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Reinado de Pedro II e a História do Direito Brasileiro


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CCJ0105 – HISTÓRIA DO DIREIRO BRASILEIRO
Aula 06: O Reinado de Pedro II
 
História do Direito Brasileiro
AULA 06: O Reinado de Pedro II
O aluno deverá ser capaz de:
Entender as razões determinantes para a declaração da maioridade de D.Pedro II;
Correlacionar a promulgação da Lei de Terras e do Código Comercial com as circunstâncias políticas e econômicas do período:
Entender as razões explícitas e implícitas para a emanação das leis abolicionistas anteriores à Lei Áurea; 
Enumerar e explicar as razões determinantes para a queda do Império e consequente proclamação da República.
Objetivos da Aula 6
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AULA 06: O Reinado de Pedro II
Vejamos suas principais alterações na Constituição em 1834:
• Foi extinto o Conselho de Estado, que era controlado pelo Imperador;
A extinção do Conselho de Estado dava fim ao grupo de assessores políticos que auxiliavam o imperador no exercício do autoritário Poder Moderador. Com a extinção do Conselho de Estado, o poder moderador, que era exclusivo do imperador, mantinha-se sem utilização. Ou seja: existia na lei, mas não na prática.
• Criou-se o município neutro do Rio de Janeiro, separado dessa província, para ser a sede da corte e capital do Império.
Com essa medida, o território do Rio de Janeiro passava a ser politicamente autônomo em relação à província do Rio de Janeiro, que agora teria sua sede em Niterói. Isso fazia com que a principal cidade do Império (o Rio de Janeiro) passasse a se vincular única e exclusivamente com o poder central da monarquia.
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• A regência Trina foi substituída pela Regência Una (ou seja, ao invés de ter 3 regentes governando, teria apenas um). 
• Os Conselhos Provinciais foram transformados em Assembleias Legislativas Provinciais, que tinham poder de criar leis que interessassem às províncias. Elas foram criadas para proporcionar autonomia política e administrativa às províncias no intuito de atender as demandas locais como, economia, justiça, educação, entre outros;
Através dela os representantes políticos locais controlariam a arrecadação de impostos e os gastos do poder local. Também legislavam sobre assuntos civis, judiciários e eclesiásticos. As Assembleias poderiam nomear os vice-presidentes das províncias e ainda decidir sobre a abertura e manutenção de estradas, penitenciárias e outras obras públicas.
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O Regresso Conservador
Regente Padre Feijó 
(Liberal)
(1835/1837)
Regente Araújo Lima (Conservador)
(1837/1840)
Evitar a fragmentação do país
Centralização
Retorno Conservador
\
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Após a abdicação do regente Feijó, uma nova eleição foi realizada . Entre os principais concorrentes ao cargo de regente estavam o liberal Antônio Francisco de Paula Holanda Cavalcanti e o fazendeiro pernambucano Araújo Lima. Em um período em que as primeiras revoltas contra o governo explodiam a vitória do conservador Araújo Lima consolidou-se sem maiores problemas.
Compondo um gabinete de formação estritamente conservadora, a regência de Araújo Lima representou o retrocesso das conquistas liberais alcançado com a aprovação do Ato Adicional de 1834. Em seu governo, as primeiras revoltas eram consideradas uma conseqüência das liberdades oferecidas pelo Ato Adicional. Dessa forma, foi homologado, em maio de 1840, a chamada Lei Interpretativa do Ato Adicional, que revisou alguns pontos da reforma de 1834.
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Na regência una de Araújo Lima, o Ato Adicional foi revisto em meio à "Restauração Conservadora", instituindo-se a Lei Interpretativa do Ato Adicional, a qual revogava alguns dos aspectos mais federalistas do Ato, como a administração policial, administrativa e jurídica das Províncias, bem como remodelava a Guarda Nacional de forma a torná-la mais submissa ao Estado. A lei interpretativa foi uma das principais causas das revoltas que surgiram de 1840 a 1848, com o descontentamento da regressão da autonomia provincial por parte de alguns políticos locais. As principais revoltas desse período foram a Revolução Liberal de 1842 e a Revolta Praieira.
