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RESUMO CPC 3

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Ordem dos Processos nos Tribunais
Aula 1 CPC
Da Ordem dos Processos e dos Processos de Competência Originária nos Tribunais art. 926 a 928.
Art. 926.  Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e coerente. 
Pois um dos pilares do novo CPC é o pilar dos PRECEDENTES.
A força dos precedentes é cada vez maior, e os tribunais cada vez mais farão com que os precedentes sejam observados pelos juízes de 1º e 2º instância, não vinculam mas tem que ser seguidos. 
EX. Muito chato quando dois clientes tem o mesmo caso com decisões diferentes, por isso tem que ser uniformizada as decisões.
§ 1º Na forma estabelecida e segundo os pressupostos fixados no regimento interno, os tribunais editarão enunciados de súmula correspondentes a sua jurisprudência dominante.
§ 2o Ao editar enunciados de súmula, os tribunais devem ater-se às circunstâncias fáticas dos precedentes que motivaram sua criação.
Os precedentes devem analisar FATO e DIREITO.
Art. 927.  Os juízes e os tribunais observarão: (não vincula mas cabe reclamação)
I - as decisões do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade;
II - os enunciados de súmula vinculante;
III - os acórdãos em incidente de assunção de competência ou de resolução de demandas repetitivas e em julgamento de recursos extraordinário e especial repetitivos;
IV - os enunciados das súmulas do Supremo Tribunal Federal em matéria constitucional e do Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional;
V - a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais estiverem vinculados. ( evita que “pegue” o TJ de um lugar RS e a primeira camara entende de um jeito e a segunda de outro, mas o órgão especial tem um entendimento diverso, e ele que deve ser seguido para que haja uniformização.
§ 1o Os juízes e os tribunais observarão o disposto no art. 10 (para conhecer de oficio tem que dar vista as partes) e no art. 489, § 1o, (fundamentação obrigatória de todas as decisões judiciais) quando decidirem com fundamento neste artigo.
§ 2o A alteração de tese jurídica adotada em enunciado de súmula ou em julgamento de casos repetitivos poderá ser precedida de audiências públicas e da participação de pessoas, órgãos ou entidades que possam contribuir para a rediscussão da tese.(se o tribunal fixar uma tese em recurso especial repetitivo ou recurso extraordinário repetitivo e queiser depois revisar esse entendimento, pode marcar audiências públicas, chamar os amicus curiae) 
§ 3o Na hipótese de alteração de jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal e dos tribunais superiores ou daquela oriunda de julgamento de casos repetitivos, pode haver modulação dos efeitos da alteração no interesse social e no da segurança jurídica.(se for revisar entendimento de caso repetitivo pode modular os efeitos em prol da segurança jurídica)
§ 4o A modificação de enunciado de súmula, de jurisprudência pacificada ou de tese adotada em julgamento de casos repetitivos observará a necessidade de fundamentação adequada e específica, considerando os princípios da segurança jurídica, da proteção da confiança e da isonomia.(para que os tribunais não façam nada sem fundamentar de forma exaustiva e específica)
§ 5o Os tribunais darão publicidade a seus precedentes, organizando-os por questão jurídica decidida e divulgando-os, preferencialmente, na rede mundial de computadores.(reafirmar ou confirmar necessidade de distribuir ou disponibilizar as teses jurídicas repetitivas as sumulas e o julgamento dos seus precedentes por matéria devidamente organizada, pra ser fácil de o juiz encontrar e as partes também.) 
Art. 928.  Para os fins deste Código, considera-se julgamento de casos repetitivos a decisão proferida em:
I - incidente de resolução de demandas repetitivas;
II - recursos especial e extraordinário repetitivos.
Parágrafo único.  O julgamento de casos repetitivos tem por objeto questão de direito material ou processual. 
DA ORDEM DOS PROCESSOS NO TRIBUNAL
Art. 929.  Os autos serão registrados no protocolo do tribunal no dia de sua entrada, cabendo à secretaria ordená-los, com imediata distribuição.
Parágrafo único.  A critério do tribunal, os serviços de protocolo poderão ser descentralizados, mediante delegação a ofícios de justiça de primeiro grau.
Art. 930.  Far-se-á a distribuição de acordo com o regimento interno do tribunal, observando-se a alternatividade, o sorteio eletrônico e a publicidade.
