromial). 
 
Complexo do cotovelo: 
 
O complexo do cotovelo envolve dentro da mesma cápsula articular três 
articulações. 
Umerorradial (UR) – Umeroulnar (UU) – Radioulnar Superior (proximal) 
(RS). 
A articulação Umeroulnar é considerada a articulação do cotovelo. 
Ela está capacitada a suportar cargas tensivas. 
A articulaçãoUR é do tipo gínglimo ou dobradiça. 
A articulação RS é do tipo trocóide ou pivô. 
 
A articulação UU é considerada uma articulação muito estável, tendo 
integridade estrutural e bom suporte ligamentar e muscular. 
Movimentos da articulação UU 
 
Plano Sagital – Eixo Látero-lateral: 
Flexão – Deslocamento do segmento antebraço para frente – GAM ±150o. 
Extensão – É o alinhamento do segmento antebraço e braço – GAM ±150o. 
 
Obs: Na posição de extensão a tróclea assimétrica cria uma angulação da 
ulna lateralmente, criando uma posição em valgo. Isto é chamado de ângulo 
de carregamento e, varia de 10
o
 a 15
o
 nos homens e 20
o
 a 25
o
 nas mulheres. 
Na medida em que o cotovelo é flexionado, essa posição de valgo é 
reduzida, e pode até resultar em uma posição em varo com flexão completa. 
 
Articulação RS: 
 
É a articulação entre a cabeça do rádio e a incisura radial da ulna. 
É onde ocorrem de maneira efetiva os movimentos da articulação RS. 
 
Movimentos da articulação RS 
Plano Transverso – Eixo Longitudinal 
Pronação – Rádio cruza sobre a ulna – GAM ±150o. 
Supinação – Partindo da posição prono o Rádio retorna à PA – GAM ±150o. 
 
Observação Importante: 
Na posição neutra e semi-pronada o rádio e a ulna ficam próximo um do 
outro, mas em pronação completa o rádio cruza sobre a ulna diagonalmente. 
Observações: 
Os epicôndilos medial e lateral são pontos de referência proeminentes nas 
faces medial e lateral do cotovelo, e são também, locais de lesão por uso 
repetitivo. 
A flexão da articulação do cotovelo é limitada pelo grau de estiramento do 
antagonista, pelo contato nas partes moles do antebraço com o braço e o 
contato do osso a osso do processo coronóide com a cavidade coronóide. 
A extensão do cotovelo é limitada, primariamente pelo contato do olécrano 
na fossa do olecraniana e, ainda pelo grau de estiramento do antagonista. 
 
Ações musculares: 
 
O flexor puro da articulação UU é o músculo braquial – Monoarticular. A 
ação do braquial não é influenciada pela pronação e supinação RS. 
A contribuição do bíceps braquial com a flexão do cotovelo depende das 
posições das articulações do ombro e radioulnar. 
O bíceps braquial é mais efetivo como flexor na posição de supinação da 
RS, quando a inserção no rádio não fica torcida. Sua contribuição pode ser 
aumentada se o ombro estiver ligeiramente estendido, na qual a inserção da 
cabeça curta do bíceps braquial o torna tensionado. 
O posicionamento da articulação RS, não interfere na participação da 
musculatura do tríceps braquial, da extensão do cotovelo. 
A porção medial do tríceps é considerada extensora plena do cotovelo. Já a 
porção longa depende do posicionamento da articulação do ombro, e é mais 
efetivo quando o ombro está flexionado. A porção curta necessita uma maior 
quantidade de resistência para ser plenamente ativado. 
O grupo muscular flexor é quase duas vezes mais forte do que os extensores, 
o que nos torna melhores puxadores do que empurradores. 
A posição semi-pronada é a posição na qual a força máxima em flexão pode 
ser desenvolvida, seguida pela posição supinada e por último a posição 
pronada. 
As únicas posições que colocam alguma forma de alongamento sobre os 
flexores e extensores precisam incorporar alguma hiperextensão e flexão nas 
articulações do ombro (origem da musculatura envolvida). 
 
A articulação do punho e mão: 
 
A mão é usada primariamente, para atividades de manipulação que 
requeiram movimentos muito finos, com amplas variedades de postura entre 
mãos e dedos. São possíveis aproximadamente 58 movimentos combinados 
para as mãos. 
A articulação do punho é constituída pela articulação radiocárpica (RC) e 
intercárpica (IC). O rádio articula com três ossos da primeira fileira do carpo 
(escafóide, semilunar e piramidal). A descrição dos movimentos das mãos 
tem como base a articulação RC, que é classificada como sinovial, elipsóide, 
permitindo o movimento de flexão, extensão, flexão-radial ou abdução e 
flexão-ulnar ou adução. 
 
Movimento da articulação do punho: 
 
Plano Sagital – Eixo látero-lateral: 
Flexão: segmento mão desloca-se para frente a partir da PA – GAM ±70o a 
90
o
. 
Extensão: segmento mão desloca-se para trás a partir da PA – GAM ±70o a 
80
o
. 
 
Plano Frontal – eixo ântero-posterior. 
Flexão-radial, Desvio-radial ou abdução: segmento mão desloca-se 
lateralmente a partir da PA – GAM ± 30o a 40o. 
Obs: Quando o punho é flexionado o movimento é iniciado pela articulação 
intercárpica (médio-cárpica), representando 60% da amplitude de 
movimento, os 40% restantes ficam por conta da articulação RC. Já o 
movimento de extensão apresenta o comportamento inverso. 
 
Articulação Carpo-metacárpica (CMC) 
É a articulação entre os ossos do carpo e os cinco metacarpos. 
A articulação CMC é a articulação que proporciona a maioria dos 
movimentos do polegar e a minoria dos movimentos dos outros cinco dedos. 
A articulação CMC do polegar é uma articulação selar entre o trapézio e o 
primeiro metacarpo, permitindo o movimento de flexão e extensão (50
o
 a 
80
o
), abdução e adução (40
o
 a 80
o
) e rotação externa e interna (10
o
 a 15
o
). 
O polegar pode tocar cada um dos dedos no movimento de oposição e, é 
muito importante em tarefas de garra e preensão. 
 
Articulação Metacarpo-falangiana (MCF) 
É a articulação entre a parte distal dos metacarpos e as falanges. 
As articulações MCF do 2
o
 ao 5
o
 dedo são classificadas como sinovial do 
tipo condilar, permitindo o movimento de flexão e extensão - abdução e 
adução. 
 
Articulação Interfalângicas (IF) 
É a articulação entre as falanges. 
Subdivide-se em interfalângicas proximais e distais, com exceção do 
polegar. 
 
Existem três razões principais para as pessoas condicionarem a região da 
mão, a saber: 
Fortalecimento dos dedos para melhorar a garra; 
Fortalecimento dos músculos envolvidos na articulação do punho; 
Prevenção e redução de lesões.