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Liberais e Conservadores: Alternância e Estabilidade
Conservadores (Saquaremas) X Liberais (Luzias)
O consenso no exercício do poder centralizado na figura do Imperador 
Marcos jurídicos de apoio:
- Lei de Interpretação do Ato Adicional de 1834 (Lei nº 105/1840)
- Alterações no Código Processual Criminal
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Os principais partidos políticos
 centralização
descentralização
Conservador
(Saquarema)
Liberal
(Luzia)
Ambos defendiam a escravidão
E sua política praticamente era a mesma
Defendiam os interesses das elites
A Maioridade de D. Pedro II
Crise da legitimidade
Quadro de Revoltas de 
Norte a Sul do país
“Golpe da Maioridade”
promovido pelos liberais
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Apesar do Ato Adicional conter medidas centralizadoras e descentralizadoras, as que tiveram mais importância foram as descentralizadoras, pois as províncias passaram a exercer uma influência que nunca haviam tido. No entanto, esse período assistiu a um enorme número de revoltas, quase todas reivindicando maior autonomia, sendo algumas até mesmo separatistas. O clima de instabilidade política do país passou a ser associado ao Ato Adicional. Ou seja: os grupos que eram contrários à autonomia das províncias acusavam o Ato de 1834 de ter promovido uma desordem no país e ter incentivado o surgimento dessas revoltas. Assim, ganhou força a corrente conhecida como “regressista”, isto é, que desejavam o “regresso” das condições que existiam antes do Ato Adicional. Esses acontecimentos levaram à aprovação da Lei de Interpretação do Ato Adicional de 1834, que foi o código de 1840.
Apesar do Ato Adicional conter medidas centralizadoras e descentralizadoras, as que tiveram mais importância foram as descentralizadoras, pois as províncias passaram a exercer uma influência que nunca haviam tido. No entanto, esse período assistiu a um enorme número de revoltas, quase todas reivindicando maior autonomia, sendo algumas até mesmo separatistas. O clima de instabilidade política do país passou a ser associado ao Ato Adicional. Ou seja: os grupos que eram contrários à autonomia das províncias acusavam o Ato de 1834 de ter promovido uma desordem no país e ter incentivado o surgimento dessas revoltas. Assim, ganhou força a corrente conhecida como “regressista”, isto é, que desejavam o “regresso” das condições que existiam antes do Ato Adicional. Esses acontecimentos levaram à aprovação da Lei de Interpretação do Ato Adicional de 1834, que foi o código de 1840.
Apesar do Ato Adicional conter medidas centralizadoras e descentralizadoras, as que tiveram mais importância foram as descentralizadoras, pois as províncias passaram a exercer uma influência que nunca haviam tido. No entanto, esse período assistiu a um enorme número de revoltas, quase todas reivindicando maior autonomia, sendo algumas até mesmo separatistas. O clima de instabilidade política do país passou a ser associado ao Ato Adicional. Ou seja: os grupos que eram contrários à autonomia das províncias acusavam o Ato de 1834 de ter promovido uma desordem no país e ter incentivado o surgimento dessas revoltas. Assim, ganhou força a corrente conhecida como “regressista”, isto é, que desejavam o “regresso” das condições que existiam antes do Ato Adicional. Esses acontecimentos levaram à aprovação da Lei de Interpretação do Ato Adicional de 1834, que foi o código de 1840.
Apesar do Ato Adicional conter medidas centralizadoras e descentralizadoras, as que tiveram mais importância foram as descentralizadoras, pois as províncias passaram a exercer uma influência que nunca haviamtido. No entanto, esse período assistiu a um enorme número de revoltas, quase todas reivindicando maior autonomia, sendo algumas até mesmo separatistas. 
O clima de instabilidade política do país passou a ser associado ao Ato Adicional. Ou seja: os grupos que eram contrários à autonomia das províncias acusavam o Ato de 1834 de ter promovido uma desordem no país e ter incentivado o surgimento dessas revoltas. Assim, ganhou força a corrente conhecida como “regressista”, isto é, que desejavam o “regresso” das condições que existiam antes do Ato Adicional. Esses acontecimentos levaram à aprovação da Lei de Interpretação do Ato Adicional de 1834, que ocorreu em 1840.
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Lei de Interpretação do Ato Adicional de 1834 (Código de 1840)
A lei nº 105 de 1840 (12 de maio de 1840), mais conhecida como Interpretação do Ato Adicional, é fruto da ação dos chamados regressistas, representados pelo regente Pedro de Araújo Lima (no poder desde 1837).
Basicamente, essa nova lei diminui a autonomia das províncias estabelecida de 1834 e retoma o centralismo político.
