Buscar

Direito Internacional Casos Concretos

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

CASO CONCRETO 1 
O DIP e interdependência e cooperação entre Estados “Os Estados Unidos desistiram de 
apelar da decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC) que deu vitória ao Brasil no processo contra as medidas antidumping aplicadas pelo governo a mericano na exportação de suco de laranja brasileiro. Com isso, as sobretaxas ao produto nos últimos 
quatro anos terão de ser retiradas em um prazo máximo de nove meses, tornando o produto novamente competitivo." Essa foi a primeira vez que os EUA desisti ram de um 
processo na OMC antes de esgotar todas as possibilidades de apelação. O fato foi comemorado pelo Itamaraty como uma inclinação do governo americano de rever uma 
prática comum nas relações comerciais, o chamado "zeroing" ou "zeramento". 
Com base no texto acima, retirado da página da Organização Mundial do Comércio (http://www.wto.org/spanish/news_s/news11_s/news11s.htm), discorra sobre a vertente do Direito Internacional que se ocupa da relação jurídica apresentada, seu objeto e a relevância da questão na contemporaneidade. 
Resposta :O caso em tela refere-se a atuação do Direito Internacional Publico, que tem como premissa ser uma regra de vida social, aplicável a Sociedade Internacional, objetivando o bem comum e a manutenção da ordem social que deve reinar no âmbito internacional. Essa fonte de direito prima por tutelar as mais variadas relações entre nações, entre elas as comerciais e politicas. 
CASO CONCRETO 2 
O DIPRI e a globalização. 
Convenção de Direito Internacional Privado de Haia Uma organização mundial... Com mais de 60 Estados membros representando todos os continentes, a Conferência de Haia 
de Direito Internacional Privado é uma organização intergovernamental de caráter global. Mescla de diversas tradições jurídicas, ela desenvolve e oferece instrumentos jurídicos multilaterais que correspondem às necessidades mundiais. Um crescente número de Estados não-membros está aderindo às Convenções da Haia. Assim, mais de 120 países participam hoje nos trabalhos da Conferência. Que estende ponte s entre os sistemas jurídicos... As situações pessoais, familiares ou comerciais que estão relacionadas a mais de um país são habituais no mundo moderno. Estas podem ser afetadas pelas diferenças que existem entre os sistemas jurídicos vigentes nesses país es (...) (Disponível na íntegra em http://www1.stf.gov.br/convencaohaia/conferenciaDireito/conferenciaDireito.asp>). 
Com base no texto acima, retirado do site do STF, discorra sobre a vertente do Direito Internacional que se ocupa da relação jurídica apresentada, seu objeto e a relevância da 
questão na contemporaneidade. 
QUESTÃO OBJETIVA 
Sobre o direito internacional privado pode-se afirmar: 
a) Direito internacional privado trata basicamente das relações humanas vinculadas a sistemas jurídicos autônomos e convergentes; 
b) Direito uniforme espontâneo resulta de esforço comum de dois ou mais Estados no sentido de uniformizar certas instituições jurídicas; 
c) O direito internacional uniformizado é fruto de entendimento entre Estados e que se concentram nas atividades econômicas de natureza internacional; 
d) A uniformização de normas disciplinadoras de comércio internacional é realizada por 
meios de acordos bilaterais, multilaterais, tratados e convenções, até onde isto seja aceitável para os países interessados. 
SEMANA 2 
Caso Concreto 1 
Considere o texto abaixo feito a partir da compilação de obras de importantes doutrinadores: 
O eminente jurista Celso de Albuquerque Mello via no pensamento de Ignácio Ramonet 
a melhor descrição da sociedade internacional após a queda do muro de Berlim. 
Segundo esta descrição: 
“Após 1989 já houve cerca de 60 conflitos armados com mais de 17 milhões de refugiados. As 225 maiores fortunas do globo representam 1000 bilhões de euros, que é o equivalente à renda anual de 45% dos mais pobres da população mundial (2,5 bilhões de pessoas). As pessoas estão mais ricas que os Estados. As 15 pessoas mais ricas ultrapassam o PIB da África Subsaárica. Em 1960 os 20% da população que vivia nos países mais ricos tinham uma renda 30 vezes superior a dos 20% mais pobres. Em 1995 
a renda é 80 vezes superior. 
