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ATOS ADMINISTRATIVOS DIREITO ADMINISTRATIVO


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ATOS ADMINISTRATIVOS
 Fatos jurídicos: todo evento natural ou humano; 
 Fato jurídico sentido estrito: evento natureza com conseqüências 
jurídicas;
 Ato jurídico: evento humano, decorrente de manifestação de 
vontade unilateral, com repercussão jurídica. Ex: ato legislativo; ato 
judicial;
 Conceito ATO ADMINISTRATIVO: Toda 
manifestação ou declaração unilateral da 
administração pública, nesta qualidade, ou de 
particulares no exercício de prerrogativas públicas, 
que tenha por fim imediato a produção de efeitos 
jurídicos determinados, em conformidade com o 
interesse público e sob regime predominantemente 
de direito público.
 Atos da Administração: é gênero no qual estão 
incluídos todos os atos realizados no âmbito da 
administração pública, sejam sob regime de direito 
público ou não.
 Espécies: a) atos administrat ivos: atos regidos pelo 
direito público; b) atos privados da administração 
pública; c) atos materiais de mera execução ou 
fatos administrat ivos.
 Ato Administrat ivo e Fato Administrativo:
 Fato administrativo é consequência do ato 
administrativo, sempre gerando efeitos; é atuação da 
administração sem interesse em produção de efeitos, 
mas gerando-o; ex: silêncio da administração; Ato: 
decreto; Fato: desapropriação propriedade particular. 
OBS: Fato administrativo não submetido à teoria dos atos administrativos; pois 
não há declaração de vontade e nem tem finalidade de produção efeitos.
 São qualidades ou características do ato administrativo. Diferem 
dos requisitos ou elementos.
 1) Presunção de Legit imidade(Legalidade) e 
Veracidade: o ato administrativo foi praticado de acordo 
com a lei, a verdade dos fatos e as regras morais. É 
presunção relativa, cabendo ônus a quem alega a prova 
da ilegalidade. Fato negativo? Não possível exigir. 
Judiciário não pode apreciar de ofício nulidade de ato 
administrativo.
 2) Imperatividade ou Coercibi l idade: administração 
pode impor unilateralmente seus atos, independentemente 
de anuência do administrado. Nem todo ato administrativo 
possui, só quando atinge alguém ou implica obrigação ao 
administrado. 
 3) Autoexecutoriedade: a administração executa 
diretamente seus atos, sem precisar de prévia autorização 
do poder judiciário. Não afasta a possibilidade do Judiciário 
apreciar o ato;
 Não está presente em todos os atos administrativos. Só em 
duas situações: a) atributo conferido por lei; b) 
situações emergenciais;
 Exigibil idade: é uma coerção indireta: aplicação de 
sanções administrativas; não uso força; pune, mas não 
desfaz situação ilegal; ex: multa trânsito; “induz obediência”
 Executoriedade: é uma coerção direta: execução material 
de ato administrativo; permite uso força; pune e desconstitui 
situação ilegal; ex: ginchamento carro. “obedece por bem ou 
por mal”
 4) Tipicidade: ato administrativo deve corresponder a 
figuras definidas previamente em lei como aptas a produzir 
determinados resultados. É respeito à finalidade específica 
definida em lei. Todos os atos administrativos.
Atributo Síntese Abrangência Dica
Presunção 
Legit imidade
Ato é valido, até 
prova em contrário
Todos atos adm + 
atos da 
administração
Presunção 
relativa
Imperatividade Ato cria obrigações 
ao particular
Maioria dos atos 
administrativos
Deriva poder 
de império
Autoexecutoriedade Execução material e 
direta. Exigibilidade
Alguns atos 
administrativos
Previsão em 
lei ou 
emergência
Tipicidade Respeito à finalidade. 
Decorrência legalidade.
Todos atos 
administrativos
Cada 
finalidade um 
tipo ato
 Os requisitos são os elementos de validade do ato 
administrativo;
 Lei da Apop: art.2º, Lei 4717/65; Art. 2º São nulos os atos 
lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no 
artigo anterior, nos casos de:a) incompetência; b) vício de 
forma; c) ilegalidade do objeto; d) inexistência dos 
motivos; e) desvio de finalidade.