Vejamos um exemplo da lei:
“Art. 8º. As leis provinciais, que forem opostas à interpretação dada nos artigos precedentes, não se entendem revogadas pela promulgação desta Lei sem que expressamente o sejam por atos do Poder Legislativo Geral.”
Esse artigo mostra que todas novas interpretações sobre as leis provinciais devem passar pela decisão do Poder Legislativo Geral, ou seja, dos deputados e senadores do Império. É uma medida claramente centralizadora.
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Desde 1835, a ideia de antecipar a maioridade já havia surgido no cenário político da Corte. Proprietários de escravos e de terras estavam assustados com a experiência de descentralização ocorrida durante o Período Regencial, que resultara em tantas revoltas sociais. O restabelecimento da autoridade monárquica era visto como a solução para a crise política.
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No dia 21 de julho de 1840, os representantes do Partido Progressista, ou Liberal, apresentaram à Assembleia Geral um projeto de declaração da maioridade, antecipando o início do Governo pessoal de D. Pedro de Alcantara.
 O Governo regencial, procurando ganhar tempo, tentou evitar a votação, adiando a abertura das sessões para novembro. Inconformados, os deputados, com o apoio do Senado, formaram uma comissão que foi ao palácio de São Cristóvão pedir ao jovem Príncipe herdeiro que concordasse em assumir o Governo. 
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(...) Segundo o historiador Paulo Pereira de Castro, a maioridade não foi um golpe parlamentar, mas um golpe que contou com o consentimento do jovem príncipe.
 O movimento, liderado por Antônio Carlos de Andrada, transformou-se num golpe palaciano, que terminou com a queda dos conservadores e a volta dos liberais.
 No dizer de cronistas do Império, D. Pedro, ao ser consultado pela comissão dos maioristas sobre se queria assumir o trono quando completasse 15 anos, ou imediatamente, teria respondido: "Quero já!" (disponível em: http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo02/tema61_1.html
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MAIORIDADE DE PEDRO II
A Declaração da Maioridade, também referida em História do Brasil como Golpe da Maioridade, ocorreu em 23 de julho de 1840 com o apoio do Partido Liberal, ao período regencial brasileiro. Os liberais agitaram o povo, que pressionou o Senado a declarar o jovem Pedro II maior de idade aos seus 14 anos . Esse ato teve como principal objetivo dar o poder para Dom Pedro II para que esse, embora inexperiente, pudesse mediante sua autoridade pôr fim a disputas politicas que abalavam o Brasil.
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O (Longo) Reinado De Pedro II (1840-1889)
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O Segundo Reinado é a fase da História do Brasil que corresponde ao governo de D. Pedro II. Teve início em 23 de julho de 1840, com a declaração da maioridade de Pedro de Alcântara , portanto, apto para assumir o governo. O Segundo Reinado terminou em 15 de novembro de 1889, com a Proclamação da República.
 
O governo de D. Pedro II, que durou 49 anos, foi marcado por muitas mudanças sociais, política e econômicas no Brasil.
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Brasileiros!
A Assembléia Geral Legislativa do Brasil, reconhecendo o feliz desenvolvimento intelectual de S.M.I. o Senhor D. Pedro II, com que a Divina Providência favoreceu o Império de Santa Cruz; reconhecendo igualmente os males inerentes a governos excepcionais, e presenciando o desejo unânime do povo desta capital; convencida de que com este desejo está de acordo o de todo o  Império, para conferir-se ao mesmo Augusto Senhor o exercício dos poderes que, pela Constituição lhe competem, houve por bem, por tão ponderosos motivos, declará-lo em maioridade, para o efeito de entrar imediatamente no pleno exercício desses poderes, como Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do  Brasil.
Brasileiros! Estão convertidas em realidades as esperanças da Nação; uma nova era apontou; seja ela de união e prosperidade. Sejamos nós dignos de tão grandioso benefício.
Paço da Assembléia Geral,  23 de julho de 1840
Além de por fim a Regência que estava nas mãos do Partido Conservador, a coroação de D. Pedro II permitiu a estabilização política do País, centralizando as atenções na figura do jovem Imperador.
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Liberais e Conservadores: Alternância e Estabilidade
Aspectos políticos relevantes para a manutenção da estabilidade política no Reinado de Pedro II
- Alternância do poder e “parlamentarismo”: o sistema de governo marcado pela especificidade e atipicidade.
- O consenso (conservador) dos partidos políticos sobre a escravidão.
