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QUESTIONÁRIO 2º BIMESTRE DIREITO PENAL I

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DIREITO PENAL I - UNIVALE
Professor: Romulo Araújo
Trabalho do 2º Bimestre – Valor 1,0
Questionário para ser entregue no dia 28.06.2015 – impreterivelmente.
Trabalho deve ser feito em dupla e entregue manuscrito, e entregue em duas fases escrita e oral.
Alunos (as): 										
Questionário:
Qual o conceito finalista da ação humana?
A Teoria Finalista da Ação funda-se no conceito de que a conduta delitiva é, como toda conduta, um comportamento humano dirigido a uma finalidade. À exceção de atos involuntários, ou reações impulsivas como aquelas decorrentes de impulsos inatos, toda conduta do homem só se concretiza para que um fim seja atingido. Por essa Teoria já no momento de avaliar se a conduta é típica deve ser considerado se o agente tinha ou não em mente o desejo de obter o resultado delitivo. Pela Teoria Finalista o dolo deve ser avaliado já no momento do exame da tipicidade da conduta. O núcleo do tipo define a conduta criminosa, de modo que a conduta, para ter relevância penal, tem que ao menos iniciar a execução desse núcleo com o agente cônscio do resultado delitivo que pretende alcançar.
2. O que se entende por imputação objetiva do resultado?
A teoria da imputação objetiva do resultado visa separar o mero acaso, a casualidade, daquilo que é realmente obra do sujeito. Ex: A, pretendendo matar 'B', presenteia-o com um pacote turístico a uma localidade com alto índice de violência, inclusive de homicídio, esperando que 'B' seja uma das vítimas. 'B' viaja e por azar vem a realmente ser vítima de um homicídio.
3. Quais as principais críticas feitas a teoria da imputação objetiva?
Não é possível separar o mero acaso daquilo que é realmente obra do sujeito através do tipo objetivo, pois este só permite imputar ao sujeito os acontecimentos fortuitos, a mera causalidade, nada que possa ser qualificado como obra sua. Somente saberemos se algo é obra do sujeito se esse acontecimento se encontrar abarcado pela vontade - tipo objetivo e tipo subjetivo devem operar em conjunto.
4. O que se entende por tipo do injusto?
É formado pelo conjunto dos elementos constitutivos da respectiva espécie delitiva. Faz parte do tipo toda característica ínsita no injusto de determinada infração, o tipo como espécie de injusto deve conter todos os dados que concorrem para delimitar o conteúdo do injusto de um delito especifico. 
5. Diferencie:
a) tipo objetivo e tipo subjetivo;
Tipo objetivo: conjunto dos caracteres objetivos ou materiais do tipo legal de delito
Tipo subjetivo: conjunto dos caracteres subjetivos ou anímicos do tipo legal de delito
b) elementos normativos jurídicos e extrajurídicos;
Quando o juízo de valor depende de uma interpretação jurídica, o elemento é chamado elemento normativo jurídico. Quando o significado do elemento depende de um juízo de valor moral, religioso, social, consuetudinário etc., é chamado de elemento normativo extrajurídico. 
c) dolo direto e dolo eventual; 
No dolo direto o agente visa certo e determinado resultado. Já no dolo eventual o agente assume o risco de produzir o resultado. 
d) culpa consciência e culpa inconsciente.
Culpa consciente: o agente prevê o resultado, mas espera que ele não ocorra, ou que ele possa evitar o resultado.
Culpa inconsciente: o agente não prevê o resultado, entretanto, era objetiva e subjetivamente previsível.
6. Quais as teorias adotadas pelo Código Penal Brasileiro para o dolo direito e eventual? Há distinção entre essas espécies de dolo?
Na hipótese do dolo Direito o legislador adotou a teoria da vontade, já na hipótese do dolo eventual, consagrou-se a teoria do assentimento.
Nos casos do dolo Direto, este se caracteriza quando o agente quer o resultado, ou seja, quando ele quer produzir o resultado. Já o segundo trata-se de quando o agente assume o risco de produzir o resultado, como por exemplo dirigir em alta velocidade.
7. O que são elementos subjetivos do injusto?
Elementos Subjetivos do injusto são aquelas condutas produzidas e que são descritas no tipo, ou seja, é a consciência do caráter inadequado do fato, a consciência da ilicitude, também denominado Dolo.
8. O que se entende por elementos subjetivo especial do injusto?
Os elementos não se esgotam no dolo, se exige elementos subjetivos especiais para que se caracterize o tipo, sendo eles:
a) – delitos de intenção: fim especiais de agir compreendido no tipo que não precisa necessariamente ser alcançado;
b) - delitos de tendência: autor confere á ação tendência não expressa no tipo, mas dedutível da natureza do delito;
c) - delitos de expressão: há discordância entre uma declaração e o saber do agente.
9. Os tipos culposos admitem elementos subjetivos?
O tipo Culposo não pode admitir elemento subjetivo, já que nestes casos o agente não possui vontade de cometer o ilícito, nem assume o risco para tal, ele simples e meramente dá a causa, e como, o injusto consiste na vontade livre e consciente de produzir o ilícito ou assumir o risco para tal, não se pode portanto existir elemento subjetivo nos crimes culposos.