 MéritO : Motivo + Objeto;
 1) COMPETÊNCIA: está relacionada ao sujeito; é 
conferida pela lei ao agente público da administração para 
o desempenho de suas funções; “a incompetência f ica 
caracterizada quando o ato não se incluir nas atr ibuições 
legais do agente que o praticou;”art.2º,§ú,’a’, Lei 4717/65.
 Características da Competência(Sujeito): vinculado
 Obrigatória: a competência é dever agente;
 Irrenunciável: administração não pode abrir mão de suas 
competências; pode delegar, que não significa renúncia.
 Intransferível: delegação não transfere titularidade;
 Improrrogável: diante da falta de uso, a competência não se 
transfere para outro agente;
 Imodificável: agente não modifica competência por sua 
vontade;
 Imprescrit ibi l idade: competência não se caduca, só se 
extingue por vontade da lei;
 Delegação de competência: pode; é discricionário; 
transferência parcial das atribuições para outro órgão ou 
agente, subordinado ou não. Art. 11, Lei 9784/99.
 Não podem ser objeto de delegação(art.13, Lei 
9784/99): atos de caráter normativo; decisão de recursos 
administrativos; matérias de competência exclusiva do 
órgão ou autoridade;
 Avocação de competência: art.15, lei 9784/99. 
superior chama para si parcela das atribuições de um 
subordinado; excepcional e justificada em lei; revogação 
da delegação não é avocação;
 Vício no elemento competência: excesso de poder
 Ato por autoridade incompetente: inválido;
 Excesso Poder Usurpação Função Pública
 Ato inválido Ato inexistente. Art.328,CP.
 OBS: Pela teoria da aparência a denominada função de fato é 
considerada ato válido; para terceiro de boa fé.
 2) FINALIDADE: é lei que determina. Vinculado.
 Sentido amplo: satisfazer interesse público;
 Sentido estrito: é a finalidade pública prevista lei; é o 
objetivo específico pretendido pela lei;
 É uma das faces do princ. Impessoalidade; ex: remoção 
servidor para interior;
 Vício na f inalidade = desvio f inalidade = desvio 
de poder; excesso de poder é na competência;
 Abuso de Poder no direito administrativo: desvio de 
poder + excesso de poder;
 É vício insanável; ATO NULO. Não convalida.
 “o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o 
ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou 
implicitamente, na regra de competência.”art.2º,§ú,’e’, Lei 
4717/65.
 3) FORMA: é o modo de exteriorização do ato 
administrativo; envolve também os procedimentos 
prévios exigidos na expedição do ato administrativo.
 Em regra é escrita. Princípio da solenidade das 
formas;
 Existem atos administrativos não escritos: ordens de 
hierarquia superior; gestos do guarda de trânsito; O 
silêncio é nada jurídico, salvo lei dispuser contrário;
 Contrato verbal: até 4 mil. art.60,lei 8666/93. É nulo e de nenhum efeito o 
contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto 
pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do 
limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de 
adiantamento. 
 Hely Lopes: forma é elemento vinculado; é ato NULO; 
Relativização(art.22, LPA): se lei não falar 
administração usa forma com conveniência e 
oportunidade.
 Vício na forma admite convalidação;
 LAPop: art.2º,§ú,b) o vício de forma consiste na omissão ou 
na observância incompleta ou irregular de formalidades 
indispensáveis à existência ou seriedade do ato;
 4) MOTIVO: é a causa imediata do ato administrativo;
 Motivação: explicitação escrita do ato;
 É a situação de fato e o fundamento jurídico que autorizam a 
prática do ato. 
 Fato=acontecimento mundo real; 
 +direito=previsão legal;
 Teoria dos motivos determinantes: os motivos que 
determinaram a prática do ato deverão existir e ser 
verdadeiro,caso contrário, gera INVALIDAÇÂO no ato.
 Vício de Motivo: motivo inexistente ou motivo 
ilegítimo juridicamente: “a inexistência dos motivos se verifica 
quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é 
materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado 
obtido”; Art.2,§único,’d’. LAP – 4717/65.
