Buscar

Aspectos da Disfagia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ASPECTOS DA
DISFAGIA
Prof. Fábia Benetti
Disciplina: Suporte Nutricional
Curso de Nutrição
URI-FW
DISFAGIA
 Distúrbio da deglutição que leva a 
problemas nutricionais;
 Pode ser:
 Congênita ou adquirida;
 Mecânica ou funcional
DISFAGIA
 Pode ser classificada em relação a fase da deglutição
comprometida:
 Oral: decorrente por ex. de problemas na
mastigação, na mobilidade da língua, no vedamento
labial, no controle oral do bolo alimentar;
 Faríngea: quando há déficit da propulsão do bolo
alimentar, principalmente em relação a proteção das
vias aéreas e à coordenação faringo-esfíncter-
esôfago.
 Esofágica: relacionada ao peristaltismo esofágico ou
obstrução mecânica do órgão.
DISFAGIA OROFARÍNGEA
Envolve as fases oral e faríngea, tendo em
vista que, apesar de didaticamente separadas,
são intimamente interligadas.
 Disfagia orofaríngea leve: caracterizada por
pequena estase em recessos faríngeos, sem
penetração laríngea e ausência de
broncopneumonia de repetição e de perda
nutricional.
DISFAGIA OROFARÍNGEA
Disfagia orofaríngea moderada - determina
estase em recessos faríngeos, com sinais
sugestivos de penetração laríngea e/ou
pequena aspiração. Surgem pneumonia
esporádicas e déficit nutricional
Disfagia orofaríngea grave - implica grande
estase em recessos faríngeos, aspirações
volumosas, com pneumonias de repetição e
desnutrição.
DISFAGIA MECÂNICA
As desordens de deglutição, de causa:
 Congênita,
 Neoplásica,
 Cirúrgica;
 Traumática;
 São decorrentes de alterações anatômicas,
primárias ou secundárias, das estruturas
envolvidas na deglutição.
DISFAGIA FUNCIONAL
Destaca-se a de origem neurogênica, não
há fator anatômico obstrutivo ou transito
alimentar, incide por ex.:
 No acidente AVC;
 no trauma cranioencefálico,
 nas paralisias cerebrais,
 doença de Parkinson e Alzheimer,
 nas afecções neuromotoras,
 nas síndromes pós-poliomielite,
 na esclerose múltipla,
 nas infecções meníngeas.
ETIOPATOGENIA
 A deglutição tem como função o transporte de
alimento da cavidade oral ao estômago é parte global
da nutrição, além de proteger as vias aéreas.
 O ato da deglutição se compõe na sequência de
eventos:
 Colocar o alimento na boca,
 movimentá-lo na cavidade oral,
 mastigá-lo,
 transportá-lo para a faringe;
 conduzi-lo ao estômago sem desvios indesejáveis.
ETIOPATOGENIA
Distúrbios no processo determinam disfagia,
que pode causar um simples desconforto,
diferentes perdas de prazer alimentar ou até
impor risco a vida do paciente.
Muitos medicamentos podem interferir direta
ou indiretamente na deglutição, em que o
controle neurológico central e os nervos
periféricos estão intactos.
ETIOPATOGENIA
Causas mais comuns:
 Inflamatórias;
 Traumáticas;
 Divertículo faringoesofágico
 Doença da coluna cervical
 Sondas nasoenterais
 Traqueostomia
 Câncer de cabeça e pescoço
 Macroglossia
ETIOPATOGENIA
 A macroglossia comum na síndrome de Down,
pode ser secundária a obstrução linfática após
cirurgia ou radioterapia, decorrer de
hipotireoidismo;
ETIOPATOGENIA
 O divertículo faringoesofágico- envolve
primeiramente disfunção do esfíncter esofágico
superior.
 As doenças osteofíticas da coluna cervical são mais
comuns na população geriátrica. Aparecem
projeções ósseas em uma das vértebras (geralmente
a C4 a C7) pressionando a faringe e esôfago.
ETIOPATOGENIA
 O uso de sondas como via alternativas para
nutrição, hidratação e medicação não é isento de
complicações quanto a deglutição.