Para atender às necessidades sanitárias e nutricionais fundamentais custaria 12 bilhões de euros, isto é, o que os habitantes dos EUA e União Européia gastam por ano em perfume e menos do que gastam em sorvete. Morrem anualmente 30 milhões de pessoas 
por fome. Esta é uma arma política, uma arma de guerra e cria o "charité business". As fusões de empresa têm permitido diminuir o número de empregos. Cada uma das 100 principais empresas globais vende mais do que exporta cada um dos 120 países mais pobres. As 23 empresas mais importantes vendem mais que o Brasil. Elas controlam 70% do comércio mundial.(Cf. MELLO, Celso D. de Albuquerque. Curso de Direito Internacional Público. Rio de Janeiro: Renovar, 14 ed, vol I, 2002, p.57).” 
O texto acima descreve as consequências danosas de uma inserção internacional assimétrica feita a partir de relações verticalizadas com relação aos centros mundiais de 
poder, representados pelos países desenvolvidos. É melancólica aquela imagem dos gastos com perfumes e sorvetes no mundo desenvolvido em comparação com as necessidades básicas de saúde, educação e alimentação no mundo periférico. Igualmente forte, o registro de que as pessoas estão mais ricas do que os Estados nacionais. Tudo isso a refletir a complexa sociedade internacional contemporânea. 
A partir da leitura do texto, disserte acerca das características da sociedade internacional 
que são idealmente apontadas pela melhor doutrina do direito internacional e que encontram respaldo na Carta na ONU e em outros documentos internacionais. 
CASO CONCRETO 2 
“...Precisamos nos assegurar de estarmos oferecendo às nossas forças militares e de segurança os meios para realizarem suas missões, nos locais aos quais são enviadas. É nesse aspecto que a França e o Reino Unido trabalham em parceria por intermédio de um conjunto de sistemas, o que é útil não só para nossas forças, mas também para nossas indústrias, nossas economias e nossas populações. Uma etapa importante será vencida hoje, com a assinatura de um protocolo de acordo que lança nossa cooperação sobre nossos futuros porta-aviões pelos próximos 12 meses. Mas existem também numerosos programas importantes como, por exemplo, o sistema PAAMS (Principal Anti Air Missile System), o míssil ar-ar Meteor e o avião de transporte A 400M..” 
(Artigo da ministra francesa da defesa, Michèle Alliot-Marie, e do ministro britânico da defesa, John Reid, publicado no jornal “Le figaro”(Paris, 6 de março de 2006). 
Analise o texto e os aspectos que destaca, dissertando sobre as forças que atuam na relação entre as pessoas de Direito Internacional e sua importância na modelagem da sociedade internacional, em especial sobre os três sentidos de Fred Halliday para o termo “sociedade internacional” - realismo, transnacionalismo e homogeneidade. 
O aluno deverá analisar o texto sob dois vieses: 1) quais forças que atuam nas relações entre Pessoas de DIP (Econômicas, políticas, culturais e religiosas, segundo Celso Mello) 2) os três sentidos de Fred Halliday: o ?realismo?, usando por Martin W ight e Hedley Bull, dentro do qual a sociedade Internacional refere-se à relação entre Estados, baseada em normas compartilhadas e entendimentos. 
o ?transnacionalismo?, desenvolvido por Evan Luard e John Michael Featherstone, e que se refere à emergência de laços não estatais de economia, de política, de associação, de cultura e de ideologia que transcendem as fronteiras dos Estados e constituem, em maior ou menor medida, uma sociedade que vai além destas mesmas fronteiras. 
o ?homogeneidade?, utilizado por Karl Max e Francis Fukuyama, e que i ndica uma relação entre a estrutura interna das sociedades e da sociedade internacional, investigando de que maneira, como resultado das pressões internacionais, os Estados são compelidos a conformarem seus arranjos
interno aos demais. È um conceito que se refere tanto ao desenvolvimento interno quanto ás relações internacionais, já que o funcionamento interno dos Estados tanto influencia como é influenciado pelos processos internacionais.  Martin W ight e Hedley Bull Martin W ight (1960) Realismo: ?Em um mundo constituído por potências soberanas e independentes, a guerra é o único meio pelo qual cada uma delas pode, em última instância, defender seus interesses vitais.? 
As RI vivem uma espécie de ordem anárquica, pois não há poder superior. Esta ordem vem da idéia de que cada Estado é soberano e sempre procuram manter este status. Desta forma sem mantém o equilíbrio de poder entre eles. Para Wight, o ?cenário internacional pode ser corretamente definido como uma anarquia ? uma multiplicidade de potências sem governo.? A Guerra com resultado da falta de governo internacional, ou seja, a anarquia dos Estados soberanos. 