 5) OBJETO: é o conteúdo do ato administrativo; é o 
resultado prático do ato; Ex: o objeto do ato concessão de licença 
maternidade é a licença maternidade; objeto do ato suspensão do servidor 
por 45 dias é a própria suspensão;
 Vício no Objeto: ato praticado com conteúdo não 
previsto em lei; ou ato praticado com objeto diferente do 
que a lei prevê para aquela situação.
 Lei 4717/65, art.2º, §ú, ‘c’.
 MÉRITO ADMINISTRATIVO: é o poder conferido pela lei ao agente 
público para que ele decida sobre a oportunidade e conveniência de 
praticar ato discricionário, e escolha o conteúdo desse ato, dentro dos 
limites estabelecidos na lei. 
 Só existe mérito administrativo em atos discricionários.
 Elementos: competência, finalidade e forma continuam vinculados à 
previsão legal.
 Não cabe interferência do Judiciário no mérito 
administrativo; ≠ do controle de Legalidade do ato 
discricionário. 
 Controle de mérito é conveniência e oportunidade = Revogação pela 
Administração.
 Poder Judiciário se ilegalidade em qualquer dos 5 elementos do ato 
discricionário pode anular.
 Judiciário pode declarar nulidade de ato administrativo 
discricionário que em seu objeto ofendeu a razoabilidade e 
proporcionalidade. OBS: a extrapolação dos limites do mérito 
administrativo estão sujeitos ao Judiciário – legalidade.
 1) Quanto às prerrogativas:
 Ato de império: adm age com supremacia em relação 
ao particular; ex: desapropriação;
 Ato de gestão: adm age em igualdade com particular; 
ex: contrato locação;
 Ato de expediente: atos procedimentais da adm; ex: 
despacho em proc. adm.
 2) Quanto aos destinatários:
 Ato individual : atinge os detinatários certo e 
determinado. Ex: Nomeação aprovados concurso.
 Ato geral: não destinatários certos. Ex: decreto.
 3) Quanto a formação da vontade administrativa:
 Ato simples: 1 vontade em 1 órgão; ex: licença ambiental; 
resolução conselho drogas;
 Ato composto: + 1vontade em 1 órgão; Outro conceito: 
manifestação de vontade de um órgão, mas exequibidade 
depende manifestação de outro órgão, de forma 
complementar ou secundária; ex: auto infração que depende 
visto superior para ser exigido;
 Ato complexo: + 1 vontade em + 1 órgão. Antes não é 
ato perfeito; ex: instrução normativa receita federal e PGFN; 
aposentadoria: União + TCU; investidura cargo 
público(nomeação+posse); investidura cargo ministro STF p/ maioria é 
complexo, exceto MSDiP (nomeação+aprovação)
 OBS: Ato composto: dois atos: principal e acessório;
 Ato complexo: um único ato com manifestações de órgãos 
distintos;
 4) Quanto à l iberdade do agente público:
 Ato discricionário: tem grau de liberdade com juízo 
de conveniência e oportunidade;
 Termos: ‘ a critério da administração’; ‘ poderá’; ‘esta ou aquela’
 Quando a lei utiliza conceitos jurídicos indeterminados.
 Ato vinculado: sem grau de liberdade; tudo na lei. Ex: 
licença maternidade.
 5) Quanto à ef icácia:
 Atos válidos: cumpre todos requisitos lei;
 Atos nulos: descumpre lei e ñ convalidação; fere 
principalmente: finalidade, motivo e objeto. OBS: permanece efeitos 
válidos para terceiro de boa fé; art.54 Lei 9784/99.
 Atos anuláveis: descumpre lei e pode convalidar; 
vícios na forma + competência;
 Atos inexistentes: vício no ciclo de formação; sujeito à 
criminalização ou fora do possível jurídico. Ex: médico 
usurpador de função que recebe materiais no Hospital; não tem 
validade nem perante terceiros de boa fé; ato inexistente pode ser 
declarado inexistente ou desconstituído há qualquer tempo;
 Atos irregulares: falha formal irrelevante; ex: letra do 
nome pessoa;
 Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados 
de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou 
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. Art. 54. O direito da 
Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos 
favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data 
em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
 6) Quanto à formação e produção efeitos:
 Perfeito; Válido; Eficaz; Pendente; Consumado;
 Perfeito: pronta todas etapas formação;
 Válido: elementos de acordo com lei.
