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PORTIFOLIO SOBRE O MEIO AMBIENTE PED 2º SEMESTRE

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SUMÁRIO
31 INTRODUÇÃO	�
42 DESENVOLVIMENTO (Educação Ambiental e sua importãncia)	�, 5
2.1 Educação Ambiental na Educação Basica.........................................................5, 6
2.2 Dificuldades e Desafios da Educação Ambiental no Ensino FundamentalI nas Escolas Publicas..................................................................................................6, 7, 8
2.3 Proposta de Atividade .................................................................................8, 9, 10
4 CONCLUSÃO...................................................................................................10, 11
REFERÊNCIAS..........................................................................................................11
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INTRODUÇÃO
 	A escola é o espaço em que a criança inicia o seu processo de interação com a sociedade, o que nela se faz, diz e valoriza, representa um exemplo daquilo que a sociedade aprova. A educação Infantil é o começo da vida escolar de todos, período em se aprendem conceitos e valores, os quais são levados para toda vida. É através da curiosidade que a criança desenvolve cada vez mais a capacidade de agir, observar e explorar tudo o que encontra ao seu redor. Por isso, necessita de orientações, para ter uma aprendizagem significativa, que contribua para o seu desenvolvimento cognitivo, afetivo, psicomotor e social.
Nesse contexto, nada mais propício e importante do que iniciar esse trabalho através da inserção da Educação Ambiental no cotidiano de uma escola de Educação Infantil, a fim de que as crianças de hoje possa fazer parte de sociedades mais justas, onde os cidadãos respeitam a si próprios, os seus semelhantes e a todas as formas de vida existentes. A Educação Ambiental é um processo permanente e contínuo, que não se limita à educação escolar. Contudo, introduzi-la na escola, inclusive na Educação Infantil, é uma das estratégias para o seu desenvolvimento. Além de ser uma importante ferramenta, sua implementação está prevista na Política Nacional da Educação Ambiental, para todos os níveis de ensino, não como disciplina, mas como tema a ser incluído nos diferentes conteúdos programáticos. 
	A Educação Ambiental, enquanto processo, vai além de trabalhos em hortas, separação de lixo e visitação a zoológicos, visa ensinar e praticar a redução do consumo e a busca por produtos mais ecológicos, a fim de evitar e reduzir a geração de resíduos, entender realmente o que é ser sustentável, utilizar ferramentas na vida cotidiana, entender as relações do ser humano com o meio ambiente e como é possível causar menos impactos, entre outras ações, sempre respeitando a natureza e todos os seus elementos.
 Sendo assim o presente trabalho objetiva entender a educação, o modo como se configura o desenvolvimento e aprendizagem dos indivíduos no ambiente onde estão inseridos e como deve se estruturar as práticas pedagógicas visando diferente realidades, elaborando também uma proposta de atividade interdisciplinar com o tema Educação Ambiental para o ensino infantil e anos iniciais do ensino fundamental.
DESENVOLVIMENTO Educação ambiental e sua importância
A sobrevivência humana sempre esteve ligada ao meio natural. Mas com o padrão desenvolvimentista de acumulação e concentração de capital, verifica-se uma apropriação da natureza de forma inadequada, onde se retira dela muito além do necessário ao sustento humano em nome do capitalismo que só visa o lucro, provocando desequilíbrio na relação do homem com o meio natural, onde o processo de degradação tem aumentado cada vez mais, comprometendo a qualidade de vida da sociedade. Desta maneira se faz necessário medidas urgentes em todo mundo quanto a uma conscientização das pessoas que a levem a gerar novos conceitos sobre a importância da preservação do meio ambiente no dia-dia, e a educação ambiental é uma ferramenta que contribuirá significativamente neste processo de conscientização, pois a E. A. Segundo Dias (2004, p 523) é:
“Processo permanente no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem novos conhecimentos, valores, habilidades, experiências e determinação que os tornam aptos a agir e resolver problemas ambientais, presentes e futuros.”
A educação ambiental tornou-se lei em 27 de Abril de 1999, pela Lei Nº 9.795– Lei da Educacao Ambiental, onde em seu Art. 2º afirma: "A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal”. É importante lembrar que o Brasil é o único país da América Latina que possui uma política nacional específica para a Educação Ambiental. A EA nesta perspectiva apresenta um caráter interdisciplinar, onde sua abordagem deve ser integrada e continua, e não ser uma nova disciplina, ou seja, “A Educação Ambiental não deve ser implantada como uma disciplina no currículo de ensino em conformidade com a lei 9.795/99”
A EA tem sido um componente importante para se repensar as teorias e práticas que fundamentam as ações educativas, quer nos contextos formais ou informais, deve ser interdisciplinar, orientado para solução dos problemas voltados para realidade local, adequando-os ao público alvo e a realidade dos mesmos, pois os problemas ambientais de acordo com Dias (2004) devem ser compreendidos primeiramente em seu contexto local, e em seguida ser entendida em seu contexto global. É importante que ocorra um processo participativo permanente, de maneira que não seja apenas e exclusivamente informativa, é imprescindível a prática, de modo a desenvolver e incutir uma consciência crítica sobre a problemática ambiental.