Segundo W ight, seria o DIP que estabeleceria o equilíbrio entre os Estados. 
?Medo Hobbesiano?: nenhum Estado pode entregar a outro Estado qualqu er parte de sua segurança e de sua liberdade?, pois tal como os homens, em seu Estado natural, no qual encontram-se em estado de ciúme constante, de desconfiança, os Estados estão sempre em guerra uns contra os outros, por força de sua independência. 
W ight conclui seu trabalho, indagando o que seria sociedade internacional. 
Para W ight, seria a existência do DI um indício da existência de uma sociedade e que este DI seria um tipo peculiar de Direito, pois é o Direito de uma sociedade politicamente dividida em um grande número de Estados soberanos. 
W ight afirma que ?dificilmente pode ser negada a existência de um sistema de Estados, e admitir que tal sistema existe acarreta admitir em parte a existência de uma sociedade, pois uma sociedade seria um certo númer o de indivíduos ligados por um sistema de relacionamentos com certos objetivos comuns.? Hedley Bull (1977) Continua o trabalho de Wight. Segundo Bull, os Estados têm interesses e querem que estes interesses sejam protegidos. Seria o DIP que iriam proteger estes interesses. 
Para Bull, o conceito de sociedade internacional remonta ao final do séc. XV, organiza-se como única estrutura baseada em relações econômicas no séc. XIX e consolida-se como sociedade internacional global logo após o final da 2ª Guerra, em conseqüência da expansão dos Estados Europeus pelo mundo, cujo instrumento seria a estrutura jurídico-político do Estado soberano que começou a ganhar corpo no fim do século XIII e início do século XIX. Ainda segundo Bull, ?Existe uma ?sociedade de estados? (ou sociedade internacional) quando um grupo de estados, conscientes de certos valores e interesses comum, formam uma sociedade, no sentido de se considerarem ligados, por um conjunto comum de regras, e participam de instituições comuns.? 
Considera o autor que os Estados, reconhecendo certos valores e interesses comuns, se consideram vinculados a determinadas regras no seu inter-relacionamento, tais como a de respeitar a independência da cada um, honrar os acordos e limitar o uso recíproco da força. 
Sociedade internacional pressupõe um sistema internacional, mas a recíproca pode não ser verdadeira, já que poderia faltar a consciência dos interesses e valores comuns, existindo apenas interação de forma que uma represente um fator nos cálculos dos outros. 
SEMANA 3 
Caso Concreto 1 
O litígio se dá entre Portugal e Índia. O primeiro Estado aparelhou perante a Corte Internacional de Justiça procedimento judicial internacional contra o Estado indiano, relativo a certos direitos de passagem pelo território deste último Estado de súditos portugueses (militares e civis), assim como de estrangeiros autorizados por Portugal com a intenção de dirigir-se a pontos encravados situados perto de Damão, para acesso aos encraves de Dadra e Nagar-Aveli. O Estado português alega que havia um costume [internacional] local que concedia um direito de passagem pelo território indiano a seus nacionais e às forças armadas até Dadra e Nagar-Aveli. A alegação de fundo é a de que o Estado indiano quer anexar estes dois territórios portugueses, ferindo seus direitos soberanos sobre eles. Os indianos sustentam que, segundo o Tratado de Pooma, realizado em 1779 entre Portugal e o governante de Maratha e posteriores decretos exarados por este governante, os direitos portugueses não consistiam na soberania sobre 
os mencionados encraves, para os quais o direito de passagem é agora reclamado, mas apenas num "imposto sobre o rendimento". 
Quando o Reino Unido se tornou soberano naquele território em lugar de Maratha, encontraram os portugueses ocupando as vilas e exercendo um governo exclusivo. Os britânicos aceitaram tal posição, não reclamando qualquer tipo de soberania, como sucessores de Maratha, mas não fizeram um reconhecimento expresso de tal situação ao
Estado português. Tal soberania foi aceita de forma tácita e subseqüentemente reconhecida pelo Estado indiano, portanto as vilas Dadra e Nagar-Aveli foram tidas como territórios encravados portugueses, em território indiano. 