 Podermos ter ato perfeito e inválido?
 Se não concluído é inválido; é inexistente;
 Eficaz: ato administrativo que está pronto para produzir 
efeitos, não dependendo de qualquer ação humana. Pode ato 
inválido ser eficaz?
 Pendente: é ato que já completou etapas de 
formação(sempre é ato perfeito), mas depende de evento 
futuro: condição(futuro + incerto); termo (futuro + certo); Ato pendente 
não é eficaz.
 Consumado ou Exaurido: já produziu todos efeitos;
 Em resumo:( Marcelo Alexandrino e Vicente de Paula)
 Ato incompleto em sua formação é ato imperfeito; ato 
completo em sua formação é um ato perfeito; esse 
ato perfeito pode ser ef icaz, por já estar disponível para 
produzir efeitos( não está sujeito a termo ou condição), 
ou ser um ato pendente, estando sujeito a um termo 
ou condição para que possa iniciar a produção de seus 
efeitos ( o ato pendente é um ato ineficaz).
 Celso Antônio Bandeira de Melo:
 Perfeito – válido - ef icaz;
 Perfeito – inválido - eficaz;
 Perfeito – válido - ineficaz;
 Perfeito – inválido - ineficaz;
 Gênero: Desfazimento do ato administrativo;
 Espécies: Revogação, Anulação e Cassação.
 1) ANULAÇÃO: ocorre vício de legalidade ou 
legitimidade, nunca de mérito.
 VÍCIO DE LEGALIDADE OU LEGITIMIDADE 
pode ser sanável= anulação é facultat iva, 
podendo ocorrer a convalidação, quando não 
prejuízo interesse público ou terceiros; insanável= 
anulação é obrigatória, vinculada.
 Podem ser anulados tanto atos discricionários 
como vinculados. Nunca ato discricionário anulado 
pelo mérito administrativo.
 Efeitos ex tunc; é defeito de VALIDADE, retira o ato do 
mundo jurídico.
 Resguarda-se os efeitos aos terceiros de boa fé;
 RE nº 594.296/MG – STF. Rel. Dias Toffol i , em 
2011 c/c Informativo 641, STF: Qualquer ato da 
administração pública que venha a prejudicar administrado deve garantir a 
ampla defesa e contraditório. 
 Súm. 473,STF: Administração Pública - Anulação ou 
Revogação dos Seus Próprios Atos. A administração pode anular 
seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque 
deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência 
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos 
os casos, a apreciação judicial.
 Decadência: Prazo de 5 anos. Art.54, Lei 9784/99.
 Exceção prazo decadencial: i)Má fé; ii) Casos de atos 
administrativos “flagrantemente inconstitucionais” que não 
se submetem a prazo.
 Previdência Social: Prazo de 10 anos. Art.103-A, Lei 
8213/91.
 2) REVOGAÇÃO: É a retirada do mundo jurídico de um 
ato administrativo válido que se tornou inoportuno ou 
inconveniente.
 É a expressão do poder discricionário da administração.
 Todos os poderes tem competência para revogar os atos 
administrativos editados por eles mesmos.
 Limites à revogação: não podem ser revogados:
◦ A) atos consumados que já exauriram seus efeitos;
◦ B) atos vinculados;
◦ C) atos que já geraram direito adquirido (art.5º,XXXVI,CF)
◦ D) atos que integram procedimento e que já tenham operado a 
preclusão administrativa.
◦ E) atos enunciativos,pois apenas declaram fatos ou situações.
 3) CASSAÇÃO: É a extinção do ato administrativo quando 
o seu beneficiário deixa de cumprir os requisitos que deveria 
permanecer atendendo, como exigência para manutenção do 
ato administrativo. Ex: licença para construir, desde que 
respeite distância mínima do direito vizinhança.
 4) CONVALIDAÇÃO ou Saneamento: É um 
mecanismo uti l izado pela administração pública 
para suprir falhas ou defeitos sanáveis em um ato 
administrativo. 
 Não é extinção de ato administrativo.
 Fundamento: princípio da segurança jurídica e da 
economia processual. Princípio supremacia interesse público. 
Princípios da boa fé e da confiança legítima.