 A intubação laringotraqueal por mais de 72 h
implica disfagia moderada após a extubação em
mais de 50% dos casos.
 A traqueostomia ocasiona disfagia ainda mais
frequente e aspiração silente na quase totalidade
dos pacientes.
ETIOPATOGENIA
 O câncer de cabeça e pescoço e os efeitos do seu 
tratamento são as principais causas das disfagias 
orofaríngeas mecânicas.
 Ca de cabeça e pescoço abordam: 
 Ca de lábio, 
 Ca da cavidade oral (mucosa bucal, gengivas, palato 
duro, língua e assoalho) 
 Orofarínge (amídalas, palato mole e base da língua
 nasofaringe 
 Fossas nasais
 Seis paranasais
 Laringe e glândulas salivares
ETIOPATOGENIA
 O tratamento do CA oral promove as sequelas
devastadoras do ponto de vista estético e funcional.
 Estas variam em complexidade, gravidade e frequência
e estão relacionadas ao local e tamanho da ressecção, à
mobilidade e estrutura adjacentes, ao tipo de
reconstrução, a desenervação motora e sensitiva,
xerostomia e diversos outros fatores;
 Motivação, idade, acuidade auditiva, outros
problemas físicos, sociais e psicológicos.
ETIOPATOGENIA
 As ressecções de língua guardam relação com
tamanho, extensão e infiltração da lesão.
 A radioterapia extensa acarreta efeitos agudos e
tardios à deglutição.
 Novos rumos do tratamento do CA avançado de cabeça
e pescoço têm sido debatidos na literatura médica, no
que tange a intensidade e fracionamento do
tratamento radioterápico e a radio-quimioterapia.
ETIOPATOGENIA
Disfagia no CA
 Atendimento multiprofissional é
fundamental para controle e prevenção de
sequelas.
 Os efeitos agudos da radioterapia são os que
ocorrem até 10 dias depois do término do
tratamento, os tardios são os que surgem
meses ou anos depois.
QUADRO CLÍNICO
 A disfagia se manifesta de forma abrupta ou
gradativa. Pode ser passageira, tornar-se crônica ou
ocorrer intermitentemente.
 Disfunções leves da deglutição-não se notam na
alimentação do indivíduo;
 À observação mais atenta, verifica-se abandono de
determinado alimento, mudança no ritmo de
ingestão de ingestão e na quantidade de bolo
colocado na cavidade oral (frequente idoso).
DISFAGIA OROFARÍNGEA
 Alguns sintomas são evidentes: dificuldade de vedação
labial, redução do peristaltismo faríngeo, nem sempre
refletida como queixa precisa pelos pacientes.
 Excesso de salivação não pode ser interpretado como
produção aumentada de saliva, mas dificuldades no
controle salivar podem estar presentes em quadros
disfágicos como consequência da diminuição da
deglutição.
DISFAGIA OROFARÍNGEA
 Xerostomia-observada no envelhecimento como
resposta a drogas ou tratamento radioterápico.
 Diminuição da sensibilidade gustativa é de
particular interesse pelo impacto na motivação para
a alimentação (idosos);
 Em casos crônicos de disfagia por refluxo
gastresofagiano, pode haver dificuldade de agregar
a deglutição de sólidos, pela odinofagia.
DISFAGIA OROFARÍNGEA
 A ELA denota limitação de controle lingual,
sintomas de refluxo gastresofágico e dificuldade
respiratória, mais intensificada com a progressiva
fraqueza da musculatura abdominal, torácica e dos
membros.
 Na doença de Parkinson a disfagia encontra-se
presente devido: a acinesia, rigidez, tremor
instabilidade postural, depressão, alterações
cognitivas e demência
 Acinesia –dificuldade de iniciar e executar um
movimento voluntário.