A petição portuguesa coloca a questão que o direito de passagem foi l argamente utilizado durante a soberania britânica sobre o Estado indiano, o mesmo ocorrendo no período pós-britânico. Os indianos alegam que mercadorias, com exceção de armas e munições, passavam livremente entre o Porto de Damão (território português) e ditos encraves, e que exerceram seu soberano poder de regulamentação impedindo qualquer tipo de passagem, desde a derrubada do governo português em ditos encraves. (Pereira,
L. C. R. Costume Internacional: Gênese do Direito Internacional. Rio de Janeiro: Renova, 2002, 347 a 349 – Texto adaptado). 
Diante da situação acima e dos dados apresentados, responda: 
1) De acordo com entendimento da Corte Internacional de Justiça, qual a fonte de direito internacional Público é aplicável a fim de dar solução ao litígio?
Artigo 38 – Corte I nternacional de Just iça 
A Corte, cuja função é decidir de acordo com o direito intern acional as controv érsias que lhe forem subm etidas, aplicará: 
a. as convenções intern acionais , quer gera is, quer especiais, qu e estabeleçam regras 
expressam ente reconhecidas pelos Esta dos litigantes; 
b. o costume int ernacional, c omo prova de um a prática gera l aceita com o sendo o direito; 
c. os princípios ger ais de direito , reconhecidos p elas nações civilizadas ; 
d. sob ressalva da disp osição do Artigo 59, as decisões j udiciárias(jurisprudência s) e a doutrina dos juristas m ais qualificados das dif erentes nações, c omo meio auxiliar para a determ inação das regras de direito. 
Elemento subjetivo – aceitação 
Elemento objetivo – pratica reiterada 
2) Como ela é definida? 
O Costume Internacional encontra definição no art. 38, “b” do Estatuto da Corte de Justiça Internacional, trata-se de uma espécie de norma formada pela reiterada prática dos sujeitos do Direito Internacional, consiste, portanto, numa “prática geral aceita como sendo o direito”. 
3) Qual o elemento que a torna norma jurídica? 
É o elemento subjetivo que torna o costume norma juridica entre os países, conforme o art. 38, “b” do Estatuto da Corte Internacional de Justiça. 
Caso concreto 2 
Analise o texto abaixo retirado do voto de A.A. Cançado Trindade, proferido na Corte Interamericana de Direito Humanos no caso da Comunidade Indígena Sawhoyamaxa versus Paraguay: 
“...No universo do Direito Internacional dos Direitos Humanos, é o indivíduo quem alega ter seus direitos violados, quem alega sofrer os danos, quem tem que cumprir com o requisito do prévio esgotamento dos recursos internos, quem participa ativamente da eventual solução amistosa, e quem é o beneficiário (ele ou seus familiares) de eventuais reparações e indenizações. 
Em nosso sistema regional de proteção, o espectro da persistente denegação da capacidade processual do indivíduo peticionário ante a Corte Interamericana (....) emanou de considerações dogmáticas próprias
de outra época histórica tendentes a evitar seu acesso direto à instância judicial internacional, - considerações estas que, em nossos dias, ao meu modo de ver, carecem de sustentação e sentido, ainda mais tratando-se de um tribunal internacional de direito humanos. 
(...). No presente domínio de proteção, todo jusinternacionalista, fiel às ori gens históricas de sua disciplina, saberá contribuir para o resgate da posição do ser humano como sujeito de direito das gentes dotado de personalidade e plena capacidade jurídicas internacionais". 
Responda a pergunta abaixo: 
No que se refere ao trecho do voto de Antônio Augusto Cançado Trindade, responda: 
- Com base no conceito de sujeito de direito internacional e no de uma sociedade internacional aberta, como defende Celso Mello, discorra sobre a posição do ser humano como sujeito de Direitos, refletindo sobre sua personalidade e sobre sua capacidade para agir no plano internacional. 
A atribuição de personalidade jurídica a um individuo como sujeito de direito internacional vem do pós II Guerra Mundial, inicialmente como uma proteção especifica contra atos praticados por estados soberanos e organizações internacionais. A personalidade do individuo no Direito internacional é limitada, porque ele é destinatário da norma de direito 
internacional, mas ele não participa do processo de formação dessas normas. 