Educação ambiental na educação básica
As questões ambientais vêm adquirindo uma grande importância na nossa sociedade. Estudos acerca dos problemas ambientais surgem a partir de novos paradigmas que visam uma direção mais sistêmica e complexa da sociedade. Nesse contexto a escola emergiu suas discussões sobre a educação ambiental, com um processo de reconhecimento de valores, em que as novas práticas pedagógicas devem ser responsáveis na formação dos sujeitos de ação e de cidadãos conscientes de seu papel no mundo.
De acordo com a Lei Nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que institui aPolítica Nacional de Educacao Ambiental, Art. 9º, a EA deve estar presente e ser desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino público e privado, englobando: I – educação básica: a. Educação infantil; b. Ensino fundamental e
c. Ensino médio. II – educação superior; III – educação especial; IV – educação profissional; V – educação para jovens e adultos.
Podemos observar, portanto que a EA deve estar presente em todos os segmentos e níveis da educação formal de maneira que seja desenvolvida com uma prática educativa integrada, contínua e permanente, assim como afirma o Art. 10º da mesma lei. Como perspectiva educativa, a educação ambiental deve estar presente, permeando todas as relações e atividades escolares, desenvolvendo-se de maneira interdisciplinar, para refletir questões atuais e pensar qual mundo queremos, e, então, por em prática um pensamento ecologista mundial. A Educação Ambiental não deve se destinar como uma nova disciplina do currículo escolar, precisa ser uma aliada do currículo, na busca de um conhecimento integrado que supere a fragmentação tendo em vista o conhecimento.
Na educação infantil de acordo com Dias (2004) a apresentação de temas ambientais na educação deve dar ênfase em uma perspectiva geral, sendo bastante importante que atividades sejam desenvolvidas com os educandos, de forma a estimulá-los, tendo em vista que nesta fase as crianças são bastante curiosas e é comum uma maior integração e participação das mesmas, onde a aprendizagemneste sentido deve ser contínua. A partir disso, é importante que sejam apresentados temas pertinentes que levam a uma conscientização, de maneira que esta criança dissemine tal conhecimento, pois é comum uma criança ao adquirir um novo conhecimento repassar principalmente para seus familiares.
Sendo assim, é importante que sejam apresentadas praticas ecologicamente corretas para incutir uma conscientização a cerca do meio ambiente desde cedo, e a escola tem a responsabilidade de dar suporte para o desenvolvimento de uma educação Ambiental de qualidade, estabelecendo o meio ambiente como patrimônio de todos, desenvolvendo atividades artísticas, experiências práticas, atividades fora de sala de aula, projetos, etc., conduzindo os alunos a serem agentes ativos e não passivos e meros espectadores.
Dificuldades e desafios da Educação Ambiental no ensino fundamental I nas escolas públicas
Muitas dificuldades e desafios são encontrados na EA na Educação Básica Ensino fundamental I nas escolas públicas, onde através da pesquisa podemos constatar que a maioria dos professores estão cientes das responsabilidades socioeducativas a eles confiadas, existindo consenso da importância do tema transversal EA, no entanto observa-se uma barreira quanto a aplicação de atividades relacionadas a este tema. Percebe-se que os professores tem o conhecimento sobre o tema, mas ninguém participou e nem são oferecidas capacitações referentes ao mesmo e nem incluem o tema EA como temas transversais em seus planos de aula. Outra dificuldade é que os professores questionam sobre a falta de material didático, onde o próprio livro didático é ausente de conteúdos relacionados à questão ambiental, se fazendo necessário outras metodologias com outros materiais que poderiam auxiliar, mas as escolas pesquisadas não disponibilizam, tornando o trabalho ainda mais difícil. Além de que, falta uma maior compreensão e colaboração por parte da comunidade escolar em colocar em prática ações que contribuam para a melhoria do meio ambiente.