ESTÁGIOS DISFÁGICOS
 A progressão de sintomas disfágicos é previsível,
podendo ser classificada em cinco estágios,
determinados por critérios funcionais:
 1º estágio: paciente sem problemas na fala e
deglutição;
 2º estágio: prolongamento do tempo de refeição,
fadiga para mastigar, dificuldades no transporte do
bolo, tosses e engasgos, com dificuldades para
ingerir sólidos, especialmente se houver
espasticidade de língua e flacidez faríngea
concomitante.
ESTÁGIOS DISFÁGICOS
 3º estágio: necessidade de mudança de consistênciao
que pode ser obtido por adição de molhos e por
trituração dos alimentos.
 4º estágio: indicação de sonda de NE para garantir
aporte nutricional, podendo ser complementada por
alimentos via oral.
 5º estágio: a oferta de alimentos pela boca, mesmo
que em pequenas quantidades, implica elevado risco
de aspiração.
DIAGNÓSTICO
 Para a avaliação clínica da disfagia devem ser
investigadas a história da doença e a condição clínica
atual, incluindo o suporte nutricional e o uso de
medicamentos.
 Registros sobre a presença e o tipo de sondas,
digestivas ou respiratórias, são importantes.
 Sensibilidade e mobilidade de estruturas envolvidas
no processo da deglutição devem ser investigadas,
assim como reflexos orais e orofaríngeos exacerbados
ou reduzidos.
DIAGNÓSTICO
 Testes vocais auxiliam na investigação da
integridade laríngea.
 Observa-se qualidade vocal, como presença de tosse
voluntária ou reflexiva.
 Voz molhada – indicativa de secreção ou resíduo em
região de pregas vocais e a soprosidade sugere
adução glótica incompleta.
DISFAGIA
 Uso de estetoscópio em região cervical auxilia na
ausculta de ruídos durante a fonação, respiração e
deglutição.
 Obj da avaliação clínica é identificar a causa da
disfagia, verificar a capacidade de proteção das vias
aéreas e os riscos de aspiração, determinar a
possibilidade de alimentação via oral e a melhor
consistência da dieta alimentar.
 Realizar a realização de procedimentos diagnósticos e
orientar o tratamento.
DIAGNÓSTICO
 50% dos indivíduos com AVE do lado esquerdo tem
dificuldade de iniciar o movimentos coordenados e
primariamente, problemas com a fase oral da
deglutição, sendo o grau de disfagia correlacionado
com o de apraxia.
EXAMES COMPLEMENTARES
 Videoendoscopia da deglutição;
 Videofluoroscopia
 Eletromanometria faringoesofágica
TERAPIA NUTRICIONAL DOS PACIENTES
DISFÁGICOS
 Qualquer distúrbios nos processos de mastigação ou
deglutição resultam em alteração do estado
nutricional;
 Diminuição da ingestão alimentar- redução dos níveis
séricos de Vit e minerais, alterações das funções
biológicas e fisiológicas o que justifica intervenção
nutricional precoce.
TERAPIA NUTRICIONAL DOS PACIENTES
DISFÁGICOS
 A disfagia compromete a ingestão proteica calórica
resultando em perda de peso e desnutrição.
 Redução da imunidade celular, aumento do risco de
infecções e complicações, maior temp. de
internação, maior risco de morbidade e
mortalidade.
TERAPIA NUTRICIONAL DOS PACIENTES
DISFÁGICOS
 Objetivo da avaliação nutricional no paciente disfágico
é identificar precocemente a desnutrição ou presença
de risco nutricional, afim de planejar a intervenção
adequada às necessidade e condições do paciente.
 O método a ser utilizado, deve ser curto, de fácil
execução e deve fazer parte da rotina do hospital.
 Deve fornecer dados mínimos para identificação de
pacientes desnutridos ou em risco nutricional.
TERAPIA NUTRICIONAL DOS PACIENTES
DISFÁGICOS
O método direto:
 Anamnese dietética,
 Entrevista com o paciente para a obtenção de dados
e informações referentes a condições de alimentação
(deglutição, mastigação, digestão)
 Melhor via para a alimentação (oral, enteral, ou
parenteral),
 Doenças associadas e hábito intestinal.