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Eleições do Cacete é o termo popular para definir o pleito realizado em 13 outubro de 1840.
O pleito foi marcado por fraudes e  uso de violência física. Para garantir a vitória do Partido Liberal, o governo alterou todo o processo eleitoral nomeando novos presidentes para as províncias e substituindo chefes de polícia, juízes de direito e oficiais superiores da Guarda Nacional de orientação conservadora. O pleito foi marcado por fraudes e  uso de violência física. 
“ Para os amigos pão, para os inimigos pau!”
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 A volta dos liberais ao governo, no entanto, não durou muito tempo. O agravamento da Guerra dos Farrapos, no Sul, a pressão inglesa para a extinção do tráfico negreiro, a extrema violência com que foi conduzido o processo eleitoral, além das irregularidades e fraudes, provocaram a destituição da Câmara recém-eleita pelo imperador. D. Pedro II. Um novo Ministério foi formado em março de 1841, contando com membros ligados ao Clube da Joana e ao Partido Conservador.
Com o retorno ao poder, os conservadores buscaram concluir as mudanças “regressistas” que foram interrompidas com o Golpe da Maioridade. Entre as medidas destacam-se o restabelecimento do Conselho de Estado, que havia sido extinto pelo Ato Adicional de 1834, e a reforma do Código do Processo Criminal, que colocava o Judiciário e a polícia nas mãos do governo imperial.
O Regresso, como ficou conhecido o movimento conservador, teve como fase áurea o ano de 1841, quando entrou em vigor a Lei nº 261, de 3 de dezembro. Ela reformou o Código de Processo Criminal.
A disputa entre liberais e conservadores seria uma das características de todo o segundo reinado. Apesar dos confrontos, ambos os partidos eram de origem aristocrática e possuiam mais semelhanças que diferenças, por isso, o político do período imperialHollanda Cavalcanti cunhou a emblemática frase: “Nada mais parecido com um saquarema [conservador] do que um luzia [liberal] no poder”.
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Retorno do Poder Moderador e do Conselho de Estado. 
Parlamentarirmo
Contudo... No Segundo Reinado se praticou um parlamentarismo diferente...
...parlamentarismo às avessas 
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O Imperador e a construção da nação
O Colégio Pedro II (1837)
O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1838)
A literatura: o Romantismo e o Indianismo séc. XIX
 O guarani (1857) 
 Iracema (1865)
Estrutura Social do Brasil Imperial
Patrimonialismo 
 Estratificação social e desigualdade 
 Alicerces das bases sociais do Brasil Imperial
 As permanências sistêmicas
Escravismo
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O Escravismo: A Cronologia do Lento Processo de Superação de Um Sistema Desumano e Retrógrado
1845 – Lei Bill Aberdeen e o cerco inglês ao tráfico de escravos.
1850 - Lei Eusébio de Queiroz e a proibição do tráfico de escravos
1871 – a Lei do Vente Livre e as artimanhas das oligarquias para a prorrogação de um sistema condenado à extinção.
1885 – Lei dos Sexagenários e a proposital ineficácia
1888 – Lei Áurea: liberdade e crise.
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 O Processo “Legal” da Abolição na Linha do Tempo
Abolição da Escravatura
1850
1871
1885
1888
Lei Eusébio de Queirós
(fim do tráfico negreiro)
Lei do Ventre Livre
(liberdade para os filhos de escravos nascidos a partir dessa data)
Lei dos Sexagenários
(liberdade para os escravos maiores de 60 anos)
Lei Áurea
Abolição da escravatura)
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Dados Quantitativos do Tráfico Negreiro no Brasil
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A Lei Eusébio de Queiroz e Sua Repercussão no Processo de Processo de Produção Legal
“Algo deve mudar para que tudo continue como está”
(O Leopardo de Tomasi di Lampedusa)
A “modernização” legislativa do período:
A Lei de Terras (1850) 
a organização da propriedade como reação das elites à necessidade de substituição da mão de obra escrava.
a legitimação da estrutura fundiária no Brasil e o processo de concentração permanente
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No Brasil, a Lei de Terras (lei nº 601 de 18 de setembro de 1850)  lei brasileira, que estabeleceu normas do direito agrário brasileiro. ... Esta lei estabelecia a compra como forma de acesso à terra .
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Lei de Terras de 1850
O acesso às terras antes de 1850 se dava pela doação de terras , pela compra e, principalmente, ocupação e posterior posse de terras devolutas.