	Dessa maneira os problemas ambientais são tratados como algo possível e não concreto. Observa-se que a escola procura transmitir para os educandos de maneira isolada e fragmentada um conhecimento pronto sobre o meio ambiente e suas questões, onde o modo como a Educação Ambiental é praticada nessas escolas, é apenas como projeto especial, extracurricular, sem continuidade, descontextualizado, fragmentado e desarticulado, e apesar da disposição do MEC sobre a educação ambiental, não há efetivamente o desenvolvimento de uma prática educativa que integre disciplinas. Dessa forma, as questões ambientais são apresentadas de maneira confusa aos alunos, pois aprendem apenas que é preciso preservar a natureza, mas não são levadas a elas as políticas de impactos capazes de lhes fazer compreender o que é preciso preservar e utilizar de forma consciente os recursos naturais que se tem no planeta. Acabam sendo apenas ouvintes e não praticantes, quando deveriam ser estimulados através de atividades e projetos a exercer essa consciência a partir de sua realidade e comunidade. Podemos analisar que a EA não é trabalhada como deveria de acordo com os PCN’s e com a Lei Nº 9.795, de 27 de abril de 1999, isso porque os professores não são estimulados e nem capacitados, a escola não oferece condições adequadas para desenvolver este tipo de trabalho e como sabemos o professor não é valorizado como deveria, recebendo baixos salários, não tem motivação para ir além do que sua disciplina deve propor aos alunos, tendo em vista que, a EA deveria ser trabalhada de forma integrada por todas as disciplinas, mas essas condições levam ao total desanimo dos docentes, sendo este a principal dificuldade encontrada nas escolas. Diante de toda esta dificuldade enfrentada pela educação ambiental, ainda verificamos outro fato agravante, pois nas escolas publicas a situação é mais precária, a comunidade escolar se queixa que a escola não oferece condições adequadas para o desenvolvimento de uma educação de qualidade, isso segundo os mesmos por falta de investimentos. 
	É preciso que haja inter-relação entre as disciplinas do currículo escolar e a comunidade, para que juntos realizem uma educação ambiental voltada para a mudança do comportamento humano, tendo a Escola como um agente transformador da cultura e principalmente da conscientização das pessoas para o problema ambiental a partir de sua própria realidade. É importante a articulação de ações educativas voltadas para a preservação do meio ambiente e a escola é o espaço mais indicado e privilegiado para implementação dessas atividades, uma vez que, ela através da Educação Ambiental deve levar o aluno a buscar valores que conduzam a uma convivência harmoniosa com o ambiente, conscientizando-os de forma a tentar gerar novos conceitos e valores sobre a natureza, alertando sobre o que se pode e deve ser feito para contribuir na preservação do meio, tentando assim, estabelecer um equilíbrio entre homem e natureza na busca por um mundo melhor, e desta forma possa disseminar tal conhecimento para a sociedade.
2.3 Proposta de atividade
	Elaboramos uma proposta de atividade para o 2º ano do Ensino Fundamental, a proposta comtemplará as disciplinas de Língua Portuguesa e História/Geografia.
	Recursos: Garrafas pet, copos de água e café, embalagens de plástico (suco industrializado), potinhos de iogurte, garrafinhas de vidro, lata de refrigerante, tampinhas de garrafas pet, folhas de caderno, revistas, jornais, caixinhas longa vida (leite e suco) papel alumínio, embalagens de salgadinho, embalagem de biscoitos, saches de catchup, mostarda e maionese, clipes, pilhas, etiquetas e baterias.
	Para a aula da disciplina de língua portuguesa o professor levará os alunos para o pátio da escola onde terá um saco com lixo (selecionado propositalmente pelo professor), como por exemplo: Garrafas pet, copos de água e café, embalagens de plástico (suco industrializado), potinhos de iogurte, garrafinhas de vidro, lata de refrigerante, tampinhas de garrafas pet, folhas de caderno, revistas, jornais, caixinhas longa vida (leite e suco) papel alumínio, embalagens de salgadinho, embalagem de biscoitos, saches de catchup, mostarda e maionese, clipes, pilhas, etiquetas e baterias.
	Os alunos serão divididos em grupos, e cada um dos grupos ficará responsável por escolher um tipo de resíduo ali exposto. A partir dos conhecimentos dos alunos o professor irá expor informações pertinentes ao assunto, como por exemplo:  Quanto lixo produzimos? O destino do lixo e suas implicações.  O tempo de decomposição e o seu impacto no meio ambiente. Materiais que são e que não são recicláveis. Definição de Reciclagem e Reaproveitamento. Em seguida o professor realizará uma atividade, com os alunos reunidos em grupos, onde cada grupo irá produzir um livro recontando a história que ouviram, utilizando tanto a escrita quanto ilustrações. Dando continuidade, o professor propõe uma brincadeira: “Hora da coleta seletiva” (para a realização da atividade, o professor deverá construir previamente um relógio que deverá conter um grande ponteiro e as imagens das cestas de coleta seletiva e cestos de coleta seletiva improvisados. Um integrante de cada grupo gira o ponteiro do relógio, se o mesmo parar em uma cesta de coleta seletiva o aluno deverá escolher um lixo que corresponde àquela cesta. 
