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PETIÇÃO INICIAL Art. 319. A petição inicial indicará: I – O juízo a que é dirigida; II – Os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; III – O fato e os fundamentos jurídicos do pedido; IV – O pedido com as suas especificações; V – O valor da causa; Novidade: acaba-se com a possibilidade de valor estimativo nos danos morais e a impugnação ao valor da causa será feito na contestação. VI – As provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; VII – A opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. PEDIDO → Espécies a) Imediato (provimento jurídico) b) Mediato (bem da vida, prestação) → Princípio da congruência ou adstrição (correlação entre pedido e sentença) – Vício de sentença: • Ultra Petita: além do pedido • Extra Petita: fora do que se pede • Citra ou Infra Petita: não aprecia o pedido → Características do pedido: deve ser certo e determinado – Excepcionalidade do Pedido Genérico (liquidação de sentença) • Ações universais • Quando a definição depende do comportamento/ ação do réu • Quando não for possível, de imediato, determinar as consequências do ato ilícito (ex.: acidente de carro) → Ação cominatória ou de preceito cominatório: quando há cominação de multa → Cumulação de pedidos ou cumulação objetiva Própria: aditivo “E” • Simples (sem interdependência) • Sucessiva (com interdependência: o acolhimento eventual do 2° pedido depende do acolhimento do 1°) Imprópria: aditivo “OU” (na verdade, é só um pedido) • Eventual (ordem de preferência) • Alternativa (sem ordem de preferência) → não se confunde com pedido alternativo (alternatividade do OBJETO) → Requisitos para a cumulação: • Identidade da partes • Identidade de procedimentos • Competência do juízo para todos os pedidos • Compatibilidade entre os pedidos (não aplicável à cumulação imprópria) → Interpretação dos pedidos – O novo CPC acaba com a ideia de que os pedidos devem ser interpretados restritivamente, devendo a interpretação se pautar no princípio da boa-fé. – Os juros legais, correção monetária e honorários advocatícios são concedidos mesmo sem requerimento das partes EMENDA E INDEFERIMENTO DA INICIAL 1. Emenda: em casos de vício sanável. Pede ocorrer mais de uma vez. Segundo o Princípio da cooperação, o juiz tem que dizer às partes o que tem que ser emendado. 2. Indeferimento: a. Sem análise do mérito: falta de pressupostos e condições da ação. Possibilidade de recurso com contraditório. b. Com análise do mérito: improcedência liminar do pedido, sem citar o réu (Ex.: prescrição e decadência). IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO – Nas causas que dispensem a fase probatória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar: a. enunciado de súmula do STF ou do STJ; b. acórdão proferido pelo STF ou STJ em julgamento de recursos repetitivos; c. entendimento Firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; d. enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local. – O juiz também decretará a improcedência se verificar, desde logo, a ocorrência. de decadência ou prescrição. – Apelando o autor, o juiz poderá se retratar em 5 dias. Caso o faça, o processo seguirá; do contrário, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões em 15 dias. – Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença. AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência. § 1o O conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente na audiência de conciliação ou de mediação, observando o disposto neste Código, bem como as disposições da lei de organização judiciária. § 2o Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes. § 3o A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado. § 4o A audiência não será realizada: I – se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual; II – quando não se admitir a autocomposição. § 5o O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência. § 6o Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado por todos os litisconsortes. § 7o A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos termos da lei. § 8o O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado. § 9o As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos. § 10. A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir. § 11. A autocomposição obtida será reduzida a termo e homologada por sentença. § 12. A pauta das audiências de conciliação ou de mediação será organizada de modo a respeitar o intervalo mínimo de 20 (vinte) minutos entre o início de uma e o início da seguinte. RESPOSTA DO RÉU → Generalidades: – Resposta como ônus processual → Espécies de Defesas • Típicas (previstas na lei como tal): Contestação e reconvenção • Atípicas (não previstas na lei com tal): Reconhecimento jurídico do pedido, intervenção de terceiros, etc. → Classificação das Defesas Defesa Processual (ou contra admissibilidade: sem relação com o direito material) a) Própria ou Peremptória (extinção sem análise do mérito): carência, coisa julgada, litispendência, inépcia da inicial… b) Imprópria ou Dilatória (retardamento): conexão, vício na citação, incompetência… Defesa de Mérito (ou substancial) a) Direta: nega os fatos e/ ou suas consequências jurídicas b) Indireta: reconhece os fatos, porém contrapõe a