 A partir da aprovação da Lei de Terras de 1850, as terras desocupadas se tornaram propriedades do Estado e poderiam ser adquiridas mediante compra e venda. 
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A Lei de Terras garantia mão-de-obra livre aos grandes proprietários, pois restringia o acesso à terra mediante a compra.
 Assim, o imigrante ou homem livre deveria se dedicar ao trabalho assalariado, geralmente nas plantações de café, para obter o capital suficiente para compra de sua propriedade. Isto porque, as terras ainda não ocupadas passavam a ser propriedade do Estado e só poderiam ser adquiridas através da compra nos leilões mediante pagamento à vista, e não mais através de posse.
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E quanto às terras já ocupadas, estas podiam ser regularizadas como propriedade privada.
 Sem a aprovação da Lei de Terras, possivelmente, escravos libertos e imigrantes europeus, ao invés de trabalharem nas grandes lavouras, se dirigiriam para o interior do país em busca de terras desocupadas para tomar posse.
 A criação desta Lei garantiu os interesses dos grandes proprietários do Nordeste e do Sudeste que estavam iniciando a promissora produção do café e, certamente, contribuiu para a formação de grandes concentrações latifundiárias e da injusta distribuição de terras no Brasil. 
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O Fluxo Imigratório no Império
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Lei de Terras, Concentração e Permanências 
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A Lei Eusébio de Queiroz e Sua Repercussão no Processo de Processo de Produção Legal
O Código Comercial de 1850 
Fim do Tráfico Negreiro
Redirecionamento do capital financiador do tráfico
para outras atividades
Realinhamento da legislação pátria com as regras comerciais internacionais 
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Lei número 556 de 25 de junho de 1850 – Código Comercial
Em 25 de junho de 1850 o imperador Pedro II promulgou o primeiro Código comercial Brasileiro, nele unificando todas as leis então existentes sobre o assunto e contendo o que talvez tenha sido a primeira medida a favor da igualdade entre sexos no país.
A partir daquela data as mulheres maiores de 18 anos conquistaram o direito de abrir seu próprio estabelecimento, mas as casadas ainda precisavam de autorização do marido.
Prevendo que alguns poderiam não gostar da idéia, o Código Comercial do Império incluiu dispositivos para que a mulher pudesse recorrer à Justiça caso se sentisse prejudicada. Já as viúvas não precisavam de permissão legal. Apenas em 1962 o chamado Estatuto da Mulher Casada (Lei 4.121/62) aboliu a tutela legal do homem sobre os negócios da esposa. 
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Alguns anos após a declaração da independência, em 1834, foi apresentado á Câmara o Projeto do Código Comercial. Dezesseis anos de discussões legislativas passaram-se, até surgir a Lei Federal nº 556, de 25 de junho de 1850, mais conhecida como o Código Comercial Brasileiro. Com forte influência francesa, o Código Brasileiro adotou a Teoria dos Atos de Comércio, reputando comerciante todo aquele que praticasse atos mercantis.
Ainda assim, em seu art. 4º, prescreveu a necessidade de inscrição dos comerciantes nos então existentes Tribunais do Comércio (em seguida substituídos pelas Juntas Comerciais), pelo menos para poderem usufruir dos benefícios da legislação comercial.
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Ao longo dos anos, muitos dos dispositivos do código foram sendo revogados por legislações mais contemporâneas, a exemplo da Lei das Sociedades Anônimas (1976) e da Lei de Falências e Concordatas (1945), dentre outras. No entanto, o “golpe de misericórdia” foi dado com a edição do Código Civil de 2002, que revogou praticamente todos os artigos que ainda vigoravam no Código Comercial de 1850. Sobreviveram apenas os relativos ao comércio marítimo, contemplados em sua segunda parte.
Hoje, a Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, mais conhecida como Código Civil Brasileiro, disciplina as matérias específicas do Direito Comercial, tais como: empresas, empresários, registro público de empresas, livros empresariais e nome empresarial, dentre outras. 
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A Crise do Império
As clássicas razões apontadas pela historiografia:
A crise com a Igreja: o padroado em questão;
A crise com a cúpula militar no âmbito do “apoderamento” do Exército como força (política) emergente;
A insatisfação das elites proprietárias.
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AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO
AULA 05: ALGUMAS QUESTÕES DA PSICOLOGIA SOCIAL....