Parágrafo único.  O primeiro recurso protocolado no tribunal tornará prevento o relator para eventual recurso subsequente interposto no mesmo processo ou em processo conexo.
Art. 931.  Distribuídos, os autos serão imediatamente conclusos ao relator, que, em 30 (trinta) dias, depois de elaborar o voto, restituí-los-á, com relatório, à secretaria.
Art. 932.  Incumbe ao relator:
I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar autocomposição das partes;
II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do tribunal;(é o relator do processo quem vai julgar)
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida;
IV - negar provimento a recurso que for contrário a: (o recurso é contrário a hipótese dos seus incisos)
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento (decisão recorrida que é contrária aos seus incisos) ao recurso se a decisão recorrida for contrária a:
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado originariamente perante o tribunal;
VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o caso;
VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal.
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível. Ex. agravo de instrumento
Impede que se utilize o processo para arranjar problemas processuais que impeçam de julgar o mérito. Princípio da primazia do julgamento de mérito, os juízes devem sempre dar um jeito de julgar o mérito do recurso e assim resolvendo o problema que lhe foi entregue pelas partes. Tanto o IV como o V ambos tem as mesmas alíneas, para dar provimentos tem que ter contrarrazões, para dar provimentos não precisa. 
Art. 933.  Se o relator constatar a ocorrência de fato superveniente à decisão recorrida ou a existência de questão apreciável de ofício ainda não examinada que devam ser considerados no julgamento do recurso, intimará as partes para que se manifestem no prazo de 5 (cinco) dias. (O art. 933 é uma extensão do art.10, para deixar claro que o art.10 aplica-se também a recursos, também é dirigido aos recursos para os tribunais superiores.)
§ 1o Se a constatação ocorrer durante a sessão de julgamento, esse será imediatamente suspenso a fim de que as partes se manifestem especificamente.( na própria sessão de julgamento não pode seguir se for pra analisar questão de ofício, tem que dar vista as partes.)
§ 2o Se a constatação se der em vista dos autos, deverá o juiz que a solicitou encaminhá-los ao relator, que tomará as providências previstas no caput e, em seguida, solicitaráa inclusão do feito em pauta para prosseguimento do julgamento, com submissão integral da nova questão aos julgadores.
Art. 937.  Na sessão de julgamento, depois da exposição da causa pelo relator, o presidente dará a palavra, sucessivamente, ao recorrente, ao recorrido e, nos casos de sua intervenção, ao membro do Ministério Público, pelo prazo improrrogável de 15 (quinze) minutos para cada um, a fim de sustentarem suas razões, nas seguintes hipóteses, nos termos da parte final do caput do art. 1.021: (as partes tem 15 minutos para sustentar oralmente no tribunal e o MP para se manifestar como fiscal da lei)
I - no recurso de apelação;
II - no recurso ordinário;
III - no recurso especial;
IV - no recurso extraordinário;
V - nos embargos de divergência;
VI - na ação rescisória, no mandado de segurança e na reclamação;
VII - (VETADO);
VIII - no agravo de instrumento interposto contra decisões interlocutórias que versem sobre tutelas provisórias de urgência ou da evidência;(cabe sustentação oral em agravo d einstrumento, contra decisões que analisam tutela provisória)
IX - em outras hipóteses previstas em lei ou no regimento interno do tribunal.
§ 1o A sustentação oral no incidente de resolução de demandas repetitivas observará o disposto no art. 984, no que couber.
§ 2o O procurador que desejar proferir sustentação oral poderá requerer, até o início da sessão, que o processo seja julgado em primeiro lugar, sem prejuízo das preferências legais.
§ 3o Nos processos de competência originária previstos no inciso VI, caberá sustentação oral no agravo interno interposto contra decisão de relator que o extinga.( Ação rescisória, Mandado de Segurança ou Reclamação o relator der uma decisão extinguindo o processo, decisão monocrática, cabe agravo interno, nesse agravo cabe sustentação oral. )
§ 4o É permitido ao advogado com domicílio profissional em cidade diversa daquela onde está sediado o tribunal realizar sustentação oral por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que o requeira até o dia anterior ao da sessão.( possiblidade de sustentação oral por vídeo conferência)

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