ele outros fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor. Ex.: prescrição, não vencimento da prestação, etc. → Contestação (Resposta por excelência) Princípios – Eventualidade: O réu deve concentrar toda a matéria de defesa na Contestação, ainda que tragam fatos incoerentes entre si. Exceção: a parte pode alegar nova defesa após a contestação em casos de direito superveniente, quando competir ao juiz conhecer deles de ofício e matérias que a lei permita a alegação a qualquer tempo (Ex.: Decadência convencional). – Impugnação específica dos fatos (o réu deve atacar todos os fatos alegados pelo autor, sob pena de, não o fazendo, haver presunção de veracidade). Exceções: quando o fato não admite confissão, quando a inicial não vier acompanhada por instrumento público, quando a defesa como um todo já impugna todos os fatos, em casos de advogado dativo, curador especial e MP. Preliminares de Contestação: defesas processuais peremptória e dilatórias. Aspectos Formais: forma escrita, nada impedindo que ela seja apresentada oralmente e posteriormente reduzida a termo(prazo de 15 dias). Outras observações: – É apresentada simultaneamente com a reconvenção – Não alegação de matéria cognoscível de ofício e a qualquer tempo: arca-se com as custas do retardamento – Juntada de documentos: a jurisprudência se mostra maleável (princípio da boa-fé) – Apresentação apenas da Reconvenção: é possível excepcionalmente quando a reconvenção leva à conclusão de que o réu está impugnando os fatos da inicial. Alegação de Incompetência (no novo CPC é feita em preliminar de Contestação) – Afasta o juízo, não o juiz, em favor de outro expressamente indicado pelo réu. – Prazo de 15 dias da juntada aos autos do mandado de citação. Alegação de Impedimento/Suspeição – Afasta o juiz, não o juízo. – Prazo: 15 dias do conhecimento do fato, antes do julgamento → Reconvenção (no novo CPC é feita na Contestação) – É a possibilidade de o réu, no mesmo processo, ter mais de uma demanda (há uma ampliação objetiva do processo) – É uma faculdade do réu, não havendo efeitos caso ele opte por não reconvir. – Pressupostos: a) Conexão com a ação ou com o fundamento da defesa. b) Identidade de partes, não sendo possível ampliação ou redução subjetiva (a doutrina discorda e a jurisprudência é silente) c) Cumulação de pedidos supervenientes – É permitida a desistência. – Não tem sido aceita a reconvenção da reconvenção por questões de economia processual. – O curador especial não pode apresentar reconvenção. → Dispositivos Legais Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data: • I – da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição; • II – do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso I; • III – prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos. Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir. Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: • I – inexistência ou nulidade da citação; • II – incompetência absoluta e relativa; • III – incorreção do valor da causa; • IV – inépcia da petição inicial; • V – perempção; • VI – litispendência; • VII – coisa julgada; • VIII – conexão; • IX – incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; • X – convenção de arbitragem; • XI – ausência de legitimidade ou de interesse processual; • XII – falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; • XIII – indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa. Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal. PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES – Após transcorrido o prazo para a defesa, o réu a apresentando ou não, passa-se à fase de saneamento: o juiz, no prazo de 10 dias, determinará as providências preliminares. Lembrete: Defesa Direta: nega a existência dos fatos jurídicos constitutivos do direito do autor ou as sequências jurídicas que o autor pretende retirar dos fatos por ele aduzidos (não há nenhum fato novo). Defesa Indireta: traz um fato novo ao processo. – Providências: a) Defesa indireta: abre-se um prazo para a réplica do autor, que se trouxer documentos novos, o réu tem direito a se manifestar sobre eles. b) Defesa direta: não há necessidade de intimação para a réplica, mas se o réu trouxer documentos na defesa direta o juiz deve intimar o autor para se manifestar sobre eles. c) Se há defeitos processuais que possam ser corrigidos, inclusive aqueles relacionados aos requisitos de admissibilidade do procedimento, deve o juiz providenciar a sua correção, fixando, para tanto, prazo não superior a 30 dias. d) Se houve revelia, deve o juiz verificar a regularidade da citação. Hipóteses em que a revelia não produz efeitos: • pluralidade de réus (litisconsórcio), e um deles apresentar a contestação; • o litígio sobre direitos indisponíveis; • falta de documento na inicial como meio probatório; d) alegações do autor forem inverossímeis (aparenta não ser verdadeiro notoriamente) ou em contradição com as provas que constantes nos autos. e) Se, não obstante a revelia, a confissão ficta não se tiver produzido, o autor será intimado para especificar as provas que pretendia produzir na audiência. f) Se a revelia decorrer de citação ficta (réu preso, réu revel citado por edital ou por hora certa), será designado curador especial. g) Se o réu promover