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AVALIAÇÃO ABDOMINAL PROF. GEISON VALENÇA ANATOMIA DO ABDOME ANATOMIA DO ABDOME ANATOMIA DO ABDOME ANATOMIA DO ABDOME Flanco Esquerdo Flanco Direito Hipocôndrio Esquerdo Hipocôndrio Direito Fossa Ilíaca Esquerda Fossa Ilíaca Direita DIVISÃO DO ABDOME QSD FÍGADO VESÍCULA BILIAR DUODENO CABEÇA DO PÂNCREAS RIM DIREITO SUPRA RENAL DIREITA PARTE DO CÓLON ASCENDENTE E TRANSVERSO QSE ESTÔMAGO BAÇO LOBO ESQUERDO DO FÍGADO CORPO DO PÂNCREAS RIM ESQUERDO SUPRA RENAL ESQUERDA PARTE DO CÓLON TRANSVERSO E DESCENDENTE QID CECO APÊNDICE OVÁRIO E TROMPAS DIREITOS URETER DIREITO QIE PARTE DO CÓLON DESCENDENTE CÓLON SIGMÓIDE OVÁRIO E TROMPAS ESQUERDOS URETER ESQUERDO Distribuição topográfica da parede anterior • Hipocôndrio direito: fígado, vesícula biliar, rim direito. • Hipocôndrio esquerdo: corpo do estômago, baço, cauda do pâncreas, rim esquerdo. • Epigástrio: fígado, estômago, colon transverso pâncreas, aorta abdominal. • Flanco direito: ceco, colon ascendente, apêndice vermiforme. • Flanco esquerdo: colon descendente, sigmóide. Distribuição topográfica da parede anterior • Mesogástrio: estômago, duodeno, alças do I. delgado, pâncreas, aorta abdominal, mesentério (dá suporte ao jejuno e ao íleo). • Região inguinal direita: ceco, apêndice vermiforme, íleo terminal, m. psoas D, ovário, trompa direita. • Região inguinal esquerda: sigmóide, m. psoas E, ovário, trompa esquerda. • Hipogástrio: alças do I. delgado, bexiga, útero. Introdução 70% dos diagnósticos gastrenterológicos são feitos com a história clínica 90% associando-se ao exame físico Exame físico abdominal Sequência do exame: 1) Inspeção 2) Ausculta 3) Percussão 4) Palpação A ENTREVISTA Investigar história pessoal e familiar. Investigar a presença de dor abdominal ou lombar. Movimento e posição do cliente. Hábitos intestinais, cirurgias abdominais. Alterações de peso recentes. Dificuldade na deglutição, digestão, flatulência,... Uso de laxantes, álcool... PRECAUÇÕES PARA REALIZAR O EXAME Explicar o procedimento ao cliente, respeitando sua privacidade; Iniciar o exame sempre pelo lado não doloroso; Posição decúbito dorsal com abdome relaxado; Ambiente com iluminação adequada; Exposição plena da região a ser examinada; Lembrar do esvaziamento da bexiga; Dispor dos equipamentos necessários; Braços ao lado do corpo e pernas não cruzadas. INSPEÇÃO Pele – coloração, cicatrizes, veias dilatadas, lesões, estrias. Umbigo – contorno, localização, sinais de inflamação ou presença de hérnia. Contorno abdominal – normal, escavado (retraído), globoso, pendular (flacidez puerperal), avental (acúmulo de gordura), em ventre de batráquio. Movimentos – peristálticos, respiratórios, pulsações. Simetrias – comparações laterais. CONTORNOS ADBOMINAIS Escavado -desnutrido Avental - obeso Pendular - gravidez Batráquio - ascite Globoso Cicatriz abdominal Cicatriz cirúrgica Hérnia umbilical Cicatrizes- localização- tamanho INSPEÇÃO NORMAL Abdome plano, sem cicatrizes, retrações, abaulamentos, herniações, lesões de pele ou estrias. Ausência de peristaltismo visível. Cicatriz umbilical fisiológica. AUSCULTA • Ambiente tranqüilo • Permanência por 2 minutos Recomenda-se executar a ausculta antes da palpação para evitar aumento involuntário do peristaltismo. AUSCULTA Motilidade Intestinal ou Peristalse Função normal dos intestinos. Sons intestinais – são a passagem audível de ar e líquido criada pela peristalse. Característica – “gorgolejo suave” ou sons crepitantes, acontecem de 5 a 35 vezes/min. Normalmente leva-se de 5 a 20’’ para se ouvir. Ausculta em todos os quadrantes. Melhor ausculta entre as refeições. Sons são descritos como: Normais, audíveis, hiperativos ou hipoativos. Hipoativos ou ausentes = cessação da motilidade por: Obstrução intestinal avançada, Íleo paralítico, Peritonite. Altos- Pode ser por diarréia, ansiedade, laxativos, estágio inicial da obstrução intestinal. Peristaltismo prolongado = borborigmo (“Roncar do estômago”). DESCRIÇÃO DA AUSCULTA PERCUSSÃO Técnica Seqüência • Objetividade • Ouvido do examinador < 1m • Até 3 repetições