10. Qual o significado do princípio da confiança?
O princípio da confiança refere-se à situação na qual uma pessoa age de acordo com as regras subjetivamente definidas pela sociedade, com relação a uma atividade especifica e acredita que a outra também agirá conforme tais regras. Trata-se de um orientador da conduta humana, que visa organizar os comportamentos sociais, de forma que um sujeito saiba o que esperar do outro, como exemplo pode-se citar o pedestre que atravessa a rua sobre a faixa, este acredita que o motorista que está parado antes da faixa, irá permanecer no local até sua travessia.
11. Qual o fundamento da legítima defesa?
Nos termos do art. 25 do código penal, age em legitima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem 
12. Qual o fundamento do exercício regular de um direito e do estrito cumprimento do dever legal?
Exercício regular de direito: consiste na atuação do agente dentro dos limites conferidos pelo ordenamento legal. O sujeito não comete crime por estar exercitando uma prerrogativa a ele conferida pela lei.
Estrito cumprimento do dever legal: não há crime quando o agente atua no estrito comprimento de dever legal. Esse dever deve constar de lei, decretos, regulamentos ou atos administrativos fundados em lei e que sejam de caráter geral. Ex:policial que lesiona assaltante em fuga.
13. Em que consiste o estado de necessidade exculpante?
Admite-se estado de necessidade exculpante quando implicar o sacrifício de um bem equipotente (duas pessoas) ou de maior valor, como causa extralegal de exclusão de culpabilidade, por inexigibilidade de outro comportamento. Ex: A mata B, para sobreviver; naufrago que se agarra à tabua que afundaria com o peso dos dois.
14. F, acreditando estar abarcado pela causa de exclusão da ilicitude descrita no art. 150, §3º, I, entra em casa alheia durante a noite para efetuar uma prisão. Qual a solução desta questão?
Mesmo F adentrando na residência de determinado individuo durante o período noturno, este acredita realmente estar no exercício regular de seu direito, estando ainda abarcado pelas causas excludentes descritas no próprio artigo, portanto, mesmo não se enquadrando no que fala o Parágrafo 3°, I, no que tange "durante o dia", F não apresenta nenhum elemento subjetivo, não podendo assim, ser condenado.
15. Quais as fases do iter criminis?
O iter criminis é dividido em atos preparatórios e atos executórios
Os atos preparatórios são compostos por cogitação e preparação
Cogitação: o agente apenas mentaliza, prevê e idealiza, planeja ou deseja mentalmente a pratica do crime.
Preparação: é a pratica de atos imprescindíveis a execução do crime, porém, ainda sem afetar ao bem jurídico (a fase de preparação é impunível).
Os atos executórios são compostos por execução e consumação
Execução: o bem jurídico começa a ser afetado,a ação é punível.
Consumação: ocorre quando se consuma o ato.
16. Diferencie consumação formal da material.
Quanto ao momento consumativo, os crimes dividem–se em Materiais: a lei descreve uma ação e um resultado, e a consumação pressupõe o resultado. Formais: descreve uma ação e um resultado, mas dispensa o resultado para fim de consumação, porque outros resultados lesivos ocorrem. 
17. Em quais hipóteses é inadmissível a tentativa?
A tentativa possui dois requisitos, o primeiro é que a execução do crime tenha se iniciado, e a segunda é que a consumação não tenha ocorrido por circunstancia alheia à vontade do agente. Portanto, não se admite tentativa quando: nos crimes culposos, crimes preterdolosos, crimes omissivos próprios, contravenção penal, crimes habituais, crimes unisubsistentes e nos casos em que a lei prevê a aplicação da pena somente quando consumado o resultado.
18. Diferencie desistência voluntária, arrependimento eficaz e arrependimento posterior.
Desistência voluntária consiste naquela em que o agente voluntariamente interrompe a execução do crime, impedindo assim sua consumação, ou seja, o agente inicia a execução do crime, porem desiste, impedindo assim que sua consunção ocorra.
Arrependimento eficaz ocorre quando o individuo encerra a execução do crime, impedindo a produção do resultado, portanto, só responde pelos atos praticados
Arrependimento Posterior trata-se de causa de diminuição de pena que ocorre nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça á pessoa, em que o agente, voluntariamente, repara o dano ou restitui a coisa até o recebimento da denuncia ou queixa
19. Explique as causas excludentes de culpabilidade gerais existentes no nosso ordenamento jurídico?
Os elementos excludentes de culpabilidade tratam-se da: Imputabilidade e da exigibilidade de conduta adversa, onde o primeiro consiste na capacidade de entender o caráter ilícito e de agir de acordo com esse entendimento. O segundo por sua vez consiste na expectativa social de um comportamento diferente daquele que foi adotado pelo agente, os casos que levam á exclusão da exigibilidade de conduta adversa; 1° Coação moral irresistível; 2° Obediência hierárquica.
20. Em que consiste o concurso de pessoas e concurso de crime, suas espécies e características?
Concurso de pessoas consiste na pluralidade de agentes e unidade de fato. Concurso de crime consiste em pluralidade de fatos.
As espécies são: Concurso Material ou real, concurso formal ou ideal e crime continuado, o primeiro a pratica de duas ou mais condutas, dolosas ou culposas, omissivas ou comissivas, produzindo dois ou mais resultados, idênticos ou não, mas todas vinculadas pela identidade do agente, o segundo por sua vez dar-se-á quando agente, com uma única conduta, causa dois ou mais resultados e o terceiro ocorre quando agente, mediante diversas ações, pratica vários crimes, em lugares diversos, executando-os de maneira diferente e com largo intervalo de tempo. Suas espécies: Homogênea (resultados idêntico), Heterogêneo (resultados diversos)

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