QUESTÃO OBEJTIVA 
Segundo o Art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, são fontes do direito 
internacional as convenções internacionais, a. o costume, os atos unilaterais e a doutrina e a jurisprudência, de forma aux iliar. 
b. o costume internacional, os princípios gerais de direito, os atos unilaterais e as resoluções das organizações internacionais. 
c. o costume, princípios gerais de direito, atos unilaterais, resoluções das organizações internacionais, decisões judiciárias e a doutrina. 
d. o costume internacional, os princípios gerais de direito, as decisões judiciárias e a doutrina, de forma auxiliar, admitindo, ainda a possibilidade de a Corte decidir ex aequo et bono, se as partes concordarem. 
CASO CONCRETO - SEMANA 4 
Inimiga natural do bom senso, a intolerância costuma fazer entre inocentes a maior parte de suas vítimas. O atentado terrorista contra a m issão diplomática da Organização das Nações Unidas no Iraque, na terça-f eira passada (19 de Agosto de 2003), não foge desse padrão: atingiu um organismo internacional que trabalhava pela paz, pela ordem e para mitigar os males das pessoas. A explosão matou 23 pessoas, de diversas nacionalidades, todas elas empenhadas em pavimentar o caminho para a consolidação de um governo capaz de colocar o país de pé. Uma das vítimas era a força motora desse esforço ? o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, de 55 anos, chefe da representação da ONU no Iraque, que desde junho vinha desempenhando, com a peculiar competência, justamente o papel que se espera das Nações Unidas, qual seja, o de promover um mínimo de entendimento entre partes aparentemente incompatíveis. Eram 4 e meia da tarde quando uma betoneira amarela parou debaixo da janela de seu escritório em 
Bagdá. Detonada por um fanático suicida, a carga de 700 quilos de explosivos derrubou parte do prédio. Sob os escombros, imobilizado por uma viga que lhe esmagou as pernas, Vieira de Mello chegou a fazer ligações de seu telefone celular, mas não resistiu e sangrou até a morte antes que oresgate chegasse, já no começo da noite. "Um grande defensor da paz e da reconciliação assassinado em um ato de niilismo", descreveu com precisão o editorial do jornal The New York Times.. 
No que se refere ao tema Responsabilidade Internacionais, responda: 
a) A Organização das Nações Unidas teria o dever de reparar os danos causados, já que o diplomata estava a serviços da ONU? Explique. 
Sim, já que existe responsabilidade de proteção funcional 
A Corte Internacional de Justiça, estabelece que a Organização Internacional tem 
o direito de exigir a reparação dos danos sofridos por ela e pelas vítimas, seus funcionários ou seus bens. Portanto, cabe à família do brasileiro requerer a reparação do dano pela ONU, já que o diplomata estava em serviço quando aconteceu o acidente. 
b) O Brasil teria o dever de reparar os danos causados, já que o diplomata representava o País no exterior? Explique 
Não, porque o diplomata não estava a serviço do estado brasileiro Paolo, italiano, líder de uma organização extremista que fazia oposição ao governo da Itália na década de 70, foi condenado por quatro homicídios ocorridos entre 1978 e 1979 e condenado à prisão perpétua. O julgamento terminou em 1993, mas o ex-ativista nunca cumpriu a pena que lhe foi imposta, fugindo para a França, onde viveu até 2004, quando o então presidente francês, Jacques Chirac, se posicionou favorável à extradição. Paolo, fugindo novamente 
e desta vez para o Brasil, foi preso a pedido do governo Italiano que solicita ao governo brasileiro a ?entrega? de Paolo para que possa ele cumprir a pena que lhe foi imposta. Neste ínterim, Paolo solicita a concessão do status de refugiado, o que foi negado pelo Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), sob o argumento que não é possível comprovar a alegada perseguição política, mas concedido unilateralmente pelo Ministro da Justiça.Neste contexto, responda: 
1) Qual seria a medida de saída compulsória cabível à hipótese? Justifique. 
Resposta: EXTRADIÇÃO para outro país que não a Italia, pois ele estaria sendo considerado refugiado. Não há limitação contraria ao estatuto do estrangeiro, por isso ele poderia ser extraditado 
2) A medida poderia ser concedida? Justifique com base nos requisitos para sua concessão. 
Resposta: Sim, visto que ele preenche os requisitos para a concessão da extradição do artigo 78, incisos I e II da lei 6815/80. 
3) Se concedida a extradição, pode o Presidente da República se negar a efetivar a entrega de Paolo? 
Resposta: Visto que o refugio é instrumento competente para excluir a extradição, então se o STF autorizar a extradição fica a critério de o presidente decidir, se negar o presidente fica vinculado. Quem decide é o poder executivo. 