PERCUSSÃO Timpanismo – presença de ar dentro de uma víscera oca. Ex: Projeção do fundo do estômago. Maciço – área de projeção de vísceras maciças. Ex: Projeção de fígado, baço e útero gravídico. Hepatimetria Percutir tórax anterior à direita, de cima para baixo, na linha hemiclavicular Determinar limite superior e inferior do fígado Medir distância entre limite superior e inferior Hepatimetria normal = 6-12 cm > 12 cm: hepatomegalia Ausência da macicez hepática: atrofia hepática grave, pneumotórax... SONS DA PERCUSSÃO DÍGITO-DIGITAL Maciço: obtém-se percutindo regiões desprovidas de ar. Ex: fígado, coração; Submaciço: presença de ar em pequena quantidade; Timpânico: obtido em regiões que contenham ar. Ex: estômago; Claro pulmonar: obtém-se quando se percute especificamente a área dos pulmões. Demonstração de onda líquida ASCITE PERCUSSÃO PERCUSSÃO – PIPAROTE POSITIVO = ASCITE DE GRANDE VOLUME Método piparote: posicione a borda ulnar da mão de um outro examinador ou a própria mão do paciente firmemente sobre a linha média do abdome. Coloque sua mão esquerda no flanco direito do paciente. Com a mão direita, chegue ao outro lado do abdome e dê um golpe firme no flanco esquerdo. Se houver ascite, o golpe gerará uma onda líquida que percorrerá o abdome e você conseguirá sentir um golpe distinto em sua mão esquerda. Giordano x Punho percussão de Murphy ACHADOS NA PERCUSSÃO Percussão: Presença de timpânico em Hipocôndrio E e região suprapúbica e macicez nas demais regiões, hepatimetria=10cm. PALPAÇÃO POSIÇÃO IDEAL DO PACIENTE E EXAMINADOR Palpação Superficial (parietal) Profunda (Visceral) PALPAÇÃO DO FÍGADO Características a serem analisadas: espessura da borda hepática; superfície; consistência; sensibilidade. - Hepatomegalia compressão abdominal mãos em garras PALPAÇÃO DO FÍGADO Técnica de Lemos-Torres PALPAÇÃO DO FÍGADO Palpação em garra (Técnica de Mathieu) • A vesícula biliar não é palpável, a mesma aumenta em processo patológico. A obstrução aguda provocará sua distensão, evoluindo em horas ou dias para a colecistite aguda. PALPAÇÃO DA VESÍCULA BILIAR PALPAÇÃO DO BAÇO Somente em caso de Esplenomegalia PALPAÇÃO DO BAÇO PALPAÇÃO DA AORTA Para avaliar a aorta: Palpa- se na linha mediana do abdome, região supra- umbilical. Identifique as pulsações aórticas. PALPAÇÃO DA AORTA PALPAÇÃO DO RIM - Método de Devoto PALPAÇÃO DO RIM - método de israel Paciente é colocado em decúbito lateral oposto ao rim que será palpado. Principais órgãos que só são palpados em condições patológicas: – Apêndice – Vesícula biliar – Baço DESCOMPRESSÃO DOLOROSA (Sinal de Blumberg) TESTES ESPECIAIS Presença de peritonite provoca dor tanto à compressão quanto à descompressão podendo ser, por vezes, mais desconfortável à descompressão. PESQUISE O SINAL DE PSOAS OU LAPINSKY: TESTES ESPECIAIS Presença de apendicite provoca dor quando o músculo psoas é contraído. PESQUISE O SINAL DO OBTURADOR TESTES ESPECIAIS Presença de apendicite provoca dor quando o músculo obturador é contraído. Inspeção:abdome plano, sem cicatrizes, retrações, abaulamentos, herniações, lesões de pele ou estrias. Ausência de peristaltismo visível. Cicatriz umbilical fisiológica. Ausculta: RHA presentes, hipo ou hiperativos. Percussão: Presença de timpânico em Hipocôndrio E e região suprapúbica e macicez nas demais regiões, hepatimetria=10cm. Dados importantes para registro do exame do abdome Palpação: abdome normotenso e indolor à palpação superficial. Ausência de massas palpáveis, fígado palpável (superfície lisa, borda fina, indolor, consistência macia). Baço impalpável. Ausência de ascite clinicamente perceptível ou sinais de irritação peritoneal. REFERÊNCIAS MENEGHELLI UG & MARTINELLI ALC. Princípios de semiotécnica e de interpretação do exame clínico do abdômen. Medicina, Ribeirão Preto, 37: 267-285, jul./dez 2004. GUYTON, Arthur C. & HALL, John E. Fisiologia Humana e Mecanismos das Doenças. 6 ed. Guanabara Koogan, 1998; BARROS,A. L. B. L. Anamnese e Exame Físico. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
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