Gestão Financeira Portfolio 1º semetre Unopar

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SUMÁRIO
31	INTRODUÇÃO	�
42	FATORES CAPITALISTAS	�
93	CONCLUSÃO	�
4 10REFERÊNCIAS	�
5 11ANEXOS	�
6 12ANEXO A – Ética Empresarial	�
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INTRODUÇÃO
A gestão empresarial contemporânea demanda atenção a diversos fatores que influenciam os processos e a imagem da organização, administra-los de maneira equilibrada é essencial para o sucesso. Este trabalho tem como objetivo apresentar alguns fatos influenciadores e refletir maneiras de utiliza-los a favor da empresa.
Fatores Capitalistas
A partir do século XII, com a desestruturação do sistema feudal, começa a surgir o sistema que passaria a reger sociedades, modificando os modos de produção e as relações de trabalho, sendo este denominado formalmente de Capitalismo Comercial apenas no século XVI.
Através dos séculos o sistema Capitalista evoluiu, passando por diversas transformações e modificando a sociedade e as relações, tendo como foco o aumento de produção, demanda e consequentemente o aumento de lucro. Nos primórdios capitalistas, o capital humano era considera um meio de produção equiparado a máquinas e só ganhou a devida atenção no início do século XX.
Marx, já no século XIX, questiona o termo capital humano, via que a utilização da palavra “capital” visava convencer a massa trabalhadora a acreditar que sua condição era a de capitalista (detentor de capital), porém o capital humano é formado por habilidades que não podem ser vendidas como mercadorias, mas sim empregadas para determinados processos, mediante um contrato de trabalho. A relação de trabalho também era objeto de estudo, e na visão marxista o lucro era obtido por meio do trabalho excedente (mais-valia).
O marco inicial da Teoria das Relações Humanas foi a experiência de Hawthorne, cujo objetivo era melhorar a produtividade, o pesquisador Elton Mayo observou que o objetivo foi alcançado quando os trabalhadores se sentiram valorizados. Essa observação apontou a importância dos recursos humanos no processo produtivo, e a partir dela o estudo das relações humanas foi aprofundado.
A partir do século XX ocorreu um aprofundamento dos estudos sociais e as conquistas trabalhistas, a atenção empresarial passou a ser destinada a vários elementos que interferem no sucesso das organizações, destacando-se a preocupação com o meio ambiente. Sendo os recursos naturais um dos fatores de produção observou-se a necessidade de preserva-los e utiliza-los com consciência. Neste sentido, para normatizar a produção garantindo qualidade e segurança, respeitando-se os fatores ambientais foi fundada a International Organization for Standartization (ISSO) ou Organização Internacional para Padronização.
Um dos avanços atuais da ISO focando em responsabilidade social e ambiental é a publicação da norma ISO 26000 em 2010, propondo reflexões sobre os impactos sócio ambientais dos processos e atividades da organização.
A responsabilidade das organizações e de seus gestores ultrapassou a barreira produtiva, conforme apontado os fatores humano e ambiental passaram a fazer parte da rotina administrativa, em uma sociedade em constante transformação. Com a globalização o acesso a informações foi facilitado e com isso o consumidor passou a considerar os valores da empresa, em paralelo a qualidade e ao preço dos produtos e serviços disponibilizados. Valores empresariais e profissionais devem ser espelhos da moral social e um exemplo disso é que atualmente existe uma preocupação moral com questões ambientais, uma empresa cujos valores agridam o meio ambiente confronta diretamente o que a sociedade contemporânea espera das corporações: respeito e uso consciente de recursos naturais.
As ações de gestores, presidentes e diretores refletem diretamente nos valores da empresa. Filosoficamente, a reflexão sobre os valores morais é denominada ética, cabendo essa análise ao indivíduo. É de consenso que todos somos conhecedores da moral da sociedade em que estamos inseridos, pois somos influenciados por ela desde o nascimento, logo, aprendemos conceitos morais como “jogar lixo no chão é errado”, cabe a cada indivíduo refletir sobre esses conceitos, “vai fazer diferença mais um papel de bala? ”, “se todos jogarem um papel de bala no chão o que vai acontecer?”, “jogar o papel no chão vai ser positivo ou negativo para as pessoas ao meu redor?” e tirar suas conclusões que vão refletir diretamente em seu comportamento. As reflexões e ações de pessoas com cargos de alta responsabilidade influenciam diretamente nos processos da empresa e consequentemente em sua imagem social.
Os princípios de gestores, presidentes de organizações e diretores devem ser pautados em valores que contribuam para o bom desenvolvimento da sociedade e da empresa, em um nível de reflexão mais profundo do que os dos demais cidadãos, pois suas ações irão ter um impacto muito maior. Princípios como preservação ambiental, desenvolvimento social, justiça, progresso empresarial com responsabilidade, respeito aos recursos humanos, economia de matérias não renováveis e honestidade são requisitos básicos para uma gestão pautada em valores morais e éticos.
Aplicando essa análise ao Brasil contemporâneo, verificamos que atualmente o país vem passando por uma grande crise que abrange diversos setores, pessoas de alto poder hierárquico político e empresarial estão sendo alvo de investigações sob suspeita de corrupção demonstrando que as leis e os valores morais foram desprezados em prol de interesses pessoais.
As consequências negativas e positivas das ações de uma organização são amplificadas pelos diversos meios de comunicação acessíveis a todos. Através dos avanços tecnológicos surgiram novas oportunidades para que as empresas construam junto ao mercado sua imagem, ressaltando seus valores e políticas de forma a agregar valor subjetivo aos seus produtos, surgiram.
Utilizando as ferramentas comunicacionais disponíveis as empresas se posicionam junto ao mercado, agregando valores positivos a sua marca, com base em suas práticas e valores tais como sustentabilidade.