1ª QUESTÃO OBEJTIVA No que concerne à perda e à reaquisição da nacionalidade brasileira, assinale a opção correta. 
a) Eventual pedido de reaquisição de nacionalidade feito por brasileiro naturalizado será 
processado no Ministério das Relações Exteriores. 
b) A reaquisição de nacionalidade brasileira é conferida por lei de iniciativa do presidente da República. 
c) Em nenhuma hipótese, brasileiro nato perde a nacionalidade brasileira. 
d) Brasileiro naturalizado que, em virtude de atividade nociva ao Estado, tiver sua naturalização cancelada por sentença judicial só poderá readquiri -la mediante ação rescisória. 
2ª QUESTÃO OBJETIVA No âmbito do direito internacional, a soberania, importante característica do palco internacional, significa a possibilidade de: 
a) Igualdade entre países, independentemente de sua dimensão ou importância econômica mundial. 
b) Um estado impor-se sobre o outro. 
c) A ONU dominar a legislação dos Estados participantes. 
d) Celebração de tratados sobre direitos humanos com o consentimento do Tribunal 
Penal Permanente.
SEMANA 6 
Caso Concreto 1 
O País GAMA celebra com os países BETA e DELTA tratado sobre pesquisa genética em seres humanos, com o objetivo de desenvolver novos medicamentos contra a AIDS. O tratado dispõe que as pesquisas serão realizadas na região da África subsaariana, onde 
há grande incidência da doença. A comunidade internacional, condenando o tratado celebrado, pugna por sua nulidade, exigindo sua revogação. Com base no conceito de norma internacional e nas teorias que discutem seus fundamentos, explique o fundamento para a nulidade da norma internacional em questão, discorrendo sobre suas características e sua relevância para o Direito Internacional Contemporâneo. Responda 
fundamentando na doutrina e na Convenção de Viena sobre Tratados.
Caso concreto 2 
Após os atentados do 11/09 os
EUA adotaram uma postura peculiar no tratamento das questões envolvendo o terrorismo mundial, culminando com a prisão de supostos envolvidos, os quais eram detidos em prisões controladas pelos EUA, dentre as quais aquela situada em Guantánamo, em Cuba. Os EUA celebram então com a Inglaterra, sua aliada na luta contra o terrorismo, tratado prevendo a cooperação entre os dois Estados para desenvolvimento de métodos não ortodoxos para obtenção de informações secretas junto aos supostos terroristas presos. Alegam os EUA que o tratado, que prevê medidas de combate ao terrorismo islâmico, seria uma forma de proteger seus cidadãos de violações aos Direitos Humanos. A França, sendo contraria a tais medidas, leva o caso à Corte Internacional de Justiça. Com relação a situação hipotética acima, responda: O tratado internacional é válido nos termos descritos? Explique e fundamente sua resposta.
1ª QUESTÃO OBJETIVA 
Com relação à chamada ?norma imperativa de Direito Internacional geral?, ou jus cogens, é correto afirmar que é a norma (IV Exame Unificado da OAB/RJ, questão 17) 
(A) prevista no corpo de um tratado que tenha sido ratificado por todos os signatários, segundo o direito interno de cada um. 
(B) reconhecida pela comunidade internacional como aplicável a todo s os Estados, da qual nenhuma derrogação é permitida. 
(C) aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas e aplicável a todos os Estados membros, salvo os que apresentarem reserva expressa. 
(D) de direito humanitário, expressamente reconhecida pela Corte Internacional de Justiça, aplicável a todo e qualquer Estado em situação de conflito. 