 Objeto: ato administrativo discricionário ou vinculado com 
vício sanável e ensejador de anulabilidade. OBS: atos 
inexistentes, nulos ou irregularidades não podem ser 
convalidados.
 Requisitos para a convalidação (art.55,Lei 9784/99):
 Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao 
interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que 
apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela 
própria Administração.
 Características do ato convalidatório:
◦ Discricionário;
◦ Constitutiva;
◦ Eficácia ex tunc;
 Após o prazo decadencial de 5 anos sem que a administração 
tenha anulado: ocorre a convalidação por omissão ou 
estabilização do ato administrativo ou consolidação do ato 
administrativo.
ANULAÇÃO: REVOGAÇÃO: CONVALIDAÇÃO:
Retirada de atos inválidos com 
vícios ilegais
Retirada de atos válidos, sem 
qualquer vício
Correção de atos com vícios 
sanáveis, desde que tais atos 
não tenham lesão ao Int. Públ. 
ou p/ 3ºs.
Efeitos ex tunc, retroativos. 
Exceto: 3ºs de boa fé (STF e 
STJ – Doutrina CABM)
Efeitos ex nunc, prospectivos. 
OBS: não pode revogar atos que 
já tenham gerado direito 
adquirido.
Efeitos ex tunc.
Pode ser efetuada pela 
administração ou pelo judiciário
Só pode ser efetuada pela 
administração
Só pode ser efetuada pela 
administração
Pode incidir sobre atos 
vinculados e discricionários, 
exceto sobre mérito 
administrativo.
Só pode incidir sobre atos 
discricionários.
OBS: não existe revogação de 
ato vinculado.
Pode incidir sobre atos 
discricionários ou vinculados.
Anulação de ato com vício 
insanável é ato vinculado. Se 
vício sanável, é discric.
Revogação é ato discricionário. Convalidação é ato 
discricionário, pois a adm pode 
optar entre convalidar ou anular.
Motivo é ilegalidade Motivo é conveniência e 
oportunidade.
Motivo é supremacia interesse 
público.
Tem prazo de 5 anos Não tem prazo para acontecer Não tem prazo para acontecer. 
Dica: anulação de atos 
ampliativos e dos praticados por 
funcionário de fato tem efeitos 
ex nunc.
Dica: Revogação só pode ser 
realizada com a superveniência 
de fato novo que deve constar 
da motivação do ato revocatório.
ESPÉCIE DE VÍCIO:
DEFEITO: CARACTERIZAÇÃO: CONSEQUÊNCIA:
Usurpação de função pública Particular pratica ato privado de 
servidor público
Ato inexistente
Excesso de poder Ato praticado pelo agente 
competente, mas excedendo os 
limites de sua competência
Ato nulo
Funcionário de fato Indivíduo que ingressou 
irregularmente no serviço 
público
Agente de boa fé: ato anulável
Agente de má fé: ato nulo
Incompetência Servidor pratica ato fora de suas 
atribuições
Ato anulável
Objeto materialmente impossível Ato exige conduta irrealizável Ato inexistente
Objeto juridicamente impossível Ato exige comportamento ilegal Exigência ilegal: ato nulo
Exigência criminosa: ato 
inexistente
Omissão de formalidade 
indispensável
Descumprimento da forma legal 
para a prática do ato
Ato anulável
Inexistência de motivo O fundamento de fato não 
ocorreu
Ato nulo
Falsidade de motivo O motivo alegado não 
corresponde ao que 
efetivamente ocorreu
Ato nulo
Desvio de finalidade Ato praticado visando fim alheio 
ao interesse público
Ato nulo
 1) ATOS NORMATIVOS: são atos administrativos dotados de 
generalidade e abstração, não tendo destinatários certos e incidindo sobre 
todos os fatos ou situações que se enquadrem nas hipóteses que 
abstratamente prescrevem.
 Ex: decretos em geral; regulamentos; instruções normativas; resoluções de 
conselhos; regimento interno; Decreto autônomo – exceção. Art. 84,VI,CF/88
 2) ATOS ORDINÁRIOS: são atos administrativos internos, 
endereçados aos servidores públicos ou administrados, que veiculam 
determinações sobre o regular desempenho de suas funções. 
 Ex: Ofícios; memorandos; portaria; avisos; despachos; ordens de serviço.