Um case de sucesso e referência nacional quando o tema pautado é sustentabilidade é a empresa Natura, popularmente conhecida pela venda de cosméticos variados, além de utilizar a extração consciente das matérias primas para a fabricação de seus produtos e priorizar o uso de insumos nacionais, desde 1983 incentiva a compra de refis, cuja utilização de material para produção é menor, o que gera menos custos (e esses custos nitidamente refletem no preço final) e diminui e utilização de recursos. Segundo informações da própria empresa esse posicionamento evitou que mais de 2 mil toneladas de embalagens fossem colocadas no mercado e posteriormente fossem descartadas no meio ambiente. Resumindo, uma decisão de produção consciente possibilitou que a empresa economizasse recursos, diminuísse custos e evitasse um aumento no lixo descartado.
Além destas ações a Natura tem parcerias com comunidades fornecedoras, alavancando a economia local; não faz testes em animais, utiliza matéria-prima vegetal ao invés de animal e mineral, incentiva a reciclagem, entre outros projetos de cunho social e ambiental. A empresa organizou seus processos refletindo sobre o impacto ambiental e social que eles teriam, direcionando-os para que essas consequências sejam positivas.
Analisando o case temos uma organização que promove a sustentabilidade e o desenvolvimento social, ou seja, está de acordo com os princípios morais contemporâneos, logo, utilizar ferramentas de comunicação para se posicionar como uma empresa social e ambientalmente consciente corresponde às expectativas da sociedade e agrega valores positivos à marca. A empresa está tendo uma postura comunicacional ética.
Como todas as estratégias empresariais a comunicação deve ser planejada com cautela pois seus efeitos podem elevar ou também rebaixaro patamar da empresa.
Um caso recente que repercutiu na mídia nacional foi a contratação do goleiro Bruno, condenado por assassinato, pelo time Boa Esporte. A imagem negativa do esportista foi imediatamente relacionada aos patrocinadores do time, que receberam, através de suas redes sociais, comentários negativos por apoiarem um time que contratou um condenado pela justiça. A empresa Nutrend Nutrition, um dos patrocinadores do time, ao avaliar o feedeback e perceber as consequências que a contratação do goleiro poderia trazer a sua imagem, deixou de ser patrocinadora do Boa Esporte.
Essa situação evidencia os resultados negativos que estratégias de comunicação podem trazer para uma empresa, nesse caso específico o apoio da Nutrend ao Boa Esporte aconteceu antes da contratação do goleiro, porém o fato de não ter se posicionado de pronto contra a contratação fez com que o público passasse a considera-la como conivente. Além de estudar se as ações de patrocínio irão agregar positivamente a sua imagem, as organizações devem monitorar e se posicionar perante o público.
A estratégia de comunicação deve ser planejada para agregar, o objetivo capitalista sempre será o aumento de vendas, porém além de divulgar os seus produtos a empresa deve ter uma imagem positiva junto ao mercado, tornando públicas suas ações de sustentabilidade e sociais, fortalecendo sua marca, bem como se associando a produtos midiáticos, ONGs, associações esportivas, cujas práticas reforcem os seus valores e acompanhando o feedback para avaliar se as ações estão alcançando os objetivos esperados e através dos resultados decidir pela continuidade ou modificação do sistema comunicacional.
O capitalismo em sua origem tem fins estritamente comerciais, visando a organização do trabalho para gerar uma maior produção com o objetivo de se alcançar mais lucro, sua essência não se modificou, porém, com o passar dos séculos novos fatores foram acrescidos à equação empresarial tais como: recursos humanos, meio ambiente e propaganda. Para uma empresa alcançar os seus objetivos, todas as influências internas e externas devem ser administradas, o papel contemporâneo de um gestor ultrapassa os limites da empresa, basear a gestão em princípios éticos se tornou fundamental para que a imagem da empresa e seus produtos tragam os retornos positivos desejados.
CONCLUSÃO
As decisões organizacionais devem ser pautadas na ética e na moral, visando impactos sociais e ambientais benéficos, associando a organização à valores positivos que podem auxiliar a empresa a alcançar os seus objetivos.
REFERÊNCIAS
SILVA, Mônica Maria. Fundamentos da Administração. 1º Edição. São Paulo: Person Education e Unopar, 2010. 
PORTAL NATURA, Natura Cosméticos S.A - Sustentabilidade. Disponível em: http://www.natura.com.br/a-natura/inovacao/sustentabilidade. Acesso em 31 de Maio de 2017.
INTERNE GROUP DO BRASIL, IG Esporte – Disponível em: http://esporte.ig.com.br/futebol/2017-03-12/goleiro-bruno-patrocinio.html. Aceso em 31 de maio de 2017.
INMETRO, Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia. Disponível em: http://www.inmetro.gov.br/qualidade/responsabilidade_social/iso26000.asp. Acesso em 05 de junho de 2017.
ANEXOS
ANEXO A – Ética Empresarial
Sistema de Ensino Presencial Conectado
Gestão financeira
marcio elias santa rosa soares
Fatores capitalistas
Ética, meio ambiente e recursos humanos aplicados na busca por resultados
Itu
2017
marcio elias santa rosa soares
Fatores capitalistas
Ética, meio ambiente e recursos humanos aplicados na busca por resultados
Trabalho de Marcio Elias Santa Rosa Soares apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas Comunicação Empresarial, Fundamentos da Administração, Economia e Mercado e Ética, Política e Sociedade
Orientadores: Prof. Dr. Antonio Lemes Guerra Junior
 Prof. Henry Tetsuji Nonaka
		 Prof.ª Regina Malassise
		 Prof. Sergio de Goes Barboza
Itu
2017