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LIDERANÇA: IMPACTOS POSITIVOS E NEGATIVOS SOBRE A CRIATIVIDADE DAS 
PESSOAS NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL 
 Jocinéli Bittencourt 
 
 
 
Resumo 
 
Em um mundo cheio de tecnologias, repleto de constantes mudanças, e mais moderno o 
conhecimento é uma das fontes essenciais de garantir a competitividade e o desenvolvimento das 
forças produtivas. As empresas de sucesso passam a exigir dos seus líderes, competência técnica 
e competência interpessoal. O objetivo deste trabalho é analisar os impactos que a liderança gera 
sobre o potencial da criatividade das pessoas dentro das organizações. Foi usado obras 
bibliográficas na área em questão, onde foi possível observar que a liderança gera tanto impactos 
positivos quanto negativos sobre os seus colaboradores. 
 
Palavras-chave: Liderança. Sucesso. Criatividade. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A globalização gerou impactos significativos no âmbito organizacional. O aumento da 
competitividade vem promovendo importantes mudanças na estrutura dos mercados de produção 
e consumo. Uma nova economia se forma: a “economia do conhecimento”, onde cada vez mais, 
as empresas passam a exigir de seus colaboradores conhecimentos e habilidades. 
Para Castells (1999) estamos em uma nova forma de organização social, caracterizada 
pela globalização das atividades econômicas, por sua forma de organização em redes, pela 
flexibilidade, insegurança e individualização da mão-de-obra. 
Neste contexto, as empresas para sobreviverem no mercado, aumentam as suas 
exigências em relação aos seus colaboradores. Destaca-se aqui, o papel do líder, ou também 
conhecido como Gestor de Pessoas. Tais profissionais, para atender a demanda das empresas 
precisam aliar competência técnica e competência interpessoal. Enquanto a primeira diz respeito 
ao saber fazer, a segunda está ligada à capacidade de lidar com pessoas, destacando assim, a 
importância da liderança, motivação e trabalho em equipe. 
No âmbito organizacional, a Gestão de Pessoas passa a ser um grande diferencial 
competitivo, uma vez que, hoje a preocupação das organizações com a motivação de seus 
colaboradores cresce consideravelmente. As organizações se empenham em fazer com que as 
pessoas permaneçam na empresa por um longo prazo, assim como, passam a reconhecer que a 
motivação está diretamente ligada ao aumento da criatividade, produtividade e consequentemente 
ao lucro. 
Desta forma, é fundamental que uma empresa invista em pessoas. Destacando, portanto, 
o papel do líder. Como tal cabe a ele motivar, fazendo com que cada membro de sua equipe de 
trabalho, desperte individualmente seu motivo para gerar uma ação, construindo uma equipe 
voltada para solucionar os problemas ou desafios organizacionais de forma criativa, caminhando 
para o resultado desejado. 
Sendo assim, o objetivo deste artigo é analisar os impactos positivos e negativos que a 
liderança gera sobre o potencial criativo das pessoas dentro das organizações. Para tanto, será 
realizado um estudo teórico de assuntos como liderança e criatividade, para posteriormente 
realizar a análise de seus impactos sobre a criatividade das pessoas no contexto organizacional. 
 
