Buscar

resenha execução trabalhista

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Pós-graduação em Direito do Trabalho, Processo do Trabalho e Previdenciário
Resenha do Artigo
“Justiça bloqueia bens do Banco Rural, aquele do mensalão, no valor de R$ 100 milhões”
 
Nome da aluna: Mariah Ferreira Bastos
Trabalho da disciplina: Prática Previdenciária
 Tutor: Prof. Carla Sendon Ameijeiras Veloso
Rio de Janeiro 
2018
Artigo da Veja intitulado: “Justiça bloqueia bens do Banco Rural, aquele do mensalão, no valor de R$ 100 milhões”
TÍTULO
Bloqueio de bens do Banco Rural em razão de fraude à execução
REFERÊNCIA: “Justiça bloqueia bens do Banco Rural, aquele do mensalão, no valor de R$ 100 milhões”. Veja on-line, 23/07/2012. Disponível em: https://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/justica-bloqueia-bens-do-banco-rural-aquele-do-mensalao-no-valor-de-r-100-milhoes/. Acesso em 06/05/2018
Em 23/07/2012, com atualização em 18/02/2017 foi publicado artigo na revista Veja acerca do bloqueio de bens do Banco Rural, sendo este proveniente de reclamação trabalhista movida pelo Sindicato dos Aeroviários no Estado de São Paulo em face da Vasp, cuja falência foi decretada em 2008.
Na reclamação trabalhista que foi ajuizada em 2005, o sócio da Vasp, Wagner Canhedo, foi condenado ao pagamento de dívidas aos ex-funcionários da Vasp. Entretanto, mesmo após a sua condenação, em clara tentativa de fraude à execução com o intuito de ocultar o patrimônio e evitar a penhora de bens, Canhedo vendeu cabeças de gado, por meio da Agropecuária Vale do Araguaia ao Banco Rural.
Neste caso, levando-se em consideração que quando da venda o ex-dono da Vasp já havia sido condenado na Justiça do Trabalho, razão pela qual o negócio foi considerado fraude à execução e foi decretada a penhora on-line de 43 milhões de reais do Banco Rural.
A determinação da penhora foi perfeitamente válida, levando-se em conta que o Banco Rural tinha plena ciência que o negocio jurídico realizado com Canhedo configurava fraude à execução, tendo este agido de má-fé.
Além das cabeças de gado, foram feitas outras vendas por Canhedo ao Banco Rural, sendo um destes o imóvel onde funcionava o Hotel Nacional, avaliado em R$ 70 milhões, tendo sido estas declaradas ineficazes.
Na tentativa de tornar ineficaz a penhora, o Banco Rural recorreu da decisão tendo sido a questão levada até o TST. Em janeiro de 2012 foi concedida liminar suspendendo a execução dos bens, entretanto a SBDI – II do TST cassou a decisão e determinou novamente a penhora de bens, que em valores atualizados ultrapassavam R$ 100 milhões.
Vemos neste caso a acertada decisão da juíza da Vara de origem que determinou a penhora dos bens do Banco Rural provenientes da compra das cabeças de gado por ter sido configurada a fraude da execução.
Tal situação acontece com certa frequência na Justiça do Trabalho, onde os empregadores muitas vezes, na tentativa de evitar a penhora dos bens, oneram seu patrimônio e o da empresa na tentativa de fraudar a execução.
Nestes casos é possível que sejam penhorados os bens dos que participaram da compra, por ser este um negócio jurídico realizado de má-fé. Assim, cabe à parte a oposição de Embargos de Terceiro, onde esta pode tentar comprovar a boa-fé na compra por exemplo.
Entretanto, no caso do Banco Rural, não foi comprovada a boa-fé, até mesmo porque a instituição tinha plena ciência de que o empresário Wagner Canhedo já tinha condenação na justiça do trabalho.
Acertada assim a decisão da juíza Soraya Galassi Lambert em penhorar os bens do Banco Rural, tendo em vista que este atuou juntamente com o reclamado, Wagner Canhedo, em verdadeira fraude à execução onde o patrimônio do devedor foi alienado e onerado.
2

Continue navegando