SEMANA 7 
Caso Concreto 1 Hungria e Checoslováquia (atual República Checa) celebraram em 1977 um tratado internacional para construção e funcionamento do sistema de esclusas GabcikovoNagymaros que estava destinado a ampla utilização dos recursos do ramo BratislavaBudapeste do Rio Danúbio, para exploração de recursos hídricos, energia, transporte, agricultura e outros setores da economia nacional das partes contratantes. No 
tratado, as partes comprometeram-se a garantir a preservação da qualidade da água do 
Rio Danúbio e do meio ambiente vinculado a construção do sistema. Em 1989 a Hungria suspendeu e depois abandonou as obras por conta das intensas criticas que o projeto sofreu no país e, em 1991, a Checoslováquia adotou a variante C, colocando em prática uma solução provisória que consistia no desvio unilateral do curso do Danúbio em seu território e a construção de um dique. Por conta da realização dos planos da variante C a Hungria emitiu uma nota verbal através da qual rescindia o Tratado de 1977. Com base no tema da execução, suspensão e extinção dos tratados, analise o caso acima e responda fundamentadamente:
1) Pode a Hungria suspender e depois descumprir o tratado pactuado? Qual seria o efeito da nota verbal de rescisão? NÃO, EXISTEM PROCEDIMENTOS FORMAIS PARA SAIR. NÃO TEM EFEITO
3) Qual(ais) o(s) princípio(s) internacional(ais) violado(s)? Explique-o(os) e fundamente-o (os) PACTA SUNT SERVANDA 
CASO CONCRETO 2 
O País Alfa não-membro da União Européia (UE) celebra tratado com a República Tcheca, membro da referida Organização, cujo objeto, dentre outros, é o desenvolvimento econômico e social da região. No entanto, o tratado, negociado sob a condução ardilosa de Alfa, induzindo à assinatura nas mesmas circunstâncias pelo plenipotenciário Tcheco, é ratificado por seu chefe de Estado, que desconhecia o ambiente das negociações e da conseqüente assinatura. Quando da execução do Tratado, a República Tcheca percebe a existência de uma cláusula na qual o Estado Tcheco se submeteria à nova cooperação, abdicando de qualquer compromisso internacional anterior. O Tratado celebrado é válido? Pode Alfa ser responsabilizado pelos prejuízos causados? Explique justificadamente, fundamentando ainda sua resposta na norma jurídica pertinente. 
República Federativa do Brasil, solicita uma análise sobre o caso supra mencionado, para que possa se posicionar perante o Presidente da República sobre o ocorrido. Com relação a situação acima responda fundamentadamente: O tratado é Válido? É VALIDO 
SIM. NÃO SE PODE ALEGAR QUE EXISTA TERMO COM SIGNIFICADO DIVERGENTE, POIS O TRATADO FOI CUIDADOSAMENTE ESTUDADO ANTES DE SUA ASSINATURA 
1ª QUESTÃO OBJETIVA Julgue os itens abaixo, relativos aos tratados internacionais. 
A) Considerando que o consentimento mútuo constitui condição de validade dos tratados internacionais, terá plena validade o tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com norma imperativa de direito internacional geral, de conformidade com o que estabelece a Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados. TODAS SAO ERRADAS 
B) Não é juridicamente possível a exclusão, do âmbito de aplicação territorial de tratado 
internacional, de parte do território de um ou de ambos os Estados pactuantes. 
C) Segundo a Convenção de Viena sobre Tratados de 1969 é vício de consentimento o 
erro de direito. (Tentar usar o direito interno como justificativa para alegar vicio) 
2ª QUESTÃO OBJETIVA O direito dos tratados, até meados do século XX, sempre foi regulado, via de regra, pelo costume internacional. Porém, o trabalho desenvolvido pela Comissão de Direito Internacional das Nações Unidas, resultou na elaboração e conclusão da Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados, celebrada em 22 de maio 
de 1969, tendo entrado em vigor em 27 de janeiro de 1980. Tal instrumento internacional se justificava pelo fundamental papel que os tratados significaram e significam na história das relações internacionais, bem como pela importância, cada vez maior, dos tratados como fonte do Direito Internacional e como meio de desenvolver a cooperação pacífica entre as Nações. Sob o prisma da Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados, é correto afirmar, quanto a elaboração, conclusão e entrada em vigor dos tratados internacionais, EXCETO: 
(A) Nem todos os Estados têm capacidade para concluir tratados. 
(B) Uma pessoa é considerada representante de um Estado para a adoção ou autenticação do texto de um tratado ou para expressar o consentimento do Estado em obrigar-se por um tratado se apresentar plenos poderes apropriados ou a prática dos Estados interessados ou outras circunstâncias indicarem que a intenção do Estado era considerar essa pessoa seu representante para esses fins e dispensar os plenos poderes. 
(C) Em virtude de suas funções e independentemente da apresentação de plenos poderes, são, dentre outros, considerados representantes do seu Estado: os Chefes de Estado, os Chefes de Governo e os Ministros das Relações Exteriores, para a realização 
de todos os atos relativos à conclusão de um tratado.