2. CONCEITO DE LIDERANÇA 
 
Segundo Drucker (1967) liderar é ter imaginação, conhecimento e inteligência, e 
somente sua eficácia, poderá converter estas qualidades em resultados. Quando se trata 
de liderança, tem-se uma série de conotações e percepções, que resultam em inúmeros conceitos 
diferentes, uma vez que a palavra liderança reflete conceitos diversos em diferentes pessoas 
(BERGAMINI, 1994). 
Liderança significa um processo de influenciar as atividades individuais e grupais de 
forma a atingir o resultado esperado. Ressaltando, que a liderança é uma competência de caráter 
relacional, ou seja, pressupõem uma relação entre duas ou mais pessoas, fundamentada no 
exercício da influência. A regra é despertar o desejo, o interesse e o entusiasmo no outro, a fim 
de que este passe a adotar comportamentos ou cumpra tarefas, visando atingir os objetivos 
identificados como sendo o bem comum. 
 Conforme Predebon (1999) os líderes são agentes de mudança, pelas suas capacidades 
de fazerem as coisas acontecerem. O líder é responsável em catalisar as energias de um grupo 
para a conquista e superar desafios. Um verdadeiro líder é capaz de perceber a necessidade do 
grupo e responder adequadamente a ela, sendo considerado símbolo do desejo coletivo. 
Porém, vale ressaltar, que a formação de um líder se faz ao longo de uma história de 
vida, implica em conhecimentos, em aprendizados contínuos. No âmbito organizacional é 
fundamental que os líderes desenvolvam as competências para atuar de forma a garantir o 
sucesso do negócio em que trabalha, que participem ativamente, assumam responsabilidades e 
riscos, sendo eternos aprendizes e mestres. Os verdadeiros líderes são aqueles que conseguem 
associar senso inovador e visão de negócios. 
 Liderar é conseguir que as coisas sejam feitas através das pessoas, porém sempre haverá 
duas dinâmicas em jogo: tarefa e relacionamento. Um bom líder é aquele capaz de contribuir com 
as outras pessoas, que seja capaz de conhecer suas necessidades individuais, olhar seus objetivos 
e desempenho. Para tanto, é necessário estabelecer uma comunicação eficaz, desenvolver um 
bom trabalho em equipe e, além de contribuir para o desenvolvimento dos outros. 
Sendo assim, a chave do sucesso da liderança é executar as tarefas enquanto se 
constroem bons relacionamentos. O líder precisa saber perceber as motivações dos colaboradores 
e expectativas destes, no ambiente de trabalho, saber trabalhar com as diferenças motivacionais 
de cada um, compreendendo o estilo próprio de cada colaborador (BERGAMINI, 1994). 
Liderar uma equipe implica em conhecimentos e habilidades para que se possa 
identificar em cada colaborador individualmente e na equipe como um todo, tantos pontos fortes 
assim como pontos fracos e oportunidades. 
Cada pessoa é diferente entre si, na maneira de pensar, agir, e expressar seus 
sentimentos e emoções. Existem diversos fatores que podem influenciar no estado físico e 
psicológico dos seres humanos. Tais fatores impactam diretamente no desempenho do trabalho 
dessa pessoa e consequentemente no resultado final do trabalho desenvolvido pela equipe. 
 Sabe-se que o sucesso de uma organização depende fundamentalmente do apoio dos 
seus colaboradores. No entanto, é muito difícil definir e identificar quais fatores são 
motivacionais ou não para determinado indivíduo, ou ainda para toda a equipe. 
 Neste sentido, o papel do líder nas organizações passa a ser o de promover a motivação 
e o comprometimento entre os colaboradores de maneira a conseguir alcançar os objetivos, 
transformando estratégias em ações concretas. Por esta razão, liderar pessoas é um trabalho 
desafiante. Quanto mais preparado estiver o Gestor de Pessoas, maiores serão as chances de se 
obter os resultados desejados. 
 Disto resulta a fundamental importância de conhecer cada vez mais as ferramentas 
disponíveis no mercado, participar de palestras, treinamentos, ler diferentes bibliografias, entre 
outros, procurando aplicar os conhecimentos adquiridos à realidade da organização. 
É importante destacar que não só os Gestores de Pessoas precisam conhecer tais 
ferramentas, mas é necessário que ocorra a difusão do conhecimento para cada membro da 
equipe. Os colaboradores precisam ser capacitados para assumir responsabilidades e encarar os 
desafios. E isso envolve também a importante habilidade por parte da liderança em saber 
disseminar conhecimentos, daroportunidades e saber delegar tarefas. 
Segundo Goffee e Jones (2001), os grandes líderes precisam ter visão, energia, coragem 
e direção estratégica, entre outras qualidades que necessitam ser desenvolvidas para que as 
pessoas se tornem um líder eficaz. 
 Para o líder, a questão fundamental é: desenvolver a capacidade criativa na equipe com 
que trabalha. Desta forma, um líder pode exercer diferentes impactos sobre seus colaboradores, 
sendo ele o agente de mudanças. O mundo empresarial vive em um período em que o grande 
desafio é saber dominar a mudança. 
No entanto, as condições em que estas mudanças estão acontecendo é extremamente 
adversa, e mais desafiadoras do que nunca. Em cenário de mudanças, as pessoas tendem a se 
movimentar desordenadamente, e os administradores passam a questionar: como é possível 
conseguir que as pessoas sejam produtivas em ambientes em que normalmente não estariam 
motivadas para produzirem? 
A resposta a esta pergunta está relacionada a motivação dos colaboradores. Ao abordar a 
motivação no ambiente organizacional, consequentemente liga-se a uma capacidade de agir 
interna de cada indivíduo. Motivação trata de um desencadeamento de momentos interiores 
experimentados, que fazem com que o indivíduo se mobilize e caminhe para a concretização de 
um determinado resultado. 
 De acordo com o estilo de liderança, um líder pode impactar positivamente 
(incentivando o desenvolvimento da criatividade) ou negativamente (bloqueando a capacidade 
criativa de sua equipe). 
 
2.1 DEFINIÇÃO DE CRIATIVIDADE 
 
No cenário econômico caracterizado pela disseminação do conhecimento, crescente 
competitividade e globalização de mercado, a criatividade passa a ser vista pelas organizações, 
como uma competência essencial para todos os colaboradores. 
Para Alencar (1996) a criatividade diz respeito a pensar diferente, tendo a ver com os 
processos de pensamentos relacionados com imaginação, insight, invenção, inovação, intuição, 
inspiração, iluminação e originalidade. 
Criatividade é uma qualidade presente em todos os seres humanos, porém cada pessoa 
desenvolve essa habilidade de maneira diferente. Neste sentido, o desafio das organizações é 
saber identificar os profissionais que atendam a esta demanda, ou seja, profissionais inovadores e 
dinâmicos. 
No âmbito organizacional, em decorrência das constantes mudanças, da globalização, 
avanço tecnológico e reestruturações, são cada vez maiores o interesse e a busca pela inovação e 
criatividade (ALENCAR, 1996). 
As pessoas criativas passam a contribuir com novas ideias e ações, estando sempre em 
busca de melhores soluções para os problemas apresentados. A ideia é manter em seu quadro 
funcional o maior número possível de profissionais criativos. 
Para responder aos desafios propostos, é de fundamental importância o desenvolvimento 
de ideias inovadoras, criativas, que venham a representar um real diferencial competitivo para a 
empresa. A criatividade é a ferramenta mais adequada para encontrarmos maneiras de 
desenvolver um trabalho, reduzir custos, simplificar processos e sistemas, aumentar a 
lucratividade, encontrar novos usos para os produtos e novos segmentos de mercado. 
Conforme De Bono (1994) o pensamento criativo está crescendo de forma rápida e 
adquirindo importância. Segundo o autor criatividade virá a ter uma posição tão proeminente 
quanto finanças, matérias primas e pessoas. Ou seja, a criatividade passa a ser uma nova 
demanda por parte das organizações e os profissionais precisam atualizar para atuar neste novo 
contexto. 
O papel da liderança consiste em influenciar positivamente as pessoas, em diferentes 
situações e contextos. Um líder deve saber articular as necessidades demandadas das orientações 
estratégicas em harmonia com as necessidades dos indivíduos, orientando as necessidades de 
ambas as partes na direção do desenvolvimento da empresa assim como o desenvolvimento 
individual de cada colaborador. Uma vez exercida corretamente, a liderança é capaz de 
conquistar o comprometimento e satisfação dos indivíduos, possibilitando resultados positivos 
para ambas as partes. 
Um líder deve saber dar assistência, orientar corretamente sua equipe, preocupando-se 
com o seu desenvolvimento, com a autoestima do grupo, com o senso de realização das pessoas, 
indicando caminhos e soluções para sua equipe. Porém, deve-se destacar que para um resultado 
satisfatório, um líder precisa da aceitação por parte de todos os membros de sua equipe. O líder 
deve ser capaz de promover o exercício de uma gestão com foco em resultados, alinhando a 
prática do desenvolvimento da satisfação dos colaboradores e comprometimento dos mesmos 
com os objetivos organizacionais. Desta forma, a equipe é impulsionada e preparada 
adequadamente para enfrentar os desafios propostos. 
Como já foi mencionado anteriormente, as pessoas são diferentes, e cada uma reage de 
maneira diferenciada perante uma situação. Ainda existem organizações que não estão abertas ás 
novas perspectivas, e continuam trabalhando com o foco apenas em resultados, no cumprimento 
de regras e procedimentos já estabelecidos, não permitindo o avanço da inovação, da 
criatividade. 
Sendo assim, ao estabelecer uma meta com o objetivo de promover o desenvolvimento 
da criatividade, é necessário que ocorra o alinhamento do que está sendo proposto com a cultura 
da organização. Uma cultura ou organização que deseje promover a criatividade deverá permitir 
a experimentação e a possibilidade do fracasso (HOLLENBECK e WAGNERILL, 2004). 
Portanto, para que a criatividade aconteça, é necessário um ambiente que permita a sua 
manifestação. A organização deve ser preparada para a diversidade, permitindo a experimentação 
e o compartilhamento de experiências. A empresa é responsável em promover, instigar os 
colaboradores a criar, a inovar, promovendo uma competição saudável e consequentemente 
aumentando a competitividade interna. 
A organização capaz de enfrentar novos desafios, promovendo a troca de ideias, 
experiências e compartilhamento de informações, contribuem para atingir o resultado desejado, 
despertando a criatividade e aumentando a competitividade da empresa no mercado em que atua. 
Outro aspecto relevante, é que a exposição das pessoas às mais variadas experiências auxilia a 
abalar as decisões rotineiras (HOLLENBECK e WAGNERILL, 2004). 
 
 
2.3 IMPACTOS POSITIVOS SOBRE O POTENCIAL CRIATIVO 
 
Segundo Nonaka (1991, apud ALENCAR, 1996) no ambiente organizacional, o 
conhecimento é fator decisivo. Vivencia-se a formação de uma sociedade do conhecimento, onde 
as empresas passam a exigir de seus colaboradores, em escala crescente, conhecimentos e 
habilidades. Tais fatores passam a atuar como uma vantagem competitiva decisiva. As 
organizações diante disto, demandam profissionais que sejam criativos, originais, inovadores e 
consequentemente eficazes em suas ações. 
Para tanto, tais organizações precisam de uma liderança que saiba trabalhar 
adequadamente com o potencial criativo de seus colaboradores, caminhando para o resultado 
desejado. Um líder bem-sucedido é aquele capaz de despertar, através do amadurecimento de 
suas habilidades, o potencial criativo das pessoas, motivando-as. A motivação da equipe é fator 
decisivo para a otimização do relacionamento entre as pessoas e reflexos positivos na execução 
das atividades, e consequentemente no aumento da criatividade e competitividade dentro das 
organizações. 
Neste sentido, Goffee e Jones (2001) afirma que nem todos têm capacidade de liderança, 
seja por não possuírem autoconhecimento, ou pelo fato de não quererem assumir essa grande 
responsabilidade. Trabalhar com motivaçãoinclui primeiramente, a motivação do próprio gestor, 
uma vez que líderes desmotivados dificilmente terão colaboradores motivados. Não é suficiente, 
tentar transmitir uma imagem de que se está motivado se essa não for a realidade. 
Predebon (1999) afirma que para que a liderança exerça um impacto positivo nas 
pessoas, no que diz respeito á criatividade, é necessário acabar com a ideia do “chefe”. Ou seja, 
muda-se a ideia de que o chefe é o único capaz de ditar ordens e tomar decisões. O verdadeiro 
líder inova, motiva seus liderados a alcançarem suas metas e os aconselha quando necessário. 
Liderança é a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer, por causa 
de sua influência pessoal. Liderança eficaz é saber estimular, despertar sua equipe para a tomada 
de decisões, caso isto não ocorra, Predebon (1999) menciona que os colaboradores não 
conseguirão usar plenamente suas competências, em especial no que diz respeito á criatividade. 
Um dos grandes obstáculos para o crescimento das organizações é a falta de pessoas 
eficientes, a perda de entusiasmo, a falta de motivação. As organizações precisam se 
conscientizar que está trabalhando com pessoas e não com máquinas. Precisam se conscientizar 
que os colaboradores são seres humanos e precisam ser valorizados, sendo o capital humano o 
grande diferencial de mercado. Estes colaboradores se vistos como parceiros, terão 
consequentemente maior produtividade e desenvolvimento, pois passam a acreditar na sua 
contribuição para a empresa. 
 De acordo com Bornestein e Smith (apud Drucker, 1996) segue abaixo algumas das 
competências fundamentais para um bom líder, considerando os ‘Seis Cs da credibilidade”: 
 
Quadro 1. Seis Cs da Credibilidade 
Convicção entusiasmo e o compromisso que o líder demonstra por sua visão 
Caráter demonstração de integridade, honestidade, respeito e mudança. 
Cuidado preocupação com o bem-estar pessoal e profissional dos liderados. 
Coragem defender as crenças dos liderados, desafiar, admitir erros e mudar o próprio 
comportamento. 
Compostura manifestação coerente de reações emocionais. 
Competência habilidades tangíveis (técnicas funcionais) e intangíveis (interpessoais) 
Fonte: Adaptado de Bornestein e Smith (apud Drucker, 1996) 
 
 Em conjunto estas competências farão com que o líder conquiste a confiança dos 
seus liderados, gerando impactos positivos no desenvolvimento da criatividade de seus 
colaboradores. Diante disto, é de grande relevância, que a empresa possibilite um ambiente 
aberto para a participação de todos na tomada de decisões. O líder precisa desenvolver a 
capacidade de trabalhar com o foco nos objetivos, atrelado ao fator humano, e não somente em 
normas, como algumas organizações infelizmente ainda trabalham. 
É fundamental saber respeitar as opiniões das pessoas dentro do ambiente 
organizacional. Saber prestar atenção ao que dizem, e deixar claro que podem contar com amparo 
da organização, se necessário. Desta forma, surgem profissionais que passam a perceber que têm 
importância, que suas opiniões são válidas, construindo a democracia e o conhecimento por parte 
de todos colaboradores dos reais objetivos organizacionais. 
 Para alcançar este resultado as organizações precisam estabelecer um ambiente de 
transparência. É importante que cada colaborador saiba para qual caminho a empresa está 
seguindo. É preciso que as pessoas entendam a sua importância para o negócio e como as 
atividades que exercem são importantes para o dia a dia da organização. 
 Cabe ao líder através do desenvolvimento da competência interpessoal, procurar fazer 
com que as pessoas sejam capazes de lidar com os problemas, saber trabalhar em equipe, 
estabelecer o complemento entre as diferenças de cada um, a pluralidade e diversidade de ideias, 
trabalhando de forma produtiva, desenvolvendo consequentemente a criatividade de sua equipe. 
 Covey (2002) afirma que é necessária a maturidade da equipe para a realização de 
resultados satisfatórios e para o bem-estar de todos. Neste sentido, equipe é sinônimo de busca e 
aproximação entre os colaboradores, trabalhando com um objetivo único. 
 Segundo Vieira (2005) ser líder é um grande desafio. Executar, planejar, ser eficaz, 
eficiente, comunicador, saber liderar grupos, delegar tarefas, ser gestor de talentos humanos, 
estar constantemente atualizado, é algo dificultoso. Para o autor, o essencial para que se alcance 
resultados satisfatórios é superar as barreiras de lidar com as pessoas. 
 Por trabalhar em um ambiente com diversidade de pessoas, existem problemas 
emocionais, como: apatia, resistência por parte de alguns colaboradores á mudanças, 
insegurança, medo de errar e receio em inovar. Tais sentimentos geram impactos negativos no 
desenvolvimento criativo e motivação da equipe, dificultando o trabalho a ser realizado. O líder 
para promover mudanças e estimular a criatividade da sua equipe, deverá fazer com que as 
pessoas se libertem destes problemas, que por sua vez impedem que as pessoas utilizem o 
potencial quase ilimitado de suas mentes (ALENCAR, 1996). 
Um ambiente organizacional transparente que mantenha claro os objetivos e os torne um 
fator motivacional, permitindo que os colaboradores troquem experiências caminhando para um 
resultado onde haja a participação de todos nas decisões tomadas, permitirá a criatividade, 
gerando impactos positivos na produtividade e lucratividade da empresa. 
 Portanto a cultura, o clima organizacional, o modo como as decisões são tomadas, e a 
maneira como os gestores trabalham dentro de uma organização são elementos decisivos para o 
sucesso das organizações. Motivar à produção de ideias, a capacidade de saber enfrentar erros, 
fazer com que as pessoas façam em prol do alcance dos objetivos almejados, estabelecendo 
assim, um elo de confiança. Um Gestor de Pessoas que tem confiança, que apoia novas ideias, 
valoriza a competência de seus colaboradores e facilita o aproveitamento do potencial destes, 
“cria” consequentemente uma organização criativa (ALENCAR, 1996). 
2.4 IMPACTOS NEGATIVOS SOBRE O POTENCIAL CRIATIVO 
 
Segundo Alencar (1996) existem fatores que podem impactar negativamente o potencial 
criativo dos colaboradores dentro das organizações. Dentre eles podemos mencionar: a 
intransigência e o autoritarismo, protecionismo e paternalismo, a inexistência de 
integração entre os setores, a falta de apoio para colocar novas ideias em ação e a inexistência de 
estímulo aos colaboradores. 
 Talbot (apud ALENCAR, 1996) afirma que existem fontes externas que inibem a 
criatividade, são elas: chefias, os colegas e o sistema de forma geral. O autor destaca o papel 
exercido pelos “chefes”, sendo que estes podem apresentar comportamentos como ausência de 
apoio, indecisão na tomada de decisões, autoritarismo em excesso, relutância á delegação de 
tarefas e colocar colaborador um contra o outro. Como resultado de sua análise Talbot (1996) 
constatou também que a forma como os colaboradores caracterizam as chefias, era distinta da 
forma como estas se percebiam, pois, acreditavam ser mais adaptáveis e dispostas a apoiarem sua 
equipe do que esta última apontou. 
Ao mesmo tempo, a estrutura de uma organização, suas regras, procedimentos e o nível 
de formalização, podem gerar prejuízos à inserção de inovação dentro do ambiente 
organizacional. Sabe-se que empresas com uma estrutura centralizada é caracterizada por 
concentrar poder apenas nos altos níveis hierárquicos. Tais empresas prejudicam a difusão do 
conhecimento, a trocas de ideias e experiências. Líderes que atuam em organizações 
centralizadas inibem abertura e a diversidade de ideias (ALENCAR, 1996).Para Predebon (1999) estruturas organizacionais centralizadas aliadas a autoritarismo 
geram um cenário adverso à motivação e a criatividade. Diante disto, os colaboradores passam a 
obedecer apenas às regras impostas, resultando na falta da iniciativa e criatividade pessoal. 
Regras e normas aumentam o conformismo, o medo de expor ideias e opiniões, o receio de ser 
criticado e de correr riscos. 
Predebon (2002) afirma ainda que os inimigos da inovação da empresa, são líderes com 
posturas sérias e contidas. Uma liderança com uma visão formal dos negócios tende a dificultar 
iniciativa individual dos liderados e o líder passa a atuar controlando sua equipe, ao invés de 
compartilhar ideias e opiniões. 
A preocupação apenas com os resultados, os números em si, e pela manutenção dos 
procedimentos dentro dos parâmetros estabelecidos pela empresa, geram dificuldades para a 
inserção do pensamento criativo, pois não permitem ideias inovadoras que não estejam dentro de 
tais parâmetros (PREDEBON, 2002). 
Portanto, a liderança quando associada a políticas autoritárias e individualistas pode 
gerar impactos negativos no potencial criativo das pessoas que representam uma determinada 
organização e consequentemente no seu grau de competitividade. 
 
3- CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Sabe-se da importância do trabalho para a vida profissional e pessoal dos indivíduos. 
Através de sua profissão é que as pessoas buscam a realização de suas metas. O trabalho passou a 
ser fator determinante para o sentido da vida das pessoas, uma vez que passamos a maior parte do 
nosso tempo dentro das organizações, além de depender financeiramente dos seus resultados para 
nossa sobrevivência. 
 Sendo assim, as empresas representam um importante espaço de socialização. Espaço 
este onde as pessoas desenvolvem suas tarefas caminhando para um propósito único: o sucesso 
nos resultados seja pessoal ou organizacional. 
Porém dentro do ambiente organizacional, há uma complexidade de ideias e interesses, 
resultando em um ambiente propício a conflitos de opiniões. A este cenário, soma-se a existência 
da especialização das atividades, e a atenção maior no desenvolvimento das tarefas e não no fator 
humano. Tal contexto exige mudanças que em algumas organizações já são discutidas e 
encaradas como um desafio. 
Uma organização para manter sua competitividade precisa contar com pessoas 
inovadoras e criativas. Pessoas capazes de desenvolver inovações aliadas com eficiência, 
oferecendo soluções criativas para os problemas apresentados. 
Trabalhar adequadamente com a criatividade implica em um processo que envolve a 
interação da equipe, habilidades de pensamento e consequentemente construir um ambiente 
organizacional aberto para a exposição de ideias e opiniões inovadoras. 
Uma liderança precisa ser capaz de envolver sua equipe, emitir uma energia positiva e 
otimista e saber ousar, correr riscos, aperfeiçoando constantemente sua equipe. Um líder incapaz 
de influenciar positivamente sua equipe, fazendo com que todos vivenciem a visão, a meta e o 
objetivo que se quer chegar, não obterá sucesso em suas ações. A liderança implica na conquista 
da confiança e respeito por parte dos liderados, além do trabalho desenvolvido com 
transparência. Um bom líder é capaz de reconhecer os méritos de cada um de sua equipe, 
resultando no envolvimento das pessoas. 
Através do desenvolvimento deste artigo, foi possível destacar que a liderança influência 
na criatividade das pessoas, tanto positivamente quanto negativamente. 
Por um lado, um líder gera impactos positivos no desenvolvimento da criatividade de 
sua equipe, desde de que contribua para a criação de um ambiente organizacional adequado à 
inovação. Tal líder conquista as pessoas com as quais trabalha através da sua credibilidade, 
incentivando sua equipe a responsabilidade mútua. Líderes eficazes são incansáveis no 
aperfeiçoamento de sua equipe: avaliando as pessoas, treinando e construindo a autoconfiança. 
Líderes pressionam sua equipe em busca de uma ação. Estimula, fornece autonomia e é flexível. 
Em conjunto, um líder com essas habilidades pode desenvolver um trabalho diferenciado dentro 
das organizações. 
Por outro lado, liderança aliada a autoritarismo, a uma política de rigidez, falta de 
comunicação e pensamento individualista, pode impactar negativamente na criatividade das 
pessoas. 
Portanto, uma boa liderança implica no desenvolvimento de competência técnica e 
competência interpessoal, habilidades fundamentais para garantir o comprometimento das 
pessoas e aumentar a competitividade das organizações no mercado globalizado. O autocontrole 
emocional, a empatia com os liderados, a capacidade de comunicação, a flexibilidade, a atitude 
de mostrar-se humano frente os liderados, deixando claro que também possui pontos fracos e a 
confiança em suas intuições, são pontos chaves para o sucesso de um líder. 
Em um cenário econômico altamente dinâmico e competitivo, onde os paradigmas são 
constantemente reavaliados, há uma grande necessidade de avaliarmos os procedimentos e 
desenvolver melhorias constantes para corrigir problemas no ambiente organizacional. Devido à 
importância desta temática, sugere-se que se faça constantes estudos sobre a liderança, uma vez 
que seus impactos na motivação dos colaboradores são de grande relevância. Tal fator deve ser 
estudado e analisado com o intuito de formar uma nova concepção organizacional, buscando 
aumentar o comprometimento das pessoas no cenário organizacional. 
 
Referências 
 
ALENCAR, Eunice S. A gerência da criatividade. São Paulo: Makron Books, 1996. 
 
BERGAMINI, C. W. Liderança: Administração do Sentido. São Paulo: Atlas, 1994. 
 
BORNSTEIN, Steven M. e SMITH, Anthony F. Os enigmas da liderança. In: DRUCKER, 
Peter F. O líder do futuro: visões, estratégias e práticas para uma nova visão. São Paulo: 
Futura, 1996. 
 
CASTELLS, M. O poder da identidade. V. II. 2. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1999. 
 
COVEY, Stephen R. Liderança baseada em princípios. Rio de Janeiro: Campus, 2002. 
 
DE BONO, E. Criatividade levada a sério: como gerar idéias produtivas através do pensamento 
lateral. Tradução de Nivaldo Montigelli Jr. São Paulo: Pioneira, 1994. 
 
DRUCKER, Peter. Tradução de William Heinemann. O Gerente Eficaz. Rio de Janeiro: Livros 
Técnicos e Científicos Editora, 1967. 
 
GOFFEE, R.; JONES, G. Como desenvolver a Liderança. HSM Management. 
v.26.p.5763.mai./jun.2001. 
 
HOLLENBECK, J. E WAGNERILL, J . Comportamento Organizacional: criando vantagem 
competitiva. Tradução de Cid Knipel Moreira. São Paulo: Saraiva, 2004. 
 
PREDEBON, J. Criatividade: abrindo o lado inovador da mente: um caminho para o exercício 
prático dessa potencialidade, esquecida ou reprimida quando deixamos de ser crianças. 4. ed. São 
Paulo: Atlas, 2002. 
 
______________.Criatividade hoje: como se pratica, aprende e ensina. São Paulo: Atlas, 1999. 
 
VIEIRA, Celso. O gerente e a gestão de pessoas. 2ª ed. 2005.

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