TERAPIA NUTRICIONAL DOS PACIENTES
DISFÁGICOS
 Medidas antropométricas que são utilizadas:
 Peso;
 Estatura;
 IMC;
 Percentual de perda de peso
 Medidas de pregas cutâneas e circunferências 
regionais.
 Bioimpedância 
TERAPIA NUTRICIONAL DOS PACIENTES
DISFÁGICOS
 Exames bioquímicos que correlacionam-se com o 
estado nutricional:
 Hb;
 Hematócrito;
 Proteínas totais e frações;
 Contagem total de linfócitos;
 Transferrina sérica
TERAPIA NUTRICIONAL DOS PACIENTES
DISFÁGICOS
 Métodos indiretos (ASG):
 Modificações da ingestão alimentar;
 Sintomas gastrointestinais;
 Avaliar estresse metabólico;
 Alterações visíveis do estado físico.
TERAPIA NUTRICIONAL DOS PACIENTES
DISFÁGICOS
 Cálculo do GET por Harris e Benedict
 A terapia nutricional na disfagia:
 Modificações na consistência;
 Manobras da deglutição;
 Suplementação nutricional por via oral ou enteral
TERAPIA NUTRICIONAL DOS PACIENTES
DISFÁGICOS
 Objetivo da terapia nutricional no paciente 
disfágico:
 Recuperar o estado nutricional;
 Melhorar a hidratação;
 Permitir alimentação segura;
 Prevenir aspiração;
 Definir necessidades calóricas e proteicas
ORIENTAÇÕES PREPARAÇÕES PARA
DISFÁGICOS
 Adicionar espessantes aos líquidos;
 Oferecer gelatina, pudim, purê de frutas, purê de
batatas;
 Elaborar pratos coloridos e atrativos evitando a
monotonia dos alimentos e cores;
 Fracionar as refeições 6 x/dia;
 Adoçar com leite condensado, açúcar e mel para
aumentar o valor kcal das preparações;
 Estimular os músculos da deglutição com comidas e
bebidas frias ou quentes, evitar a Tº ambiente;
ORIENTAÇÕES PREPARAÇÕES PARA DISFÁGICOS
 Administrar somente pequenos goles de água com
uma colher, para evitar o risco de aspiração;
 Evitar líquidos lácteos, ou chocolate que aumentam a
secreção salivar;
 Oferecer alimentos em pequenos pedaços, amassados
ou liquidificados;
 Não forçar o transito do bolo com a ingestão de
líquidos, só faz aumentar o risco de regurgitação e
aspiração.
PARA AUMENTAR O VALOR CALÓRICO DAS
PREPARAÇÕES PODE-SE:
 Adicionar leite quente ou creme de leite em sopas,
purês de vegetais e mingau de cereais;
 Adicionar outros líquidos quentes como molhos,
caldo de carne, margarina derretida, em batatas
cozidas, amassadas ou em forma de purê.
 Adicionar leite frio em cremes, iogurtes, sopas frias,
purês de frutas, pudins.
PARA ENGROSSAR ALIMENTOS LÍQUIDOS
RECORRE-SE A:
 Adicionar espessastes comerciais em líquidos frios,
quentes ou à base de leite;
 Adicionar fécula de batata ou batata amassada em
sopas, caldos ou molhos.
 Adicionar flocos de cereais como milho, arroz, aveia,
maisena a leite;
 Adicionar gelatina sem sabor a sucos;
 Bater as frutas até atingir a consistência de purê ou
amassá-las.
QUANDO O ALIMENTOS ESTÁ ESPESSO DE MAIS PARA
O DISFÁGICO, ACRESCENTA-SE OBEDECENDO A
CONVENIÊNCIA
 Iogurte líquido;
 Leite frio ou quente;
 Suco de frutas;
 Caldo de carne;
 Margarina derretida;
 Gelatina líquida sem sabor
REFERÊNCIA
 WAITZBERG, Dan Linetzky. Nutrição oral, 
enteral e parenteral na prática clínica/ Dan 
L. Waitzberg; [colaboradores] Adavio de Oliveira 
e Silva...[et al.]. 4. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 
2 v.

Continue navegando