(D) Um ato relativo à conclusão de um tratado praticado por uma pessoa que, nas formas ordinárias e expressas de representação estatal previstas pela da Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados, não pode ser considerada representante de um Estado para esse fim, não produz efeitos jurídicos, a não ser que seja confirmado, posteriormente, por esse Estado. 
Caso Concreto 1 Em 2009, Maria foi nomeada depositária judicial de dois automóveis marca Fiat - (zero quilômetro) pelo juízo da 2ª Vara de Fazenda Pública da Comarca de São José dos Campos/SP). Em 2010, depois de não atender a ordem judicial de exibição
dos veículos, Maria foi intimada pessoalmente para apresentá-los no prazo de 48, sob pena de prisão. Maria alega ter se confundido ao assinar o termo de penhora de depósito, já que à época não estava mais nos quadros da empresa proprietária dos carros penhorados. Diante da ameaça à sua liberdade de locomoção, Maria impetra habeas corpus alegando que a prisão civil do depositário infiel constitui violação aos direitos humanos, em especial à Convenção Americana de Direitos Humanos (art. 7º, 7) e ao Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos (art. 11). A ordem é denegada pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e, após os recursos cabíveis, o remédio passa a apreciação do STF. Com
relação à questão acima colocada responda: 
1) Procede o argumento de Maria de que a prisão civil do depositário infiel viola Tratados de Direitos Humanos? Explique. SIM. PACTO SAN JOSE DA COSTA RICA 
2) Como no Brasil se dá a relação entre o Direito Internacional e o direito interno? 
Explique e fundamente sua resposta. Dependendo da matéria o Brasil terá uma relação especifica e a natureza jurídica do tratado será avaliada 
3) Qual o entendimento da jurisprudência a respeito do status dos tratados de direitos humanos na ordem jurídica brasileira. Fundamente. Norma Supra legal no entendimento do STF 
CASO CONCRETO 2 Em 2005 foi negociado um tratado de proteção ao meio ambiente entre 30 Estados numa Conferência realizada no Japão. O texto elaborado foi aprovado por um quórum de 3/5 dos presentes, como decido pelos Estados e expresso em cláusula incluída no texto. Em fase de assinatura, apenas 10 Estados assinaram o compromisso internacional por seus plenipotenciários habilitados, 5 apenas o rubricaram e os outros 15, manifestaram seu consentimento por representantes sem carta de plenos poderes. Decidiram os Estados pela prorrogação da fase de assinatura por 30 dias, ao fim dos quais o acordo deveria ser ratificado. Passados os 30 dias, as manifestações expressas por rubrica foram confirmadas, mas os Estados cujos representantes não portavam cartas de plenos poderes não apresentaram o exigido documento. O tratado foi ratificado pelos 30 Estados. Um Estado Y, que assinou e ratificou o acordo vai à Corte Internacional de Justiça pleitear a exclusão dos 5 Estados que não apresentaram carta de plenos poderes, alegando que não houve a assinatura e assim o tratado não teria efeitos com relação a eles. Procede a alegação do Estado Y? Justifique e fundamente sua resposta. 
A ratificaç ão foi feita posteriormente, validando o ato praticado por seu representante.
1ª QUESTÃO OBJETIVA A Constituição Federal estabelece que a União representará o Brasil nas relações internacionais. Por outro lado, também confere competência exclusiva ao Congresso Nacional para resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais. Nessa linha, no âmbito do Senado, quanto à tramitação, avalie as afirmativas a seguir: (FGV/Analista do Senado) 
I. O ato internacional deverá ser acompanhado de cópia autenticada do texto em 
português e inglês, não sendo necessária mensagem de encaminhamento. 
II. O projeto será lido, publicado, distribuído em avulsos e remetido à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. 
III. A Comissão receberá emendas no prazo de cinco dias a contar da distribuição dos 
avulsos.
IV. Após a apresentação das emendas, deve a Comissão opinar sobre o projeto 
no prazo improrrogável de quinze dias. 
V. Publicado o parecer e as emendas e distribuídos os avulsos, decorrido o interstício regimental, a matéria será incluída na ordem do dia. Assinale: 
(A) se somente as afirmativas I, II e IV estiverem corretas. 
(B) se somente as afirmativas III, IV e V estiverem corretas. 
(C) se somente as afirmativas II, III e IV estiverem corretas. 
(D) se somente as afirmativas II, III e V estiverem corretas. 
(E) se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando