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Importância da mobilização precoce na Unidade de Terapia Intensiva Guilherme Herrera Unidade de Terapia Intensiva • Variedade de doenças • Diferentes graus de complexidade • Reunião de esforços para a sobrevivência do paciente Unidade de terapia intensiva • Novas tecnologias relacionadas à assistência ao doente crítico → aumento da sobrevivência → aumento do número de pacientes dependentes de ventilação mecânica • Anualmente nos EUA → 1 milhão de pacientes que necessitam de ventilação mecânica (Cox et al, 2007) UTI • Prescrição de repouso no leito → especialmente comum na UTI (Goldhill et al, 2008; Needham, 2008) • Muitas barreiras à mobilidade → cateteres, tubos, equipamentos para monitoramento • Mobilização torna-se tarefa complexa → opção por tratamento no leito UTI • Evidências indicam alto grau de morbidade e mortalidade, altos custos e importante declínio funcional (Spicher &White, 1987 ; Criner, 2002; Douglas et al, 2002; Martin, 2002) • Diminuição de 20% da força muscular a cada semana de repouso no leito → fraqueza muscular ↑ a demanda por O2 → dificulta o desmame da ventilação mecânica (Sciaky, 1994) • Repouso no leito e o imobilismo → fatores de risco para a fraqueza neuromuscular → prolongada permanêcia na ventilação mecânica (Schweickert & Hall, 2007; De Jonghe et al, 2007) Mobilização precoce • Mudanças na concepção de tratamento → busca pela melhora funcional → intervenção precoce no paciente crítico • Exercícios de alta intensidade não são capazes de reverter os efeitos adversos do repouso prolongado no leito → transferência dos fluídos intravasculares para a cavidade torácica devido a importante diminuição da ação da gravidade Mobilização precoce • A adoção do ortostatismo → ótima distribuição dos fluídos → melhora da tolerância à postura → inclusão no plano de mobilização (Dean & Ross, 1992) Mobilização precoce • Foss (1972) → técnica para aumento da ventilação durante a deambulação de pacientes com ventilação mecânica, melhora da sensação de bem-estar e aumento da força muscular • Burns & Jones (1975) → uso de andador com suporte para o ventilador, oxigênio e cateter intravenoso → facilitação do desmame e diminuição dos efeitos secundários ao repouso prolongado Mobilização precoce • Bailey et al (2007) relatou que não houve extubação ou outra intercorrência que aumentasse os gastos com os cuidados ao paciente Equipe multidisciplinar • Enfermeiros • Assitentes de enfermagem • Fisioterapeutas • Médicos Função do fisioterapeuta? • Não há padronização das funções do fisio na UTI (Perme & Chendrashekar, 2009) • Diferenças na prática clínica (treinamento e experiências) entre hospitais, UTIs, países → indefinição do papel do fisio → variações consideráveis da atuação profissional Profissional de excelência • Fisioterapeuta: – Educação – Manutenção/melhora da função respiratória – Posicionamento – Mobilização – Manutenção da ADM – Fortalecimento – Manutenção/melhora da funcionalidade (treino funcional, prescrição de órteses, EEF, estimulação cognitiva) Objetivos • Minimizar as complicações do repouso prolongado • Otimizar a performance funcional do paciente • Facilitar o desmame • Reduzir o tempo de permanência no hospital • Reduzir custos • Melhorar a qualidade de vida do paciente Efeitos adversos do repouso prolongado no leito Descrição do programa • Dividido em 4 fases de acordo com o tipo de paciente • Oferece critérios para a progressão das intervenções terapêuticas • Utilizado em paciente com mínima capacidade de participar da terapia → hemodinamicamente estável e recebendo níveis aceitáveis de oxigênio Descrição do programa • Enfatiza a mobilidade progressiva, c a p a c i d a d e f u n c i o n a l i n d i v i d u a l , deambulação • Necessita da boa comunicação com a equipe multiprofissional Parâmetros aceitáveis para inclusão no programa • Frequência cardíaca → menor que 110 bpm em repouso • Média da pressão arterial → 60 – 110 mmHg • Fração de oxigênio inspirado → menor que 0.6 – Obs: suplementação de oxigênio para manter a saturação acima de 88% durante a atividade Mensuração dos sinais vitais • É importante o conhecimento dos dados normativos • A habilidade para entender e decidir o que é aceitável para cada paciente também é importante • Tomadas de decisão devem ser individualizadas • Devido a instabilidade do doente crítico → mensuração dos sinais vitais antes, durante e ao término de cada sessão de exercícios Execussão dos exercícios • Durante cada intervenção → enfermeira disponível para discutir a condição clínica do paciente e o plano de intervenção, administração de medicamentos, garantir a segurança • Fisioterapeuta para auxiliar no manuseio do ventilador • Reavaliar as intervenções a cada sessão Diretrizes para reeducação da marcha em UTI Diretrizes para reeducação da marcha em UTI Considerações finais • Necessidade de promover mudança cultural • Definir melhor o conceito de fisioterapia em UTI • Dados científicos ainda não são suficientes para permitir a prática baseada em evidências • Intervenção precoce, provavelmente, facilita a independência nas AVDs após a alta hospitalar Bom trabalho! guilhermeherrera75@gmail.com
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