alguma das modalidades de intervenção de terceiros, o juiz adotará as providências inerentes a essas intervenções, tal como determinar a comunicação do terceiro cujo ingresso no processo se pleiteia. h) O magistrado deve verificar se é caso de intervenção do MP, da Comissão de Valores Mobiliários, do Conselho Administrativo de defesa econômica ou de qualquer outro órgão/ entidade cuja presença no processo seja obrigatória por força de lei. (Só há nulidade se houver prejuízo) JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO Cumpridas as providências preliminares ou não havendo necessidade delas, o juiz examinará os autos para tomar uma das seguintes decisões: a) Extinção do processo sem julgamento do mérito. b) Resolução do mérito em razão da auto-composição total. c) Resolução do mérito em razão da prescrição ou decadência. d) Julgamento antecipado do mérito da causa. • Quando não houver necessidade de produção de outras provas. Não dependem de provas os fatos: 1. notórios; 2. afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária; 3. admitidos, no processo, como incontroversos; 4. em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade. • Quando o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 do NCPC e não houver requerimento de prova, na forma do art. 349. e) Julgamento antecipado parcial do mérito. • O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles: a) mostrar-se incontroverso. b) estiver em condições de imediato julgamento. • Tal decisão é impugnável por agravo de instrumento. • A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a obrigação reconhecida na decisão que julgar parcialmente o mérito, independentemente de caução, ainda que haja recurso interposto contra ela. • Havendo trânsito em julgado da decisão, a execução será definitiva. f) Marcação da audiência preliminar de conciliação. g) Não sendo caso de audiência preliminar, determinação imediata da realização da audiência de instrução. h) Julgamento proferindo o chamado “despacho saneador”, ordenando o processo para a fase probatória. i) Decisão parcial, mas sem extinguir o processo, pois diz respeito a apenas uma parcela do objeto litigioso (Ex: transação parcial, ilegitimidade de uma das partes) OBS.: “Despacho Saneador”: Se não for o caso de extinção do processo com ou sem resolução de mérito e não sendo hipótese de audiência preliminar, deverá o magistrado proferir uma decisão escrita, em que deverá analisar as questões processuais suscitadas, declarar saneado o feito, fixar os pontos controvertidos e delimitar a atividade probatória:• Não é despacho, mas decisão interlocutória. • Declara saneado o feito. • Conteúdo de natureza decisória. • Admissibilidade do processo. • Fixação dos pontos controvertidos e delimitação da atividade probatória. • A decisão judicial que reconhece a presença dos requisitos de admissibilidade do processo não se sujeita à preclusão pro judicato. • Saneamento compartilhado: se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o juiz designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as partes, oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou esclarecer suas alegações. TEORIA GERAL DAS PROVAS → Definição: “Tudo o que pode influenciar, de alguma maneira, na formação da convicção do magistrado, para decidir, de uma forma ou de outra, acolhendo, no todo ou em parte, ou rejeitando o pedido do autor e os eventuais pedidos da prestação da tutela jurisdicional que lhe são submetidos para julgamento. ” Cássio Scarpinella Bueno. – Destinatário das provas: TODOS os sujeitos do processo. – Não há hierarquia entre as provas. – A prova é um direito fundamental ao contraditório. – Sistema do livre convencimento motivado. – Direito ao exame das provas pelo juiz. – Objetivo: alcance da verdade. → Princípios – Fundamentação das decisões judiciais e o livre convencimento motivado ou persuasão racional do juiz. – Proibição de provas ilícitas. – Dispositivo: o interesse na análise da prova é das partes, as quais devem levá-las ao judiciário. – Comunhão da prova: todas as provas produzidas entram em um sistema de comunhão (ela não é produzida para a parte que produz, mas para os autos). – Atipicidade das provas: o rol de provas é exemplificativo, não excluindo outros meios não previstos. → Prova emprestada – É a prova de um processo que é aproveitada em outro. – Precisa ter as mesmas partes. – Será aceita somente se houver contraditório em ambos os processos. – Posição do STJ: tal instituto não pode se reduzir a processos com identidade e partes, sob pena reduzir sua aplicabilidade, não havendo razão para tanto. Prevalece, assim, o princípio do contraditório. → Regras de distribuição do ônus da prova Estática: a) Autor: fato constitutivo de seu direito. b) Réu: fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor Dinâmica – Impossibilidade ou excessiva dificuldade de cumprir o encargo ou maior facilidade de obtenção da prova de fato contrário. – A inversão pode se dar até o saneamento. – Pode ser: a) Convencional: as partes convencionam (raríssimo), podendo fazê-lo antes ou durante o processo. Exceções: quando se tratar de direito indisponível ou quando tornar-se excessivamente difícil, a uma parte, o exercício do direito. b) Legal (ope legis): prevista expressamente em lei. Ex.: arts 12, 3° e 14, § 3° do Código de Defesa do Consumidor. c) Judicial (ope judicis): cabe ao juiz perceber os requisitos legais. Ex.: Art. 6°, VIII, CDC. → Produção antecipada da prova – Aplicável a quem pretender justificar a existência de fato ou relação jurídica com simples documentação e sem caráter contencioso, será admitida quando: 1. houver fundado receio de que venha a se tornar impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação; 2. a prova a ser produzida for suscetível de viabilizar a auto composição ou outro meio adequado de solução de conflito; 3. o prévio conhecimento dos fatos puder justificar ou evitar o ajuizamento de ação. – Sob tal regramento também será viável proceder ao arrolamento de bens quando ele visar apenas a realização de documentação e não a prática de atos de apreensão. → Provas em espécie: Depoimento Pessoal – Oitiva das partes, inclusive do terceiro interveniente que possa vir a ser parte. Se dá na audiência de instrução e julgamento e depende de requerimento da parte adversa. – Não se confunde com interrogatório, que é o ato praticado de ofício pelo juiz, a qualquer tempo e quantas vezes forem necessárias. – O MP, mesmo na qualidade de custus legis, pode requerer depoimento. – Em caso de negativa da parte, há uma presunção relativa da veracidade dos fatos, o que não ocorre no interrogatório. – Há direito ao silêncio. – Quando os incapazes são parte, eles são ouvidos como testemunha, não havendo que se falar em depoimento pessoal ou em confissão ficta. – Os representantes das pessoas jurídicas podem ser ouvidos em depoimento pessoal, caso tenham poderes para tanto. – No NCPC, o interrogatório passa a ser forma de construção do depoimento pessoal. Confissão – Elemento subjetivo: sujeito. – Elemento intencional: vontade ou animus confitendi. – Elemento objetivo: fato contrário ao confitente. – Pode ser direta ou por procurador com poderes necessários para tanto. – Não se confunde com reconhecimento jurídico do pedido, no qual o réu aceita a pretensão do requerente (pedido) e não o fato, – Pode ser real (efetivamente feita pelo confitente) ou ficta (reputa-se ocorrida em razão da revelia); judicial ou extrajudicial; espontânea ou provocada. – É possível invalidar (e não revogar) em caso de erro, dolo ou coação. – A aceitação da confissão é, em regra, integral, salvo quando se tratar de fatos novos. – A confissão não prejudica os litisconsortes. Documental: em regra é o documento escrito, admitindo-se, no entanto, fitas magnéticas com imagens, sons e outros. Assim, trata-se de um conceito amplo, tendo função de tornar estático um momento da vida humana. O fato ocorrido é permanentemente retratado no documento a que isso se presta. Eles podem ser públicos ou particulares. Testemunhal – Trata-se de uma reprodução oral do que está guardado na memória daqueles que, NÃO SENDO PARTE, presenciaram ou tiveram notícia dos fatos ocorridos. – A testemunha deve ser capaz e não pode ser impedida ou suspeita. – Consideram-se suspeitos: pessoa condenada com sentença transitada em julgado por crime de falso testemunho, que pelos costumes não for digno de fé, inimigo capital ou amigo íntimo, que tiver interesse no litígio. – Consirederam-se impedidos: cônjuge e parente, aquele que for parte e aquele que intervem em nome da parte. – A prova testemunhal poderá ser indeferida quando: a) O fato já estiver provado por documento ou confissão. b) O fato, por sua natureza, só puder ser comprovado por documento ou perícia. – Ocorrerá acareação quando houver divergência entre os depoimentos prestados por duas ou mais testemunhas, ou entre testemunhas e a parte. Pericial – Descrição dos fatos no estado atual, com a finalidade de afastar dúvidas que envolvam ciência ou técnica que o juiz e as partes não dominam. – Pode ser: a) Exame: busca desvendar aspectos técnicos ou científicos que não sejam visíveis. b) Vistoria: mesma atividade do exame, porém aplicável somente aos bens imóveis. c) Avaliação: atribuição de valores para bens jurídicos. – Embora importante para o deslinde da causa, o CPC consagrou o princípio do livre convencimento motivado, determinando que o juiz não está adstrito ao laudo. Inspeção Judicial: é o meio de prova pelo qual o próprio juiz examina pessoas, coisa, locais, sempre que os demais meios de prova se mostrarem insuficiente para o seu convencimento. Ata notarial: a existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos poderão constar da ata notarial. (Exemplo: prova das situações documentadas na internet) → Observação Final: não dependem de prova os fatos notórios, confessados, incontroversos e presumidos. PETIÇÃO INICIAL PEDIDO EMENDA E INDEFERIMENTO DA INICIALIMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO RESPOSTA DO RÉU → Generalidades: → Espécies de Defesas → Classificação das Defesas → Contestação (Resposta por excelência) → Reconvenção (no novo CPC é feita na Contestação) → Dispositivos Legais PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES – Providências: JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO TEORIA GERAL DAS PROVAS → Princípios → Prova emprestada → Regras de distribuição do ônus da prova → Produção antecipada da prova → Provas em espécie:
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