 3) ATOS NEGOCIAIS : são atos administrativos que exigem do 
particular uma anuência prévia da administração para realizar determinada 
atividade de interesse ou de direito do particular. É unilateral. Podem vinc. ou 
discr.Ex: licença; permissão e autorização.
 TIPOS DE ATOS NEGOCIAIS:
 LICENÇA: ato administrativo unilateral, declaratório, definitivo e 
vinculado; ex: licença para construir. Exceção: licença ambiental é 
discricionário. Ñ pode ser revogada, só cassada: definitividade.
 AUTORIZAÇÃO: ato administrativo unilateral, discricionário, 
constitutivo e precário. Interesse predominante do particular. Precário = ñ 
tem direito a manutenção, podendo adm revogar a qualquer tempo. Ex: 
autorização porte arma fogo; autorização para criar plano de 
saúde/serviço público. Exceção: autorização serviço telecomunicação é 
vinculado.
 PERMISSÃO: ato administrativo unilateral, discricionário, precário; 
predomina interesse público. Exceção: Permissão de serviço público é 
contrato adm. Art.175,I,CF.
 OBS: concessão é contrato administrativo: ñ precário.
 4) ATOS ENUNCIATIVOS: são atos declaratórios 
em que a administração emite um juízo de valor, uma 
opinião e expressam vontade da administração ou 
declaram fato. Ñ produz efeito diretamente; ñ produz 
efeito por si só. Ex: certidão; parecer; atestados;
 5) ATOS PUNITIVOS: são atos em que a 
administração expressa sua vontade e pode impor 
diretamente sanções aos servidores ou aos 
administrados. Fundamentos: poder disciplinar ou poder 
de polícia. Ex: multa; sanções dos contratos 
administrativos.
 Q – 1: (ESA/MI)-CENAD/2012) Nos termos da legislação federal 
vigente, não há exigência expressa de motivação dos atos 
administrativos que:
A) dispensem l icitação.
B) suspendam outros atos administrativos.
C) decorram de reexame de ofício.
D) exonerem servidor ocupante de cargo em comissão.
E) revoguem outros atos administrativos.
 Q – 2: (ESAF/MI-CENAD/2012) No que se refere a controle dos atos 
administrativos, é correto afirmar que possuem efeitos retroativos :
A) a revogação, a anulação e a convalidação de tais atos.
B) apenas a anulação e a convalidação de tais atos.
C) a revogação e a anulação de tais atos, apenas.
D) apenas a anulação de tais atos.
E) apenas a revogação e a convalidação de tais atos.
 Q – 3: (ESA/MI-CENAD/2012) Os atos administrativos, uma vez 
expedidos e independentemente de expressa previsão legal, 
apresentarão sempre o(s) seguinte(s) atributo(s):
A) presunção de legitimidade, imperatividade e autoexecutoriedade.
B) presunção de legitimidade e veracidade, bem assim autoexecutoriedade.
C) autoexecutoriedade, apenas.
D) imperatividade e autoexecutoriedade, apenas.
E) presunção de legitimidade e veracidade, apenas.
 Q – 4: (ESAF/AFT/2010) Assinale a opção que contemple ato 
administrativo passível de revogação.
A) Atestado de óbito.
B) Homologação de procedimento licitatório.
C) Licença para edificar.
D) Certidão de nascimento.
E) Autorização de uso de bem público.
 Q – 5: (ESAF/ANA/2009) Quanto ao regime jurídico a que se submetem 
os atos administrativos no ordenamento brasileiro, assinale a opção 
incorreta.
A) Configura desvio de finalidadea prática de ato administrativo visando a fim 
diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.
B) Em virtude de sua presunção de legitimidade, até prova em contrário, presume-se 
que os atos administrativos foram emitidos em conformidade com a lei.
C) A conveniência e a oportunidade da prática do ato constituem o mérito 
administrativo e apenas estarão passíveis de ponderação nos atos discricionários.
D) De acordo com a teoria dos motivos determinantes, a situação fática que 
determinou e justificou a prática de ato administrativo passa a integrar a sua 
validade.
E) Todos os atos administrativos nulos ou anuláveis são passíveis de convalidação 
ou saneamento, desde que a prática do novo ato supra a falta anterior.