	Para a disciplina de História/ Geografia O professor inicia a aula, caracterizado de planeta Terra e expõe para as crianças cartões (confeccionados previamente pelo professor, com “missões” propondo desafios aos seus alunos de proteger e salvar o planeta. Ex:
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Fonte: propostaseducacaoambiental.blogspot.
	Os alunos deverão levar os cartões para casa onde observarão situações vivenciadas com seus familiares com o objetivo de modificar alguns de seus hábitos. Em um segundo momento os alunos em uma “roda de conversa” irão relatar para os colegas como cumpriram a “missão” e de que forma contribuírampara preservar o meio ambiente. Em seguida o professor explicará para as crianças que cada um ficará responsável por criar um personagem defensor do planeta, dando-lhe um nome de acordo com a missão que realizou. Nesse momento o professor deve explorar a criatividade dos alunos auxiliando-os na criação de seus personagens.
3 CONCLUSÃO
	Diante do que foi exposto, podemos concluir que a Educação Ambiental não é desenvolvida como deveria, onde não há efetivamente o desenvolvimento de uma prática educativa que integre disciplinas. O modo como a Educação Ambiental é praticada nas escolas e nas salas de aulas, é através de projeto especial, extracurricular, sem continuidade, descontextualizado, fragmentado e desarticulado. Os professores não recebem estímulos, e a comunidade escolar não dá o suporte que deveria de modo a deixar uma grande lacuna de conhecimento para os alunos tornando-se apenas ouvintes e não praticantes, quando deveriam ser estimulados através de atividades e projetos a exercer essa consciência a partir de sua realidade e comunidade. Outro fato é que nas escolas publicas a situação é ainda mais agravante, pois como sabemos a educação esta sucateada e não oferece condições adequadas para o desenvolvimento de uma educação eficaz e de boa qualidade.
 A educação ambiental em nossa percepção , quando aplicada de forma correta, é uma forte ferramenta que se propaga além do espaço no qual foi desenvolvido. Foi desenvolvido uma proposta de atividade buscando fazer com que os conhecimentos e aprendizados adquiridos em sala de aula não fiquem retidos somente no ambiente escolar e ultrapassem o muro da escola, gerando, assim, conscientização quanto à reutilização e à reciclagem do lixo. Neste trabalho, ficou demonstrado como é possível desempenhar a educação ambiental com poucos recursos, podendo instigar os alunos a desenvolver uma prática de educação ambiental de grande alcance e de reconhecimento de todos os envolvidos.   Ficou comprovado para todos nós envolvidos no trabalho a importância de práticas como esta, que permite aos alunos repensarem sobre seus descartes e o que se poderia reaproveitar deles, despertando a responsabilidade ambiental que deve ser indispensável no aprendizado em todos os anos escolares.   A principal função do trabalho com o tema ‘Meio Ambiente’ é contribuir para a formação de cidadãos conscientes, aptos para decidirem e atuarem na sociedade sócio ambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem-estar de cada um e da sociedade. É necessário também que a escola trabalhe com formações de valores, com atitudes, com o ensino e aprendizagem de habilidades e procedimentos.  
REFERÊNCIAS
BRASIL. Política Nacional de Educacao Ambiental. Lei 9795/99. Brasília, 1999.
DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: princípios e práticas. 9a ed. São Paulo. Gaia, 2004.
SILVA, Marina. Encontros e Caminhos: Formação de Educadoras (es) Ambientais e Coletivos Educadores. Brasília, Ministério do Meio Ambiente, 2005.
LA ROSA, Jorge de. (org). Psicologia e Educação: o significado do aprender. Porto Alegre: EDIPURS, 2003.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
pedagogia 2º semestre
alunos
Educação ambiental: práticas pedagógicas nAS ESCOLAS
local
2017
alunos
 EDUCAÇÃO AMBIENTAL: PRÁTICAS PEDAGOGICAS NAS
 ESCOLAS
Trabalho Licenciatura em Pedagogia apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de: Ética, Política e Cidadania. Políticas Públicas na Educação Básica. Educação e Diversidade. Psicologia da Educação e da Aprendizagem e Práticas Pedagógicas: gestão da aprendizagem.
Prof. Sabrina C. B. Cress
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