 Q – 6: (ESAF/ATA/MF/2009) Em relação aos atos prat icados no âmbito dos 
procedimentos administrativos que se sujeitam à Lei n.º 9.784, de29 de 
janeiro de 1999, analise os itens a seguir e marque com V se a assert iva 
for verdadeira e com F se for falsa. Ao final, assinale a opção 
correspondente.
( ) Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão 
quando a lei expressamente a exigir.
( ) A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita pelo órgão 
administrativo.
( ) Os atos do processo podem realizar-se em quaisquer dias da semana, restrições de 
horário.
( ) A intimação para ciência de decisão ou a efetivação de diligências quanto a 
interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio indefinido, deve ser 
efetuada por meio de publicação oficial.
A) V, V, V, V
B) F, V, F, V
C) F, F, V, F
D) V, V, F, V
E) F, F, F, F
 Q – 7: (ESAF/Analista de Comércio Exterior/MDIC/2012) Fundamentada no seu 
poder de autotutela administrat iva, a Administração pública Federal procedeu à 
revisão nas vantagens concedidas a servidor público que repercutiu diretamente 
na sua esfera patrimonial, ocasionando-lhe diminuição remuneratória.
A part ir do caso concreto acima narrado, assinale a opção que exprime a 
posição do Supremo Tribunal Federal – STF acerca do tema.
A) A autotutela administrativa, per si, afasta a necessidade de abertura de procedimento 
administrativo garantidor do contraditório.
B) O devido processo legal administrativo é exigível tanto nos casos de anulação quanto de 
revogação do ato administrativo.
C) O acesso ao Poder Judiciário já representa a garantia do contraditório e da ampla, defesa 
estando a Administração desincumbida de fazê-lo.
D) Somente nos casos de revogação do ato administrativo a Administração deve garantir o 
contraditório e a ampla defesa.
E) Considerando-se que o ato da administração retirava do servidor pagamento indevido a 
executoriedade autorizava-lhe a suspender o referido pagamento sem o devido processo legal.
 Q – 8: (FCC/TCE-PI/PROCURADOR/2005) Alegando a ocorrência de 
determinado fato, o agente público competente praticou ato administrativo. 
Entretanto, o agente público foi induzido a erro e o fato alegado, na verdade, 
não ocorreu. Na ausência desse fato, a lei não autorizaria a prática do ato. 
Esse ato é:
A) anulável, por ter ocorrido o vício de vontade denominado erro.
B) anulável, por ter ocorrido o vício de vontade denominado dolo.
C) nulo, por falta de motivação.
D) nulo, por inexistência de motivos.
E) nulo, por desvio de finalidade.
 Q – 9: (FCC/Procurador Bacen/2006) Da aplicação da teoria dos motivos 
determinantes decorre a:
A) invalidação de um ato administrativo, caso seus motivos explicitados não correspondam à 
realidade, ainda que não se exigisse, no caso, motivação.
B) obrigatoriedade de que todos os atos administrativos sejam motivados.
C) de que autoridade hierarquicamente superior avoque a motivação de ato administrativo 
praticado por subordinado seu.
D) caracterização dos atos administrativos, cujos motivos seja predeterminados pela lei, 
como atos vinculados.
E) impossibilidade de apreciação judicial quanto aos motivos escolhidos 
discricionariamente pelo administrador, ao praticar um ato administrativo.
 Q – 10: (CESPE/AGU/2010) Tendo em vista a disciplina legal que rege o 
processo administrativo brasileiro e o entendimento do STF acerca do 
tema, julgue os itens que se seguem.
1. No processo administrativo, eventual recurso deve ser dirigido à própria autoridade que 
proferiu a decisão, podendo essa mesma autoridade exercer o juízo de retratação e 
reconsiderar a sua decisão.
2. Os atos do processo administrativo dependem de forma determinada apenas quando a 
lei expressamente a exigir.
3. Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o 
processo pode ter prosseguimento a ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da 
responsabilidade de quem se omitiu no atendimento.
RESPOSTAS DO SIMULADO
 Q1: D Q9: A
 Q2: B Q10: V V F
 Q3: E
 Q4: E
 Q5: E
 Q6: D
 Q7: B
 Q8: D